Lição
13 CONSELHOS PARA A VIDA
24/06/2018
Texto
do dia
(1 Ts 5.24)
"Fiel é o que vos chama, o qual também o
fará."
Síntese
O Senhor tem feito coisas grandes e tremendas
em nosso favor.
Agenda
de leitura
SEGUNDA - 2 Co 1.12
Vivendo na graça de Deus
TERÇA - Sl 119.9
A Palavra como bússola da vida
QUARTA - Ne 8.10
A nossa força vem da alegria que Deus nos
concede
QUINTA - Tt 3.5
Salvos pelas ricas misericórdias
SEXTA - 1 Co 15.58
Tudo o que fazemos para o Senhor é útil
SÁBADO - 1 Ts 5.26
Não pode faltar carinho e afeto
Objetivos
PENSAR a respeito das
maravilhosas obras que Deus faz por nós;
REFLETIR a respeito do que
devemos fazer por nossos irmãos;
MOSTRAR como deve ser a
relação entre líderes e liderados.
Interação
Esta foi uma maravilhosa jornada de três
meses onde, mais uma vez debruçamo-nos sobre a Palavra de Deus. A experiência
de compartilhar com você, querido educador, ideias, estratégias e conhecimento,
foi algo especial da parte do Senhor. Espero, sinceramente, que sua vida como
educador possa ter sido tão edificada neste trimestre quanto a minha como
comentarista. Desejo ainda louvar a Deus por educadores como você que, por se
dedicarem de maneira tão comprometida ao ministério com jovens, faz com que uma
lição como esta tenha sentido e significado para centenas de milhares de
rapazes e moças.
Se durante este trimestre tudo não ocorreu da
maneira que você planejou não se frustre, o fim de um trimestre é a
oportunidade de recomeçar, reavaliar e renovar as esperanças. Um grande abraço.
Orientação
Pedagógica
A finalização de um trimestre deve ser um
momento de comemoração, de confraternização e de agradecimento. Uma das formas
de coordenar momentos assim é, após a ministração da aula, conceder a palavra a
cada educando para que eles expressem suas impressões sobre o trimestre, ou
montar uma apresentação com fotos que representem o sentimento de alegria e
unidade de todos os que participam de sua classe. Por fim, você educador,
declare toda sua gratidão pela vida de cada educando, por cada momento juntos,
por todo o processo de ensino-aprendizado, reconhecendo publicamente que tudo é
resultado da poderosa obra de Deus entre nós.
Texto
bíblico
1 Tessalonicenses 5.23-28
23 E o mesmo Deus de paz vos santifique em
tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo, sejam plenamente conservados
irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.
24 Fiel é o que vos chama, o qual também o
fará.
25 Irmãos, orai por nós.
26 Saudai a todos os irmãos com ósculo santo.
27 Pelo Senhor vos conjuro que esta epístola
seja lida a todos os santos irmãos.
28 A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja
convosco. Amém.
2 Tessalonicenses 3.16-18
16 Ora, o mesmo Senhor da paz vos dê sempre
paz de toda a maneira. O Senhor seja com todos vós.
17 Saudação da minha própria mão, de mim,
Paulo, que é o sinal em todas as epístolas; assim escrevo.
18 A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja
com todos vós. Amém!
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Paulo dedica a parte final das Epístolas aos
Tessalonicenses para o cuidado pastoral com aquela comunidade local.
Lembremo-nos que o apóstolo não era um simples pregador itinerante, que
casualmente passou por aquela região; ele reconhecia-se como líder daqueles
irmãos, responsável pelo bom desenvolvimento espiritual daquele grupo.
É por isso que suas palavras finais
transbordam de ternura, carinho e atenção. Não há uma tônica de reprovação, não
se percebe ao final das epístolas frustração pastoral.
I- O
DEUS QUE FAZ O EXTRAORDINÁRIO POR NÓS
1. Torna-nos santos (1 Ts 5.23). Não há nenhuma parte
de nosso ser que Deus não deseje tratar e restaurar. Tudo o que há em nós:
espírito, alma e corpo, a maneira com que foram maculados pelo pecado através
da Queda de Adão, está em processo de restabelecimento por meio da obra
redentora de Cristo. Como o texto deixa muito claro, a obra da salvação é uma
realização exclusiva de Deus. Todavia, a manutenção deste estado em nossas
vidas passa pela opção de romper com o mundo de pecado e aproximar-se diariamente
de Cristo. Como um jovem pode, nesses dias tão difíceis, permanecer santo
diante do Senhor? Somente por meio de uma vida centrada na Palavra de Deus (Sl
119.9). Essa então deve ser uma vida de renúncia aos prazeres do mundo, apego
ao amor incondicional a Deus, e esforço contínuo em seguir o projeto do Pai
para nossas vidas.
2. Dá-nos abundantemente sua graça. Muito mais do que um
simples chavão religioso, "a graça seja convosco" (1 Ts 5.28), é uma
oração contínua de Paulo não apenas pelos cristãos em Tessalônica, mas por
todos aqueles com quem ele conviveu ministerialmente. Se bem pensarmos, do que
mais necessitamos senão, prioritariamente, da graça? (2 Co 12.9). A suficiência
de Cristo em nossa vida passa pela compreensão da revelação da graça dEle em nossa
história (2 Co 1.12). Diante de tudo o que o Senhor tem feito por nós, fica
difícil compreendermos a manifestação do Pai em nossa vida mediante a sua
graça. Lembremo-nos, já fomos libertos do pecado para vivermos por meio do
milagre restaurador da graça (Rm 6.14).
3. Permanece para sempre convosco
(2 Ts 3.16).
Tudo o que realizamos prospera quando seguimos pacientemente as orientações do
Eterno para nossa vida (Sl 1.3). Não há qualquer dúvida sobre o segredo da
força que cotidianamente manifestamos na luta contra a maldade; ela vem da
alegria que o Senhor transmite ao nosso coração (Ne 8.10). A promessa de Jesus
antes de voltar ressuscitado ao Pai foi que estaria conosco, todos os dias, até
o cumprimento literal da vontade de Deus sobre todas as coisas (Mt 28.20). Este
é mais um desses poderosos milagres que o Senhor realiza em nosso favor: apesar
de frágeis pecadores, Ele nos ama incondicionalmente. É claro que o amor de
Deus tem como fundamento, não algum tipo de bondade que exale de nós, mas as
ricas misericórdias do Criador (Tt 3.5). Que bênção sobrenatural, o Deus
Todo-Poderoso que se alegra em andar conosco, necessitados pecadores.
Pense
A obra que o Senhor deseja realizar em nós
não implica em uma mudança e transformação de apenas algumas áreas em
detrimento de outras. O desejo de Deus é que todo o nosso ser - espírito, alma
e corpo - sejam libertos da escravidão do pecado e reposicionados para uma vida
só para Deus.
Ponto
Importante
A misericórdia de Deus liberada sobre nossa
vida não é uma autorização para pecarmos deliberadamente. Que a iniquidade seja
sempre um erro, uma queda, em nossa história, nunca um desejo obstinado que se
instale em nosso ser.
II- O
QUE NÓS DEVEMOS FAZER PELOS IRMÃOS?
1. Orar uns pelos outros (1 Ts
5.25).
Paulo termina suas epístolas aos tessalonicenses não apenas anunciando o que
Deus faz continuamente por nós, mas também aquilo que obstinadamente devemos
fazer por nossos irmãos. Em primeiro lugar, devemos manter uma vida de oração
dedicada aos outros. Às vezes, parece que oramos tanto apenas por nossas causas
e desejos, que nos esquecemos que uma parte da cura que Deus deseja trazer aos
nossos corações passa por uma vida de oração coletiva, intercessão, de clamor
comunitário (Tg 5.16). Chega de falar uns dos outros, reclamar uns dos outros;
é hora de verdadeiramente dedicarmo-nos a uma experiência de oração viva,
segundo a qual sejamos testemunhas oculares das transformações de Deus - as
quais sempre serão muito maiores em nós, e nosso ser, do que nos outros. Quando
oramos com quebrantamento, somos sempre os primeiros a experimentar as mudanças
em nós mesmos.
2. Colaborar para a construção de
um ambiente de acolhimento e amor. O texto de 1 Tessalonicenses 5.26, registra
um elemento cultural das sociedades do oriente que, para muitos de nós
ocidentais contemporâneos (cheios de noções comportamentais bem diferentes),
soa no mínimo estranho. Na verdade, podemos compreender este texto de duas
maneiras muito simples: a primeira seria o entendimento de que o beijo era uma
tradição cultural disseminada naquele meio, e que Paulo fez menção da mesma. A
outra opção é interpretar as palavras paulinas apenas como uma despedida
educada, assim como em nossos dias, após uma boa conversa com um amigo nos
despedimos dizendo: "Um beijo para todo mundo." Independente da opção
interpretativa, ambas levam a uma conclusão: É nosso dever ser acolhedores e
fraternos, nunca competitivos e brigões.
3. Fazer notórias as verdades de
Deus (1 Ts 5.27; 2 Ts 3.17). O desejo do apóstolo era que todas as pessoas tivessem
acesso às informações, ensinos e orientações que estavam naquelas epístolas. Os
textos eram públicos e deveriam ser lidos em coletividade, pois a finalidade
era a edificação comunitária. Nosso papel é este, à semelhança de Paulo, tornar
as profundas verdades do Reino o mais simples possível. Se tivermos a
oportunidade de estudar mais um pouco (e isto é típico desta geração de jovens)
não devemos fazer disso um instrumento de exaltação, mas um dom para serviço na
causa do Mestre. Fujamos das intermináveis querelas pseudoteológicas, que no
mais das vezes apenas envenenam a alma tanto de quem as debate quanto de quem
as escuta (Tt 3.9). Concentremo-nos em anunciar as riquezas e maravilhas do
Evangelho.
Pense
A maldade de nossa sociedade tem prejudicado
nossas relações interpessoais, inclusive dentro da Igreja. É necessário que
nossa mente seja restaurada à imagem de Cristo, para que possamos pensar
diferente, de maneira mais pura e tenhamos relacionamentos mais saudáveis.
Ponto
Importante
Na maioria das vezes, quando oramos por
outros, especialmente quando estamos em situações de conflito, somos
tendenciosos a orar clamando por mudança na vida dos outros, mas e se o
propósito de Deus em toda essa situação for transformar algo em nós?
III-
COMO SEU LÍDER SE DESPEDIRÁ DE VOCÊ?
1. Agradecendo a Deus pelo fim de
um período turbulento?
A despedida de Paulo dos tessalonicenses como vimos acima, foi carinhosa e
cheia de votos de felicidade. Alguns líderes não veem a hora do ano, do
trimestre, do congresso terminar para depois entregarem seus cargos, pois
infelizmente os liderados não cooperam, e ainda fazem muitas críticas. Que tipo
de liderado é você? Cooperador ou maledicente? Você teria coragem de liderar o
ministério de jovens, o conjunto musical, a classe da Escola Dominical de sua
igreja? Se você fosse um líder você desejaria um grupo de liderados exatamente
como você é hoje? Estas perguntas não devem ser respondidas em público, elas
são na verdade um convite a reflexão interior, pessoal, individual. Façamos
apenas mais uma pergunta: e se Paulo fosse o líder do grupo no qual você está
envolvido, como ele se despediria?
2. Exausto emocional e
espiritualmente?
O índice de líderes adoecidos nas comunidades locais é altíssimo. Estafa,
estresse, ansiedade, estas são algumas das mazelas que dedicados servos de Deus
têm adquirido em virtude da sobrecarga de trabalho a que se submetem. O que
você tem feito para auxiliar seu líder? De que maneira sua participação como
liderado tem sido uma bênção para quem lidera? Todos podem ser melhores, mas
você também não!? Seu líder é daqueles que "carregam o piano" sozinho
e ainda tem que escutar comentários como: "Não ficou bom!",
"Qualquer um faria melhor!", "Coisa de amador!"? Auxilie
seus líderes, pois aquilo que fazemos para o Reino de Deus tem um valor eterno.
Líderes também precisam de amigos e apoiadores, pois ninguém consegue fazer a
obra de Deus sozinho.
3. Em lágrimas de gratidão por tudo
aquilo que você tornou-se.
Que os nossos sentimentos, sejam semelhantes aos de Paulo: haja gratidão e
alegria (Rm 16.6,12; 1 Co 16.10; Fp 4.3). Para tanto reconheçamos que nosso
trabalho nunca é inútil ou insignificante quando o fazemos para a glória do
Senhor (1 Co 15.58). A verdadeira alegria de um líder, não é pelas coisas que
faz, mas pelo legado que deixa na vida das pessoas. O testemunho de acompanhar
pessoas feridas na alma e desacreditadas da fé, e vê-las restauradas e louvando
a Deus é algo fantástico. Quanto vale o preço de uma vida restaurada pelo poder
de Deus? Quanto se pode pagar por um sonho ministerial que se torna realidade?
O que se pode dar em troca da vida de um jovem alicerçada na presença do
Criador? Em todos os casos a resposta é a mesma; NADA! Cristo seja sempre tudo
em nós.
SUBSÍDIO
"As Petições e Bênçãos de Paulo
(5.25-28)
Não é incomum para Paulo pedir oração por si
ou por seus companheiros (Rm 15.30-32; 2 Co 1.11; Ef 6.19,20; 2 Ts3.1). Esse
não é um pedido superficial; o apóstolo conhece o poder da oração e o valor de
mencionar os companheiros cristãos no aspecto de uma parceria ministerial. É
uma honra alguém lhe pedir oração, porque esta atitude demonstra confiança em
sua pessoa. Paulo orou muito por esses crentes e continuava a fazê-lo; porém
admitia a necessidade de ter outros crentes que o apoiassem. Paulo era sempre
grato pelo apoio recebido, quer se tratasse de oração, ajuda financeira, ou
voluntária. O pedido de oração 'formou um vínculo de intercessão mútua' com os
cristãos tessalonicenses. O pedido de Paulo faz parte de sua intenção de
promover a solidariedade e a união entre os crentes: 'saudai a todos os irmãos
com ósculo santo' (v. 26; cf. Rm 16.16; 1 Co 16.20; 2 Co 13-12). A cultura dita
os costumes nessas práticas casuais; portanto seriamos negligentes se acusássemos
uma igreja de ser antibíblica por não ter o costume do 'ósculo santo'
(ARRINGTON, French. L. e STRONSTAD, Roger (Ed.). Comentário Bíblico
Pentecostal: Novo Testamento. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004. p. 1407).
ESTANTE
DO PROFESSOR
ELDREDGE, John. A Santidade que Liberta:
Aprendendo com Jesus a viver em integridade. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD
CONCLUSÃO
O melhor jeito de despedir-se de um grupo é
deixando muita vontade de não ir embora. Líderes e liderados precisam
reconhecer seus papéis no Reino dos Céus e trabalhar, cotidianamente, para que
cada um cumpra suas responsabilidades e acreditemos que o Senhor é que fará por
nós aquilo que somos incapazes de realizar. Que nossas despedidas sejam sempre
alegres, e cheias de boas recordações. Façamos algo pelo Reino.
Hora da
revisão.
A partir de seus conhecimentos adquiridos
durante todo este trimestre, comente um pouco a respeito do relacionamento de
Paulo com a igreja em Tessalônica.
Resposta
pessoal.
O que significa ter o corpo, alma e espírito
santificados?
É viver inteiramente para a
glória de Deus, em todo o âmbito da vida.
O que nós, enquanto igreja local, podemos
fazer para tornar nossa vida em comunidade melhor?
Resposta pessoal.
De que modo você, hoje, pode ajudar as
lideranças de sua igreja local?
Resposta pessoal.
No que você se imagina trabalhando na obra de
Deus, a curto, médio e longo prazo?
Resposta pessoal.
Fonte: CPAD, Revista, Lições
Bíblicas Jovens, professor, A Igreja do Arrebatamento – O Padrão dos
Tessalonicenses para Estes Últimos Dias,
Comentarista Thiago Brazil, 2º trimestre 2018.
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