Agradeço as mensagens e carinho dos Irmãos, que Deus abençoe a todos pela dedicação nos estudos e Amor pela Palavra, como disse a falta de recursos técnicos e operacionais dificultam grandemente esse trabalho, estaremos nos dedicando a outros projetos na obra, para honra e Glória do Senhor Jesus, estaremos sempre em oração pela vida dos Irmãos que atuam na área do ensino e contamos com as vossas orações também. Deus abençoe a todos derramando bênçãos, paz, e sabedoria para que o nome do Senhor seja engrandecido!
"seu servo osny"
Ministério Restauração da Aliança
segunda-feira, 18 de junho de 2018
Lição 13 Ética Cristã e Redes Sociais.
Lição
13 Ética Cristã e Redes Sociais.
24 de Junho de 2018
TEXTO
ÁUREO
(1 Co 6.12)
“Todas as coisas me são lícitas, mas nem
todas as coisas convêm; todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei
dominar por nenhuma”.
VERDADE
PRÁTICA
As redes sociais são um fenômeno que integra
a sociedade, porém, os relacionamentos virtuais não podem substituir a relação
interpessoal,
LEITURA
DIÁRIA
Segunda – Is 5.20,21
As Escrituras advertem aos que são sábios aos
próprios olhos
Terça – Jr 6.13,14
O perigo de uma vida de aparências e de
autoenganos
Quarta – Ec 1.2
A Palavra de Deus lembra a efemeridade da
vida
Quinta – 2 Tm 2.22
O apóstolo estimula o cristão a fugir das
paixões da mocidade
Sexta – 1 Co 9.22
Todo esforço é necessário para alcançar as
vidas sem Deus
Sábado – 1 Co 1.23,24
A poderosa mensagem do Evangelho é anunciar a
cruz de Cristo
LEITURA
BÍBLICA EM CLASSE
Provérbios 4.10-15
10 – Ouve, filho meu, e aceita as minhas
palavras, e se te multiplicarão os anos de vida.
11 – No caminho da sabedoria, te ensinei e,
pelas carreiras direitas, te fiz andar.
12 – Por elas andando, não se embaraçarão os
teus passos; e, se correres, não tropeçarás.
13 – Pega-te à correção e não a largues;
guarda-a, porque ela é a tua vida.
14 – Não entres na vereda dos ímpios, nem
andes pelo caminho dos maus.
15 – Evita-o; não passes por ele; desvia-te
dele e passa de largo.
OBJETIVO
GERAL
Conscientizar de que as redes sociais são um
fenômeno social, porém os relacionamentos virtuais não podem substituir a
relação interpessoal.
HINOS
SUGERIDOS:
71, 88, 108 da Harpa Cristã
OBJETIVOS
ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se
ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I
refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
Apresentar as redes sociais
como um fenômeno social;
Mostrar os perigos das
relações descartáveis e as novas tecnologias;
Discutir o uso das redes
sociais para o serviço do Reino de Deus.
INTERAGINDO
COM O PROFESSOR
Professor(a), como você se relaciona com as
redes sociais? Hoje todos estão conectados a elas, mas será este um fenômeno
social bom ou ruim? Toda a moeda tem os dois lados e com as redes sociais não é
diferente. Existem os pontos positivos e os negativos. Nesta última lição do
trimestre vamos refletir, à luz da Palavra de Deus, a respeito do tema. Somos
crentes, seja na igreja, no trabalho, em família e nas redes sociais, por isso
temos que fazer a diferença e nos comportar com ética e sabedoria para que o nome
de Jesus seja exaltado.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Devido ao avanço tecnológico, várias mudanças
ocorreram na sociedade. A rede mundial de computadores, conhecida como
Internet, conecta o mundo todo. Com o surgimento das redes sociais tudo o que
acontece é divulgado e comentado instantaneamente. As informações são
transmitidas com rapidez surpreendente; mas em contrapartida, vivemos um
estágio em que as pessoas se relacionam mais virtual que presencialmente. Nesta
lição, veremos o conceito e o perigo das redes sociais, bem como o desafio de a
igreja evangelizar as pessoas por meio das novas tecnologias.
PONTO
CENTRAL
As redes sociais são um fenômeno social. Mais
do que nunca, devemos usar de discernimento nesse mundo virtual, avaliando
todas as coisas sob a ótica cristã.
I –
REDES SOCIAIS
1. O que é a rede social? A expressão é usada
para uma aplicação da rede mundial de computadores (web), cuja finalidade é
conectar e integrar pessoas. Os que aderem a um site de relacionamentos podem
conectar-se entre si, criar um perfil, adicionar amigos e conhecidos, enviar
mensagens, fazer depoimentos, trocar informações, fotos e vídeos, além de
estabelecer vínculos. A rede social moderna surgiu no início do século XXI e
viabilizou aos usuários o encontro de amigos do passado e a ampliação do
círculo social.
2. Uma oportunidade para o
Evangelho.
A Bíblia mostra que o ser humano é por natureza um ser social e gregário (Gn
1.28,29). Tal sociabilidade também se manifesta intensamente na rede social,
sendo, por isso mesmo, uma grande e rica oportunidade para se pregar o
Evangelho. Uma vez que temos, da parte do Senhor Jesus Cristo, a ordem de levar
o Evangelho por todo o mundo (Mt 28.19,20), os contatos que a rede social
proporcionam devem ser ocasiões de discipular pessoas, momentos de se falar do
amor de Deus bem como oferecer consolo com base na Palavra do Senhor aos
desesperançados.
3. O uso da Rede Social. Como tudo na
Internet, bem como nas tecnologias da informação, as redes sociais apresentam
não apenas benefícios, mas também podem trazer danos para seus usuários.
Lamentavelmente, não são poucos os que dizem professar o nome de Cristo, mas
não o honram com seu perfil na rede social. Uns a utilizam como uma fonte de
ostentação, outros se envolvem em discussões intermináveis que nenhuma
edificação traz. A Bíblia, porém, nos recomenda que devemos evitar tais
discussões (Tt 3.9). Tendo “a mente de Cristo” (1 Co 2.16b) e cientes de que
“todas as coisas” nos “são lícitas”, devemos viver o princípio de não permitir que
nenhuma delas nos domine (1 Co 6.12). Mais do que nunca, devemos usar de
discernimento nesse mundo virtual, avaliando todas as coisas sob a ótica
cristã.
SÍNTESE
DO TÓPICO I
As redes sociais são um fenômeno do nosso
tempo, mas precisam ser utilizadas com sabedoria.
Nas redes sociais, em geral, as pessoas
publicam uma vida perfeita e um mundo repleto de felicidades.
SUBSÍDIO
TEOLÓGICO
“Você consegue imaginar, na atualidade, uma
pessoa que não esteja conectada ao Whatsapp, Facebook, Twitter ou Instagram?
Não conseguimos nem idealizar, pois nunca o acesso as redes sociais foi tão
amplo. Entretanto quando o assunto é redes sociais, em geral os crentes ficam
preocupados e as opiniões se dividem quanto ao seu uso. Alguns até creem que é
pecado. Outros questionam: O cristão pode utilizar as redes sociais? Você não
vai encontrar na Bíblia nenhum texto bíblico que fale a respeito deste assunto,
pois é uma atividade da vida moderna. Por não conhecerem o universo online,
muitas pessoas acabam tendo um excesso de zelo, preocupação e enxergam somente
os aspectos negativos do mundo virtual. Houve um tempo que o rádio também foi
muito criticado, e algumas igrejas, proibiam seus membros de ouvi-lo. Tudo que
é novo assusta, contudo como cristãos devemos evitar todo e qualquer
radicalismo, pois o crente deve ser prudente, equilibrado em suas atitudes,
palavras e até ponto de vista em relação ao uso das redes sociais não é
diferente; precisamos utilizá-las com sabedoria, prudência e equilíbrio. A cada
dia o número de brasileiros online vem aumentado e grande parte deste número é
de crentes e que frequentam a Escola Dominical. A questão a ser discutida hoje
pelos professores e alunos da Escola Dominical é mais ampla: Como as pessoas
estão se comportando nas redes sociais? Como você se comporta? O problema não
são as redes sociais, mas como as pessoas se comportam nelas.
Para o cristão, todas as coisas são lícitas,
mas nem tudo é proveitoso ou edificante (1 Co 10.23;16.12). Devemos fazer uso
do universo online com prudência e discernimento; sejamos cuidadosos e tenhamos
limites. Michael Palmer, no livro Panorama do Pensamento Cristão, diz que ‘os
cristãos que veem a cultura de mídia de entretenimento têm de aprender a ler
essas imagens e rejeitar as que são incompatíveis com os padrões cristãos e a
Escritura’. Esse é o problema. Muitos crentes não conseguem fazer essa leitura.
Precisam ser ensinados a fazer isso. Será que você faz essa leitura? Ou você
ingere tudo sem questionamento? (BUENO, Telma. Adolescentes Vencedores: Vivendo
em Sociedade. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2015, p. 45).
II – O
PERIGO DA RELAÇÃO DESCARTÁVEL E AS NOVAS TECNOLOGIAS
A velocidade da informação e a efemeridade
nos relacionamentos virtuais têm provocado sérios danos às relações sociais.
1. A distorção da felicidade. A Palavra de Deus
nos adverte quanto aos que vivem uma vida de dissimulação e se ufanam de si
mesmos (Is 5.20,21). A Bíblia mostra que esse é um caminho perigoso. Nas redes
sociais, em geral, as pessoas publicam uma vida perfeita e um mundo repleto de
felicidades. As redes estimulam a prática narcisista, ou seja, o indivíduo que
admira exageradamente a própria imagem e que nutre uma paixão excessiva por si
mesmo – a Bíblia condena essa atitude (Mc 12.30,31). Essas pessoas tendem a buscar
uma felicidade fútil, em meio a fotos montadas e a sorrisos falsos. Muitas
vezes é uma vida de “faz de conta”. Apresentam o que não é verdadeiro. A
Palavra de Deus não compactua com tal prática (Fp 4.8).
2. O isolamento e a solidão. Na década de 1990 pesquisadores
chamaram atenção para o mal social denominado de “paradoxo da internet”.
Trata-se da contradição de alguém ter vários relacionamentos virtuais e, ao
mesmo tempo, a ausência de contato humano. Estudos recentes demonstram quanto
maior a frequência no uso da Internet, aumenta o sentimento de solidão,
problema acentuado pelas redes sociais – a Bíblia mostra a importância do
companheirismo (Lc 10.1). O ser humano está sendo integrado à tecnologia, mas
tratado como se fosse uma máquina. Essa falta de equilíbrio tem desencadeado
crises emocionais, ansiedades e isolamentos. É uma “bolha” em que a realidade
dá lugar à fantasia, como acontecia nos dias do profeta Jeremias (Jr 6.14).
3. Relações sociais efêmeras. Segundo um sociólogo
polonês, a sociedade vive um momento de frouxidão nas relações sociais. Ele
chama este fenômeno social de “modernidade líquida”. Os tempos são “líquidos”
porque tudo muda tão rapidamente e nada é feito para durar, para ser “sólido”
(Sl 90.9). Nas redes sociais, com apenas um clique é possível bloquear, deletar
ou excluir as pessoas. E com outro clique, podemos aceitar, comentar e curtir
as atividades de outras pessoas. Esse fenômeno representa um declínio das
sólidas relações humanas, uma vez que por meio das tecnologias, a amizade, o
amor e o respeito entre as pessoas são facilmente descartáveis. A vida de fato
passa a ser “vaidade de vaidades” (Ec 1.2).
4. A falsa sensação de privacidade. Diversos usuários
das redes sociais iludem-se com a sensação de privacidade e ficam expostos a
toda espécie de constrangimentos. Comentários pessoais, sentimentos de foro
íntimo; fotos e vídeos comprometedores saem da área do privado e se tornam
públicos. Essa sensação de privacidade também favorece a prática do pecado
viral (algo que se espalha rápido como um vírus) (Mt 24.12). Pode ser desde a
reprodução e a retransmissão de pornografia até a divulgação de notícias falsas
e difamatórias. A Palavra de Deus nos instrui a fugir dessas coisas (2 Tm 2.22;
Pv 16.28).
A Igreja de Cristo precisa estar consciente
quanto ao potencial das redes sociais.
SÍNTESE
DO TÓPICO II
As novas tecnologias aproximam as pessoas,
mas também podem tornar os relacionamentos descartáveis.
SUBSÍDIO
TEOLÓGICO
“Que somos seres sociáveis não temos dúvida,
mas o desejo de socialização é um projeto de Deus que talvez não seja tão
conhecido. Essa premissa está inserida em Gênesis 1.27,28, quando no relato da
criação Deus disse ao casal progenitor que crescesse e se multiplicasse.
[...] Mas a última descoberta que vem arrebanhando
milhares de pessoas à solidão, é a www ponto com, a Internet através da rede
mundial dos computadores.
Horas e horas são gastas diante do aparelho,
privando as pessoas de se comunicar com seus familiares. Mas o problema da
Internet é que ela oferece uma suposta comunicação – que nem de perto substitui
a versatilidade de uma conversa cara a cara – mas, que tem gerado sérios
transtornos com sites eróticos, salas de bate-papo entre aventureiros sexuais
(sexo virtual) e outras tantas coisas nocivas à vida natural do ser humano.
O homem acaba sendo globalizado com o mundo e
alienado localmente de si mesmo e do convívio familiar. É a inversão de valores
como disse o Senhor Jesus Cristo em Mateus 16.26: “Pois que aproveita ao homem
ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma? Ou que dará o homem em recompensa
da sua alma?”.
Portanto, a estratificação social não é à
vontade de Deus para a humanidade, pois inequivocamente as evidências bíblicas
mostram que
Deus nos criou para O adora-lo, e não há
possibilidade de isso acontecer se não desfrutarmos de comunhão uns com os
outros (Mt 5.23,24), ou seja, é impossível ser cristão antes de sermos
completamente humanos, isto é relacionais” (CARVALHO, César Moisés. Marketing
para a Escola Dominical: Como atrair, conquistar e manter alunos na Escola
Dominical. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, pp.34,35).
III – A
REDE SOCIAL A SERVIÇO DO REINO DE DEUS
A Igreja de Cristo precisa estar consciente
quanto ao potencial das redes sociais e deve usá-la na propagação do Reino de
Deus.
1. O bom testemunho nas redes
sociais.
Cristo ensinou que o cristão é a luz do mundo (Mt 5.14). Que essa luz deve
resplandecer por meio das boas obras a fim de glorificar o nosso Pai que está
nos céus (Mt 5.16). Desse modo, para o bom testemunho nas redes sociais o
cristão não deve postar comentários negativos ou fazer pré-julgamento das
pessoas. Deve tomar todo o cuidado, tendo a precaução com as fotos e os vídeos
que publicar (seja vídeos ou fotos pessoais ou de terceiros). É importantíssimo
avaliar o conteúdo, a coerência, o vocabulário e a ética cristã das mensagens
antes de postar, comentar ou curtir em sua rede.
2. O uso correto da evangelização
digital.
A Internet é uma grande aliada na divulgação do Evangelho, porém, alguns
cuidados são necessários para não tornar a mensagem inócua. As postagens não
podem ser grandes e os vídeos não podem ser demorados. A mensagem precisa ser
clara, concisa e objetiva (Hb 2.1,2). Antes de compartilhar qualquer conteúdo
com os amigos, devemos analisar a veracidade bíblica daquela mensagem e seu
teor teológico-doutrinário. Em lugar de postagens com frases de efeito, ou de
autoajuda e de confissões positivas, devem-se priorizar os versículos bíblicos.
Ao reproduzir áudios e vídeos devemos verificar se não existe algo que possa
causar escândalos. Também não se deve atacar a ninguém, apenas anunciar e
confessar a Cristo (1 Co 1.23,24).
A Internet é uma grande aliada na divulgação
do Evangelho, porém, alguns cuidados são necessários para não tornar a mensagem
inócua.
SÍNTESE
DO TÓPICO III
Os princípios básicos da família são o
casamento monogâmico, sua indissolubilidade e a heterossexualidade.
SUBSÍDIO
BIBLIOLÓGICO
Professor(a), reproduza o esquema ao lado no
quadro. Em seguida peça que os alunos citem alguns malefícios das redes
sociais. À medida que forem falando vá relacionando no quadro. Depois peça que
relacionem alguns dos benefícios. Explique que os benefícios também são muitos.
Através das redes ajudamos pessoas a encontrarem emprego, evangelizamos,
divulgamos as atividades da nossa igreja, etc. Quantas coisas boas e úteis
podem ser feitas para o crescimento do Reino de Deus mediante o uso correto das
redes sociais.
CONCLUSÃO
Estatísticas indicam que mais de um terço da
população mundial está conectada à web e interage por meio de redes sociais.
Diante desses fatos a igreja precisa instruir seus membros no uso das novas
tecnologias e buscar métodos de evangelização por meio das redes sociais. Para
tanto, dizem as Escrituras “antes, rejeitamos as coisas
que, por vergonha, se ocultam, não andando com astúcia nem falsificando
a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo homem, na
presença de Deus, pela manifestação da verdade” (2 Co 4.2).
PARA
REFLETIR
A respeito do tema “Ética Cristã e Redes
Sociais”, responda:
Como que a expressão “rede social” é usada?
A expressão é usada para uma
aplicação da rede mundial de computadores (web), cuja finalidade é conectar e
integrar pessoas.
Quais os principais danos associados ao uso das
redes sociais?
A distorção da felicidade,
isolamento, solidão e relações sociais efêmeras.
Quanto à distorção da realidade, o que as
redes sociais estimulam?
As redes estimulam a prática
narcisista, ou seja, o indivíduo que admira exageradamente a própria imagem e
que nutre uma paixão excessiva por si mesmo – a Bíblia condena essa atitude (Mc
12.30,31).
O que ilude a maioria dos usuários de redes
sociais?
Diversos usuários das redes sociais
iludem-se com a sensação de privacidade e ficam expostos a toda espécie de
constrangimentos.
Antes de compartilharmos qualquer conteúdo, o
que devemos fazer?
É importantíssimo avaliar o
conteúdo, a coerência, o vocabulário e a ética cristã das mensagens antes de
postar, comentar ou curtir em sua rede.
CONSULTE
Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 74, p42.
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SUGESTÃO
DE LEITURA
Seu Casamento e a Internet
Orientações para que seu casamento não se
deteriore devido o uso inapropriado da web.
Marketing Para a Escola
Dominical
A obra oferece uma perspectiva moderna sobre
como administrar o departamento de Escola Dominical de sua igreja, levando em
conta os muitos desafios enfrentados por essa instituição.
Falando Honestamente
Falando Honestamente
A obra propõe uma reflexão de como se tornar
espiritualmente saudável, identificando e combatendo doenças da alma.
Fonte: CPAD, Revista, Lições
Bíblicas Adultos, professor, Valores Cristãos – Enfrentando as questões morais
de nosso tempo, Comentarista Douglas
Baptista, 2º trimestre 2018.
Lição 13 CONSELHOS PARA A VIDA
Lição
13 CONSELHOS PARA A VIDA
24/06/2018
Texto
do dia
(1 Ts 5.24)
"Fiel é o que vos chama, o qual também o
fará."
Síntese
O Senhor tem feito coisas grandes e tremendas
em nosso favor.
Agenda
de leitura
SEGUNDA - 2 Co 1.12
Vivendo na graça de Deus
TERÇA - Sl 119.9
A Palavra como bússola da vida
QUARTA - Ne 8.10
A nossa força vem da alegria que Deus nos
concede
QUINTA - Tt 3.5
Salvos pelas ricas misericórdias
SEXTA - 1 Co 15.58
Tudo o que fazemos para o Senhor é útil
SÁBADO - 1 Ts 5.26
Não pode faltar carinho e afeto
Objetivos
PENSAR a respeito das
maravilhosas obras que Deus faz por nós;
REFLETIR a respeito do que
devemos fazer por nossos irmãos;
MOSTRAR como deve ser a
relação entre líderes e liderados.
Interação
Esta foi uma maravilhosa jornada de três
meses onde, mais uma vez debruçamo-nos sobre a Palavra de Deus. A experiência
de compartilhar com você, querido educador, ideias, estratégias e conhecimento,
foi algo especial da parte do Senhor. Espero, sinceramente, que sua vida como
educador possa ter sido tão edificada neste trimestre quanto a minha como
comentarista. Desejo ainda louvar a Deus por educadores como você que, por se
dedicarem de maneira tão comprometida ao ministério com jovens, faz com que uma
lição como esta tenha sentido e significado para centenas de milhares de
rapazes e moças.
Se durante este trimestre tudo não ocorreu da
maneira que você planejou não se frustre, o fim de um trimestre é a
oportunidade de recomeçar, reavaliar e renovar as esperanças. Um grande abraço.
Orientação
Pedagógica
A finalização de um trimestre deve ser um
momento de comemoração, de confraternização e de agradecimento. Uma das formas
de coordenar momentos assim é, após a ministração da aula, conceder a palavra a
cada educando para que eles expressem suas impressões sobre o trimestre, ou
montar uma apresentação com fotos que representem o sentimento de alegria e
unidade de todos os que participam de sua classe. Por fim, você educador,
declare toda sua gratidão pela vida de cada educando, por cada momento juntos,
por todo o processo de ensino-aprendizado, reconhecendo publicamente que tudo é
resultado da poderosa obra de Deus entre nós.
Texto
bíblico
1 Tessalonicenses 5.23-28
23 E o mesmo Deus de paz vos santifique em
tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo, sejam plenamente conservados
irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.
24 Fiel é o que vos chama, o qual também o
fará.
25 Irmãos, orai por nós.
26 Saudai a todos os irmãos com ósculo santo.
27 Pelo Senhor vos conjuro que esta epístola
seja lida a todos os santos irmãos.
28 A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja
convosco. Amém.
2 Tessalonicenses 3.16-18
16 Ora, o mesmo Senhor da paz vos dê sempre
paz de toda a maneira. O Senhor seja com todos vós.
17 Saudação da minha própria mão, de mim,
Paulo, que é o sinal em todas as epístolas; assim escrevo.
18 A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja
com todos vós. Amém!
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Paulo dedica a parte final das Epístolas aos
Tessalonicenses para o cuidado pastoral com aquela comunidade local.
Lembremo-nos que o apóstolo não era um simples pregador itinerante, que
casualmente passou por aquela região; ele reconhecia-se como líder daqueles
irmãos, responsável pelo bom desenvolvimento espiritual daquele grupo.
É por isso que suas palavras finais
transbordam de ternura, carinho e atenção. Não há uma tônica de reprovação, não
se percebe ao final das epístolas frustração pastoral.
I- O
DEUS QUE FAZ O EXTRAORDINÁRIO POR NÓS
1. Torna-nos santos (1 Ts 5.23). Não há nenhuma parte
de nosso ser que Deus não deseje tratar e restaurar. Tudo o que há em nós:
espírito, alma e corpo, a maneira com que foram maculados pelo pecado através
da Queda de Adão, está em processo de restabelecimento por meio da obra
redentora de Cristo. Como o texto deixa muito claro, a obra da salvação é uma
realização exclusiva de Deus. Todavia, a manutenção deste estado em nossas
vidas passa pela opção de romper com o mundo de pecado e aproximar-se diariamente
de Cristo. Como um jovem pode, nesses dias tão difíceis, permanecer santo
diante do Senhor? Somente por meio de uma vida centrada na Palavra de Deus (Sl
119.9). Essa então deve ser uma vida de renúncia aos prazeres do mundo, apego
ao amor incondicional a Deus, e esforço contínuo em seguir o projeto do Pai
para nossas vidas.
2. Dá-nos abundantemente sua graça. Muito mais do que um
simples chavão religioso, "a graça seja convosco" (1 Ts 5.28), é uma
oração contínua de Paulo não apenas pelos cristãos em Tessalônica, mas por
todos aqueles com quem ele conviveu ministerialmente. Se bem pensarmos, do que
mais necessitamos senão, prioritariamente, da graça? (2 Co 12.9). A suficiência
de Cristo em nossa vida passa pela compreensão da revelação da graça dEle em nossa
história (2 Co 1.12). Diante de tudo o que o Senhor tem feito por nós, fica
difícil compreendermos a manifestação do Pai em nossa vida mediante a sua
graça. Lembremo-nos, já fomos libertos do pecado para vivermos por meio do
milagre restaurador da graça (Rm 6.14).
3. Permanece para sempre convosco
(2 Ts 3.16).
Tudo o que realizamos prospera quando seguimos pacientemente as orientações do
Eterno para nossa vida (Sl 1.3). Não há qualquer dúvida sobre o segredo da
força que cotidianamente manifestamos na luta contra a maldade; ela vem da
alegria que o Senhor transmite ao nosso coração (Ne 8.10). A promessa de Jesus
antes de voltar ressuscitado ao Pai foi que estaria conosco, todos os dias, até
o cumprimento literal da vontade de Deus sobre todas as coisas (Mt 28.20). Este
é mais um desses poderosos milagres que o Senhor realiza em nosso favor: apesar
de frágeis pecadores, Ele nos ama incondicionalmente. É claro que o amor de
Deus tem como fundamento, não algum tipo de bondade que exale de nós, mas as
ricas misericórdias do Criador (Tt 3.5). Que bênção sobrenatural, o Deus
Todo-Poderoso que se alegra em andar conosco, necessitados pecadores.
Pense
A obra que o Senhor deseja realizar em nós
não implica em uma mudança e transformação de apenas algumas áreas em
detrimento de outras. O desejo de Deus é que todo o nosso ser - espírito, alma
e corpo - sejam libertos da escravidão do pecado e reposicionados para uma vida
só para Deus.
Ponto
Importante
A misericórdia de Deus liberada sobre nossa
vida não é uma autorização para pecarmos deliberadamente. Que a iniquidade seja
sempre um erro, uma queda, em nossa história, nunca um desejo obstinado que se
instale em nosso ser.
II- O
QUE NÓS DEVEMOS FAZER PELOS IRMÃOS?
1. Orar uns pelos outros (1 Ts
5.25).
Paulo termina suas epístolas aos tessalonicenses não apenas anunciando o que
Deus faz continuamente por nós, mas também aquilo que obstinadamente devemos
fazer por nossos irmãos. Em primeiro lugar, devemos manter uma vida de oração
dedicada aos outros. Às vezes, parece que oramos tanto apenas por nossas causas
e desejos, que nos esquecemos que uma parte da cura que Deus deseja trazer aos
nossos corações passa por uma vida de oração coletiva, intercessão, de clamor
comunitário (Tg 5.16). Chega de falar uns dos outros, reclamar uns dos outros;
é hora de verdadeiramente dedicarmo-nos a uma experiência de oração viva,
segundo a qual sejamos testemunhas oculares das transformações de Deus - as
quais sempre serão muito maiores em nós, e nosso ser, do que nos outros. Quando
oramos com quebrantamento, somos sempre os primeiros a experimentar as mudanças
em nós mesmos.
2. Colaborar para a construção de
um ambiente de acolhimento e amor. O texto de 1 Tessalonicenses 5.26, registra
um elemento cultural das sociedades do oriente que, para muitos de nós
ocidentais contemporâneos (cheios de noções comportamentais bem diferentes),
soa no mínimo estranho. Na verdade, podemos compreender este texto de duas
maneiras muito simples: a primeira seria o entendimento de que o beijo era uma
tradição cultural disseminada naquele meio, e que Paulo fez menção da mesma. A
outra opção é interpretar as palavras paulinas apenas como uma despedida
educada, assim como em nossos dias, após uma boa conversa com um amigo nos
despedimos dizendo: "Um beijo para todo mundo." Independente da opção
interpretativa, ambas levam a uma conclusão: É nosso dever ser acolhedores e
fraternos, nunca competitivos e brigões.
3. Fazer notórias as verdades de
Deus (1 Ts 5.27; 2 Ts 3.17). O desejo do apóstolo era que todas as pessoas tivessem
acesso às informações, ensinos e orientações que estavam naquelas epístolas. Os
textos eram públicos e deveriam ser lidos em coletividade, pois a finalidade
era a edificação comunitária. Nosso papel é este, à semelhança de Paulo, tornar
as profundas verdades do Reino o mais simples possível. Se tivermos a
oportunidade de estudar mais um pouco (e isto é típico desta geração de jovens)
não devemos fazer disso um instrumento de exaltação, mas um dom para serviço na
causa do Mestre. Fujamos das intermináveis querelas pseudoteológicas, que no
mais das vezes apenas envenenam a alma tanto de quem as debate quanto de quem
as escuta (Tt 3.9). Concentremo-nos em anunciar as riquezas e maravilhas do
Evangelho.
Pense
A maldade de nossa sociedade tem prejudicado
nossas relações interpessoais, inclusive dentro da Igreja. É necessário que
nossa mente seja restaurada à imagem de Cristo, para que possamos pensar
diferente, de maneira mais pura e tenhamos relacionamentos mais saudáveis.
Ponto
Importante
Na maioria das vezes, quando oramos por
outros, especialmente quando estamos em situações de conflito, somos
tendenciosos a orar clamando por mudança na vida dos outros, mas e se o
propósito de Deus em toda essa situação for transformar algo em nós?
III-
COMO SEU LÍDER SE DESPEDIRÁ DE VOCÊ?
1. Agradecendo a Deus pelo fim de
um período turbulento?
A despedida de Paulo dos tessalonicenses como vimos acima, foi carinhosa e
cheia de votos de felicidade. Alguns líderes não veem a hora do ano, do
trimestre, do congresso terminar para depois entregarem seus cargos, pois
infelizmente os liderados não cooperam, e ainda fazem muitas críticas. Que tipo
de liderado é você? Cooperador ou maledicente? Você teria coragem de liderar o
ministério de jovens, o conjunto musical, a classe da Escola Dominical de sua
igreja? Se você fosse um líder você desejaria um grupo de liderados exatamente
como você é hoje? Estas perguntas não devem ser respondidas em público, elas
são na verdade um convite a reflexão interior, pessoal, individual. Façamos
apenas mais uma pergunta: e se Paulo fosse o líder do grupo no qual você está
envolvido, como ele se despediria?
2. Exausto emocional e
espiritualmente?
O índice de líderes adoecidos nas comunidades locais é altíssimo. Estafa,
estresse, ansiedade, estas são algumas das mazelas que dedicados servos de Deus
têm adquirido em virtude da sobrecarga de trabalho a que se submetem. O que
você tem feito para auxiliar seu líder? De que maneira sua participação como
liderado tem sido uma bênção para quem lidera? Todos podem ser melhores, mas
você também não!? Seu líder é daqueles que "carregam o piano" sozinho
e ainda tem que escutar comentários como: "Não ficou bom!",
"Qualquer um faria melhor!", "Coisa de amador!"? Auxilie
seus líderes, pois aquilo que fazemos para o Reino de Deus tem um valor eterno.
Líderes também precisam de amigos e apoiadores, pois ninguém consegue fazer a
obra de Deus sozinho.
3. Em lágrimas de gratidão por tudo
aquilo que você tornou-se.
Que os nossos sentimentos, sejam semelhantes aos de Paulo: haja gratidão e
alegria (Rm 16.6,12; 1 Co 16.10; Fp 4.3). Para tanto reconheçamos que nosso
trabalho nunca é inútil ou insignificante quando o fazemos para a glória do
Senhor (1 Co 15.58). A verdadeira alegria de um líder, não é pelas coisas que
faz, mas pelo legado que deixa na vida das pessoas. O testemunho de acompanhar
pessoas feridas na alma e desacreditadas da fé, e vê-las restauradas e louvando
a Deus é algo fantástico. Quanto vale o preço de uma vida restaurada pelo poder
de Deus? Quanto se pode pagar por um sonho ministerial que se torna realidade?
O que se pode dar em troca da vida de um jovem alicerçada na presença do
Criador? Em todos os casos a resposta é a mesma; NADA! Cristo seja sempre tudo
em nós.
SUBSÍDIO
"As Petições e Bênçãos de Paulo
(5.25-28)
Não é incomum para Paulo pedir oração por si
ou por seus companheiros (Rm 15.30-32; 2 Co 1.11; Ef 6.19,20; 2 Ts3.1). Esse
não é um pedido superficial; o apóstolo conhece o poder da oração e o valor de
mencionar os companheiros cristãos no aspecto de uma parceria ministerial. É
uma honra alguém lhe pedir oração, porque esta atitude demonstra confiança em
sua pessoa. Paulo orou muito por esses crentes e continuava a fazê-lo; porém
admitia a necessidade de ter outros crentes que o apoiassem. Paulo era sempre
grato pelo apoio recebido, quer se tratasse de oração, ajuda financeira, ou
voluntária. O pedido de oração 'formou um vínculo de intercessão mútua' com os
cristãos tessalonicenses. O pedido de Paulo faz parte de sua intenção de
promover a solidariedade e a união entre os crentes: 'saudai a todos os irmãos
com ósculo santo' (v. 26; cf. Rm 16.16; 1 Co 16.20; 2 Co 13-12). A cultura dita
os costumes nessas práticas casuais; portanto seriamos negligentes se acusássemos
uma igreja de ser antibíblica por não ter o costume do 'ósculo santo'
(ARRINGTON, French. L. e STRONSTAD, Roger (Ed.). Comentário Bíblico
Pentecostal: Novo Testamento. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004. p. 1407).
ESTANTE
DO PROFESSOR
ELDREDGE, John. A Santidade que Liberta:
Aprendendo com Jesus a viver em integridade. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD
CONCLUSÃO
O melhor jeito de despedir-se de um grupo é
deixando muita vontade de não ir embora. Líderes e liderados precisam
reconhecer seus papéis no Reino dos Céus e trabalhar, cotidianamente, para que
cada um cumpra suas responsabilidades e acreditemos que o Senhor é que fará por
nós aquilo que somos incapazes de realizar. Que nossas despedidas sejam sempre
alegres, e cheias de boas recordações. Façamos algo pelo Reino.
Hora da
revisão.
A partir de seus conhecimentos adquiridos
durante todo este trimestre, comente um pouco a respeito do relacionamento de
Paulo com a igreja em Tessalônica.
Resposta
pessoal.
O que significa ter o corpo, alma e espírito
santificados?
É viver inteiramente para a
glória de Deus, em todo o âmbito da vida.
O que nós, enquanto igreja local, podemos
fazer para tornar nossa vida em comunidade melhor?
Resposta pessoal.
De que modo você, hoje, pode ajudar as
lideranças de sua igreja local?
Resposta pessoal.
No que você se imagina trabalhando na obra de
Deus, a curto, médio e longo prazo?
Resposta pessoal.
Fonte: CPAD, Revista, Lições
Bíblicas Jovens, professor, A Igreja do Arrebatamento – O Padrão dos
Tessalonicenses para Estes Últimos Dias,
Comentarista Thiago Brazil, 2º trimestre 2018.
Lição 13 Em Cristo somos mais do que vencedores.
Lição 13 Em Cristo
somos mais do que vencedores.
24 de junho de 2018
Texto
Áureo
1 Coríntios 15.57
“Mas graças a Deus que nos dá a vitória por
nosso Senhor Jesus Cristo.”
Verdade
Aplicada
Enquanto estamos no mundo, vivenciamos um
conflito espiritual, mas, em Cristo, somos mais do que vencedores.
Objetivos
da Lição
Ressaltar a realidade da
batalha espiritual;
Apresentar os princípios
bíblicos sobre batalha espiritual;
Mostrar os princípios
bíblicos de vitória e as promessas aos vencedores.
Glossário
Hostilidade: Atitude agressiva;
Martírio: Morte como castigo,
em decorrência da devoção a uma causa ou fé;
Vislumbre: Clarão de fraca
intensidade; indício de uma ocorrência.
Leituras
complementares
Segunda Rm 8.31-39
Terça 1Co 15.53-58
Quarta 2Co 2.10-11
Quinta Ef 6.10-18
Sexta Hb 11.33-40
Sábado Ap 12.11; 17.14
Textos
de Referência.
Romanos 8.37
37 Mas em todas estas coisas somos mais do
que vencedores, por aquele que nos amou.
1 João 4.4
4 Filhinhos, sois de Deus e já os tendes
vencido, porque maior é o que está em vós do que o que está no mundo.
Apocalipse 1.8; 17-18
8 Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim,
diz o Senhor, que é, e que era, e que há de vir, o Todo-poderoso.
17 E eu, quando o vi, caí a seus pés como
morto; e ele pôs sobre mim a sua destra, dizendo-me: Não temas; eu sou o primeiro
e o último
18 E o que vive; fui morto, mas eis aqui
estou vivo para todo o sempre. Amém. E tenho as chaves da morte e do inferno.
Hinos
sugeridos.
108, 212, 225
Motivo
de Oração
Interceda pelos cristãos que são perseguidos
pelo Estado Islâmico.
Esboço
da Lição
Introdução
1. A realidade da batalha
espiritual.
2. Princípios bíblicos da
batalha espiritual.
3. Princípios e promessas aos
vencedores.
Conclusão
Introdução
Enquanto aguardamos a bem-aventurada
esperança (Tt 2.13), é certo que vivenciamos momentos difíceis e travamos
ferrenhas lutas espirituais para permanecermos na fé em Cristo Jesus.
1. A
realidade da batalha espiritual.
Nesta lição não focaremos nos detalhes dos
diferentes tempos do povo de Deus na história bíblica (sejam as lutas
espirituais travadas no tempo do início da igreja ou a batalha dos dias de hoje
ou aquelas retratadas nos diversos capítulos do Apocalipse). No entanto,
ressaltaremos a realidade da batalha espiritual, os princípios bíblicos a serem
observados (pois são válidos para qualquer tempo), a certeza e as promessas de
vitória.
1.1. O
início da batalha espiritual.
Encontramos em Gênesis 3.15: a origem e
realidade da batalha, o grande vencedor (Jesus Cristo), a promessa e a garantia
da vitória. É relevante notar como esse versículo já ressalta, antes de
promessas e condições ao ser humano, a vinda de jesus Cristo, a derrota do
inimigo (Cl 2.15; Hb 2.14) e a vitória garantida. Todo o restante da Bíblia é o
registro progressivo do cumprimento desse versículo. Ao longo do Antigo
Testamento há relatos de constante oposição e tentativas de exterminar o povo
judeu, de onde veio Jesus, o grande vencedor.
Gênesis 3.15 tem sido chamado de
protoevangelho, que significa “primeiro evangelho”, pois contém a primeira
promessa que aponta para a vinda do Messias. Ele nascerá da mulher (Gl 4.4),
iria sofrer (Is 53.3,5), mas a vitória final será da semente da mulher (Rm
16.20; Ap 12.9; 20.2 – textos que identificam Satanás como a antiga serpente).
1.2. Deus
revela como terminará.
A realidade da batalha, os princípios e a
certeza da vitória são relevantes em todos os períodos vivenciados pelo povo de
Deus, até que chegue o glorioso dia, quando, então, não haverá mais lágrima,
morte, dor ou maldição (Ap 21.4-5; 22.3). A Bíblia afirma que aquele que vencer
irá vivenciar o novo céu, a nova terra e todas as coisas novas que Deus fará
(Ap 21.7). Interessante que logo no início da história da humanidade, quando
Deus anunciou a sentença ao inimigo (Gn 3.15), a perspectiva de batalha,
sofrimento e vitória é evidente.
Quando o Senhor Jesus nasceu,
tentaram mata-Lo. No deserto, Ele foi tentado. Os Seus discípulos têm sido
perseguidos e mortos ao longo da história da Igreja. A batalha tem sido uma realidade,
mas já sabemos que o mal não prevalecerá.
1.3. Vivendo
na esperança da vitória.
No final, a vitória (como anunciada no início
da peleja) é de Cristo e Seu povo (Mt 16.18). No Comentário Bíblico Moody,
encontramos: “Esta certeza entrou pelos ouvidos das primeiras criaturas de Deus
como uma bendita esperança de redenção”. Pelo fato da revelação divina ter um
aspecto progressivo, somente no Novo Testamento há mais ênfase quanto ao
aspecto espiritual desta batalha. Contudo, há vislumbres deste aspecto já no
Antigo Testamento, como nos textos a seguir, entre outros: Gênesis 32.22-32;
Daniel 10.10-21.
O erudito em novo Testamento e
história da Igreja Primitiva, Oscar Cullmann, escreve em seu livro “Cristo e o
Tempo”, enfatizando que a morte e a ressurreição de Cristo são testemunhos de
que o triunfo supremo é certo: “A esperança da vitória final torna-se ainda
mais vívida diante da convicção firme e inabalável de que a batalha que decide
a vitória já se realizou”.
2. Princípios
bíblicos da batalha espiritual.
Princípios bíblicos são verdades encontradas
nos textos bíblicos acerca de determinado assunto, que devem nortear o
entendimento e a conduta do discípulo de Cristo. No que se refere à batalha
espiritual, não é diferente.
2.1. Discernindo
a natureza da batalha.
Num primeiro momento é importante lembrar que
o Novo Testamento enfatiza o caráter espiritual da batalha (2Co 10.3-4; Ef
6.12). O termo “andando na carne”, descrito em 2 Coríntios 10.3, se refere à
nossa participação na existência humana normal nesta terra (“vasos de barro” –
2Co 4.7) e não à questão de viver movido pela natureza pecaminosa. Contudo,
mesmo na terra, não guerreamos segundo os padrões deste mundo, confiando nos
recursos humanos, mas usando armas espirituais (Ef 6.10-18). O texto de Efésios
nos adverte quanto a hostilidade das forças demoníacas e nos instrui sobre como
vencê-las. Nossa luta não é contra seres humanos, mas contra as “hostes
espirituais da maldade”.
As hostes que batalham contra os
discípulos de Cristo são poderosas, malignas e astutas. Talvez por isto, em
outra ocasião, o apóstolo Paulo exorta quanto a necessidade da Igreja não
ignorar os planos do inimigo (2Co 2.11). O diabo, nosso adversário (1Pe 5.8),
procura minar a fé, a devoção e iludir os discípulos de Cristo. Acerca das
“ciladas do diabo”, o Dr. Martyn Lloyd-Jones se expressou: “Estou certo de que
uma das principais causas das más condições da igreja de hoje é o fato de que o
diabo está sendo esquecido. Tudo é atribuído a nós mesmos; todos nós temos
chegado a ser por demais psicológicos em nossas atitudes e em nossos
pensamentos. Ignoramos este grande fato objetivo, a existência do diabo, o
adversário, o acusador, com seus dardos inflamados”.
2.2. Na
força e no poder do Senhor.
De nós mesmos somos fracos e ingênuos. Por
isso dependemos do Senhor, da força do Seu poder e de toda a armadura de Deus
(Ef 6.10-11). Encontramos no Senhor a força e o poder para resistirmos. No
último livro da Bíblia, antes da revelação sobre o estado espiritual de muitas
igrejas e do relato sobre as manifestações do juízo divino e ações de Satanás e
seus anjos fazendo guerra contra Deus e o Seu povo, primeiro é apresentado
Jesus Cristo: quem Ele é, o que fez por nós e quem somos para Deus (Ap 1.4-8).
Na batalha contra o mal tenhamos sempre em mente essas três revelações.
Há um trono no céu e ele está
ocupado, indicando comando e controle (Ap 4.2). O apóstolo João teve esta visão
após conhecer o lastimável estado espiritual de algumas igrejas. O retrato da
situação das igrejas locais era desolador. Porém, “depois coisas” (Ap 2.3),
João sobe e tem uma visão da sala do trono. Sim, Satanás luta e ameaça, mas do
Seu trono Deus emana ordens, limites e controle sobre o inimigo e os eventos
que estavam por vir.
2.3. Deus
estabelece limites.
Todas as manifestações estrondosas relatadas
a partir do capítulo 6 de Apocalipse estão em no pleno controle do que está
assentado sobre o trono: 1) Ap 7.3 – “Não danifiqueis...até que...” – Indica
controle; 2) Ap 11.7 – A besta só poderá fazer guerra e matar as duas
testemunhas, “quando acabarem o seu testemunho”. Ou seja, nada pode frustrar os
planos de Deus na vida daqueles que permanecem em Cristo e fiéis no cumprimento
da missão que receberam do Senhor – indica que a ação maligna está debaixo de
controle, limite e permissão; 3) Ap 12.12; 13.7 – O diabo sabe que tem pouco
tempo; ele não atuará para sempre. Breve não mais terá permissão para guerrear;
4) Ap 20.10 – O destino do inimigo já está determinado.
O escritor Kassel Erwin Kauder,
comentando sobre a figura do Anticristo, se expressou: “O apocalipse dá o
quadro mais completo do Anticristo e da sua guerra... No cap. 13 tudo que se
diz com respeito às duas bestas claramente contém os traços de uma potência
personificada, que se opõe a Deus, e que é, na realidade, uma paródia blasfema
de Cristo... Numa interpretação escatológica, porém, viva-se sem dívida todo
aquele que engana e persegue a igreja e blasfema a Cristo. Em ambos os casos, o
vencedor é Cristo”.
3. Princípios
e promessas aos vencedores.
Em Gênesis há o registro de uma contínua
luta, mas em Apocalipse há a consumação e a vitória de Jesus Cristo e Seu povo.
Em diversos textos no Apocalipse encontramos a expressão vencer (Ap 2.7, 11,
17, 26; 3.5, 12, 21; 21.7; entre outros).
3.1. É
possível vencer.
A palavra vencer tem alguns sentidos, são
eles: superar; prevalecer; obter a vitória. Portanto, podemos afirmar,
fundamentados na Palavra de Deus, que é possível o discípulo de Cristo ser um
vencedor. Em Cristo somos “mais do que vencedores” (Rm 8.37). Craig S. Keener,
em seu Comentário Bíblico, escreveu: “Os estoicos valorizavam a capacidade de
não se deixar abater pelo sofrimento. Os judeus louvavam esse tipo de coragem
em suas narrativas sobre os mártires. Os israelitas acreditavam que triunfariam
no dia do juízo porque Deus era por eles. Paulo garante aos cristãos que eles
vencem as provações atuais por aquilo que Deus já realizou em favor deles (Rm
8.31-34)”.
A Igreja já sabe como terminará a
jornada na terra: a vitória final será dos que permanecerem em Cristo. Não
podemos vencer por nós mesmos. Nossa força vem do Senhor (1Sm 2.9; Sl 33.16; Pv
21.31). Mesmo Pedro tendo sido avisado pelo Senhor, continuou depositando toda
a confiança em si próprio e achando que era totalmente isento da queda. O
resultado é que não resistiu e caiu (Lc 22.31-34, 54-60). É uma lição de alerta
para nós. Por isso Paulo, antes de mencionar as ciladas do diabo e o
revestir-se da armadura de Deus, exorta acerca de nos fortalecermos no Senhor
(Ef 6.10). Ou seja, precisamos receber poder, não apenas uma vez, mas
constantemente. O verbo usado envolve uma ação continuada ou repetida.
Interessante a ênfase em duas expressões, quanto ao conflito espiritual: “ficar
firmes” (Ef 6.11, 13-14) e “resistir” (Ef 6.13; Tg 4.7; 1Pe 5.9). São termos
que nos despertam para buscarmos a estabilidade cristã (firme resistência), até
mesmo contra as ciladas do diabo.
3.2. As
causas da vitória.
Em Apocalipse 12.11 são identificadas três
causas para a vitória do cristão. A primeira é que os discípulos de Cristo, na
batalha contra o inimigo; vencem pelo sangue do Cordeiro (Ap 12.11). Por Sua
morte, Cristo aniquilou o que tinha o império da morte, isto é, o diabo (Hb
2.14-15). Apocalipse 7.14 menciona vestes que foram branqueadas, não pelo
sangue dos mártires, por mais cruel que tenha sido o martírio, mas unicamente
pelo sangue do Cordeiro. As outras duas causas são: testemunho sobre a obra
completa de Cristo e amar a Cristo mais do que a própria vida.
Sobre a segunda causa da vitória,
“palavra do seu testemunho”, a ideia deste termo no grego é testemunho sobre a
obra completa de Cristo a favor dos Seus discípulos. Isto é, um relato
constante e firmado na autoridade do Evangelho de Jesus Cristo. A seguir, vem a
terceira causa apresentada: “não amarem suas vidas”. Até mesmo diante da morte.
Uma verdadeira demonstração de resistência e firmeza. É preciso amar a Cristo
mais do que amamos a própria vida (Lc 14.26). É preciso devoção total a Cristo
para ser vencedor (Mt 10.37).
3.3. Promessas
e recompensas.
A Palavra de Deus nos revela não somente a
realidade do conflito espiritual e os princípios que devem nos nortear nesta
batalha, como, também, promessas e recompensas aos vencedores. A Bíblia é
repleta de promessas divinas. E os discípulos de Cristo podem confiar que Deus
as cumprirá, pois Ele é fiel e não mente (Hb 10.23; Tt 1.2). Digno de nota de
que em todas as cartas endereçadas às igrejas na Ásia há a expressão: “Ao que
vencer”. O verbo expressa uma ação continuada. Envolve perseverança diante do
conflito e da dificuldade.
Em meio às perseguições, falsos
ensinamentos, frieza espiritual, abandono do primeiro amor, impureza e tantos
outros desafios e problemas existentes nas igrejas da Ásia, Jesus promete
recompensar os vencedores. Todos os que se mantiverem firmes na fé em Cristo e
na Palavra de Deus, sem se deixar influenciar negativamente pelas
circunstâncias à sua volta, são vencedores. Algumas das promessas no livro do
Apocalipse: comer da árvore da vida (2.7); coroa da vida (2.10); não passará
pela segunda morte (2.11); comer do maná escondido e receber um novo nome
(2.17); poder sobre as nações e receber a estrela da manhã (2.26-28); vestes
brancas (3.5); será coluna no templo de Deus (3.12); se assentará com Jesus no
Seu trono (3.21).
Conclusão.
Aproveitemos o estudo desta lição para
equilibrar a atual tendência com o resgate do ensino de que este mundo não é um
parque de diversões para os discípulos de Cristo, mas um campo de batalha. Há
lutas, mas é possível vencê-las em Cristo e há promessas aos vencedores.
Questionário.
1. O que encontramos em Gênesis 3.15?
R: A origem e realidade da
batalha, o grande vencedor (Jesus Cristo), a promessa e a garantia da vitória
(Gn 3.15).
2. O que o texto de Efésios 6.10-18 nos
adverte e nos instrui?
R: O texto nos adverte quanto à
hostilidade das forças demoníacas e nos instrui sobre como vencê-las (Ef
6.10-18)..
3. O que somos em Cristo?
R: “Mais do que vencedores” (Rm
8.37).
4. Em qual texto são identificadas três
causas para a vitória do cristão?
R: Apocalipse 12.11.
5. A Bíblia é repleta de quê?
R: De promessas divinas (Hb
10.23; Tt 1.2).
Fonte: Revista de Escola
Bíblica Dominical, Betel, Aperfeiçoamento Cristão – Propósito de Deus para o
discípulo de Cristo. Adultos, edição do professor, Comentarista Pastor Marcos
Sant’Anna da Silva 2º trimestre de 2018, ano 28, Nº 107, publicação trimestral,
ISSN 2448-184X.
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