Lição 12 Judá é levado
para o cativeiro da Babilônia.
18 de junho de 2017.
Texto
Áureo
Jeremias 52.13
“E queimou a Casa do Senhor, e a casa do rei, e
também a todas as casas de Jerusalém, e incendiou todas as casas dos grandes”.
Verdade
Aplicada
Os graves erros cometidos por seus líderes
fizeram com que o povo de Judá se afundasse cada vez mais em seus pecados.
Objetivos
da Lição
Entender o propósito de Deus a
respeito do exílio;
Ter a certeza que o Senhor é Soberano entre
as nações;
Mostrar as consequências do
pecado do povo de Judá.
Glossário
Bel-prazer: Vontade ou prazer
individual; vontade própria; arbítrio, capricho;
Exílio: Expulsão da pátria;
expatriar-se;
Nostalgia: Melancolia ou tristeza
profunda causada em pessoa exilada ou longe de sua terra natal.
Leituras
complementares
Segunda Jr 52.28
Terça Jr 52.29
Quarta Jr 52.30
Quinta Jr 52.31
Sexta Dn 1.1
Sábado Dn 1.2
Textos de
Referência.
Jeremias 52.14-16, 28
14 E todo o exército dos caldeus que estava com
o capitão da guarda, derribou todos os muros que rodeavam Jerusalém.
15 E os mais pobres do povo, e a parte do povo
que tinha ficado na cidade, e os rebeldes que se haviam passado para o rei da
Babilônia, e o resto da multidão, Nebuzaradã, capitão da guarda, levou presos.
16 Mas dos mais pobres da terra deixou
Nebuzaradã, capitão da guarda, ficar alguns, para serem vinhateiros e
lavradores.
28 Este é o povo que Nabucodonosor levou cativo
no sétimo ano: três mil e vinte e três judeus.
Hinos
sugeridos.
63, 115, 127
Motivo de
Oração
Ore pelo governo e pela igreja no Brasil.
Esboço da
Lição
Introdução
1. O propósito de Deus quanto ao
exílio.
2. A convocação ao
arrependimento.
3. A hora de voltar para casa.
Conclusão
Introdução
O castigo foi necessário para mostrar ao povo
que Deus não havia mudado. Ele queria que o Seu povo retornasse à verdadeira
adoração. Ele mostrou Seu grande amor ao trazer Israel de volta após um longo
exílio na Babilônia.
1. O
propósito de Deus quanto ao exílio.
O povo de Israel foi eleito para ser um povo
exclusivo do Senhor. Mas, durante o decorrer dos anos, a nação se desviou dos
verdadeiros ensinamentos. Israel estava andando segundo seu bel-prazer,
praticando toda sorte de pecados. Estava andando mais para trás do que para
frente (Jr 7.23-24). Como se recusaram a ouvir as advertências de Deus, o juízo
foi derramado sobre eles.
1.1. As
causas que levaram o povo ao exílio.
Este cruel acontecimento havia sido anunciado
pelo profeta Isaías ao rei Ezequias (2Rs 20.16-17). A finalidade de Deus era
que Israel fosse um povo separado entre as demais nações. Eles teriam a
responsabilidade de guiar os outros povos em direção a Deus e ao Messias. No
entanto, durante anos, o povo de Israel se esqueceu do Senhor. Os pecados
cometidos nos dias de Jeremias, que levaram o povo ao exílio, continuam
acontecendo de igual modo nos dias de hoje, tais como: idolatria, assassinatos,
desprezos aos profetas de Deus, etc.
O livro de Provérbios afirma: “O
Senhor fez todas as coisas para os seus próprios fins, e até o ímpio, para o
dia mal” (Pv 16.4). Não há dúvidas de que o rei Nabucodonosor serviu aos
desígnios soberanos do Senhor para disciplinar o Seu povo desobediente, pois
estavam envolvidos em muitos pecados (Jr 5.30-31). Deus queria que o Seu povo
abandonasse os seus pecados e se voltasse para Ele, em reverência e dependência
total: “Ele te declarou, ó Homem, o que é bom; e que é o que o Senhor pede de
ti, senão que pratiques a justiça, e ames a beneficência, e andes humildemente
com o teu Deus”? (Mq 6.8).
1.2. Uma
vida sem perspectiva.
O povo de Judá estava disfarçando a sua vida
espiritual. Eles estavam cometendo pecado e pensavam que ninguém estava vendo,
nem mesmo Deus. O pecado é assim mesmo. Ele ludibria as pessoas, confunde a sua
visão, leva-as à fraude espiritual e deixa-as destituídas da verdade. Mas o
Senhor vê todas as coisas (Sl 33.13-15). Nos dias de Jeremias, o povo de Judá
estava vivendo uma vida dupla. Suas vidas estavam sobrecarregadas de hipocrisia
(Jr 6.14). Ou seja, estavam praticando um culto da boca para fora. Era um culto
magnífico, mas sem vida, sem amor, sem experiência com Deus. Diante disto, Deus
trouxe contra esta nação, que já não mais O adorava, uma série de castigos,
culminando na destruição de Jerusalém e o cativeiro do povo.
Quando refletimos sobre a verdadeira adoração
a Deus, idealizamos alguma coisa que provém de nós mesmos, a fim de anunciarmos
louvor às qualidades de Deus. A Bíblia relata que devemos adorar ao Senhor com
todo o nosso coração (Mc 12.30). A adoração simplesmente com os lábios, e não
com o coração, é uma adoração fingida. Deus não quer apenas uma parte de sua
vida. Ele pede todo o seu coração, toda a sua alma, toda a sua mente e toda a
sua força. Que possamos nos achegar ao Senhor com nossos corações, em
obediência e amor.
1.3. O
cativeiro agora era uma realidade.
As profecias de Jeremias eram concisas como
Deus havia dito que era para ser. O profeta Jeremias descreve que: “Babilônia
era um copo de ouro na mão do Senhor, o qual embriagava a toda a terra; do seu
vinho beberam as nações; por isso, as nações enlouqueceram” (Jr 51.7). O avanço
do exército inimigo contra Judá não era simplesmente resultado da cobiça
babilônica ou de fracasso na política externa, mas consequência do povo não ter
atentado para as diversas advertências divinas desde Moisés, antes mesmo de
Israel entrar em Canaã sob o comando de Josué. Hoje, vivemos dias não
diferentes de Jeremias, dias de indiferença e rebeldia ao Senhor. Devemos
sempre nos lembrar que a atitude do povo de Judá provocou o caos espiritual e o
exílio.
Desde a chamada do patriarca Abraão,
o povo de Israel deveria ser diferente, isto é, monoteísta (adorar um único
Deus), enquanto os demais povos eram politeístas (adoravam vários deuses).
Através dos séculos, depois de entrar na terra Prometida, o povo de Israel se
deixou vencer continuamente pela idolatria, contrariando os mandamentos do
Senhor Deus (Êx 20.3-5).
2. A
convocação ao arrependimento.
Em seu livro, o profeta Jeremias nos apresenta
um cenário envolvendo a perversão de Judá e de sua consequente derrota para os
babilônios. Conforme a rebeldia do povo aumentava, mais vulneráveis se
tornavam, sendo incapazes de compreender a vida e a realidade divina.
2.1. Os
profetas no exílio.
O profeta Jeremias foi contemporâneo dos
profetas Ezequiel e Daniel. Jeremias serviu como profeta de Deus em Judá,
enquanto Daniel e Ezequiel foram profetas na cidade da Babilônia. Mesmo no
cativeiro, Deus estava cuidando do Seu povo. Jeremias permaneceu em Jerusalém,
mas Deus também tinha seus profetas no exílio: Daniel e Ezequiel, pois o Senhor
prometeu jamais abandonar o Seu povo (Dt 31.6).
Jeremias desempenhou seu ministério
profético na terra de Judá anunciando a destruição de Jerusalém e o cativeiro.
Daniel esteve na comitiva em Babilônia, servindo como político no palácio real,
e, Ezequiel ministrou para os judeus exilados no campo. O profeta Daniel foi
transportado nove anos antes que Ezequiel para a Babilônia. A história de
Israel a partir deste ano passou a ser estendida em duas localidades
geograficamente separadas, com profetas em Jerusalém (Jeremias) e na Babilônia
(Daniel e Ezequiel). Este episódio mudou a história do povo de Deus.
2.2. É
preciso louvar ao Senhor.
Os judeus se reuniam no templo de Jerusalém.
Neste lugar, todo judeu deveria se dirigir para lá a fim de adorar ao Senhor.
Daniel, mesmo no exílio, orava em seu quarto com a janela voltada para a
direção de Jerusalém (Dn 6.10). Com a conquista de Jerusalém (Dn 6.10). Com a
conquista de Jerusalém por parte dos babilônios, que destruíram o templo e
deportaram a população para a Babilônia, o povo não tinha mais terra nem
templo. Como era preciso adorar o Senhor, surge neste momento a sinagoga.
Assim, a sinagoga passa ser o local do culto judaico, um ponto de encontro dos
judeus para as preleções, orações e leitura das Escrituras. Ao se desenvolver
entre os judeus as sinagogas, intensificou-se a precisão de cópias das Santas
Escrituras para os grupos dos exilados judeus em toda a Babilônia. Mesmo cativo
era preciso adorar ao Senhor.
O aparecimento das primeiras
sinagogas é atribuído ao período do exílio babilônico, quando os judeus
deixaram de ter um templo para venerar e sacrificar ao Senhor. Nesta ocasião,
os judeus mais religiosos, passaram a reunir-se numa sinagoga para ouvir a
Palavra do Senhor e fazer orações. As sinagogas tornaram-se então as
instituições mais importantes para os judeus. Em qualquer local onde tivesse
dez judeus, podia ser aberta uma sinagoga. A direção da sinagoga era exercida
pelo rabino, o qual era eleito pelos componentes daquele grupo.
2.3. Mesmo
no cativeiro Deus cuida do Seu povo.
A nação de Judá foi castigada para mostrar o
quanto o Senhor é fiel e verdadeiro. Deus planejou trazer seu povo de volta à
verdadeira adoração e mostrar às nações quem era o Deus de Judá. Mesmo
habitando com pagãos na Babilônia, o povo eleito do Senhor não poderia se
contaminar. Ou seja, a lealdade do Senhor não podia ser negociada de modo
algum. A nossa realidade não é diferente. O Senhor nos diz a mesma coisa hoje:
Não se contamine! A vida do profeta Daniel nos inspira em todas as fazes da
nossa vida. Ele foi um homem leal a Deus da juventude à velhice. Mesmo que as
circunstâncias sejam distintas, o mesmo Deus que conduziu o profeta Daniel na
Babilônia nos conduzirá em nossa caminhada.
O profeta Daniel tinha uma vida de
oração, que lhe impulsionava a não abandonar ao Senhor. Ele começou a buscar o
Senhor em oração ainda moço e não sucumbiu, nem mesmo quando já estava em idade
adiantada. Daniel entrou para a história porque buscava o Senhor em oração
constante. O que aprendemos com Daniel é que, mesmo vivendo escravizado, o
Senhor se torna a água para os que têm sede e pai para os órfãos.
3. A hora
de voltar para casa.
O profeta Jeremias assegurou que o Senhor
resgataria o Seu povo do cativeiro (Jr 30.10; 46.27). Do mesmo modo, Moisés e
Salomão, séculos antes, haviam falado sobre uma restauração após o cativeiro
(Dt 30.1-5; 1Rs 8.46-53). Outros profetas também asseguravam o livramento do
exílio (Ez 39.25-27; Am 9.13-15; Sf 2.7; 3.20).
3.1. A
restauração do povo de Israel.
O período que o povo ficou exilado marcou
intensamente tanto os que permaneceram em Judá como os que foram transportados
para o exílio. Muitos, de formas distintas, viveram o conhecimento da aflição,
da nostalgia, do desprezo e a consciência de culpabilidade pela catástrofe que
se abateu sobre o reino de Judá. Sem dúvida alguma, um dos períodos mais
difíceis e dolorosos. Mas também foi motivo de renovação e retomada da
fidelidade a Deus.
Com o exílio na Babilônia surgiriam
importantes escritos como de Ezequiel, Daniel e partes dos Salmos. Esses
relatos geram a perspectiva do regressar, de um novo êxodo em que Deus mesmo
vai ajuntar o seu povo como o pastor reúne o seu rebanho (Is 40.10-11). O
exílio na Babilônia e o retorno do povo à terra de Judá foram percebidos como
um dos grandes atos principais no episódio da relação entre o Deus de Israel e
o Seu povo arrependido.
3.2. O
Senhor é Soberano.
Deus possui discernimentos que passam longe de
nossos pensamentos. Ele usa quem Ele quer em Suas mãos. Após os setenta anos de
cativeiro (Jr 29.10), o Senhor escolheu um rei gentio para executar os Seus
planos. O rei Ciro foi um instrumento nas mãos do Senhor para garantir o
retorno do Seu povo (Ed 1.1-3). Ele é Soberano e sabe a melhor forma e a quem
usar para executar Seus planos.
A Soberania do Eterno Deus é
informada nas Sagradas Escrituras que é impossível alguém negar essa doutrina.
Deus é declarado como Soberano em cada folha das Sagradas Escrituras. De igual
modo, o mesmo Deus governa e administra todas as questões desse mundo por Seu
poder (Sl 115,2-3). O Senhor Deus é poderoso para fazer o que quiser, pois tudo
é dEle: “Do Senhor é a terra e a sua plenitude, o mundo e aqueles que nele
habitam” (Sl 24.1). Sua Soberania envolve Seu Governo e controle de modo
absoluto.
3.3. Deus
é Deus em qualquer circunstância.
Deus não opera nem do jeito e nem no tempo do
homem. Deus já havia levantado o rei dos assírios, Salmaneser, contra o reino
do Norte, Israel (2Rs 17.6). Por toda a Escritura, notamos que o Senhor Deus
não perde o controle, não se confunde e não é surpreendido. Mesmo quando tudo
parece desmoronar e se tornar um caos, o Senhor reina e Seu propósito prevalece
(Jó 42.2; Ap 19.6). Assim, o Senhor Deus é poderoso para usar as circunstâncias
em favor daqueles que O amam, confiam nEle e a Ele se submetem (Rm 8.28).
Podemos estar sujeitos ao Senhor em
todo o tempo. Podemos confiar nEle em tempo de perturbações, dores, angústias e
ansiedades. Podemos nos apoiar nEle e na força do seu poder. As circunstâncias
mudam, mas Deus nunca muda (Ml 3.6; Hb 13.8; Tg 1.17). Podemos não saber o que
o Senhor está fazendo, mas sempre podemos confiar nEle, porque Ele sabe o que é
melhor para cada um de nós. Não espere coisas comuns de um Deus que faz
maravilhas. Não espere coisas acanhadas de um Deus imponente. Não podemos
limitar o atuar de Deus. Ele é Deus e será sempre Deus! Ele nunca fracassou e
não falhará jamais!
Conclusão.
Tudo que aconteceu com o povo de Israel foi por
causa de sua desobediência, que trouxe como consequência o cativeiro. Deus até
nos permite sermos subjugados, mas não para sempre. Isto dura o tempo que for
preciso para que aprendamos e cresçamos em Sua presença.
Questionário.
1. O profeta Isaías havia dito a qual rei sobre
a incursão babilônica?
R: O rei Ezequias (1Rs 20.16-17).
2. Quem vê todas as coisas?
R: O Senhor (Sl 33.13-15).
3. Mesmo no exílio., o profeta Daniel orava
voltado para qual direção?
R: Jerusalém (Dn 6.10).
4. Quanto tempo o povo ficou cativo na
Babilônia?
R: Setenta anos (Jr 29.10).
5.
Quem o Senhor usou para libertar o Seu povo do cativeiro?
R: O rei Ciro (Ed 1.1-3).
Fonte: Revista de Escola
Bíblica Dominical, Betel, Jeremias – Deus convoca Seu povo ao arrependimento, Jovens
e Adultos, edição do professor, 2º trimestre de 2017, ano 27, Nº 103,
publicação trimestral, ISSN 2448-184X.
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