segunda-feira, 27 de junho de 2016

Lição 1 O que é Evangelização.



Lição 1 O que é Evangelização.
03 de julho de 2016

TEXTO ÁUREO
(Mt 28.19,20)
"Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado [...]."

VERDADE PRÁTICA
Evangelizar é a missão mais importante e urgente da Igreja de Cristo; não podemos adiá-la nem substituí-la

LEITURA DIÁRIA
Segunda - Lc 9.2 Jesus envia-nos a evangelizar
Terça - At 10.42 Evangelização e testemunho
Quarta - 2 Tm 4.2 Evangelizar em todo tempo
Quinta- 2 Co 2.12 Portas abertas à evangelização
Sexta - 1 Co 1.17 A cruz de Cristo, a força do Evangelho
Sábado - 1 Pe 1.12 A excelência da evangelização

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Marcos 16.9-20
9 - E Jesus, tendo ressuscitado na manhã do primeiro dia da semana, apareceu primeiramente a Maria Madalena, da qual tinha expulsado sete demônios.
10 - E, partindo ela, anunciou-o àqueles que tinham estado com ele, os quais estavam tristes e chorando.
11 - E, ouvindo eles que Jesus vivia e que tinha sido visto por ela, não o creram.
12 - E, depois, manifestou-se em outra forma a dois deles que iam de caminho para o campo.
13 - E, indo estes, anunciaram-no aos outros, mas nem ainda estes creram.
14 - Finalmente apareceu aos onze, estando eles assentados juntamente, e lançou-lhes em rosto a sua incredulidade e dureza de coração, por não haverem crido nos que o tinham visto já ressuscitado.
15 - E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.
16 - Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.
17 - E estes sinais seguirão aos que crerem: em meu nome, expulsarão demônios; falarão novas línguas;
18 - pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão.
19 - Ora, o Senhor, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu e assentou-se à direita de Deus.
20 - E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram. Amém!

OBJETIVO GERAL
Mostrar que a evangelização é a missão suprema da Igreja.

HINOS SUGERIDOS: 18, 38, 227 da Harpa Cristã

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

Conhecer a diferença entre evangelismo e evangelização.
Mostrar como devemos evangelizar.
Explicar o porquê da evangelização

INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Prezado professor, neste trimestre teremos a oportunidade ímpar de estudarmos a respeito da missão mais importante da Igreja: a evangelização. Essa missão não é somente da liderança, mas todo crente tem a responsabilidade de anunciar as Boas-Novas.
O comentarista do trimestre é o pastor Claudionor de Andrade - escritor, conferencista, consultor doutrinário e teológico da Casa Publicadora das Assembleias de Deus.
Que possamos anunciar o Evangelho de Jesus Cristo, ajudando as pessoas a trilhar os caminhos do Senhor, pois em breve Jesus virá.

COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Se não levarmos o Evangelho até aos confins da Terra, jamais seremos reconhecidos como discípulos de Jesus. Desde o início de seu ministério, Ele sempre fez questão de realçar a natureza evangelizadora de sua missão e da tarefa que nos confiou (Mc 16.15; Lc 8.1). Nenhum outro trabalho é tão importante e urgente quanto a evangelização.
A Igreja, por ser Igreja, não pode ignorar as exigências da Grande Comissão: evangelizar a todos, em todo tempo e lugar (Mt 24.14). A evangelização compreende, também, o discipulado, o batismo e a integração do novo convertido. Se crermos, de fato, que Cristo morreu e ressuscitou para redimir-nos do inferno, não nos calaremos acerca de tão grande salvação (Hb 2.3).
Aproveitemos todas as oportunidades para falar de Cristo, pois grande será a colheita de almas para o Reino de Deus.

PONTO CENTRAL
A missão suprema da Igreja é a evangelização.

I - EVANGELISMO E EVANGELIZAÇÃO
Evangelismo ou evangelização? Neste tópico, veremos que ambos os termos são igualmente corretos, pois a evangelização depende do evangelismo. Se este é a teoria, aquela é a prática.

1. Evangelismo. É a doutrina cujo objetivo é fundamentar biblicamente o trabalho evangelístico da Igreja de Cristo, de acordo com as narrativas e proposições do Antigo e do Novo Testamentos (Gn 12.1,2; Is 11.9; Mt 28.19,20; At 1.8).
O evangelismo fornece também as bases metodológicas, a fim de que os evangelizadores cumpram eficazmente a sua tarefa (2 Tm 2.15).

2. Evangelização. É a prática efetiva da proclamação do Evangelho, quer pessoal, quer coletivamente, até aos confins da Terra, levando-nos a cumprir plenamente o mandato que Jesus nos delegou (At 1.8).
A evangelização não é um trabalho opcional da Igreja, mas uma obrigação de cada seguidor de Cristo (1 Co 9.16).

SÍNTESE DO TÓPICO I
É correto usar os termos evangelização e evangelismo, pois a evangelização depende do evangelismo. Uma é a teoria e a outra, a prática.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO
"O mandato para as missões acha-se em cada evangelho e em Atos dos Apóstolos. Porque toda a autoridade nos céus e na terra foi entregue a Jesus (Mt 28.19,20).
'Vão' (gr. poreuthentes) não é um imperativo. Significa, literalmente, 'tendo ido'. Jesus toma por certo que os crentes irão, quer por vocação, por lazer, ou por perseguição. O único imperativo nesse trecho bíblico é 'façam discípulos' (gr. mathêteusate), que inclui batizá-los e ensiná-los continuamente.
Marcos 16.15 também registra esse mandamento: 'Tendo ido por todo o mundo, proclamem (anunciem, declarem e demonstrem) as boas-novas a toda a criação' (tradução literal)" (HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 1ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p. 584).

CONHEÇA MAIS
*Evangelho
"Uma palavra usada somente no Novo Testamento para denotar a mensagem de Cristo. O termo gr. euangelion, significando 'boas-novas', tornou-se um termo técnico para a  mensagem essencial da salvação.
O conteúdo do Evangelho é claramente definido no Novo Testamento. É a mensagem proclamada e aceita na igreja cristã, pois foi recebida por todos os crentes, defendida por seu raciocínio, e constituiu uma parte vital de sua experiência. É histórica em seu conteúdo, bíblica em seu significado, e transformadora em seu efeito. 'Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras... foi sepultado, e... ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras... foi visto por Ceifas...', são as palavras descritivas de Paulo (1Co 15.1-6)". Para conhecer mais, leia Dicionário Bíblico Wycliffe, CPAD, p. 711.

II - POR QUE TEMOS DE EVANGELIZAR
Podemos apresentar pelo menos quatro razões que nos levarão a falar de Cristo a tempo e fora de tempo. A partir daí, não descansaremos as mãos até que o mundo todo seja semeado com a Palavra de Deus (Ec 11.6).

1. É um mandamento de Jesus. Temos de evangelizar porque, acima de tudo, é uma ordem de Nosso Senhor Jesus Cristo (Mt 28.19,20; Mc 16.15; Lc 24.46,47; At 1.8). Logo, não há o que se discutir: evangelizar não é uma obrigação apenas do pastor e dos obreiros; é um dever de todo aquele que se diz discípulo do Nazareno.
Aquele que ama a Cristo não pode deixar de falar do que tem visto e ouvido. Assim agiam os crentes da Igreja Primitiva. Não obstante a oposição dos poderes religioso e secular, os primeiros discípulos evangelizavam com ousadia e determinação (At 4.20).

2. É a maior expressão de amor da Igreja. A Igreja Primitiva, amando intensamente a Cristo, evangelizava sem cessar, pois também amava as almas perdidas (At 2.42-46). O amor daqueles crentes não se perdia em teorias, mas era efetivo e prático; sua postura era mais do que suficiente para levar milhares de homens, mulheres e crianças aos pés do Salvador. A igreja em Tessalônica também se fez notória por sua paixão evangelística (1 Ts 1.8).
Enfrentamos hoje uma crise econômica, moral e política muito séria, porém  precisamos continuar evangelizando os de perto e os de longe.

3. O mundo jaz no maligno. Implementemos a evangelização, pois muitos são os que caminham a passos largos para o inferno (1 Jo 5.19). Diante dessa multidão, não podemos ficar indiferentes. Uns acham-se aprisionados pelas drogas. Outros, pela devassidão e pela violência. E outros, ainda, por falsas religiões. Precisamos evangelizar esses cativos. Somente Jesus Cristo pode libertar os oprimidos das cadeias espirituais (Jd 22,23).

4. Porque Jesus em breve virá. Finalmente, empreguemos todos os nossos esforços na evangelização, porque o Senhor Jesus não tarda a voltar. Sua advertência é grave e urgente: "Convém que eu faça as obras daquele que me enviou, enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar" (Jo 9.4). Sim, Jesus em breve virá. O que temos feito em prol da evangelização? Não podemos comparecer de mãos vazias perante o Senhor da Seara.

SÍNTESE DO TÓPICO II
A evangelização é um mandamento de Jesus. É também a maior expressão de amor, pois o mundo jaz no maligno e em breve Jesus voltará.
Empreguemos todos os nossos esforços na evangelização, porque o Senhor Jesus não tarda a voltar.

SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
"Evangelismo pessoal é a obra de falar de Cristo aos perdidos individualmente: é levá-los a Cristo, o Salvador (Jo 1.41,42; At 8.30).
A importância do evangelismo pessoal vê-se no fato de que a evangelização dos pecadores foi o último assunto de Jesus aos discípulos antes de ascender ao céu. Nessa ocasião, Ele ordenou à Igreja o encargo da evangelização do mundo (Mc 16.15).
O alvo do evangelismo pessoal é tríplice: salvar os perdidos, restaurar os desviados e edificar os crentes.
Ganhar alma foi a suprema tarefa do Senhor Jesus aqui na terra (Lc 19.10). Paulo, o grande homem de Deus, do Novo Testamento, tinha o mesmo alvo e visão (1 Co 9.20). Uma grande parte dos crentes pensa que a obra de ganhar almas para Jesus é para os pregadores, pastores e obreiros em geral. Contentam-se em, comodamente sentados, ouvir os sermões, culto após culto, enquanto os campos estão brancos para a ceifa, como disse o Senhor da seara (Jo 4.35). O 'ide' de Jesus para irmos aos perdidos (Mc 16.15), não é dirigido a um grupo especial de salvos, mas a todos, indistintamente, como bem revela o texto citado. Portanto, a evangelização dos pecadores pertence a todos os salvos. Cada crente pode e deve ser um ganhador de almas. Nada o pode impedir, irmão, de ganhar almas para Jesus, se propuser isso agora em seu coração. A chamada especial de Deus para o ministério está reservada a determinados crentes, mas a chamada geral para ganhar almas é feita a todos os crentes.
O evangelismo pessoal, como já vimos acima, vai além do pecador perdido: ele alcança também o desviado e o crente necessitado de conforto, direção, ânimo e auxílio. Ele reaviva a fé e a esperança nas promessas das Santas Escrituras" (GILBERTO, Antonio. Prática do Evangelismo Pessoal. 1ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1983, p. 10).

III - COMO EVANGELIZAR
A missão de pregar a todos, em todos os lugares e em todo tempo, inclui a evangelização pessoal, coletiva, nacional e transcultural. Neste tópico, destaquemos o exemplo de Cristo, o evangelista por excelência.

1. Evangelização pessoal. Em vários momentos de seu ministério, o Senhor Jesus consagrou-se à evangelização pessoal. Na calada da noite, recebeu Nicodemos, a quem falou do milagre do novo nascimento (Jo 3.1-16). E, no ardor do dia, mostrou à mulher samaritana a eficácia da água da vida (Jo 4.1-24).
Neste momento, há alguém, bem pertinho de você que precisa ouvir falar de Cristo. Não perca a oportunidade e evangelize, pois quem ganha almas sábio é (Pv 11.30). 

2. Evangelização coletiva. Cristo dedicou-se também ao evangelismo coletivo.  Ele aproveitava ajuntamentos e concentrações, a fim de expor o Evangelho do Reino. As multidões também precisam ser alcançadas com a pregação do Evangelho, para que todos ouçam a mensagem da cruz. Voltar à prática do evangelismo em massa é uma necessidade urgente.

3. Evangelismo nacional. Em seu ministério terreno, Jesus era um judeu inserido na sociedade judaica, falando-lhes em sua própria língua. Sua identificação com a cultura israelita era perfeita (Jo 4.9). Ele não podia esconder sua identidade hebreia (Lc 9.53). Cristo viveu como judeu e, como judeu, morreu (Mt 27.37). Nessa condição, anunciou o Evangelho do Reino às ovelhas perdidas da Casa de Israel.

4. Evangelismo transcultural. Embora sua missão imediata fosse redimir as ovelhas da Casa de Jacó (Mt 15.24), Jesus não deixou de evangelizar pessoas de outras culturas e nacionalidades. Atendeu a mulher siro-fenícia (Mc 7.26). Socorreu o servo do centurião romano (Mt 8.5-11). E não foram poucos os seus contatos com os samaritanos (Lc 17.16; Jo 4.9).
É chegado o momento de olharmos além de nossas fronteiras, ouvindo o gemido das nações, tribos e povos não alcançados.

SÍNTESE DO TÓPICO III
Podemos evangelizar de forma pessoal e coletiva.  Também podemos evangelizar nosso país e as nações.

SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
"Como devemos evangelizar
Para começar, o ganhador de almas tem de ter experiência própria de salvação. É um paradoxo alguém conduzir um pecador a Cristo, sem ele próprio conhecer o Salvador. Isto é apontar o caminho do céu sem conhecê-lo. Quem fala de Jesus deve ter experiência própria da salvação.
Estando nosso coração cheio da Palavra de Deus, nossa boca falará dela (Mt 12.34). É evidente que o ganhador de almas precisa de um conhecimento prático da Bíblia; conhecimento esse, não só quanto à mensagem do Livro, mas também quanto ao volume em si, suas divisões, estrutura em geral, etc. Sim, para ganhar almas é preciso 'começar pela Escritura' (At 8.35).
Aquilo que a eloquência, o argumento e a persuasão humana não podem fazer, a Palavra de Deus faz, quando apresentada sob a unção do Espírito Santo. Ela é qual espelho. Quando você fala a Palavra, está pondo um espelho diante do homem. Deixe o pecador mirar-se neste maravilhoso espelho. Assim fazendo, ele aborrecerá a si mesmo ao ver sua situação deplorável.
Está escrito que 'pela lei vem o conhecimento do pecado' (Rm 3.20). Através da poderosa Palavra de Deus, o homem vê seu retrato sem qualquer retoque, conforme Isaías 1.6. No estudo da obra de ganhar almas, há muito proveito no manuseio de livros bons e inspirados sobre o assunto. Há livros deste tipo que focalizam métodos de ganhar almas; outros focalizam experiências adquiridas, o desafio, o apelo e a paixão que deve haver no ministério em apreço. A igreja de Éfeso foi profundamente espiritual pelo fato de Paulo ter ensinado a Palavra ali durante três anos, expondo todo o conselho de Deus (At 20.27-31). Em Corinto ele ensinou dezoito meses (At 18.11). Veja a diferença entre essas duas igrejas através do texto das duas epístolas (Coríntios e Efésios)" (GILBERTO, Antonio. Prática do Evangelismo Pessoal. 1ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1983, p. 30).

CONCLUSÃO
Evangelizar é a missão de todo crente. Quer obreiro, quer leigo, ganhar almas é o seu dever. Na crise atual, muitos são os que, desesperados, buscam um salvador. Mas apenas a Igreja de Cristo pode mostrar o caminho da salvação. É hora de evangelizar e de fazer missões. Arranquemos as almas perdidas das garras de Satanás.

PARA REFLETIR
A respeito da missão da Igreja, responda: 

Qual a urgência máxima da Igreja?
A evangelização.

Qual a diferença entre evangelismo e evangelização?
Evangelismo: É a doutrina cujo objetivo é fundamentar biblicamente o trabalho evangelístico da Igreja de Cristo, de acordo com as narrativas e proposições do Antigo e do Novo Testamento. Evangelização. É a prática efetiva da proclamação do Evangelho, quer pessoal, quer coletivamente, até aos confins da Terra.

Por que devemos evangelizar?
É um mandamento de Jesus; é a maior expressão de amor da Igreja; o mundo jaz no maligno; e porque Jesus em breve virá.

Como devemos evangelizar?
Evangelização pessoal, evangelização coletiva, evangelismo nacional e evangelismo transcultural.

Por que Jesus é o evangelista por excelência?
Porque Ele amou o mundo de tal maneira que deu a sua vida na cruz para perdão dos nossos pecados.

CONSULTE
Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 67, p. 36. Você encontrará mais subsídios para enriquecer a lição. São artigos que buscam expandir certos assuntos.

SUGESTÃO DE LEITURA

Fé, visão e destino profético
"Caminhar com Deus" é mostrado na Bíblia como sinônimo de aceitar a orientação do Senhor em busca do trajeto marcado por Ele para que a sua vontade seja cumprida em um tempo e espaço determinados. Neste livro, José Satírio usa os seus mais de 40 anos de experiência trabalhando no Reino para, à luz da Palavra, ajudá-lo a trilhar o caminho que Deus pensou para você.

Permissão para evangelizar
Quantas vezes tentamos evangelizar ou compartilhar nossa fé e somos rejeitados por não sabermos abordar da maneira correta as almas que não conhecem a Cristo? O autor Michael L. Simpson, um ex-ateu que costumava atacar e contradizer os cristãos, hoje oferece uma visão específica para alcançar os perdidos para Cristo.

Missões na era do Espírito Santo
O autor, missionário e acadêmico John York, com 25 anos de experiência na África, declara: a Bíblia tem que ser lida do ponto de vista de missões. Para York, a obra missionária ainda não está completa e deveria ter prioridade na Igreja. Mas que obra é essa e como analisá-la? Qual contribuição os pentecostais podem dar para compreender e realizar essa obra?
Fonte: CPAD, Revista, Lições Bíblicas Adultos, O desafio da Evangelização, professor, 3º trimestre 2016.

Lição 1 Conhecendo o Livro de Isaías.



Lição 1 Conhecendo o Livro de Isaías.
03 de julho de 2016

Texto do dia.
(Is 1.18)
"Vinde, então, e argui-me, diz o Senhor; ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a branca lã."

Síntese
O povo de Deus havia se desviado da Lei. Então, Deus chamou Isaías para mostrar que seu julgamento estava às portas.

Agenda de leitura
SEGUNDA - Is 1.11-13  A corrupção do povo
TERÇA - Is 1.14,15 Deus não aceita o culto, os rituais e as orações feitas pelo povo
QUARTA - Is 1.21,22 O profeta chama Israel de prostituta
QUINTA - Is 1.23  Isaías profetiza contra as autoridades
SEXTA - Is 1.18,19 Isaías convida o povo ao arrependimento
SÁBADO - Is 1.16,17 Deus convida o povo para um novo caminho

Objetivos
CONHECER a autoria, o tema, o local e data do livro de Isaías;
MOSTRAR os objetivos do livro de Isaías;
EXPLICAR o conteúdo do livro de Isaías

Interação
Prezado professor, neste trimestre estudaremos o livro do profeta Isaías. Esse livro, por seus temas teológicos, é considerado uma peça fundamental da literatura profética. Muitas expressões e palavras utilizadas por Isaías não são encontradas em nenhum outro livro do Antigo Testamento. O  livro de Isaías tem muitas promessas de restauração, a respeito  da vinda do Messias e da salvação. Essas promessas enchem nossos corações de esperanças e alegria, pois mostram o quanto Deus ama o pecador. As promessas proferidas por Isaías nos possibilitam sonhar com um mundo melhor e mais justo.
O comentarista do trimestre é Claiton Ivan Pommerening - doutor em Teologia, diretor da Faculdade Refidim, membro do RELEP (Rede Latino-Americana de Estudos Pentecostais) e editor da Azusa, revista de estudos pentecostais.

Orientação Pedagógica
Professor, neste trimestre teremos a oportunidade de estudar o livro do profeta Isaías, uma obra marcada por relevantes temas teológicos. O profeta Isaías nos mostra uma ampla visão do contexto social e espiritual da sua época. 
Sugerimos para a primeira aula  a elaboração de um quadro com as principais informações necessárias para se compreender o livro de Isaías, como por exemplo, data em que foi escrito, autoria, objetivo e versículo-chave. Esse quadro pode ser confeccionado em uma cartolina e fixado no mural da classe. Ele vai ajudar os alunos a compreenderem melhor o livro de Isaías. O quadro poderá ser utilizado durante todo o trimestre e sempre que desejar fazer uma revisão.

Texto bíblico
Isaías 1.1-3; 18-20; 27-31
1 Visão de Isaías, filho de Amoz, a qual ele viu a respeito de Judá e Jerusalém, nos dias de Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá.
2 Ouvi, ó céus, e presta ouvidos, tu, ó terra, porque fala o Senhor: Criei filhos e exalcei-os, mas eles  prevaricaram contra mim.
3 O boi conhece o seu possuidor, e o jumento, a manjedoura do seu dono, mas Israel não tem conhecimento, o
meu povo não entende.
18 Vinde, então, e argui-me, diz o Senhor; ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se  tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a branca lã.
19 Se quiserdes, e ouvirdes, comereis o bem desta terra.
20 Mas, se recusardes e fordes rebeldes, sereis devorados à espada, porque a boca do Senhor o disse.
27 Sião será remida com juízo, e os que voltam para ela, com justiça.
28 Mas os transgressores e os pecadores serão juntamente destruídos; e os que deixarem o Senhor serão consumidos.
29 Porque vos envergonhareis pelos carvalhos que cobiçastes e sereis confundidos pelos jardins que escolhestes.
30 Porque sereis como o carvalho, ao qual caem as folhas, e como a floresta que não tem água.
31 E o forte se tornará em estopa, e a sua obra, em faísca; e ambos arderão juntamente, e não haverá quem os apague.

COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
O profeta Isaías teve muita ousadia em sua atuação pública. Suas profecias eram majestosas e repletas de nobreza e beleza poética. Por isso, é um dos profetas mais lidos do Antigo Testamento e um dos que mais falou a respeito da vinda do Messias. Tal fato revela a importância que deve ser dada ao mesmo.  Uma leitura atenta e cuidadosa do seu livro nos leva a perceber as implicações que esse profeta tem para os dias atuais. Assim, a obra desse profeta é considerada uma das mais grandiosas produções teológicas do Antigo Testamento. Sua mensagem é profunda e parte de alguém que conhecia profundamente o ambiente onde estava inserido, de modo que, tomado pela inspiração divina, foi muito claro e assertivo nas suas profecias, especialmente as que predisseram a vinda messiânica de Jesus Cristo. Sua pregação foi marcada por uma paixão sacerdotal, descrevendo Cristo com muita clareza, sendo por isso mesmo chamado de o evangelista do Antigo Testamento.

I - TEMA, DATA, AUTORIA E LOCAL

1. Tema. Seu tema principal está relacionado às profecias da vinda do Messias, enfatizando a salvação recebida somente pela graça. O livro mostra ainda que Deus não permitirá a desobediência do povo da promessa e esta será tratada com a devida purificação através do sofrimento, primeiramente do próprio povo e vicariamente por intermédio de Cristo.Tal é a importância de Isaías que o Novo Testamento faz mais de 400 citações diretas e indiretas do livro.

2. Data. O livro de Isaías começou a ser escrito provavelmente antes do ano 740 a.C. e foi terminado no ano 701 a.C., período este que corresponde ao tempo de ministério do profeta. Essas datas são aproximadas e levam em conta a morte do rei Uzias. Entretanto, outra possibilidade é que, como o livro possui três partes, a primeira delas tenha sido escrita de 740 a 698 a.C. e a segunda e terceira partes de 697 a 680 a.C., terminando no reinado de Manassés.

3. Autoria. A autoria do livro é creditada a Isaías, cujo nome significa "o Senhor é salvação". Bastante apropriado, pois esse é o tema da mensagem do livro. Em Israel havia várias pessoas com o nome Isaías, mas o autor é distinguido dos demais ao se apresentar como filho de Amoz (Is 1.1). Entre os profetas ele é considerado o maior, sendo chamado por alguns de rei dos profetas. Há uma tradição que afirma que Isaías era sobrinho do rei Amasias, portanto, de linhagem nobre e certamente vivia na corte real, desfrutando de alguns privilégios que lhe serviram de apoio para ter o amplo ministério que teve; mas o final de sua vida foi trágico; segundo a tradição rabínica, foi serrado ao meio durante o reinado de Manassés. Era casado com uma profetisa e teve dois filhos com ela (Is 8.3).

4. Local. Como a maior parte do ministério do profeta se desenvolveu em Jerusalém, acredita-se que foi nessa mesma cidade que ele transformou suas profecias em textos.

Pense
O profeta Isaías não fechou os olhos para a realidade de seu contexto. Será que temos os nossos olhos abertos para ver a realidade que nos cerca?

Ponto Importante
O livro de Isaías é um dos livros mais instigantes do Antigo Testamento, pois suas profecias e sua mensagem, apesar de serem endereçadas para um povo especifico entre 740 e 701 a.C, são sempre atuais diante da corrupção da humanidade.

II - OBJETIVOS DE ISAÍAS

Isaías queria mostrar que o julgamento de Deus estava às portas e seria terrível, mas, apesar disso, Deus levantaria um remanescente e dentre este um "rebento" e "um renovo que frutificará" (Is 11.1), referindo-se a Cristo.

1. Anunciar o juízo de Deus. Israel e as nações vizinhas estavam em desacordo com os preceitos justos de Deus, ofendendo gravemente a santidade dEle; assim, se fazia necessário que o profeta denunciasse essa situação, embora ele não fosse ouvido com atenção, pois chegou a chamar o povo de surdo e cego (Is 42.18; 43.8). Mas era necessário que Deus, diante de sua justiça e misericórdia, fizesse o povo saber com clareza quais eram seus pecados e quais as consequências dessa desobediência.

2. Falar contra a falsa religião. O povo de Israel estava sendo governado por alguns reis que desprezaram a Palavra de Deus. Embora alguns deles fossem bons, o povo estava corrompido. A eles se aliaram alguns sacerdotes cujo compromisso era apenas manter a religião institucional. Isso se fez refletir numa religiosidade vazia, hipócrita, ritualística e sem sentido espiritual para o povo, levando-os a se desviar dos caminhos do Senhor.

3. Denunciar a injustiça social. O povo de Deus havia se tornado orgulhoso e egoísta como as demais nações. Isso fez com que os pobres dentre o povo fossem humilhados e explorados pelos ricos e pelos governantes (Is 10.2; 26.6; 32.7; 41.17), mas em contrapartida o Deus justo e misericordioso faria justiça ao pobre (Is 11.4), lhes daria alimentação e descanso (Is 14.30), lhes serviria de refúgio (Is 25.4) e seria portador de boas notícias (Is 61.1).

4. Anunciar a vinda do Messias. Este é o objetivo mais importante de Isaías, porque diante da desobediência, aliada ao fato de que as pessoas não conseguiam encontrar o caminho certo para Deus, a única solução possível seria a vinda do Messias que, através do seu sofrimento, faria com que o povo se voltasse para Deus, "porque as iniquidades deles levará sobre si" (Is 53.11). A vinda do Messias aponta para o caráter misericordioso e redentor de Deus, mesmo sendo o povo rebelde. Por mais de dez vezes o profeta aponta para Jeová como o Redentor. O autor cita pelo menos dezessete profecias que se referem ao Messias vindouro. Isso demonstra a extraordinária unção do Espírito Santo sobre o profeta, fazendo-o prever o evento histórico mais importante da humanidade depois da criação: Cristo, o Redentor.

Pense
O orgulho e o egoísmo são como um vírus que destrói a vida de muitos. Ser orgulhoso e egoísta é ir contra a lei do amor e do serviço, contra o fruto do Espírito Santo e contra o Reino de Deus. Seja um jovem livre disso!

Ponto Importante
O profeta Isaías teve um ministério ousado e corajoso em meio ao contexto político, social e religioso em que vivia. Entregou-se a Deus para enfrentar a dura missão de ser mensageiro da justiça, do julgamento do pecado e do anúncio da esperança messiânica ao seu povo.

III - CONTEÚDO DE ISAÍAS

Do capítulo 1 ao 39, o enfoque de Isaías é o juízo divino sobre Judá e Jerusalém e sobre as nações vizinhas por meio da Assíria. Na segunda e terceira parte do livro, do capítulo 40 ao 55 e 56 ao 66, respectivamente, Isaías se volta para a salvação do povo, depois da punição pelo pecado ao retornarem do cativeiro babilônico, escreve sobre a glória futura do povo de Deus por intermédio do Servo do Senhor, que é Cristo, que salvará seu povo através de seu próprio padecimento e triunfo.

1. Quem é o Deus de Isaías. O profeta descreve o caráter de Deus (Javé) de maneira brilhante. Chama-o de Santo de Israel vinte e cinco vezes; Ele é o Salvador, relacionando essa palavra a redenção, livramento, justiça e juízo; Ele é o Redentor e o Único e Supremo Governante em contraste com outros deuses que nada são (Is 37.19); é Ele quem carrega e cuida do seu povo (Is 46.4) e faz novos céus e nova terra (Is 65.17; 66.22).

2. O Espírito de Deus. Isaías é o profeta que mais fala sobre o Espírito de Deus no Antigo Testamento. A referência mais importante é quando afirma que o Espírito do Senhor (Javé) repousará sobre o "rebento de Jessé" (Cristo) com "o espírito de sabedoria e de entendimento, o espírito de conselho e de fortaleza, o espírito de conhecimento e de temor do Senhor" (Is 11.1,2). Sendo a igreja corpo de Cristo, entende-se que essa descrição do Espírito do Senhor refere-se aos "dons" e "fruto" do Espírito (1 Co 12.4-11; Gl 5.22). Há promessa de um derramamento tal do Espírito que "o deserto se tornará em campo fértil" (Is 32.15) e a Palavra do Senhor não se desviará dos convertidos nem de seus filhos (Is 59.20,21); o Espírito sobre Cristo "trará justiça às nações" (Is 42.1) e o "ungiu para pregar boas novas aos oprimidos","restaurar os de coração abatido", "proclamar liberdade aos cativos e a pôr os presos em liberdade" (Is 61.1); e o Espírito do Senhor trará descanso ao seu povo (Is 63.14).

3. A santidade de Deus. Por meio de suas profecias, Isaías quer denunciar os pecados do governo e do povo e levá-los ao arrependimento, mostrando que se isso não acontecesse calamidades viriam sobre todos. Essa exigência de Deus fica clara quando, ao ter um encontro com Deus e ver sua santidade, Isaías clama por purificação (Is 6). Isso mostra que, quando há arrependimento, Deus prontamente vem ao encontro do contrito como fez com o profeta, tirando a iniquidade e purificando o pecado (Is 6.7).

Pense
O profeta anuncia que o Espírito Santo concede sabedoria, entendimento, conselho e fortaleza, conhecimento e temor do Senhor. O Espírito Santo pode capacitar qualquer jovem a ser cheio dessas qualidades, pois é desejo dEle habitar plenamente sobre seus filhos.

Ponto Importante
Na mensagem de Isaías, Deus manifesta sua graça ao povo. Os pecados já estavam sentenciados, todos mereciam o julgamento definitivo de Deus, mas ainda assim, o anúncio de julgamento é seguido de uma mensagem de esperança.

SUBSÍDIO
"O que se destaca na profecia de Isaías é seu rico conceito acerca do Deus Eterno. Para o profeta, Deus se eleva acima de todas as coisas terrenas. Ele é 'o Senhor dos exércitos', 'o Alto e Sublime que habitou a eternidade', 'o Poderoso de Israel', 'Criador' de todas as coisas e o Eterno que fez todas as coisas. Deus dirige a história; não há outro Deus além dEle e Ele não tem nenhuma intenção de repartir sua divindade com qualquer rival humano. Ele é Deus de sabedoria e poder. Além disso, Ele é apaixonadamente ético - o Santo. A respeito dEle os serafins cantaram: 'Santo, Santo, Santo' (6.2,3). 
A contribuição de Isaías à fé judaico-cristã é grande e duradoura. Das suas percepções proféticas nos vieram às sementes que ao longo dos séculos geraram os conceitos mais definidos de expiação e salvação. Porque todos nós, como ovelhas, andávamos desgarrados, e o Senhor havia colocado sobre Cristo a iniquidade de todos nós, para que por meio das suas pisaduras pudéssemos ser curados. Somente com esse tipo de convicção poderemos voltar ao nosso Deus, que terá misericórdia de nós, com certeza de que Ele também nos perdoará abundantemente" (Comentário Bíblico Beacon. Vol 4. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, pp. 24-26).

ESTANTE DO PROFESSOR
HENRY, Matthew. Comentário Bíblico. 1ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2002.
CONCLUSÃO
Viver em família é a mais emocionante aventura da vida. Conviver com pessoas diferentes e suportá-las em amor é, sem dúvida, um exercício extraordinário de fé e obediência.

Hora da revisão.

Qual o tema do livro de Isaías?
Seu tema principal está relacionado às previsões da vinda do Messias.

Quais os objetivos do profeta em seus escritos?
Anunciar o juízo de Deus, falar contra a falsa religião, denunciar a injustiça social e anunciar a vinda Messias.

Qual a característica da falsa religião combatida pelo profeta?
Uma religiosidade vazia, hipócrita, ritualística e sem sentido espiritual para o povo, levando-os a se desviarem dos caminhos do Senhor.

Que tipo de pessoas injustiçadas o profeta tem em mente quando denuncia a injustiça social?
O pobre.

Qual a referência mais importante que Isaías faz sobre o Espírito do Senhor?
A referência mais importante é quando afirma que o Espírito do Senhor (Javé) repousará sobre o "rebento de Jessé" (Cristo) com "o espírito de sabedoria e de entendimento, o espírito de conselho e de fortaleza, o espírito de conhecimento e de temor do Senhor" (Is 11.1,2).

Fonte: CPAD, Revista, Lições Bíblicas Jovens, Isaías Eis me aqui, envia-me a mim, professor, 3º trimestre 2016.