segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Lição 10 A autoridade do Mestre Jesus Cristo.



Lição 10 A autoridade do Mestre Jesus Cristo.
4 de setembro de 2016

Texto Áureo
Mateus 7.29
Porquanto os ensinava como tendo autoridade, e não como os escribas.”

Verdade Aplicada
Ninguém jamais falou e agiu com a autoridade de Jesus e é por isso que Sua influência cresce no mundo.

Objetivos da Lição
Revelar os diferentes tipos de autoridade de Jesus;
Ensinar de onde procede toda a autoridade de Jesus;
Mostrar os diferentes tipos de milagres de Jesus.

Glossário
Arguir: Argumentar, disputar, demonstrar, provar;
Categórico: Claro, definido, resposta categórica;
Vanguarda: Dianteira, frente.

Leituras complementares
Segunda Mt 7.28
Terça Mt 8.10
Quarta Mt 8.13
Quinta Mt 8.17
Sexta Mt 8.27
Sábado Mt 9.8

Textos de Referência.
Mateus 8.2-3; 8-9
2 E eis que veio um leproso e o adorou, dizendo: Senhor, se quiseres, podes tornar-me limpo.
3 E Jesus, estendendo a mão, tocou-o, dizendo: Quero; sê limpo. E logo ficou purificado da lepra.
8 E o centurião, respondendo, disse: Senhor, não sou digno de que entres debaixo do meu telhado, mas dize somente uma palavra, e o meu criado há de sarar.
9 Pois também eu sou homem sob autoridade e tenho soldados às minhas ordens; e digo a este: vai, e ele vai; e a outro: vem, e ele vem; e ao meu criado: faze isto, e ele o faz.

Hinos sugeridos.
3, 145, 577.

Motivo de Oração
Peça a Deus para que transforme o coração das nossas autoridades governamentais.

Esboço da Lição
Introdução
1. Diferentes tipos de autoridade.
2. O que Lhe conferia autoridade.
3. Demonstrações de autoridade.
Conclusão

Introdução
A autoridade de Jesus é um assunto presente não só no evangelho de Mateus, mas em todos os evangelhos, pois esta é a base para que se possa respeitá-Lo como legítimo Filho de Deus e Salvador.

1. Diferentes tipos de autoridade.
No ministério terreno de Jesus, notamos três diferentes tipos de autoridade: autoridade para ensinar, para curar e para perdoar pecados.

1.1. Autoridade para ensinar.
Ao término do Sermão do Monte, as multidões estavam maravilhadas da Sua doutrina (Mt 7.28-29). Na verdade, a exposição de vários assuntos não era novidade para os ouvintes, porém a forma convicta, categórica e ungida fazia toda a diferença. Além disso, há outra característica no Senhor Jesus que também lhe conferia autoridade: a Sua conduta exemplar (Jo 8.46). As Suas palavras eram tão cheias de autoridade e sabedoria que até os oponentes também se maravilhavam (Jo 7.46). Devemos entender que não era apenas eloquência, mas, sobretudo o exemplo de Jesus. Ora, se alguém ensina, deve antes praticar aquilo que se ensina, o contrário disso é hipocrisia, que o Mestre condena.

É importante enfatizar para os alunos que, desde a genealogia do nosso Senhor Jesus Cristo, já se pode identificar o interesse de Mateus em mostrar de onde vem a autoridade de Jesus. Aponte para os alunos a retomada do assunto acerca da autoridade do Senhor Jesus Cristo por Mateus. Nada no evangelho de Mateus é por acaso e ele mostra a autoridade de Jesus sob vários aspectos, a começar pela doutrina. Mostre para os alunos que as comparações são inevitáveis e o povo logo concluiu que Jesus era diferente dos outros mestres, escribas e fariseus. Comente com os alunos que aqueles atores da religião colocavam peso sobre os outros que fingiam seguir, mas eles mesmos não seguiam nada, por isso foram censurados (Mt 23.4).
 
1.2. Autoridade para curar.
Fatos interessantes envolvendo curas são apresentados para mostrar a autoridade de Jesus sobre as enfermidades como cumprimento profético: a cura de um leproso que se prostra diante dEle (Mt 8.2-4); a cura do criado do centurião que jazia violentamente enfermo em casa (Mt 8.5-10); a cura da sogra de Pedro que estava acamada com febre (Mt 8.14-15); a libertação de endemoninhados, que naquela época era vista como enfermidade (Mt 8.16). Veja que a narrativa de Mateus procura intencionalmente nos mostrar a autoridade de Jesus nestes aspectos para aumentar a nossa fé.

Ensine para os alunos que os dois fatos iniciais por si só já seriam suficientes para convencer da autoridade do Senhor Jesus para curar e libertar os endemoninhados. Comente com os alunos que o escritor, porém, narra também a cura da sogra de Pedro (Mt 8.14-15). Ressalte para os alunos que a s curas confirmavam as profecias acerca dEle como o Messias que haveria de vir e levaria as enfermidades e dores (Mt 8.17; Is 53.4). Destaque para os alunos que tanto o leproso quanto o centurião tocam a questão de autoridade de Jesus de forma maravilhosa. Este é o Jesus amoroso que servimos.

1.3. Autoridade para curar.
Ao trazer a Jesus um paralítico, estava claro que queriam que o homem fosse curado de sua paralisia (Mt 9.1-6). Ele, porém, carinhosamente, diz ao paralítico: “Filho, tem bom ânimo, perdoados são os teus pecados” (Mt 9.2). Esse procedimento gerou murmúrios entre os escribas, afinal quem pode pecados senão Deus?! Este era o pensamento deles. Ele então argui: “O que é mais fácil dizer: perdoados são os teus pecados, ou dizer: Levanta-te e anda?” (Mt 9.5. Notemos que Mateus não economiza nem palavra e nem ênfase: “Ora, para que saibais que o Filho do homem tem na terra autoridade para perdoar pecados (disse então ao paralítico): Levanta-te, toma a tua cama e vai para tua casa” (Mt 9.6).

Mostre para os alunos, ao longo da narrativa do livro de Mateus, o propósito perdoador e salvador do nosso Senhor Jesus Cristo, Podemos mostrar declarações importantes no próprio livro que Ele é: aquele que tem poder para perdoar pecados (Mt 9.6); que Ele veio para buscar e salvar o que se havia perdido (Mt 18.11); que Ele salvará o Seu povo dos Seus pecados (Mt 1.21).

2. O que Lhe conferia autoridade.
A forma como Jesus ensinava, curava e libertava vidas demonstrava claramente uma autoridade. Mas o que ou quem lhe conferia tal autoridade, tal direito e tal poder?

2.1. As Escrituras Sagradas.
A autoridade do Senhor Jesus Cristo repousa sobre uma sólida base escriturística. Isso significa que várias profecias anteviram e legitimaram a autoridade do Messias que haveria de vir, por isso foram usadas para demonstrá-la. Tomemos por base as citações feitas por Mateus: Sua autoridade vem do fato de ser Filho de Deus através de uma virgem (Mt 1.22-23); Sua autoridade como Rei de Israel (Mt 2.6); Sua autoridade curadora e libertadora (Mt 4.14-15); Jesus como autoridade nomeada e escolhida pelo Pai Celestial (Mt 12.17-21); a realeza humilde de Jesus (Mt 21.4-5). A partir das Escrituras é demonstrado de modo inequívoco quem e o quê conferiu a Jesus Cristo tal autoridade, por isso devemos-lhe obediência.

Mostre apara os alunos que as Sagradas Escrituras são um, sólido documento que legitima a autoridade do Senhor Jesus. Comente com os alunos que qualquer indivíduo que arrogasse para si o direito messiânico sem comprovação escriturística deveria ser desprezado e julgado como blasfemo. Porém, o que aconteceu com Jesus foi que, mesmo sendo legítimo, por causa da inveja o crucificaram (Mt 27.18).

2.2. A Sua identidade de Filho de Deus.
Ser Filho de Deus significa que Cristo Jesus é da mesma natureza divina do Pai, quer ambos são eternos, porém distintos. A identidade de Filho de Deus é o aspecto principal que lhe confere autoridade para agir, falar e operar milagres em nome do Pai (Mt 16.16). Essas três coisas em verdade funcionaram ao mesmo tempo para comprovar a perfeita salvação alcançada pela fé nEle. Por ser filho de Deus, como cristãos e servos dEle, cremos que Ele nasceu de uma virgem, que Ele perdoa nossos pecados, que Ele cumpriu todas as profecias, que tem toda autoridade no céu e na terra e que Ele voltará para nos buscar (Mt 28.18).

Ensine para os alunos que o Senhor Jesus Cristo, como Filho de Deus, é da mesma natureza que Deus-Pai. Consequentemente, Ele pode salvar perfeitamente os que por Ele se chegam a Deus. Merece ser especialmente destacado para os alunos que a fé nEle traz o perdão de Deus e paz interior, enquanto a filosofia e o ateísmo promovem a descrença e o desespero velado.

2.3. A Sua obediência.
Jesus Cristo veio submisso, como um servo exemplar, manso como um cordeiro, capaz de inspirar os corações a servirem a Deus. Ele não veio para ser servido, mas para servir e dar a Sua vida em resgate de muitos (Mt 20.28). Ele veio para levar as dores e os sofrimentos dos que creem (Mt 8.17). Ele teve que se submeter a Deus até a morte e sofrer a morte de cruz, o pior tipo de execução. Porém, foi exaltado incomparavelmente (Fp 2.5-11).

Explique para os alunos que o que trouxe a nossa salvação foi a obediência de Jesus Cristo ao Pai. Segundo as Sagradas Escrituras, Ele é Eterno, Criador e Sustentar de todas as coisas com Seu poder, mas a salvação foi consequência de Sua submissão ao plano da salvação. Ele era adorado na eternidade como Criador, não porém como Salvador. Comente com os alunos que, para se tornar nosso Salvador, Ele teve que esvaziar-se, tornando-se um bebê, e desenvolver-se, sendo obediente em tudo, até sofrer a morte de cruz. E tudo por quê? Porque Ele nos amou com um amor que excede todo o entendimento (Jo 3.16). Creia e sinta-se amado.

3. Demonstrações de autoridade.
O povo de Israel aguardava um Messias guerreiro, como Davi, que os libertasse do jugo de Roma. Eles esperavam que Jesus demonstrasse a Sua autoridade resolvendo seus problemas políticos e, assim, os pusesse na vanguarda. Porém, a Sua autoridade foi exercida contra o pecado, os demônios, as doenças e em favor dos homens.

3.1. A tempestade no mar.
O evento em que Jesus cessa a tempestade revela a Sua autoridade sobre a natureza (Mt 8.23-27). Cansado de Seus afazeres, Jesus dorme profundamente no barco. Quando então se levanta uma enorme tempestade, Seus discípulos apavorados despertam-no pedindo socorro. Ele se levanta e repreende a tempestade, deixando Seus discípulos boquiabertos.

Lembre aos alunos que o Senhor Jesus Cristo tem autoridade sobre as forças da natureza. Reforce para os alunos que quem faz cessar a tempestade no mar é capaz de cessar qualquer tipo de dificuldade, ou causar, se necessário for, um terremoto para libertar os Seus servos de uma prisão (At 16.23-34). Comente com os alunos que a oração “Senhor, aumenta–nos a fé”, deve sempre fazer parte das nossas petições diárias. Talvez nunca conheceremos a fraqueza da nossa fé, enquanto não formos postos na fornalha da tribulação e da ansiedade. É importante frisar para os alunos que felizes são os que descobrem. Por experiência, que a sua fé é capaz de resistir ao fogo, e que podem, como Jó, dizer: “Ainda que ele me mate, nele esperarei” (Jó 13.15).

3.2. A libertação dos endemoninhados de Gadara.
O acontecimento envolvendo a libertação de dois endemoninhados em Gadara revela a autoridade de Jesus sobre os demônios (Mt 8.28-34). Este foi um dia de desafios para o Mestre. Há pouco, Ele acalmara uma tempestades e depois enfrentaria a fúria de dois homens terrivelmente endemoninhados. Os demônios identificam a Jesus e reclamam por se sentirem atormentados antes do tempo do juízo final. A seguir, eles pedem permissão para que entrem nos porcos e o Senhor o consente, mas os porcos se precipitam no lago e se afogam, causando grande prejuízo aos porqueiros, que temeram. Contudo, eles pediram que Jesus se retirasse de seus termos. Com isso aprendemos que a libertação de vidas ou de um lugar pode trazer a ruína sobre uma economia estruturada na desobediência a Deus.

Explique para os alunos que, assim como nosso Senhor Jesus Cristo libertava, hoje a Igreja trabalha trazendo libertação do cativeiro de demônios a muitas pessoas. Enfatize para os alunos que a Igreja expulsa os espíritos imundos em nome de Jesus Cristo através da fé nEle. Comente com os alunos que não se trata de um pequeno alívio, mas de libertação completa para viver em saúde e liberdade, pois há muitos que não descansam, não dormem, vão a psiquiatras e outros estão se submetendo a cirurgias, o que uma oração e um trabalho de libertação resolveriam.

3.3. A cura do paralítico.
Embora não se possa dizer que todas as deformidades físicas (Lc 13.10-13), as enfermidades e problemas psicológicos (Mt 17.14-21), são ação do demônio ou porque alguém pecou seriamente (Jo 5.13-14), ao analisarmos a Bíblia, verificamos que tudo é consequência do pecado original. No caso do paralítico (Mt 9.1-8), Jesus trata primeiro do perdão ao declarar: “perdoados te são os teus pecados”. Embora o perdão oferecido tenha gerado polêmica, o Senhor Jesus vai mais além, para provar que tem autoridade sobre a enfermidade e o pecado. A seguir, ordena que o homem pegue a sua cama e ande, o que causa grande espanto em todos que ali estavam. Jesus Cristo é o mesmo que cura e salva! Que verdade maravilhosa!

Mostre para os alunos que, no caso deste paralítico em particular, o nosso Senhor Jesus Cristo tratou primeiro da sua situação pecaminosa. Comente com os alunos que ele recebeu o perdão de Jesus Cristo para depois receber a cura de sua paralisia. Destaque para os alunos que, às vezes, para alguém ser curado precisa ser perdoado primeiramente. Perdoado do pecado e liberto da ação demoníaca, a consequência disso é boa saúde.

Conclusão.
Nesta lição, tivemos uma rápida visão da autoridade do Senhor Jesus Cristo nos capítulos oito e nove do evangelho de Mateus. Também aprendemos que os milagres são testemunhos que ilustram esta verdade, para que se possa respeitá-Lo como legítimo Filho de Deus e Salvador.

Questionário.
1. No final do Sermão do Monte, por que as multidões estavam maravilhadas?
R: Porque Jesus falava com autoridade (Mt 7.28-29).

2. Quais os três diferentes tipos de autoridade apresentados na lição?
R: Autoridade para ensinar, para curar e perdoar pecados (Mt 7.28).

3. Qual aspecto principal conferia a Jesus autoridade para agir, falar e operar milagres em nome do Pai?
R: A identidade de Filho de Deus (Mt 16.16).

4. Qual evento revela a autoridade de Jesus sobre a natureza?
R: O milagre de cessar a tempestade (Mt 8.23-27).

5. No caso do paralítico, o que Jesus tratou primeiro?
R: Do perdão (Mt 9.1-8).

Fonte: Revista de Escola Bíblica Dominical, Betel, Edição Histórica, Jovens e Adultos, edição do professor, 3º trimestre de 2016, ano 26, Nº 100, Mateus uma visão panorâmica do Evangelho do Rei.

Lição 10 O Messias Davídico e Seu Reino.



Lição 10 O Messias Davídico e Seu Reino.
04 de setembro de 2016

Texto do dia
(Lc 1.32)
"Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai."

Síntese.
O reino messiânico será pleno de paz, alegria, justiça e amor.

Agenda de leitura
SEGUNDA - Is 11.1,2 A promessa do Rebento de Jessé
TERÇA - Is 11.3-5 O Messias é justo
QUARTA - Is 11.6-9 O Messias trará paz e harmonia
QUINTA - Is 12.6 O Messias será motivo de alegria
SEXTA - Ap 21.4 O Messias acabará com o sofrimento
SÁBADO - Is 66.12,13 O reinado do Messias será pleno

Objetivos
MOSTRAR quem é o Messias e como será o seu Reino;
SABER como e por que se dará a futura restauração de Israel e da humanidade que crê em Jesus;
DISCUTIR as condições e abrangências nas quais os crentes fazem parte do Reino de Deus.

Interação
O reino messiânico não abrange apenas o remanescente de Israel, nem se restringe política e geograficamente a uma determinada região. Ele é a manifestação do amor, justiça, misericórdia, paz e alegria de Deus para toda a humanidade. Será o tempo em que cessará toda dor e angústia humana, um tempo que ainda chegará. Porém, ao mesmo tempo, trata-se da manifestação imediata desse Reino no coração de todos aqueles que se permitem ser guiados pelo Espírito de Deus. Além dessas características do Reino, uma de suas melhores manifestações é que Deus graciosamente se relaciona com os seus filhos em amor e comunhão plena.

Orientação Pedagógica
Professor, o item III, "Os crentes e o Reino", é apresentado com diversas características e ampla implicação na Igreja e na vida dos cristãos. Para melhor compreender como funciona essa questão, sugerimos que você  providencie uma série de figuras de revistas ou ainda figuras impressas a partir da internet, mostrando cenas do cotidiano de pessoas em situações mais diversas possíveis. A partir dessas figuras, faça uma tabela com duas colunas. Na primeira coluna escreva "Reino de Deus", na segunda "O mundo sem Deus". A partir daí, sugerimos que sejam fixadas as imagens em uma das colunas conforme elas forem ilustrando uma ou outra realidade. Finalmente, comente o resultado.

Texto bíblico
Isaías 11.2-5, 10
2 E repousará sobre ele o Espírito do Senhor, e o Espírito de sabedoria e de inteligência, e o Espírito de conselho e de fortaleza, e o Espírito de conhecimento e de temor do Senhor.
3 E deleitar-se-á no temor do Senhor e não julgará segundo a vista dos seus olhos, nem repreenderá segundo o ouvir dos seus ouvidos;
4 mas julgará com justiça os pobres, e repreenderá com equidade os mansos da terra, e ferirá a terra com a vara de sua boca, e com o sopro dos seus lábios matará o ímpio.
5 E a justiça será o cinto dos seus lombos, e a verdade, o cinto dos seus rins.
10 E acontecerá, naquele dia, que as nações perguntarão pela raiz de Jessé, posta por pendão dos povos, e o lugar do seu repouso será glorioso.

COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Na lição de hoje veremos que Isaías tem em vista a dinastia de Davi prevendo a vinda do Messias (Cristo) como o Rei. Segundo o profeta, o Messias surgiria da linhagem de Jessé para a salvação de Israel. Ele seria o ápice dos reis do pacto davídico e o surgimento do majestoso Reino de Deus e a futura glória desse Reino.

I - O MESSIAS E SEU REINO

1. Atributos do Messias. Isaías  indica a origem e as competências do Messias. Embora alguns estudiosos pensem que Ezequias esteja sendo retratado nessa passagem, as qualidades aqui enumeradas ultrapassam as de qualquer monarca terreno. Ele teria comunicação direta com o Espírito Santo e também a unção do mesmo para cumprir sua missão. Os atributos designados a Ele esclarecem a perfeição de suas ações, pois todos os tesouros de sabedoria estavam com Ele, todo o entendimento lhe seria dado para se ajustar a todas as ocasiões. 

2. A justiça do Reino. Nos tempos do Antigo Testamento, a justiça era responsabilidade do rei.  A ordem e a prática da justiça eram atribuições de seu governo, no entanto, não se refere a todos os atos de governo, mas apenas à defesa dos pobres e oprimidos. O Messias vai julgar, porém, seu julgamento não será por aparências nem suas decisões serão com base em rumores. Ele julgará com retidão baseado no que é sensato. Paulo enfatiza intensamente a justiça atribuída a nós por Deus por intermédio de Cristo. Esse caminho de justiça está aberto tanto ao judeu como para o gentio (Rm 3.21). O Reino de Deus consiste nessa retidão a nós atribuída mediante uma correta posição diante de Deus (de pecadores a purificados) por meio de Cristo.

3. O reto juiz. O Messias não terá apenas o conhecimento equilibrado para garantir a justiça social, mas também terá a força para colocar em vigor o que Ele sabe estar correto; ninguém o engana com julgamentos falsos ou frustra sua capacidade de discernimento, pois sua sabedoria não é meramente humana, acumulada com a experiência, mas ela ultrapassa os anos e a eternidade. A justiça está em relação com a fidelidade. Ele não apenas faz justiça aos fracos, mas demonstra fidelidade à aliança com Deus. Justiça e fidelidade são partes integrais de suas vestes, o cinturão segurava todas as peças do vestuário, e sua fidelidade aos homens e a Deus esboçam a nobreza de seu caráter (Is 11.5).

Pense
As qualidades do Messias nos levam a ter certeza de que sua glória, força e poder vão além de qualquer força humana.

Ponto Importante
Para o profeta Isaías, o Messias não terá apenas o conhecimento para garantir a justiça social, mas também terá a força para colocar em vigor o que Ele sabe estar correto.

II - A FUTURA RESTAURAÇÃO DE ISRAEL

1. Promessas de restauração. Para alguns eruditos, essa seção representa a derrota dos inimigos e a restauração de Israel. Outros veem aqui uma profecia a longo prazo, dita pelo profeta descrevendo o Messias e o futuro Reino de Deus, onde os seus filhos de todas as tribos e nações serão recolhidas por Ele e todos se beneficiarão com o Reino. Deus prometeu a Abraão que por meio de sua linhagem, todos os povos da terra seriam abençoados (Gn 12.3). No entanto, o ensino dispensacionalista de que Israel tem um lugar especial no projeto de Deus, por causa das promessas divinas feitas a Abraão, não exclui os gentios de também terem um lugar especial; o profeta prevê a conversão dos gentios. Aquele será um período de restauração, sendo o Messias a bandeira em torno da qual todas as nações se ajuntarão e a Igreja será chamada de todos os lugares da Terra para adentrar ao seu Reino. Seu governo será absolutamente universal e Deus se tornará tudo para todos, Cristo será glorificado e todas as coisas estarão incluídas no seu poder restaurador (1Co 15.28; Ef 1.10).

2. Características do Reino restaurado. O profeta descreve o que alguns intérpretes supõem ser características do milênio e ilustra as condições ideais de vida sobre a Terra com o Messias. Quando todo o conflito universal chegar ao fim, o lobo e o cordeiro não serão mais inimigos, crianças viverão em segurança no meio dos leões e terão como companheiros o urso e a serpente, e nenhum ser humano explorará o outro. Um quadro de verdadeira paz e harmonia entre os povos e nações, que reflete as relações de justiça entre os homens. Nesse Reino, os seres humanos viverão em paz entre si e principalmente com Deus, o seu criador, pois a maldade não existirá.

3. O novo êxodo.  O Messias vai chamar e congregar os filhos de Israel que foram espalhados pelas nações opressoras dos vários impérios que destruíram seu povo. Além do cativeiro assírio e babilônico, houve o romano, iniciado no ano 70 d.C., e que só foi revertido em parte, em nossos dias, com a fundação do estado de Israel em 1948. Nas palavras da profecia, Deus chama pelos quatro cantos da Terra para ajuntar os que estão perdidos. Essa chamada seria para todos adentrarem o Reino de Deus. A profecia de Isaías, a princípio, fala sobre o remanescente como sendo os desterrados de Israel (Is 11.12); no entanto, vemos nos Evangelhos a pregação do Reino como um tema central.

Pense
Deus sempre nos anima em meio aos momentos difíceis trazendo suas promessas e restauração.

Ponto Importante
A restauração de Israel também implica a restauração da Igreja.

III - OS CRENTES E O REINO

1. O lugar do Reino (Ef 1.10). A vida cristã é um meio pelo qual o Reino pode ser expresso. Isso acontece quando Deus governa os corações humanos por meio  de seu Espírito Santo, infundindo neles o seu Reino. O Reino pode ser concebido como existente no céu ou no coração dos seres humanos regenerados. A Igreja é formada pelos regenerados no céu e na Terra. Esse Reino tem um rei, e onde esse rei é aceito como tal, aí está o Reino de Deus. No Evangelho de Mateus, ele é chamado o Reino dos Céus porque o céu é habitação de Deus, porém, quando o Reino finalmente se estabelecer, a autoridade de Jesus Cristo será exercida em todos os lugares.

2. O Reino como virtudes cristãs (Rm 14.17).  O Reino de Deus abrange todas as coisas sobre as quais Deus exerce poder - a vida dos homens, o mundo e tudo que nele existe. O Reino messiânico foi profetizado e esperado pelos judeus, no entanto, não faz parte da dimensão material e objetiva como eles esperavam; sua dimensão é subjetiva, espiritual e, portanto, transcende a matéria, incluindo todas as coisas (Lc 17.21).

3. O Reino de Deus é paz e alegria (Gl 5.22). Paz e alegria são aspectos do Reino e também características do fruto do Espírito que é desenvolvido por Deus na alma do crente.

Pense
O reinado de Deus precisa iniciar em nossas vidas, em nossos corações, em nossos lares e em nossas igrejas.

Ponto Importante
O Reino messiânico foi profetizado e esperado pelos judeus, no entanto, não faz parte da dimensão material e objetiva como eles esperavam.

Quando todo o conflito universal chegar ao fim, o lobo e o cordeiro não serão mais inimigos, crianças viverão em segurança no meio dos leões e terão como companheiros o urso e a serpente, e nenhum ser humano explorará o outro.

SUBSÍDIO 1
"O Messias é chamado de Rebento e Renovo. Estas palavras significam um pequeno e tenro broto que se rompe com facilidade. Quando a família real fosse cortada, e quase nivelada ao solo, iria brotar novamente. A casa de Davi estava completamente decaída na época do nascimento de Cristo. O Messias deu assim uma notícia antecipada de que o seu Reino não era deste mundo. Porém, o Espírito Santo, com todos os seus dons e graças, repousa e permanece nEle (Cl 1.29; 2.9).
O Messias seria justo e reto em todo o seu reinado. [...] O Evangelho muda a natureza e faz com que os mesmos que pisoteavam os mansos da terra sejam amáveis e mansos para com eles. Porém isso será mais plenamente mostrado nos últimos dias. Também Cristo, o grande Pastor, cuidará do seu rebanho para que a natureza dos problemas e da própria morte seja transformada e não façam nenhum dano real. O povo de Deus será liberto não somente do mal, mas também do temor do mal. Enquanto isto, façamos com que o nosso exemplo e esforço possam ajudar o progresso da honra de Cristo e de seu reino de paz"  (HENRY, Matthew. Comentário Bíblico. 1ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2002.p. 569). 

SUBSÍDIO 2
"Isaías 10.1-4 faz parte de Isaías 9 e define a base pela qual o julgamento de Israel fora decretado. Deus então declara que julgará a Assíria, que excedeu em sua tarefa, destruindo Israel em vez de discipliná-lo (vv. 5-19). Mesmo assim, um remanescente permanece e Deus livrará os sobreviventes. O discorrer da passagem agora nos mostra a mensagem principal desses capítulos. Um dia virá, quando os reinos do homem serão suplantados pelos reinados de Deus. O Messias de Deus, guiado e impulsionado pelo Espírito de Deus, julgará a Terra, estabelecerá a justiça e até mesmo trará paz à própria natureza. Naquele dia, todas as nações do mundo se submeterão ao Senhor, e Deus levará seu povo escolhido de volta à sua terra natal. Naquele dia, todo Israel louvará a Deus pela salvação e o fará conhecido a todo o mundo" (RICHARS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia: Uma  análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por capítulo. 10 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p. 418). 

ESTANTE DO PROFESSOR
ZUCK, B. Roy. Teologia do Antigo Testamento. 1ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2014.

CONCLUSÃO
Promover o Reino de Deus em um mundo onde prevalece a falta de amor, a ingratidão e a desonestidade se torna tarefa crucial para os cristãos, pois é Deus que por meio do Espírito Santo cultiva no ser humano qualidades espirituais que caracterizam um homem espiritual. Quando o Reino de Deus passa a habitar o coração do homem, o mesmo conhece a verdadeira vida e desfruta intensamente de sua posição em Cristo.

Hora da revisão.

Quais seriam os principais atributos do Messias de acordo com Isaías 11.2?
Sobre Ele repousaria o Espírito do Senhor, e o Espírito de sabedoria e de inteligência, e o Espírito de conselho e de fortaleza, e o Espírito de conhecimento e de temor do Senhor.

Qual foi uma das principais promessas que Deus fez a Abraão?
Que todos os povos da terra seriam abençoados através dele.

Quem serão os habitantes do Reino de Deus?
Os israelitas e todos os que foram salvos em Cristo Jesus.

Qual a principal descrição que o profeta faz do Reino de Deus?
Um tempo de verdadeira paz e harmonia entre os povos e nações, que reflete nas relações de justiça entre os homens.

Conforme Romanos 14.17, quais as principais características desse Reino?
Será um Reino de justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo.


Fonte: CPAD, Revista, Lições Bíblicas Jovens, Isaías Eis me aqui, envia-me a mim, professor, 3º trimestre 2016.