segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Lição 1 Influenciando gerações através da conduta e exemplo de vida.



Lição 1 Influenciando gerações através da conduta e exemplo de vida.
01 de Janeiro de 2017

Texto Áureo
Josué 24.15
“Porém, se vos parece mal aos vossos olhos servir ao Senhor, escolhei hoje a quem sirvais: se os deuses a quem serviram vossos pais, que estavam dalém do rio, ou os deuses dos amorreus, em cuja terra habitais; porém eu e a minha casa serviremos ao Senhor.”

Verdade Aplicada
Servir ao Senhor é responder positivamente ao Seu favor e reflete em bênçãos às futuras gerações.

Objetivos da Lição
Ensinar as responsabilidades de uma geração;
Mostrar a influência de gerações futuras através de um bom testemunho;
Explicar que a base do sucesso de qualquer família principia no lar.

Glossário
Oscilar: Ficar indeciso; hesitar;
Portentoso: Extraordinário;
Velar: Tomar precauções; acautelar-se, livrar-se.

Leituras complementares
Segunda Jz 2.8-13
Terça Jz 2.10
Quarta Sl 145.4
Quinta Pv 18.21
Sexta Mt 16.26
Sábado 1Tm 3.4-13

Textos de Referência.
2 Timóteo 1.3, 5-7
3 Dou graças a Deus, a quem, desde os meus antepassados, sirvo com uma consciência pura, de quem sem cessar faço memória de ti nas minhas orações, noite e dia;
5 Trazendo à memória a fé não fingida que em ti há, a qual habitou primeiro em tua avó Lóide e em tua mãe Eunice, e estou certo de que também habita em ti.
6 Por este motivo, te lembro que despertes o dom de Deus que existe em ti pela imposição das minhas mãos.
7 Porque Deus não nos deu o espírito de temor, mas de fortaleza, e de amor, e de moderação.

Hinos sugeridos.
18, 186, 432

Motivo de Oração
Ore para que os filhos de Deus sejam sal e luz na Terra.

Esboço da Lição
Introdução
1. A importância de uma geração.
2. Um legado para a outra geração.
3. A influência familiar.
Conclusão

Introdução
Nas mais simples e nas mais complexas situações de nossas vidas, seja o nosso exemplo de vida com Deus o mais poderoso e valioso legado para as futuras gerações.

1. A importância de uma geração.
Neste trimestre, estudaremos acerca da importância das gerações. Este assunto é de vital seriedade, porque quando uma geração não deixa um bom legado, os prejuízos futuros são incalculáveis (Jz 2.10).

1.1. A responsabilidade de uma geração.
Cada nova geração deve empenhar-se em sua própria experiência com Deus; não pode continuar vivendo às custas das experiências espirituais dos heróis do passado. É bem claro que o paganismo nunca esteve longe do povo de Deus durante toda a história de Israel. Quando Josué e seus companheiros morreram, a nova geração não vivenciou suas experiências de fé, nem tinha lembrança dos grandes livramentos que Deus lhe trouxera. “E foi também congregada toda aquela geração a seus pais, e outra geração após eles se levantou, que não conhecia ao Senhor, tampouco a obra que fizera a Israel” (Jz 2.10).

O período dos juízes veio após a conquista de Canaã sob a liderança de Josué, o que trouxe relativa paz e estabilidade para os israelitas (Js 21.43-45). No entanto, a geração seguinte fracassou em assegurar as bênçãos de Deus e falhou em expulsar as nações remanescentes em Canaã. A consequência deste fracasso foi um enfraquecimento frequente na vida dos filhos de Israel, marcado por conflito entre as tribos, sincretismo religioso e a derrota diante das nações estrangeiras. Precisamos compreender que uma geração sempre influencia outra geração. Todas as gerações têm o seu propósito dentro do plano eterno de tornar conhecida a vontade de Deus. Infelizmente a geração dos juízes viveu oscilante, sem estabilidade e mergulhada na idolatria (Jz 2.8-13).

1.2. Uma geração deve ensinar à outra geração.
É dever de cada geração fazer com que as gerações futuras conheçam os atos portentosos de nosso Deus (Sl 145.4). Cada geração de discípulos de Jesus Cristo precisa tornar conhecido o plano de salvação do Senhor em seu tempo. E, assim, estará preparando o caminho para que a seguinte cumpra o seu objetivo e se aproxime de Deus com sabedoria, reverência e dignidade. Que O conheça como Deus e Senhor e que saiba como chegar-se a Ele, confiar em Sua administração e obedecê-Lo de todo o coração. Ensinar isso não é tarefa fácil, pois só ensina quem vivenciou experiências genuínas com Deus (Jo 3.10).

Uma geração deve influenciar a outra geração com o que aprendeu de seus antepassados. Nossa influência não deve estar limitada apenas ao período de nossas vidas, mas devemos viver de maneira que nossa influência transcenda gerações. Nossas maiores inspirações de fé não se originam somente de pessoas próximas a nós, mas também daqueles que já passaram por essa terra, porque seus exemplos inspiram outras gerações. Esse sempre foi o desejo do Eterno, pois o primeiro lugar onde se aprende os princípios divinos é em casa e isso deve se estender de geração a geração (Dn 6.3-9).

1.3. De geração em geração.
A Palavra de Deus é bastante clara: a responsabilidade de educar os filhos é dos pais (Sl 78.5). É o pai que deve ensinar ao filho o caminho em que ele deve andar (Pv 22.6). Aqui está um grande alerta, porque se fracassamos em nossos lares não teremos sucesso na Igreja (1Tm 3.5). Antes de entregarmos nossos filhos para a escola, devemos ensinar-lhes em nossas casas tudo o que aprendemos de Deus (Dt 5.7-23). Nossos filhos precisam observar nossa conduta e serem atraídos por ela para viver um relacionamento com Deus. Isso não se aprende na escola. Se todos assumirem suas responsabilidades, o Reino de Deus avançará de forma sólida e inabalável.

A Palavra de Deus não tem lugar neutro para a atitude dos pais (Sl 78.5-8). A responsabilidade de educar os filhos foi dada aos pais. Não há meio termo. São os pais que ensinam seus filhos a temer a Deus. Só é guiado pelo Eterno quem conhece Seus preceitos e vivencia experiências com o Autor da Vida. Quando um homem ama a Deus de maneira total, obedece alegremente às Suas palavras (Dt 6.7-9). A exigência do amor a Deus implica em todas as outras. A disposição de amar a Deus abrange tanto a disposição de obedecer os Seus mandamentos quanto a disposição de comunicar tais mandamentos às gerações seguintes, de modo a preservar uma atitude de amor e obediência entre o povo de Deus em todas as épocas.

2. Um legado para outra geração.
A influência de uma geração pode ser tanto positiva quanto negativa. Neste ponto, analisemos alguns tipos de influência, inclusive a que se estende por gerações (1Tm 3.4-5).

2.1. Um lar alicerçado é um lar influente.
No terceiro capítulo da primeira epístola de Paulo a Timóteo, encontramos muitos ensinamentos para uma boa conduta, principalmente na família. O apóstolo Paulo ensina que nossa conduta tem como finalidade alcançar uma esfera maior de influência (1Tm 3.11-13). Ele diz que aquele que administra bem sua casa receberá de Deus uma graduação mais alta de confiança e de honra. Sua influência não somente crescerá porque as pessoas veem seu exemplo. Crescerá porque sua casa está alicerçada e essa casa produzirá uma segunda geração com influência, os filhos. Uma pessoa que educa bem sua família transmite para a próxima geração o mesmo legado de honra no qual viveu (2Tm 1.13; 2Ts 3.9).

Tudo o que fazemos seja na igreja ou em qualquer outro lugar, o maior e melhor trabalho que podemos realizar é em nossa casa. De que nos serve estar de posse de grande herança, ganhando muito dinheiro, se ao mesmo tempo estamos perdendo nossa família? (Mt 16.26; LC 9.25).

2.2. A fé verdadeira começa em casa.
Muitos pensam que uma forma de dedicar-se à família é limitar-se a realizar cultos nos lares. Isso é ótimo e recomendável, todavia, o ideal é compartilhar esse tempo através de diálogos e assim transmitir o Evangelho, que já vivemos como conduta. As famílias necessitam de pais (ou um parente próximo) que sejam uma boa influência para as gerações seguintes. Precisamos dar nossos filhos a Deus. Devemos motivá-los a amar a Deus e chegar-se a Ele. Devemos trabalhar de tal maneira que as gerações seguintes recebam a influência correta do Evangelho de Cristo. Timóteo herdou isso de sua mãe Eunice, a qual também havia herdado de sua mãe Lóide (2Tm 1.5; Tg 4.8).

O desejo de Deus é que não sejamos um grupo de evangélicos a mais, mas que tenhamos a fé de Jesus Cristo como prática diária. Que sejamos uma geração que não se compromete com as coisas deste mundo (1Tm 2.4). Vale ressaltar que a maior herança deixada a Timóteo por sua mãe e avó foi a fé em Deus.

2.3. Uma geração edifica a outra.
O apóstolo Paulo observou em Timóteo uma fé não fingida, a mesma que demonstraram sua avó e sua mãe. Todavia, Paulo tinha receio que Timóteo oscilasse na fé, por esse motivo, o anima para que lance fora o espírito de covardia, pois, do contrário, não seria capaz de transmitir essa mesma fé para a seguinte geração (2Tm 1.6-7). A covardia pode parar um avivamento. A pressão, a crítica e o medo do sistema podem tentar nos parar. Devemos ter cuidado com influências negativas. Nossa missão é sempre formar uma geração que conheça o Senhor e levá-la a ter experiências com Ele. Devemos velar para que nossos filhos, netos e bisnetos herdem nossa fé e desejo de servir ao Senhor.

Timóteo sofreu uma grande influência de sua avó, de sua mãe e do apóstolo Paulo. Devemos ter bastante cuidado com os agentes da difamação e com as influências negativas. É bom ressaltar que o conselho do apóstolo Paulo a Timóteo vale para todos nós: “Por cujo motivo, te lembro que despertes o dom de Deus que existe em ti pela imposição das minhas mãos” (2Tm 1,6); “E o que de mim, entre muitas testemunhas, ouviste, confia-o a homem fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem os outros” (2Tm 2.2).
3. A Influência familiar.
Uma das coisas que o coração humano mais deseja é formar uma família. A Palavra de Deus diz que o que encontra uma esposa acha o bem e alcança a benevolência do Senhor (Pv 18.22). Devemos aprender a viver em família, ser boa influência para esta e para as futuras gerações.

3.1. Referenciais dentro e fora de casa.
“Palavras do rei Lemuel, a profecia que lhe ensinou sua mãe” (Pv 31.1). A influência dos pais é determinante sobre a conduta de uma família. Observe o que o provérbio diz: “a profecia que lhe ensinou sua mãe”. Pais sábios deixam um bom legado para seus filhos, deixam uma fé forte e genuína, pois têm bastante cuidado com a herança que o Senhor lhes confiou. Que nossos filhos não precisem buscar em outros aquilo que compete anos, pais, oferecer. Que sejamos referencias para suas, dando-lhes não somente o conhecimento da Palavra, mas a prática da mesma em ações e palavras, dentro e fora de casa.

A vida e a morte estão no poder da língua (Pv 18.21). Devemos usar nossa boca para abençoar nossos filhos e não para amaldiçoa-los. Os filhos devem ser influenciados de forma positiva. A mãe do rei Lemuel assim o fez. Filhos não devem ser chamados de estúpidos, néscios, lesados, ou qualquer outra palavra torpe. Que fique bem claro aos nossos corações: os filhos são herança do Senhor, e uma herança deve ser cuidada para valorizar-se a cada dia.

3.2. O poder da influência dos pais.
Maria e José foram exemplos de bons pais, pois tinham experiências com Deus (Mt 1.18-25); eram guiados pelo Senhor (Mt 2.13-14,20-22); levaram o menino Jesus a Jerusalém, cumprindo assim a lei de Moisés (Lc 2.21-24); conduziram Jesus à festa da Páscoa, quando este completou doze anos (Lc 2.39-42); e, ainda, ensinaram a Jesus uma profissão (Mc 6.3).

Mães e pais devem influenciar de forma positiva os seus filhos. Os filhos crescem observando quais são os princípios aos quais seus pais se submetem. Que possamos sempre dizer para os nossos filhos: “Sede meus imitadores, como também eu, de Cristo” (1Co 11.1).

3.3. Lâmpada e luz.
“Filho meu, guarda o mandamento de teu pai e não deixes a lei de tua mãe” (Pv 6.20). Os mandamentos e ensinamentos (leis) estão associados aos pais. Para que um lar cresça sadio, deve ter mandamentos e ensinamentos (leis). Os pais não alcançam recompensas imediatas, mas, se semearem corretamente e corrigirem seus filhos para que trilhem no caminho da luz, mais tarde, eles se lembrarão o que disseram seus pais e não se desviarão dos caminhos do Senhor (Pv 6.22-23).  

Em nossa casa deve haver regras, que devem ser cumpridas para que a educação seja efetiva. O que os pais não ensinam com amor a seus filhos, infelizmente, o mundo ensinará com dores. Por isso, pai e mãe devem sempre trabalhar em conjunto. Vale aqui ressaltar que o livro de Deuteronômio dá importância especial à tarefa de ensinar a Lei do Senhor para a família (Dt 4.9; 6.7-9, 20-25; 11.19). Precisamos entender que as exigências da aliança do Eterno Deus devem ser o assunto da conversa a todo o tempo, em casa, no caminho, de noite e de dia. Assim como os filhos de Israel deveriam ensinar diligentemente a Lei a seus filhos, falar dela constantemente, atá-la como sinal em várias partes do corpo e escrevê-la, assim nós, a Igreja, devemos ensinar aos nossos filhos os princípios da Palavra de Deus. Mais do que nunca, precisamos compreender que o amor de Deus e as exigências de Sua aliança devem ser o interesse central e absorvente de toda a vida do homem.

Conclusão.
É bem verdade que o ensino da Palavra de Deus deve começar dentro do lar. O trabalho de uma família prospera quando feito no temor do Senhor, o Eterno Deus (Sl 128). Pais devem semear corretamente e filhos devem fazer boas escolhas, para que a colheita seja abundante (Sl 102.18).

Questionário.
1. Qual é o dever de cada geração?
R: Fazer com que as gerações futuras conheçam os atos portentosos de nosso Deus (Sl 145,4).

2. Quem é que pode ensinar de modo eficaz sobre Deus?
R: Somente quem vivenciou experiências genuínas com Ele (Jo 3.10).

3. De quem é a responsabilidade de educar os filhos?
R: Dos pais (Sl 78.5).

4. O que a Palavra de Deus diz sobre quem encontra uma esposa?
R: Acha o bem e alcança a benevolência do Senhor (Pv 18.22).

5. O que é necessário para que um lar cresça sadio?
R: Mandamentos e ensinamentos (Pv 6.20).

Fonte: Revista de Escola Bíblica Dominical, Betel, Aprendendo com as Gerações Passadas, A importância, responsabilidade e o legado de uma geração temente ao Senhor para enfrentar as complexidades e os desafios da pós-modernidade, Jovens e Adultos, edição do professor, 1º trimestre de 2017, ano 27, Nº 102, publicação trimestral, ISSN 2448-184X.

Lição 1 As Obras da Carne e o Fruto do Espírito



Lição 1 As Obras da Carne e o Fruto do Espírito
01 de Janeiro de 2017

TEXTO ÁUREO
(Gl 5.16)
"Digo, porém: Andai em Espírito e não cumprireis a concupiscência da carne."

VERDADE PRÁTICA
Para vencer as obras da carne precisamos andar em Espírito.

LEITURA DIÁRIA
Segunda – Rm 8.4 O crente não pode mais andar segundo a carne, mas segundo o Espírito
Terça – Ef 5.18 Para vencermos as obras da carne precisamos ser cheios do Espírito
Quarta – Rm 8.1,2 Não existe condenação para aqueles que estão em Cristo
Quinta – Gl 5.25 Precisamos andar e viver no Espírito
Sexta – Gl 5.21 Os que andam segundo a carne não herdarão o Reino de Deus
Sábado – Gl 5.24 Os que são de Cristo precisam crucificar a carne

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Gálatas 5.16-26
16 - Digo, porém: Andai em Espírito e não cumprireis a concupiscência da carne.
17 - Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne; e estes opõem-se um ao outro; para que não façais o que quereis.
18 - Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais debaixo da lei.
19 - Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: prostituição, impureza, lascívia,
20 - idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias,
21 - invejas, homicídios, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o Reino de Deus.
22 - Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.
23 - Contra essas coisas não há lei.
24 - E os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências.
25 - Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito.
26 - Não sejamos cobiçosos de vanglórias, irritando-nos uns aos outros, invejando-nos uns aos outros.

OBJETIVO GERAL
Mostrar que as obras da carne só podem ser vencidas mediante o Espírito Santo.

HINOS SUGERIDOS: 75, 354, 440 da Harpa Cristã

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

Explicar o que é carne e espírito no contexto bíblico;
Saber que ou o crente vive de acordo com a carne, ou de acordo com o Espírito;
Entender que o verdadeiro cristão é reconhecido pelo seu caráter e suas ações. 

INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Prezado professor, mais um ano se inicia para a glória do Senhor! Anelamos pelo glorioso dia em que O veremos face a face no seu Reino de Glória! Você está preparado? Sua classe está preparada? Enquanto vivemos neste mundo, devemos a cada dia aperfeiçoar as nossas vidas para estarmos mais perto do céu. Neste trimestre, teremos a oportunidade de nos aprofundar num assunto que nunca se esgota: obras da carne versus fruto do Espírito.
O comentarista do trimestre é o pastor Osiel Gomes - escritor, conferencista, bacharel em Teologia, Direito e graduado em Filosofia; líder da AD em Tirirical, São Luís - Maranhão. 
As lições que serão estudadas servirão de despertamento para os crentes a fim de que possamos alimentar, em nossas vidas, o fruto do Espírito e não ceder às obras da carne.

COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Neste trimestre, estudaremos a respeito das obras da carne e o fruto do Espírito. Na Epístola aos Gálatas, o apóstolo Paulo, de maneira brilhante e contundente, trata do assunto, mostrando o embate existente entre a carne e o Espírito. Ele faz uma exposição da luta que se inicia, internamente, quando aceitamos Jesus como Salvador e procuramos viver segundo a sua vontade. Como poderemos vencer esse embate entre a carne e o Espírito? Veremos que não é possível vencer a natureza carnal mediante o autoflagelo. Para vencermos as obras da carne, precisamos, em primeiro lugar, deixar-nos dominar pelo Espírito Santo de Deus. É preciso ser cheio do Espírito Santo diariamente (Ef 5.18). Se o crente tiver uma vida controlada pelo Consolador, terá plena condição de resistir à sua natureza pecaminosa. Se permitirmos que o Espírito nos domine e nos guie vamos então produzir o fruto que nos leva a agir como discípulos de Cristo (Gl 5.16).

PONTO CENTRAL
O cristão deve andar em Espírito para vencer as obras da carne, pois sozinho jamais conseguirá.

I - ANDAR NA CARNE X ANDAR NO ESPÍRITO

1. O que é a carne? Dentro do contexto neotestamentário, o vocábulo carne é sarx. Essa palavra é utilizada para designar a natureza adâmica que domina o velho homem e o leva a praticar as obras da carne relacionadas em Gálatas 5.19-21. Edward Robinson, no seu dicionário de grego do Novo Testamento, utiliza a palavra sarx para descrever  a natureza exterior que difere do homem interior (Lc 24.39). A palavra carne, no aspecto teológico, denota a fragilidade humana e a sua tendência ao pecado. Ela é a sede dos apetites carnais (Mt 26.41). O homem somente poderá viver  em  novidade de vida e no poder do Espírito Santo se, pela fé, receber Jesus Cristo como Salvador.

Homem algum tem o poder de controlar ou transformar a natureza de outra pessoa, somente Deus tem esse poder.

2. O que é o espírito? A palavra espírito no grego é pneuma. Esse termo significa sopro, vento, respiração e princípio da vida. Esse vocábulo também descreve o espírito que habita no homem o qual foi soprado por Deus (Gn 2.7). Logo, percebemos que esta palavra tem diferentes significados, e segundo o pastor Claudionor de Andrade, o seu significado teológico vai muito além: "Espírito é a parte imaterial que Deus insuflou no ser humano, transmitindo-lhe a vida". Essa palavra também é aplicada, no Evangelho de João, em referência a Deus (Jo 4.24). A Terceira Pessoa da Santíssima Trindade é identificada no Novo Testamento como o Espírito Santo (Lc 4.1; Hb 3.7), e, uma vez mais é importante frisar que  o Espírito Santo é uma pessoa.

3. Andar na carne x andar no Espírito. Paulo adverte os crentes mostrando que os que vivem segundo a carne, ou seja, uma vida dominada pelo pecado, jamais agradarão a Deus: "Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus"(Rm 8.8). O viver na carne opera morte (espiritual e física), mas o viver no Espírito conduz o crente à felicidade, à vida eterna (Rm 8.11; 1 Co 6.14). Paulo foi enfático ao afirmar: "Andai em Espírito" (Gl 5.16). O Espírito Santo nos ajuda a viver em santidade e de maneira que o nome do Senhor seja exaltado. Sem Ele não poderíamos agradar a Deus. Quem pode nos ajudar e nos conduzir de modo a agradar a Deus? Somente o Espírito Santo. O doutor Stanley Horton diz que andar no Espírito e ser guiado por Ele significa obter vitória sobre os desejos e os impulsos carnais. Significa desenvolver o fruto do Espírito, o melhor antídoto às concupiscências carnais. Jamais tente viver a vida cristã pelos seus próprios esforços, tomando atalhos, buscando desvios, mas renda-se constantemente ao Espírito Santo, pois Ele lhe ensinará a maneira certa de viver a vida cristã.
Quando o Espírito Santo tem o controle do nosso espírito, Ele faz com que o nosso homem interior tenha forças e condições para opor-se às obras da carne. Andar na carne, ou seja, ser dominado pela velha natureza adâmica, leva a pessoa a portar-se de modo pecaminoso. Infelizmente, muitos crentes, como os de Corinto,  estão se deixando dominar pelas obras da carne (1 Co 3.3).
SÍNTESE DO TÓPICO I
A diferença entre a carne e o espírito, é que a carne foge de Deus e o espírito tem sede do Senhor.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO
Professor, elabore um cartaz de acordo com o quadro abaixo. Utilize-o para fazer um contraponto Espírito x Natureza pecadora.
"Ao descrever este conjunto de opostos, Paulo nos lembra de verdades vitais e maravilhosas. O que não conseguimos fazer, Deus consegue e fará, tanto em nós quanto para nós. Nunca nos tornaremos as pessoas verdadeiramente boas que desejamos ser, tentando obedecer à Lei de Deus. Mas, nos tornaremos gradativamente mais justos à medida que confiarmos no Espírito de Deus para nos orientar e capacitar" (RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p. 414).

Extraído do livro Comentário Histórico-cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p. 414.

CONHEÇA MAIS
*"O Espírito... contra a carne (Gl 5.17)
O conflito espiritual interiormente no crente envolve a totalidade da sua pessoa. Este conflito resulta ou numa completa submissão às más inclinações da 'carne', o que significa voltar ao domínio do pecado; ou numa plena submissão à vontade do Espírito Santo, continuando o crente sob o senhorio de Cristo (Rm 8.4-14). O campo de batalha está no próprio cristão, e o conflito continuará por toda a vida terrena, visto que o crente por fim reinará com Cristo (Rm 7.7-25; 2 Tm 2.12; Ap 12.11)." Para conhecer mais, leia Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD, p.1801.

A carne não pode ter vez na vida do crente, posto que a força do Espírito Santo é maior.

II - OBRAS DA CARNE, UM CONVITE AO PECADO

1. A cobiça. Quem anda no Espírito resiste às obras da carne, pois  somente cheios dEle teremos condições de viver de modo a exaltar e a glorificar o nome do Senhor. Quem de fato deve controlar a vida do crente é o Espírito Santo. Homem algum tem o poder de controlar ou transformar a natureza de outra pessoa, somente Deus tem esse poder. A natureza pecaminosa nos incentiva a viver em concupiscência, luxúria, desejos descontrolados e paixões impuras (2 Pe 2.10). A Bíblia nos ensina que a concupiscência da carne não procede de Deus (1 Jo 2.16). Eva cobiçou o fruto da árvore que Deus havia ordenado que não comesse. Seu desejo trouxe terríveis consequências para sua vida e para a humanidade (Gn 3.6). A cobiça de Acã o levou à morte (Js 7.21). Portanto, não permita que o desejo da carne, da velha natureza,  domine você. Atente para o que Paulo ensinou às igrejas da Gálacia a respeito da cobiça da carne contra o Espírito (Gl 5.17). Os desejos da carne serão sempre contrários à vontade de Deus.

2. A oposição da carne. O seu espírito deseja orar, jejuar e buscar a Deus, mas a sua carne vai preferir ver televisão, comer bem e ficar no conforto da sua casa. Precisamos ter cuidado, pois a oposição da carne contra o Espírito é algo contínuo. Essa oposição somente será vencida se procurarmos viver cheios do Espírito Santo.  A carne não pode ter vez na vida do crente, posto que a força do Espírito Santo é maior, porém o embate entre a carne e o Espírito vai perdurar até o dia que receberemos do Senhor um corpo glorificado (Fp 3.21).
O crente que realmente deseja fazer oposição às obras da carne precisa andar pelo Espírito, porque Ele não deixa que as paixões infames o domine. Para o crente existem duas maneiras pelas quais ele pode  viver: na carne ou no Espírito. Ou você serve a Deus e permite que Ele domine sua natureza adâmica ou vive na prática das obras da carne. O que você escolhe?

Gálatas 5
O Espírito
*amor
*em conflito com a natureza pecadora
*se conduzido pelo Espírito, não está sob a Lei.
Natureza Pecadora
*lei
*em conflito com o Espírito
*a Lei é ‘contra’ seus atos
*a natureza pecadora produz atos óbvios de pecado.

O Espírito Santo desenvolve o seu fruto em nós à medida que nos aproximamos de Deus e procuramos ter uma vida de comunhão e santidade.

SÍNTESE DO TÓPICO II
A carne não tem mais poder sobre o crente quando este entrega a direção da sua vida ao Espírito Santo.

SUBSÍDIO DEVOCIONAL
"Não cumprireis a concupiscência da carne
Quando nos tornamos crentes, a nossa natureza pecadora continua existindo. Mas Deus nos pede que coloquemos a nossa natureza pecadora sob o controle do Espírito Santo de modo que Ele possa transformá-la. Este é um processo sobrenatural. Nunca devemos subestimar o poder da nossa natureza pecadora, e nunca devemos tentar combatê-la com as nossas próprias forças. Satanás é um tentador ardiloso, e nós temos uma capacidade ilimitada de inventar desculpas. Em lugar de tentar superar o pecado com a nossa própria força de vontade, devemos aproveitar o tremendo poder de Cristo. Deus permite a vitória sobre a nossa natureza pecadora - Ele envia o Espírito Santo para residir em nós e nos capacitar. Mas a nossa capacidade de resistir aos desejos da natureza pecadora irá depender do quanto estamos dispostos a 'viver de acordo' com o Espírito Santo. Para cada crente, este processo diário requer decisões constantes" (Comentário do Novo Testamento: Aplicação pessoal. Vol.2. Rio de Janeiro: CPAD, 2010, p. 294).

III - FRUTO DO ESPÍRITO, UM CHAMADO PARA SANTIDADE

1. O que é o fruto do Espírito? Segundo o Dicionário Bíblico Wycliffe, "o fruto do Espírito são os hábitos e princípios misericordiosos que o Espírito Santo produz em cada cristão". Esses hábitos e princípios são o resultado de uma vida de comunhão com Deus. De acordo com Romanos 6.22, depois de liberto do pecado, o crente precisa desenvolver o fruto do Espírito. Os dons espirituais são dádivas divinas, mas o fruto precisa ser desenvolvido, cultivado. O Espírito Santo desenvolve o seu fruto em nós à medida que nos aproximamos de Deus e procuramos ter uma vida de comunhão e santidade.

2. Os frutos provam a nossa verdadeira santidade. Quando vivíamos no pecado, nossos frutos, ações, eram as obras da carne, mas libertos do seu poder e domínio, tendo uma nova natureza implantada em nosso ser, nos tornamos uma pessoa melhor. João Batista falou a respeito da importância de produzirmos frutos dignos de arrependimento (Mt 3.8). João estava dizendo que o arrependimento genuíno será acompanhado pelo fruto da justiça. O arrependimento genuíno é evidenciado pelos nossos frutos, ou seja, nossas ações. Como conhecemos uma árvore? Por seus frutos. Logo, o verdadeiro crente é reconhecido por seu caráter e suas ações.

3. A santidade que o Espírito Santo gera em nós. O Espírito Santo nos molda e nos ensina o que é certo e o que é errado à medida que buscamos a Deus em oração, leitura da Palavra e jejuns. Por meio da Palavra de Deus, o Espírito Santo vai trabalhando paulatinamente em nós, até que alcancemos a estatura de homem perfeito (Ef 4.13). Quando deixamos de ser meninos, estamos prontos para produzir bons frutos (Lc 8.8). O crente precisa andar em novidade de vida, em santidade. Segundo os pressupostos bíblicos, a santificação do crente é:

a) Posicional. Quando, por meio da fé, aceitamos Jesus Cristo como nosso único e suficiente Salvador, nossos pecados são apagados, recebemos o perdão divino e passamos a desfrutar de uma nova vida em Cristo (2 Co 5.17). A natureza adâmica já não tem mais domínio sobre nós, e por meio da ação do Espírito Santo podemos experimentar o novo nascimento (Jo 3.3). Mediante a fé passamos a desfrutar de uma nova posição espiritual em Jesus Cristo.
b) Progressiva. A santificação é um processo que vai se desenvolvendo ao longo da nossa vida. Depois do novo nascimento, o crente precisa crescer na graça e no conhecimento de Cristo Jesus (1Pe 3.18). A santificação é gradual, progressiva e nos leva para mais perto de Deus.

Quando deixamos de ser meninos, estamos prontos para produzir bons frutos.

c) Final. Em Filipenses 3.12.13, Paulo mostra que ele estava buscando uma transformação maior e final. Essa transformação somente acontecerá quando recebermos um corpo glorificado e nos tornarmos semelhantes a Jesus (1 Jo 3.2).

SÍNTESE DO TÓPICO III
O fruto do Espírito produz a santificação na vida do crente que se manifesta de forma posicional, progressiva e final.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO
"Andai em Espírito e não cumprireis a concupiscência da carne" (Gl 5.16)
O texto original apresenta 'andai (peripateite) em Espírito'. Esta frase reflete uma expressão idiomática comum em hebraico, na qual 'andar' significa 'conduzir a própria vida'.
Os judaizantes disseram aos gálatas que conduzissem as suas vidas observando a Lei. Mas Paulo argumentou que a lei não tem papel algum na vida do cristão. A pessoa que procura ser 'justificada pela lei' (5.4) cai da graça, e se separa de Cristo como a fonte da vida justa.
Em Romanos 7.4-6, Paulo vai ainda mais adiante, e diz que a natureza pecadora (sarx, a carne) na verdade é energizada (ou estimulada) pela Lei.
Então, o que o cristão deve fazer? O cristão deve conduzir sua vida observando não a Lei, mas o Espírito de Deus. Pois, Paulo promete, a pessoa que olhar para o Espírito (confiar nEle) 'não cumprirá a concupiscência da carne [sarx]'" (RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p. 412).


CONCLUSÃO
O mundo pode estar em crise, mas o Reino dos Céus não. O Senhor é soberano e não perdeu o controle da situação. O governo está em suas mãos. O Dia do Senhor virá e os justos e ímpios terão a sua recompensa. Não desanime. Confie, pois em breve o Senhor virá em nosso socorro


PARA REFLETIR
A respeito das obras da carne e o fruto do Espírito, responda: 

De acordo com a lição, defina carne.
Essa palavra é utilizada para designar a natureza adâmica que domina o velho homem e o leva a praticar as obras da carne relacionadas em Gálatas 5.19-21.

O que é o espírito?
Esse termo significa sopro, vento, respiração e princípio da vida. Esse vocábulo também descreve o espírito que habita no homem o qual foi soprado por Deus (Gn 2.7).

Quais são as obras da carne relacionadas em Gálatas 5.19-21?
Prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices, glutonarias.

Segundo Gálatas 5.22, relacione o fruto do Espírito.
Amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.

Segundo os pressupostos bíblicos, quais são os três tipos de santificação?
Posicional, progressiva e final.


CONSULTE
Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 69, p. 36. Você encontrará mais subsídios para enriquecer a lição. São artigos que buscam expandir certos assuntos.

SUGESTÃO DE LEITURA

O Fruto do Espírito
Um estudo a respeito do caráter cristão baseado em Gálatas 5 e textos bíblicos relacionados.

Gálatas Comentário
Esta epístola contém uma série de quadros sobre como dever ser a vida espiritual.
Gálatas, Filipenses, 1 E 2 Tessalonicenses Hebreus
O autor contextualiza as Epístolas, tornando-as imprescindíveis aos crentes de hoje.



Fonte: CPAD, Revista, Lições Bíblicas Adultos, professor, As Obras da Carne e o Fruto do Espírito – Como o crente pode vencer a verdadeira batalha espiritual travada diariamente, Comentarista Osiel Gomes, 1º trimestre 2017.