segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Lição 10 Superando os conflitos no lar.



Lição 10 Superando os conflitos no lar.
6 de março de 2016.

Texto Áureo
Cantares 8.7
“As muitas águas não poderiam apagar este amor nem os rios afogá-lo; ainda que alguém desse toda afazenda de sua casa por este amor, certamente a desprezariam”.

Verdade Aplicada
Quando as crises no casamento são identificadas e não há omissão para trata-las nem para deixar que se acumulem, fica mais fácil superá-las.

Objetivos da Lição
Explicar que não existe casamento perfeito;
Ressaltar a necessidade de compreender as imperfeições do cônjuge;
Mostrar que casamento bem sucedido é o que resolve os problemas na medida que eles aparecem.

Glossário
Avolumar: Aumentar em volume;
Capacidade: Poder receber, conter ou acomodar;
Limite: Extremo, fim, termo.

Leituras complementares
Segunda Pv 14.1
Terça Rm 15.1-2
Quarta 1Co 13.1-7
Quinta Ef 4.29
Sexta Cl 3.18-19
Sábado 1Pe 3.7

Textos de Referência.
Efésios 5.24-25; 28; 33
24 De sorte que, assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seu marido.
25 Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela,

28 Assim devem os maridos amar as suas próprias mulheres como a seus próprios corpos. Quem ama a sua mulher, ama-se a si mesmo.

33 Assim, também vós, cada um em particular, ame a sua própria mulher como a si mesmo, e a mulher reverencie o marido.

Hinos sugeridos.
372, 515. 545

Motivo de Oração
Ore pela salvação de sua família.

Esboço da Lição
Introdução
1. Não existe casamento perfeito.
2. É preciso aceitar os limites do cônjuge.
3. Os problemas não podem se avolumar.
Conclusão
Introdução
Os obstáculos que se opõem ao casamento são vencidos quando o casal se une e entrega nas mãos do Senhor Deus todas as preocupações, confiando na Sua poderosa e maravilhosa intervenção.

1. Não existe casamento perfeito.
Em todas as parcerias, sociedades e associações existem conflitos. Onde se reúnem no mínimo duas pessoas já existem problemas de relacionamento. O importante é adquirir a capacidade de resolver as situações conflitantes para apaziguar e amenizar um desfecho que poderia ser traumático. O casamento não é diferente. Muitas situações surgem e precisamos aprender a lidar com todas elas, sob pena de perder o nosso convívio familiar. Por isso, o casamento não é perfeito, porque somos seres humanos sujeitos a falhas. No entanto, não podemos desistir de caminhar rumo à perfeição.

1.1. O diálogo é vital
O que mantém o casamento não é capacidade de não brigar. O sustento de um matrimônio honroso é a capacidade do casal dialogar e chegar a um acordo. É a capacidade do casal se arrepender de uma coisa feita de forma errada. É a capacidade do casal se reconciliar. É a capacidade do casal se perdoar. Os conflitos entre os cônjuges existem normalmente. Imaginamos que no casamento não há lugar para discórdia, discussões, mas só mar de rosas, lua de mel, alegria e harmonia. Porém, infelizmente, a realidade é outra, pois são pessoas de diferentes personalidades buscando objetivos comuns. São características individuais de personalidade, pontos de vistas diferentes, valores de referência. O que é essencial para um cônjuge pode ser supérfluo para outro.

Explique para os alunos que conflitos todos nós passamos, mas identificar e tratar os conflitos nem todos têm habilidades. Comente com eles que esta lição tem por objetivo ajudar os cônjuges a superar as dificuldades e as tempestades que se levantam contra o casamento. Com inteligência e sabedoria tudo pode ser solucionado, sem desestruturar o casamento. Destaque para os alunos que achar a solução dos conflitos de forma civilizada, procurando conservar o casamento e zelando pela continuidade da família, é o nosso permanente dever e o nosso grande desafio. Reforce para os alunos que sempre existe a capacidade de tornar o nosso casamento bem-sucedido. Precisamos ter apenas o desejo de procurar constantemente o seu aperfeiçoamento.
 
1.2. É preciso superar os conflitos.
O que mantém o casamento não é a capacidade de resolver todos os problemas. É a capacidade de superar os conflitos, mesmo que não chegue a um acordo satisfatório. É a capacidade de conviver com os problemas, mesmo com aqueles que aparentemente não tenham solução. É a capacidade de aceitar as imperfeições um do outro. É a capacidade de aceitar o cônjuge sem remodela-lo, sem querer modificá-lo. É a capacidade de entender que errar é humano. Conflitos existem desde que o mundo é mundo, desde o Jardim do Éden, desde a primeira família criada por Deus, com um jogando a culpa no outro. Achar a solução e conservar firme, zelando pela preservação da harmonia no casamento, é o nosso dever e o nosso grande desafio, pois é uma instituição de Deus.

Explane para os alunos que os conflitos existem também entre os irmãos. Cite as seguintes situações encontradas na Palavra de Deus: a inveja de Caim, lavrador da terra, contra a oferta de Abel, pastor de ovelhas (Gn 4.1-8); a incompreensão do irmão mais velho com o filho pródigo (Lc 15.25-32); a vingança de Absalão contra Amnom por causa de sua irmã Tamar (2Sm 13.23-33). Ressalte para eles que também precisamos adquirir a capacidade de resolver os problemas conflitais entre os filhos.

1.3. É preciso se esforçar para ter harmonia.
O que mantém o casamento não é a capacidade de satisfazer todos os desejos do cônjuge,. É a capacidade de diagnosticar as prioridades buscando solução. É a capacidade de mostrar que nem tudo é possível. É a capacidade de se fazer entender diante do sim e do não.

Destaque para os alunos que um casamento abençoado não aparece do nada. Ele é construído passo a passo com a graça de Deus. O casamento feliz é resultado de renúncias e concessões de ambas as partes. O casamento consolidado é aquele que os cônjuges evitam atitudes que possam abalar a sua estrutura, principalmente palavras ofensivas e críticas negativas (Pv 15.1; 18.21).

2. É preciso aceitar os limites do cônjuge.
Todas as pessoas possuem limites físicos, intelectuais, emocionais e psicológicos. Limites são linhas demarcatórias que dizem até onde podemos avançar. É o fim das nossas capacidades, quando não temos forças suficientes para seguir em frente. Entenda que isto é normal no ser humano. Exigir mais do que a pessoa possa oferecer é uma insensatez.

2.1. Elogie e reconheça o valor do cônjuge.
É a capacidade de elogiar cada progresso conquistado pelo cônjuge. É a capacidade de reconhecer todos os dotes da pessoa amada. É a capacidade de não criticar pelo progresso em que demora a chegar. É a capacidade de esperar pelo desenvolvimento do cônjuge, e compreender que às vezes nunca chegará, pois na vida algumas coisas mudam, outras não.

Explane para os alunos que a Palavra de Deus ensina que o elogio edifica o casamento, mas a crítica (a negativa e não a construtiva) destrói (Pv 31.30; Ct 4.7, 10). Infelizmente, muitos cônjuges só sabem reclamar. Para eles, nada está bom ou do jeito que gostam, É preciso ter em mente que gostam. É preciso ter em mente que isso frustra o parceiro, pois, por melhor que seja realização de algo, nunca estará à altura do que o outro espera. Enfatize para eles que o hábito de elogiar certamente mudará a rotina do casal para melhor. Não deve ser algo superficial ou artificial, puramente porque tem que fazer, mas com sinceridade e verdade, como uma maneira de incentivar e mostrar para o outro que você acredita em seu potencial.

2.2. Aprecie a qualidade do relacionamento.
É a capacidade de atender às necessidades íntimas do cônjuge dentro de um padrão aceitável por ambos. É a capacidade de entender que não é a quantidade, mas a qualidade do relacionamento que se torna mais importante e saudável É a capacidade de compreender quando o cônjuge não está bem e precisa de um tempo.

Comente com os alunos que podem surgir ocasiões em que os parceiros conjugais concordem em abster-se por algum tempo das relações normais a fim de se entregarem mais devotamente à oração e o jejum (1Co 7.5). No entanto isso é patentemente excepcional. Normalmente, cada um pertence ao outro de modo tão completo que o apóstolo Paulo chamou essa negação do corpo de um ato de “fraude”. Reforce para os alunos que, para os casados, a interrupção das relações íntimas, mesmo com santo propósito, só pode ser feita com mútuo consentimento.

2.3. O que mantém o casamento não é a capacidade de subjugar o cônjuge.
É a capacidade de entender que não se amarra uma pessoa com cadeados, correntes, trancasse algemas. No entanto, se mantém com amor e carinho. É a capacidade de compreender que a pessoa amada é um ser humano, que vive de emoções, tem carências afetivas, precisa de atenção e destaque. É a capacidade de saber que a grosseria é o câncer que devora o amor. É a capacidade de não praticar o ciúme doentio que apaga a felicidade. É a capacidade de confiar na pessoa amada e não suspeitar mal.

Comente com os alunos que, para solucionar os conflitos familiares, há a necessidade de se admitir a culpa quando houver o erro. Aceitar a flexibilidade, sempre ceder e não ser rígido demais, renunciar posições radicais. Evitar as críticas, pois, infelizmente, os elogios se esquecem, mas as críticas acabam sendo levadas para o resto da vida. Reforce para os alunos que eles devem evitar exageros, não dar valor ao problema além da sua magnitude ou “fazer tempestade em copo d’água”. Exercer o perdão, não só de boca, mas mostrando as atitudes de uma pessoa que perdoou e que não joga na cara, nem fala mal.

3. Os problemas não podem se avolumar.
É preciso conscientizar-se da necessidade de não deixar os problemas se acumularem no casamento, a ponto de se tornarem maiores do que o marido e a mulher. É preciso resolver os conflitos e as crises enquanto elas são poucas, pequenas e recentes.

3.1. Personalidade versus individualidade.
O que mantém o casamento não é a capacidade de apagar a própria personalidade. É a capacidade de renunciar por livre e espontânea vontade a alguma posição radical e egoísta. É a capacidade de repensar coisas que eram feitas individualmente e passar a fazê-las a dois sempre com um objetivo comum. É a capacidade de aceitar acordo para harmonia e sucesso, pois não andarão dois juntos se não estiverem de acordo (Am 3.3). É a capacidade de compreender que o pessoal continua existindo, mas nunca ao ponto de atrapalhar o mútuo.

Encoraje os alunos a estabelecerem acordos dentro do relacionamento matrimonial, respeitando a individualidade de cada um, mas sempre visando o bem coletivo. Separe um momento da aula para orar pelas famílias. Utilize como base para isso o “motivo de oração” descrito no início dessa lição.

3.2. Equilíbrio versus confronto.
O que mantém o casamento é a capacidade de manter a família e o cônjuge debaixo dos princípios da Palavra de deus, É a capacidade de transformar o lar num cantinho do céu. É a capacidade de conduzir a família à igreja e mantê-la congregando. Os conflitos entre pais e filhos devem ser vistos como choque de gerações. Aliás, o que para os pais, às vezes, era um absurdo, impraticável e, às vezes era tido como pecado, hoje, após uma compreensão melhor das Sagradas Escrituras, é uma atitude normal entre os filhos. A adaptação é racional, o equilíbrio e o discernimento devem ser vistos com “bons olhos”.

Comente com os alunos que o entendimento espiritual dos filhos tem outra postura com respeito à igreja. Atualmente, eles não aceitam receber goela abaixo as questões dos costumes sem as devidas explicações. “O não pode” não é aceito mais sem se explicar “o porquê?”. Ressalte para eles que estamos vivendo uma geração de filhos que procuram respostas para tudo.

3.3. Beleza física versus beleza interior.
O que mantém o casamento não é a capacidade de manter a beleza física o tempo todo. É a capacidade de entender que os anos passam e a nossa beleza física diminui consideravelmente (1Pe 1.24). É a capacidade de compreender que o corpo esbelto e escultural da época de namoro, noivado e recém-casado, não dura para sempre. É a capacidade de cuidar do corpo da melhor forma possível e não relaxar, como muitos, infelizmente, fazem. É a capacidade de se produzir dentro de sua faixa etária e ficar atraente para o seu cônjuge. É a capacidade de fazer com que a beleza interior, que é a mais importante, se sobressaia (1Pe 3.3-3).

Comunique aos alunos que, para superar as crises no casamento a oração é a chave para estancar, a Palavra de Deus é a bússola para direcionar, a igreja é o refúgio para estar e o pastor é o conselheiro espiritual e matrimonial para ajudar.

Conclusão.
Precisamos refletir sobre o nosso casamento antes que ele venha a naufragar. O casamento não é uma simples experiência nem tem prazo de validade. É uma aliança entre duas pessoas para o resto da vida. Qualquer fama ou sucesso que venha colocar em risco o casamento deve ser repensado pelos cônjuges.

Questionário.
1. Por que não existe casamento perfeito?
R: Porque somos seres humanos sujeitos a falhas (Ef 5.25).

2. O que são limites?
R: São linhas demarcatórias que dizem até onde podemos avançar (Pv 31.30; 1Co 7.5).

3. O que é necessário para duas pessoas andarem juntas?
R: Acordo (Am3.3).

4. O que diminui consideravelmente com o passar dos anos?
R: A nossa beleza física (1Pe 1.24).

5. Qual a beleza mais importante?
R: A beleza interior (1Pe 3.3-4).

Fonte: Revista Jovens e Adultos, professor, 1º trimestre de 2016, ano 26, Nº 98, Casamento e Família.

Lição 10 O Jovem e a consagração.



Lição 10 O Jovem e a consagração.
06 de março de 2016

Texto do dia.
Romanos 12.1
Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional".

Síntese
O culto que agrada a Deus não é mecânico e rotineiro, mas o culto espiritual, que é oferecido no dia a dia da vida do crente.

Agenda de leitura.
Segunda - Rm 12.1           O culto a Deus não pode ser uma simples rotina
Terça - Rm 12.2                O jovem não pode ser moldado pelo mundo
Quarta - Hb 10.3               O sacrifício do Antigo Testamento era limitado
Quinta - 1 Jo 5.19             O mundo jaz no maligno
Sexta - Pv 23.7                 A maneira como vemos o mundo
Sábado - Rm 12.1,2         Uma mente renovada

Objetivos
EXPLICAR a necessidade do cuidado com o corpo para a consagração a Deus;
DESCREVER a importância da renovação da mente para o crente não ser moldado pelo padrão do mundo.

Interação
Caro(a) professor(a), de forma geral em nossas igrejas, quando se ouve algum comentário a respeito do texto bíblico de Romanos 12.1,2, a ênfase é dada para a liturgia do culto, destacando o culto onde há bastante movimento com o culto mais racional e intelectual. Nesta lição iremos perceber que o ensino de Paulo vai além, desmistificando a cultura do Antigo Testamento de que  o único local para oferecer o culto a Deus é no Templo. Paulo esclarece que o culto deve ser espiritual e oferecido em todo momento e envolve todas as áreas do ser humano. Portanto, o nosso culto de domingo começa logo após o seu encerramento, ou seja, não tem fim. Devemos estar constantemente oferecendo-nos como culto espiritual a Deus, assim poderemos verdadeiramente experimentar qual é a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.

Orientação Pedagógica
Professor(a), a lição de hoje abre espaço para que você trabalhe algumas questões pouco comentadas e ensinadas em nosso meio, mas que são fundamentais para a vida cristã bem-sucedida. O primeiro tema é a respeito da mordomia do corpo (primeiro tópico), subtópico 3, a consagração do corpo a Deus. Em geral os crentes não recebem orientações a respeito da necessidade de termos uma alimentação saudável e dos cuidados que devemos ter com a nossa saúde. Infelizmente, nas cantinas e comemorações de nossas igrejas, geralmente não há muitas opções saudáveis, como por exemplo, frutas e sucos naturais. A falta de cuidado com o corpo tem consequências terríveis. Os problemas de saúde impedem que as pessoas trabalhem em prol do Reino de Deus. Outro tema importante e com respeito a identificação da vontade de Deus. Muita vezes, o fazer a vontade divina está cercado de misticismo, prejudicando muitos crentes.

Texto bíblico
Romanos 12.1,2

1. Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.
2. E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.
 
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Nesta lição, vamos refletir a respeito de como você pode consagrar um culto racional a Deus, como pode ter uma mente renovada e como pode experimentar qual seja a boa, perfeita e agradável vontade de Deus.

I - A CONSAGRAÇÃO DO CULTO RACIONAL

1. Consagrando o corpo como sacrifício vivo. No Antigo Testamento, a liturgia tinha como uma das práticas principais o sacrifício de animais. Estes rituais serviram para apontar para Cristo e encobrir os pecados, mas não eram eficazes para removê-los (Hb 10.3,4). As pessoas justificadas passam a ter acesso ao sacrifício único e perfeito realizado por meio de Cristo, porém, isso não elimina a liturgia e a consagração a Deus, pelo contrário, exige-se uma consagração autêntica e não simplesmente algo mecânico e repetitivo. Paulo esclarece como entrar em comunhão com Deus, uma vez que os antigos rituais não eram mais necessários. O culto agora deveria ser realmente espiritual, onde o adorador entrega sua própria vida, seguindo o exemplo de Jesus, o corpo do crente passa a ser o lugar de encontro e da comunhão, lugar privilegiado na adoração, o templo do Espírito Santo (1 Co 3.16; 6.19).

2. Consagrando o corpo em santidade. O apóstolo orienta o crente a oferecer o corpo como sacrifício vivo, mas ele acrescenta que deve ser um corpo santo. No AT a santidade era preocupação dos sacerdotes. O povo era responsável por levar o sacrifício a ser oferecido, mas era o sacerdote que o oferecia, ele que deveria tomar as precauções previstas na lei mosaica, tanto para quem oferecia como para o sacrifício em si (Êx 28.1-4; Lv 4.3; 21; 23.12; Hb 8.7,8). Devido à sua limitação, o sacrifício deveria ser repetido várias vezes (Hb 10.3). Na nova aliança, o crente não precisa mais de intermediário, pois cada crente possui um sacerdócio santo para oferecer o sacrifício espiritual e agradável a Deus (1 Pe 2.5). O crente passa a adorar a Deus por meio de seu próprio corpo, de forma integral (corpo e alma). Oferecer um corpo santo é oferecer corpo e alma de forma exclusiva (separada) para Deus, o culto espiritual.

3. Consagrando o corpo de forma agradável a Deus. Deus se interessa pelo interior das pessoas, onde está o verdadeiro eu, mas é inegável que o interior reflete no exterior. Desse modo, como devemos cuidar do templo do Espírito Santo?
Esta lição é um bom momento para refletirmos sobre a mordomia do corpo, para que possamos consagrá-lo a Deus de forma agradável. Dentre vários cuidados, pode ser citada a alimentação saudável (Pv 23.2; Gl 5.22,23). Alguns crentes levam uma vida desregrada e quando as consequências deflagram no corpo eles correm para Deus, como se Ele tivesse obrigação de curar. No entanto, devemos oferecer o melhor ao nosso corpo para que estejamos prontos para o serviço do Mestre. Isso é agradável a Deus.

Pense
"Cristianismo não é apenas ir à igreja aos domingos. É viver 24 horas por dia com Jesus Cristo" (Billy Graham).

Ponto Importante
O crente na nova aliança não precisa mais oferecer sacrifícios de animais, mas deve apresentar seu corpo como sacrifício vivo, seguindo o exemplo de Cristo.

II - A RENOVAÇÃO DA MENTE (v.2a)

1. A mente renovada não se acomoda ao padrão estabelecido pelo sistema dominante do mundo (v. 2). A cultura tem um poder expressivo na formação da cosmovisão e no comportamento das pessoas. O sistema dominante do mundo, que segundo a Bíblia "jaz no maligno" (1 Jo 5.19), tem seus meios para manter sua ideologia e controle sobre o comportamento das pessoas. A educação, a mídia, a televisão, os jornais, entre outros meios de comunicação tornaram-se ferramentas eficazes para moldar o pensamento dominante de acordo com os interesses do poder dominante. Por isso, o crente deve estar atento, conhecendo a Bíblia e mantendo uma vida de comunhão com Deus para ser influenciado pelas coisas que são de cima (Jo 3) e não pelas forças que dominam o mundo secular, sem Deus. Os jovens pela sua rede de relacionamentos estão mais expostos a esta influência, dessa forma precisam ser fortes para influenciar e não serem influenciados.

2. A mente renovada pelo Espírito Santo (v. 2). Só o Espírito Santo por meio da Palavra é capaz de renovar a nossa mente, mas esse processo não acontece de forma passiva. O Espírito Santo nos auxilia, mas nós temos de querer e buscar uma mente renovada permanentemente. Antes do Evangelho, a mente da pessoa é alimentada pela sua natureza pecaminosa, mas depois do Evangelho, sua mente deve se ocupar das coisas de Deus (Fp 4.8), pois recebe o poder de discernir as coisas espirituais (1 Co 2.14-16). As maiores batalhas espirituais acontecem no campo da mente. O Espírito Santo orienta o ser humano sobre a vontade de Deus. A diferença é que a pessoa que ainda não se rendeu a Deus não dá ouvidos ao Espírito Santo e procura agir de acordo com sua vontade, buscando ter vantagem em tudo. Jesus disse que onde estiver o tesouro do ser humano ai estará também o seu coração e sua mente (Mt 6.21-24).

3. A mente renovada transforma o modo de vida (v. 2).  Enquanto as pessoas sem Deus vivem de acordo com o padrão estabelecido pelo mundo, os crentes devem viver uma vida de forma que tudo o que fizerem seja para a glória de Deus (1 Co 10.31). O que se espera de uma pessoa que teve um encontro com Cristo é que viva de maneira digna, (para não ser oprimido pela sua própria consciência), e que seja irrepreensível. Essa recomendação não é para o crente se excluir do mundo, rejeitar os amigos, se isolar dos relacionamentos, mas mudar a conduta, demonstrando o impacto do Evangelho em sua vida.  Apesar da natureza corrompida e de viver em um mundo que "jaz no maligno", o crente precisa ter uma vida consagrada a Deus. A maneira como vemos o mundo interfere na maneira como agimos (Pv 23.7), por isso devemos seguir a vida no Espírito, a fim de que tenhamos "força, amor e moderação" (2 Tm 1.7), sendo fiel a Deus independente das circunstâncias (Fp 4.11-13).

Pense
"O que mais precisamos hoje em dia não é de mais Cristianismo, e sim de mais cristãos verdadeiros" (Billy Graham).

Ponto Importante
O crente não deve amoldar-se ao mundo.

O Espírito Santo nos auxilia, mas nós temos de querer e buscar uma mente renovada permanentemente.

SUBSÍDIO 1
"Uma coisa é crer na mensagem do Cristianismo; outra coisa é ser um cristão. Uma coisa é crer que Jesus é o Filho de Deus, que morreu e ressuscitou ao terceiro dia; outra coisa é fazer dEle o Senhor da sua vida. Uma coisa é citar passagens bíblicas; outra coisa é viver de acordo com a Palavra de Deus. [...] Jesus espera que os seus seguidores dêem muito fruto. Para darem frutos, os ramos (cristãos) devem estar ligados à videira (Jesus).
 [...] Para vivermos uma vida justa e consistente, precisamos examinar de contínuo os nossos corações. Quando o nosso coração ou a nossa mente estão envolvidos com pensamentos pecaminosos, estes podem facilmente transformar-se em desejo ardente. Uma vez que estamos emocionalmente envolvidos, em geral agimos de acordo com os nossos pensamentos. É em nosso coração ou mente que a batalha é travada. Precisamos buscar a Deus de todo o nosso coração. Quando agimos dessa forma, o Espírito Santo nos lembra do que precisamos fazer para vivermos uma vida que seja agradável ao Senhor" (TRASK, Thomas E.; GOODALL, Waide I. Um retorno à Vida Santificada: De volta para a Palavra: um chamado à autoridade da Bíblia. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2001, pp. 187-205).

SUBSÍDIO 2
'Rogo-vos, pois, irmãos' é um apelo sentido e desejoso de alguma coisa. Depois de Paulo haver apresentado os pontos doutrinários acerca da salvação para gentios e judeus, agora se preocupa em exortar a igreja  quanto aos deveres cristãos. A expressão 'rogo-vos, pois irmãos' é um convite especial, em vista de tudo o que Deus é capaz de fazer por seu povo.
'...pela paixão de Deus'. Este trecho é, em outras versões, traduzidos por 'misericórdia'. A salvação é baseada nessa misericórdia de um Deus grandioso e justo, cuja ação mediadora, na vida do crente, possibilitou a nossa salvação. É, por ela e por causa dela, que Paulo apela: '...que apresenteis vossos corpos'.
12.1 '... que apresenteis vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus'. Que podemos entender por 'apresentar vossos corpos'? É através  do corpo e dos seus membros que a nossa natureza interior se manifesta. O apelo de Paulo é um apelo à consagração. O ato de consagrar alguma coisa implica em dedicar e separar essa coisa.
Oferecer os nossos corpos em sacrifício vivo implica em reconhecer que Deus está pronto a abençoar. Porém, quando o apelo vem com 'apresenteis' indica o que o crente pode fazer para cumprir e fazer o que Deus quer que faça. A consagração envolve dois atos: o de Deus e o nosso. O nosso ato é apresentar-nos; o de Deus é tornar-nos aptos para pôr em prática a sua vontade" (CABRAL, Elienai. Romanos: O Evangelho da Justiça. 8.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, pp. 134,135).

SUBSÍDIO 3
"12.1 ... 'sacrifício vivo'. Não significa um sacrifício físico literal, mas espiritual. No AT os sacrifícios eram literais. No NT, a ordem dos sacrifícios cotinua, mas dentro de uma pespectiva espiritual.
'12.1 ... que é o vosso culto racional'. Isto é nossos atos e serviços a Deus devem ser feitos conscientemente. A palavra culto aparece no original grego latreio que significa serviço. O termo 'racional' é o mesmo que razoável, inteligente, isto é, que saiba o que está fazendo, para que e como fazer esse culto. Não significa que devamos cultuar a Deus dirigidos pela nossa mente, mas devemos  dispor a nossa mente para que o Espírito Santo dirija e oriente o nosso culto a Deus.
'12.2 e não vos conformeis com este mundo'. A que se refere? A palavra mundo no grego é kosmos, que significa: ordem de coisas; sistema. A palavra século no grego é aion e significa 'o pensamento predominante da época. Os dois termos 'mundo' e 'século' estão interligados nos significados. Porém, o conselho de Paulo: 'É não vos conformeis com este mundo' significa não entrar na forma do mundo, mas na forma de Deus. A forma do mundo é o sistema espiritual satânico que domina o mundo das criaturas humanas" (CABRAL, Elienai. Romanos: O Evangelho da Justiça. 8.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p. 135).

ESTANTE DO PROFESSOR
GABY, Wagner Tadeu dos Santos. As doenças do Século. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2008. TRASK, Thomas E.; GOODALL, Waide I. Um retorno à Vida Santificada. In: De volta para a Palavra: Um chamado à autoridade da Bíblia.1ed.  Rio de Janeiro: CPAD, 2001, P. 187-205.

CONCLUSÃO
Nesta lição nos aprendemos que atualmente muitas pessoas ainda têm o templo como o local mais importante de adoração (cultura do AT), mas Paulo derruba esse conceito e diz que o culto espiritual que agrada a Deus é contínuo na vida do crente. A renovação da mente vem com a conversão, mas como um processo, uma luta constante contra a natureza decaída do ser humano. O crente precisa fazer uma entrega completa para ser trabalhado pelo Espírito Santo (Rm 8.1-4).

Hora da revisão.

A justificação pela fé elimina a necessidade de consagração? Explique.
Não. Os justificados passam a ter acesso ao sacrifício único e perfeito realizado por meio de Cristo, porém isso não elimina a liturgia e a consagração a Deus, pelo contrário, exige-se uma consagração autêntica e não simplesmente algo mecânico e repetitivo.

Segundo a lição, qual foi função dos sacrifícios do Antigo Testamento?
Os sacrifícios do AT serviram para apontar para Cristo e encobrir os pecados, mas não eram eficazes para removê-los (Hb 10.3-4).

Segundo a lição, o que se espera de uma pessoa que teve um encontro com Cristo?
O que se espera de uma pessoa que teve um encontro com Cristo é que viva de maneira digna, para não ser oprimido pela sua própria consciência, ser irrepreensível.

Uma pessoa justificada tem sua mente renovada automaticamente e de forma permanente? Explique.
Só o Espírito Santo por meio da Palavra é capaz de renovar a nossa mente, mas esse processo não acontece de forma passiva. O Espírito Santo nos auxilia, mas nós temos que querer e buscar ter uma mente renovada permanentemente

O crente tem como discernir o que é agradável a Deus? Qual a base bíblica?
Sim. A Bíblia nos exorta a aprender como discernir o que é agradável a Deus em Efésios 5.10.

Fonte: CPAD, Revista, Lições Bíblicas Jovens, Justiça e Graça, professor, 1º trimestre 2016.