segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Lição 10 Jesus renova as esperanças de João Batista.

Lição 10 Jesus renova as esperanças de João Batista.
6 de dezembro de 2015.

Texto Áureo
Isaias 59.19
“Então, temerão o nome do SENHOR desde o poente, e a sua glória desde o nascente do sol; vindo o inimigo como uma corrente de águas, o Espírito do Senhor arvorará contra ele a sua bandeira”.

Verdade Aplicada
O Evangelho nos conduzirá a uma vida eterna e pacífica ao lado Daquele que um dia veremos face a face.

Objetivos da Lição
Explicar a importância de João como profeta e sua humildade em servir ao propósito divino;
Ensinar que, mesmo sendo um homem de unção, João estava sujeito a fraquezas como todos nós;
Mostrar que as circunstâncias contrárias nos estimularão a desistir de nossos propósitos.

Glossário
Sucumbir: deixar-se vencer;
Ofício: serviço, dever;
Devotado: extremamente fiel.

Leituras complementar:
Segunda       Hb 11.6         
Terça              Is 40.3
Quarta           Jo 1.23
Quinta           Sl 139.14-16
Sexta             Sl 77.3
Sábado          Jr 17.10.

Textos de Referência.
Mateus 11.2-5, 11.
2 E João, ouvindo no cárcere falar dos feitos de Cristo, enviou dois dos seus discípulos,
3 A dizer-lhe: És tu aquele que havia de vir, ou esperamos outro?
4 E Jesus, respondendo, disse-lhe: Ide, e anunciai a João as coisas que ouvis e vedes:
5 Os cegos veem, e os coxos andam; os leprosos são limpos, e os surdos ouvem; os mortos são ressuscitados, e aos pobres é anunciado o evangelho.

11 Em verdade vos digo que, entre os que de mulher têm nascido, não apareceu alguém maior do que João Batista; mas aquele que é o menor no reino dos céus é maior do que ele.

Hinos sugeridos.
46, 187, 459.

Motivo de Oração
Ore para que o Senhor sempre renove suas convicções.

Esboço da Lição
Introdução
1. João Batista, preparador de caminhos.
2. A prisão de João Batista.
3. Renovando nossas convicções.
Conclusão

Introdução
João Batista não foi isento de ser tomado pela incredulidade, pela dúvida e pelo medo. Sua prisão e seus últimos instantes de vida revelam que todos nós podemos oscilar diante de uma grande provação.

1. João Batista, preparador de caminhos.
A verdade pregada por João o levou para a prisão e, no cárcere, as esperanças de vida do profeta estavam por terminar (Lc 3.19,20). Sabendo que o tempo se findava, João envia seus discípulos a perguntar se Jesus era ou não o Messias (Mt 11.2,3).

1.1. João Batista, um profeta anunciado.
João não era um homem qualquer. Ele nasceu com a missão de preparar o caminho do Senhor e para isso teve que viver uma vida diferente, solitária e consagrada nos desertos de Israel (Is 40.3; Jo 1.23; Lc 1.76; 3.4). Durante toda a sua vida, João foi preparado espiritualmente para anunciar a salvação através do Messias e identifica-lo em Sua chegada, para depois sair de cena e deixar que Jesus realizasse Sua Missão (Lc 1.80; 19.10). Preparar o palco para que alguém possa brilhar não é tarefa fácil. João nasceu, viveu e morreu somente para esse fim. Jesus afirmou que entre os nascidos de mulher não houve homem igual a João Batista, isso devido a sua responsabilidade profética e submissão à vontade de Deus (Mt 11.11).

Explique para os alunos que João Batista é a voz do deserto clamando Is 40.3). Malaquias disse que João haveria de preparar “o caminho diante” do Senhor (Ml 3.1, 2). O preparo espiritual de João Batista começa a sua obra identificando-se “Eu não sou o Cristo” (Jo 1.20). Ele foi a voz que preparou o caminho do rei (Jo 1.23). Um anjo resumiu a obra de João: “Ira adiante do Senhor no espírito e poder de Elias, para converter os corações dos pais aos filhos, converter os desobedientes à prudência dos justos e habilitar para o Senhor um povo preparado” (Lc 1.17). 

1.2. A mensagem profética de João.
Durante quatrocentos anos, a voz profética esteve interrompida e João fez com que essa voz renascesse outra vez. A mensagem de João era dura e denunciava intrepidamente o mal em qualquer lugar que o encontrasse (Mt 3.1-10). Se o rei Herodes pecava, contraindo um casamento ilegal e pecaminoso, João o reprovava. Se os saduceus e os fariseus, dirigentes da ortodoxia religiosa daquela época, estavam afundados em um formalismo ritualista, João os censurava. Se as pessoas comuns viviam afastadas de Deus, João lhes anunciava o arrependimento. João era uma luz acesa que denunciava a escuridão; uma cana agitada pelo vento do Espírito (Mt 5.14; 11.8).

Comente com os alunos que, onde estivesse o mal, João Batista intrepidamente o denunciava. O preparo para a vinda do Reino de Deus foi feito por meio da proclamação de advertência e da necessidade de arrependimento. João advertiu os fariseus e os saduceus (Mt 3.10). Multidões escutavam o apelo de João (Mt 3.2). Os que atendiam ao chamado e se arrependiam se tornavam um povo preparado para produzir “frutos dignos de arrependimento” (Mt 3.8). Muitos foram batizados por João no rio Jordão. Uma geração de víboras rejeitou a mensagem, ao passo que outros permitiram que o mensageiro de Deus os preparasse.

1.3. A humildade de João Batista.
João apontava para além de si mesmo. Ele anunciava alguém maior que ele. João desfrutava de uma grande reputação e sua influência era enorme. Entretanto, dizia que não era digno sequer de desatar as sandálias daquele que havia de vir após ele, o que era o dever de um escravo (Mt 3.11). A atitude de João era negar-se a si mesmo e não atribuir a si mesmo glória. Sua única importância, tal como ele a entendia, era servir de indicador, isto é, anunciar a vinda daquele que havia de vir (Jo 1.19-23). João não somente era uma luz que iluminava o mal, uma voz que reprovava o pecado, mas, além disso, um sinal indicador do caminho para Deus.

Esclareça para os alunos que João Batista não desejava que os homens se fixassem nele. Seu objetivo era prepara-los para receber aquele que o havia nomeado. A mensagem pregada por João portava consigo uma apresentação positiva das exigências morais de Deus. Ela não somente denunciava a conduta dos homens por seus pecados e agravos, mas os convocava a fazer o que era correto. Sua mensagem desafiava os homens a ser o que deviam ser. Era uma voz que chamava os homens as coisas mais elevadas. Embora parecesse dura, sua mensagem era eficaz e muitos saíram da cidade para se batizar no deserto (Mt 3.5, 6).

2. A prisão de João Batista.
A prisão silencia a voz profética de João e surge uma grande dúvida em sua mente: Jesus é o Messias que havia de vir ou esperamos outro? João sabia que iria morrer e envia seus discípulos até Jesus para ter a certeza de que não lutou em vão.

2.1. A incrédula pergunta de João.
Quando jesus apareceu no Jordão, João disse: “Eis o cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo” (Jo 1.29). Logo em seguida, atestou: “eu não o conhecia, mas o que me mandou batizar com água, esse me disse: sobre aquele que vires descer o Espírito e sobre ele repousar, esse é o que batiza com Espírito Santo” (Jo 1.32, 33). Ele declara diante de todos que recebera de Deus um sinal para conhecer Jesus e não batizar o Messias errado. E, por fim, conclui: “E eu vi e tenho testificado que este é o Filho de Deus” (Jo 1.34). Pelo valor da pergunta feita em Mateus 11.3, podemos sentir a profunda escuridão que se apossava da alma de João naquele momento. Essa pergunta pôs à prova tudo o que havia vivido até então.

Comente com os alunos que, para quem havia testificado a respeito do Messias, essa pergunta mostra como as convicções de profeta sucumbiram diante da provação. Explique para eles que nem mesmo João Batista esteve isento de ser vencido pelo medo e pela incredulidade. O que fazer quando a dúvida e a incredulidade se apossam de nossas mentes nos momentos críticos de nossas vidas? O mesmo que fez João Batista. Ele temeu estar errado e desejou que Jesus lhe confirmasse se havia cumprido ou não sua missão. Para sua alegria, Jesus lhe deu uma resposta positiva e ele se foi com a certeza de que não havia falhado, nem tampouco trabalhado em vão (1Co 15.58).

2.2. A poderosa resposta de Jesus.
Quando Jesus foi informado acerca do questionamento de João, não forneceu resposta direta, nem tentou convencê-lo de Sua divindade, Ele simplesmente respondeu com milagres e falou para os discípulos informa-lo acerca de tudo o que estava realizando (Mt 11.4, 5). Jesus sabia que João corria o perigo de ser vencido pela dor da incerteza. Sabia que mesmo sendo um homem de nível elevado de unção, João ainda estava sujeito a todos os sentimentos e paixões que são comuns a todos nós (Hb 4.15; Tg 5.17). A resposta de Jesus foi sobrenatural e é assim que Ele nos responde em tempos de grandes aflições (Jó 37.5).

Explique para os alunos que Jesus respondeu de maneira bem diferente do que nós responderíamos e do que esperaríamos dEle. Sua resposta consistiu menos de palavras do que obras. Ele mandou os discípulos olhar e ver o que estava acontecendo. Os dois discípulos de João viram todas essas coisas acontecendo diante de seus olhos. Mencionando tudo isso, Jesus deixou claro que Ele representava tudo o que havia sido profetizado acerca do Messias.

2.3. Heranças do pecado adâmico.
O medo, a vergonha e a timidez são reações do pecado adâmico que se refletem em todos nós, seres humanos (Gn 3.8-10). Segundo os psicólogos, essas reações geralmente afloram nas horas de angústias e intensas dificuldades. O Medo pode gerar dúvida; e a dúvida, a incredulidade; e quando esta penetra, distorce toda a verdade das coisas espirituais (Hb 11.6). Não estamos falando da vida de um homem devotado, que viveu todo tempo em consagração, aguardando o momento certo de se revelar e cumprir sua missão. João sabia que Jesus era o Cristo, mas a prisão e a certeza da morte foram tão fortes que ele buscou ter a certeza de que não havia apresentado ao mundo um homem errado (Jo 1.29).

Comente com os alunos que talvez eles imaginem que isto só acontece com quem não está firme na Palavra de Deus ou não cultiva uma vida de fé e oração. Mas, até mesmo um homem como João Batista viveu esse momento, o que não nos isenta de sentir o mesmo. As tragédias da vida podem minar a nossa fé e devemos estar atentos a isso, pois muitos grandes homens de Deus já passaram por essa oscilação. Enquanto estivermos nesse mundo, devemos estar vigilantes (Jo 16.33; 1Pe 5.9).

3. Renovando nossas convicções.
Quando as expectativas não acontecem de acordo com os planos, a frustração tenta se apossar e criar uma brecha para que o inimigo bombardeie a mente com pensamentos que contrariem os credos.

3.1. Lutando contra a esperança.
Entre a promessa e o cumprimento está a provação; ela é inevitável (Mt 6.34). Precisamos estar preparados para surpresas. Porque existem provações tão, difíceis que poderão abalar os alicerces de nossas vidas. A meta de Satanás é plantar uma semente de dúvida em nossa vida. João estava solitário e foi minado naquele cárcere. Por um momento, João se esqueceu de quem era e dos sinais que Deus lhe havia revelado (Jo 1.32-34). Quando estamos vulneráveis, somos alvos fáceis nas mãos do inimigo e ele não respeita pessoas ou lugares santos, sua meta é adulterar a verdade que recebemos de Deus. Devemos lutar por nossas convicções, mesmo que tudo diga o contrário (Rm 4.18).

Explique aos alunos que, por essa razão, devemos estar sempre atentos e lutar para que a nossa fé não desfaleça (Sl 77.3; Jn2.7). Comunique a eles que João teve uma resposta diferente de sua pergunta e o relatório trazido pelos discípulos fortaleceu novamente a sua fé (Mt 11.4, 5). O que deve sempre prevalecer em nossas vidas é o que Deus disse e nunca o que pensamos (Pv 16.1). Nossa fé deve ser comparada aos alicerces de uma casa, pois, quanto maior o alicerce, maior será a capacidade de suportar (Mt 7.24, 25).

3.2. O cumprimento de uma missão.
O cumprimento de uma missão poderá envolver sofrimento e morte (Jo 16.33). Temos muitos exemplos como: Jó, José, Daniel e seus três amigos, e muitos heróis da fé (Hb 11.37). Todos eles venceram, mas andaram por caminhos que jamais imaginariam. Servir a Deus e andar em conformidade com a verdade pode ser uma missão suicida. João hoje está na glória, mas aqui terminou o ministério com a cabeça em uma bandeja (Mc 6.7-29). Talvez João pudesse pensar que Jesus o salvasse sobrenaturalmente da prisão, mas isso não aconteceu. João terminou seu ministério, mas pagou um preço altíssimo pela verdade que anunciava.

Explique para os alunos que João Batista veio com a disposição e o poder de Elias (Lc 1.17). Em nenhum lugar isso é mais claro do que na descrição de Lucas 3.18, 19. O preparo para o reino espiritual que estava por vir exigia uma obra de escavação. Os vales tinham de ser preenchidos e os montes rebaixados. Assim como Elias fez o que pôde para tirar a idolatria, o assassínio e a desonestidade (1Rs 18,19), também João opôs-se aos pecados da nação e os desmascarou.

3.3. Um Deus que nos conhece.
Quando Deus compra uma vida, já sabe até o seu último pecado. Deus não compra ninguém enganado (Jr 17.10). Deus vê o futuro, conhece nosso amanhã. Somos tolos em ficar prostrados pensando que tudo acabou. O diabo tem surrado muitas vidas com setas de culpa, pondo dúvidas nos corações e desestimulando a sua fé (Mt 13.19). Deus não pode ser enganado, nem tampouco compra uma mercadoria sem saber seu conteúdo e valor. Deus espera que nos coloquemos de pé e caminhemos em Sua direção (Mt 11.28).

Merece ser destacado para os alunos que a Onisciência de Deus, descrita de forma clara e precisa no Salmo 139, deve interferir em nossa maneira de viver, nosso modo de ser, pensar, andar, agir e falar. Ele nos conhece e nos ama.

Conclusão.
Seja qual for o problema, jamais esqueçamos que foi Ele quem nos formou e conhece nos mínimos detalhes (Sl 139.14-16). Um fabricante dá a garantia de um produto porque conhece os defeitos. João recorreu ao fabricante, reclamou sua garantia e Jesus não o decepcionou com a resposta (Mt 11.5).

Questionário.
1. Como Jesus considerou João Batista?
R: Como o maior de todos os homens (Mt 11.11).

2. Onde encerraram João por causa da verdade?
R: No cárcere (Lc 3.19, 20).

3. Qual foi a missão de João Batista?
R: Preparar o caminho do Senhor (Jo 1.23).

4. Quais os perigos que podem envolver uma missão?
R: Sofrimento e morte (Jo 16.33).

5. De que maneira Jesus renovou a esperança de João?
R: Jesus renovou a esperança de João respondendo por meio de milagres (Mt 11.4, 5).


Fonte: Revista Jovens e Adultos, professor, 4º trimestre de 2015, ano 25, Nº 97, Maturidade Espiritual.


Lição 10 AUSÊNCIA DE RELACIONAMENTOS

Lição 10 AUSÊNCIA DE RELACIONAMENTOS
06 de dezembro de 2015

Texto do dia
"Deus faz que o solitário viva em família; liberta aqueles que estão presos em grilhões; mas os rebeldes habitam em terra seca." (Sl 68.6)


Síntese
O aumento da solidão nas cidades é consequência do individualismo e impessoalidade dos relacionamentos sociais nas grandes metrópoles.

Agenda de leitura
SEGUNDA - 1 Sm 1-2        Sozinha, mas não desamparada
TERÇA - Ec 4.9-12             Lamento sobre o solitário
QUARTA - Sl 102.3-11       Os males da solidão
QUINTA - Sl 128.1-6           A bênção da companhia familiar
SEXTA - Ec 3.1-8                Há tempo para tudo: abraçar e se afastar
SÁBADO - Gn 32.22-32     A sós com Deus

Objetivos
DISTINGUIR solidão de solitude;
COMPREENDER as causas da solidão;
RELACIONAR solidão e redes sociais.

Interação
O ônus de se viver em solidão não é algo que se administra facilmente. O ser humano é um ser social e sociável. Viver em solidão é uma desventura. Mesmo as pessoas que vivem sozinhas e não sofrem de solidão, cedo ou tarde, sentem a necessidade de uma maior aproximação com outras a ponto de dividir seu espaço e vida. É a vida que se encaminha para cumprir o mandato do Éden: "Não é bom que o homem esteja só"!

Orientação Pedagógica
Professor, para a dinâmica desta lição você precisará de uma urna (caixa de sapato), papel e canetas. Antes de os alunos chegarem à sala, coloque a urna fechada em local de fácil acesso, juntamente com papel e caneta. Em frente a urna ou em local visível coloque um cartaz com a seguinte pergunta: "Viver em solidão é algo que se administra facilmente?" Dê sua opinião ou faça uma pergunta. Depois de todos participarem, abra a urna e discuta os comentários e perguntas feitas com base na lição.

Texto bíblico
Gênesis 2.15-25
15. E tomou o Senhor Deus o homem e o pôs no jardim do Éden para o lavrar e o guardar.
16. E ordenou o Senhor Deus ao homem, dizendo: De toda árvore do jardim comerás livremente,
17. mas da árvore da ciência do bem e do mal, dela não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás.
18. E disse o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma adjutora que esteja como diante dele.
19. Havendo, pois, o Senhor Deus formado da terra todo animal do campo e toda ave dos céus, os trouxe a Adão, para este ver como lhes chamaria; e tudo o que Adão chamou a toda a alma vivente, isso foi o seu nome.
20. E Adão pôs os nomes a todo o gado, e às aves dos céus, e a todo animal do campo; mas para o homem não se achava adjutora que estivesse como diante dele.
21. Então, o Senhor Deus fez cair um sono pesado sobre Adão, e este adormeceu; e tomou uma das suas costelas e cerrou a carne em seu lugar.
22. E da costela que o Senhor Deus tomou do homem formou uma mulher; e trouxe-a a Adão.
23. E disse Adão: Esta é agora osso dos meus ossos e carne da minha carne; esta será chamada varoa, porquanto do varão foi tomada.
24. Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne.
25. E ambos estavam nus, o homem e a sua mulher; e não se envergonhavam.

COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Segundo as estatísticas mais recentes do IBGE, aumentou o número de pessoas que vivem sozinhas no Brasil, de 7% para 12%, nesses vinte últimos anos. Pesquisas realizadas nos EUA afirmam que a solidão é mais prejudicial à saúde do que o vício do fumo e a obesidade, pois é fator de risco para várias doenças. O Senhor, no entanto, criou o homem como ser social, para habitar e interagir com outras pessoas (Gn 2.15-25; Sl 68.6). Nesta lição estudaremos a solidão sob os vieses das Escrituras e da vida social.

I - SOZINHO, MAS NÃO SOLITÁRIO.

1. O que é solidão? (Sl 25.16-18). A solidão é um sentimento que traz uma sensação de angústia, isolamento e vazio na pessoa capaz de deprimi-la e prejudicar os poucos relacionamentos que lhe restam. Ela é um "pacote" com muitos itens prejudiciais à vida afetiva e relacional do homem, entre eles: isolamento, pena de si mesmo, irritação, ansiedade, estresse, falta de identidade e vazio existencial.
2. Filosofia e solidão. Certo filósofo existencialista definiu a solidão como a condição do homem no mundo: ele nasce, cresce e assim morre. O homem luta em toda sua existência para fugir dessa inelutável condição, criando mecanismos sociais que aliviem o sentimento de solidão. Sem Deus, a criatura está "lançada" no mundo para viver a angústia que esse estado provoca. Todavia, o ensino das Escrituras é muito distinto. Ela afirma que "o Senhor faz que o solitário viva em família" (Sl 68.6), porque disse Deus ao criar o homem: "Não é bom que o homem esteja só" (Gn 2.18).
3. Solidão e solitude (Mt 14.23). Sentir solidão e "estar sozinho" são coisas diferentes. Há pessoas que estão sozinhas, mas não sentem solidão, e outras rodeadas de gente que sentem-se solitárias. A solitude é voluntária, consciente e, na maioria das vezes, criativa e necessária para o autoconhecimento. Ela é percebida quando o estudante se "afasta" para se dedicar a pesquisa ou um crente se retira para orar (Lc 5.16; Mc 14.32). Diferente da solidão, a solitude é positiva e necessária ao crescimento espiritual e pessoal.

Pense
"Solidão: um lugar bom de visitar uma vez ou outra, mas ruim de adotar como morada." (Josh Billings)

Ponto Importante
O cristão nunca está sozinho, mesmo quando a solidão o atinge, pois o Consolador divino é sua eterna companhia.

II - SOLIDÃO E ISOLAMENTO SOCIAL: MALES MODERNOS

1. Solidão e isolamento (Pv 27.10). Algumas pessoas sofrem de solidão e não poucas encontram-se nesse estado devido ao isolamento social. Este último é caracterizado por um afastamento do convívio com outras pessoas provocado por fatores psicológicos, como a sociofobia, condições sociais, como a exclusão e marginalização social, e a exclusão do indivíduo da convivência com o grupo social. Essas formas de isolamento contribuem para a solidão, algumas vezes o indivíduo contribui para a situação, noutras ele é "jogado" para ela.
2. Dificuldade de se integrar e fazer amigos. Embora o homem seja um ser social, não poucas pessoas têm dificuldade em se integrar e fazer amigos. Algumas dificuldades partem do caráter e personalidade do indivíduo. Ser conhecido como fofoqueiro, brigão, mexeriqueiro (Pv 11.13; Lv 19.16) e mal humorado (Sl 32.4) dificulta a inserção social. A timidez também dificulta a inserção. A reclusão também pode estar relacionada a fatores psicológicos como a distimia, uma depressão moderada responsável pela baixa autoestima, mau humor, tristeza, isolamento social e desânimo do indivíduo, na qual é necessário tratamento especializado.
3. Como integrar-se e fazer amigos. Apesar dos milhares de indivíduos que circundam os espaços sociais (escola, igreja, transportes, trabalho) integrar-se e fazer amigos é um desafio para todos, indistintamente. As pessoas cada vez mais privatizam seus espaços e não permitem que outros se acheguem. Noutra instância, o desafio de integrar-se ocorre quando se muda de escola, de cidade, de igreja. O que fazer? As regras básicas e universais compreendem: ser gentil (Pv 16.24), respeitador, asseado, motivado e inspirador. Criar laços leva-se tempo, assim, tenha paciência e sabedoria.

Pense
"A felicidade de um amigo deleita-nos. Enriquece-nos. Não nos tira nada. Caso a amizade sofra com isso, é porque não existe." (Jean Cocteau)

Ponto Importante
"Não há solidão mais triste do que a do homem sem amizades. A falta de amigos faz com que o mundo pareça um deserto." (Francis Bacon)

III - REDES SOCIAIS E SOLIDÃO

1. Redes sociais e interação humana. Não é novidade alguma o fato de que as redes sociais procuram conectar as pessoas e, no entanto, a solidão dos que estão plugados à rede não diminui, mas avança. Elas foram criadas com a intenção de unir e fortalecer as interações humanas, mas segue trajetória oposta. Primeiramente, pelo fato de que na vida real não é possível se relacionar com tantos "amigos" como se propõe a rede virtual. Segundo porque os relacionamentos virtuais permitem "editar" a conversa e por meio das ferramentas apresentar o "melhor de si" numa artificialidade impossível no mundo concreto. Terceiro, os instrumentos de acesso às redes virtuais cancelam o mistério do encontro do olhar e das expressões faciais que carregam sentido às palavras e os sentimentos que elas comunicam, de modo que a hipocrisia é latente. Quarto, o tempo que as pessoas dedicam aos seus aparelhos conectados a web a distanciam daquelas que estão mais próximas.
2. Interações sociais - relações efêmeras. Várias pessoas abandonaram as interações humanas reais e concretas e as trocaram pelas virtuais e fantasiosas na esperança de não se ferirem como é comum nas relações reais. Todavia, pesquisas revelam que uma em cada três pessoas conectadas ao Facebook sentem-se solitárias e frustradas com as experiências negativas na rede. Vivemos a era do "amor líquido", de laços afetivos instáveis, fluidos e fáceis para deletar, na qual a rede social está na vanguarda. É óbvio que isto não é consequência das redes sociais, mas da modernidade. A rede é apenas um espelho daquilo que nos transforma no contexto social.

Pense
A maioria das pessoas não navega na internet... Naufraga!” (Ton Gadioli)

Ponto Importante
"A rede é apenas um espelho daquilo que nos transforma no contexto social."

A solitude é voluntária, consciente e, na maioria das vezes, criativa e necessária para o autoconhecimento.

SUBSÍDIO I
"Caráter, sua dimensão antropo-teológica
Deus criou o homem em duas fases distintas. Na primeira o Eterno forma (hb. asah) a parte somática, corporal e visível do homem, a partir do "pó da terra" (Gn 2.7a). Esse primeiro estágio é chamado de criação mediata ou formativa. Na segunda fase Deus cria (hb. bara) o homem à sua imagem e semelhança (Gn 1.26,27; 2.7b). Essa imagem entende-se por moral e natural. A natural diz respeito àquilo que o homem é: ser racional (intelecto), emocional e volitivo (vontade). A moral relaciona-se à constituição do caráter, da moral e da ética. Diz respeito à constituição moral do homem, suas disposições intrínsecas que inclui o caráter e a qualidade deste: justo e santo. Antes da Queda, o homem era perfeito em santidade, retidão e justiça. Essas qualidades não procediam do próprio homem, mas eram reflexos dos atributos morais e imanentes do Senhor. Os atributos morais de Deus refletiam-se na constituição do sujeito (Ef 4.24; Lv 20.7; 1 Jo 2.29; 3.2,3). Porém, após a Queda, a natureza moral do homem foi corrompida pelo pecado (Rm 1.18-32; 3.23). Somente a obra salvífica de nosso Senhor Jesus Cristo, mediante a ministração do Espírito Santo, é capaz de revestir o homem de uma nova natureza, criada segundo Deus (Ef 4.24; 1Co 1.30)" (BENTHO, Esdras C. Revista Ensinador Cristão, 2008).

SUBSÍDIO II

"Para que você se torne o homem ou a mulher que Deus deseja é necessário que o seu temperamento, personalidade e caráter se tornem subservientes dos projetos de Deus para a tua vida. Até que Deus prevaleça sobre nossas vidas (2Co 2.14), alguns precisam ser jogados numa cisterna, como José (Gn 37.20); outros, ser alimentado por corvos, como Elias (1Rs 17.6); e, alguns, apresentar sua língua aos serafins, como fez Isaías (Is 6.6,7).
O caminho que Deus escolhe para forjar o caráter de seus cooperadores algumas vezes é íngreme e inóspito. Mas, quando eles saem da fornalha, é perceptível até mesmo para os pagãos que eles andaram com o quarto Homem na fornalha (Dn 3.25-27). Deus jamais chamou alguém para uma grande missão sem que esse escolhido passasse por uma profunda transformação moral.
Se desejas que o Deus de José, Elias e Isaías realize em você o mesmo que fez com eles, coloque o seu caráter no altar do Espírito; apresente a sua personalidade Àquele que a todos transforma segundo a imagem de Cristo. Só assim serás a pessoa que Deus deseja que você seja" (BENTHO, Esdras C. Revista Ensinador Cristão, 2008).

ESTANTE DO PROFESSOR
BLOMBERG, Graig L. Questões Cruciais do Novo Testamento.  1.ed.Rio de Janeiro: CPAD, 2009.
ZUCK, Roy B. Teologia do Antigo Testamento.  1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2009.

CONCLUSÃO
A rede social está mudando tanto os relacionamentos quanto as pessoas. A solidão está sendo reinventada na artificialidade das interações. Seja verdadeiro na vida real, inspire confiança na concretude da vida, valorize a pessoa humana pelo que ela é, e tudo isso será manifesto na web, como também o oposto.

Hora da revisão

O que é solidão?
É um sentimento que traz uma sensação de angústia, isolamento e vazio na pessoa capaz de deprimi-la.

Qual o conceito de solidão na filosofia existencialista?
A condição do homem no mundo: ele nasce, cresce e assim morre.

Diferencie solidão de solitude.
Há pessoas que estão sozinhas, mas não sentem solidão, e outras rodeadas de gente que se sentem solitárias.

Defina isolamento social.
É um afastamento do convívio com as pessoas provocado por fatores psicológicos, condições sociais, e a exclusão do indivíduo da convivência com o grupo social.

O que diz a pesquisa a respeito da solidão nas redes sociais?
Que uma em cada três pessoas conectadas ao Facebook sentem-se solitárias e frustradas com as experiências negativas na rede.


Fonte: CPAD, Revista, Lições Bíblicas Jovens, alunos, 4º trimestre 2015.

Lição 10 A Origem da Diversidade Cultural da Humanidade

Lição 10 A Origem da Diversidade Cultural da Humanidade
6 de Dezembro de 2015

TEXTO ÁUREO
"[...] Eis que o povo é um, e todos têm uma mesma língua; e isto é o que começam a fazer; e, agora, não haverá restrição para tudo o que eles intentarem fazer" (Gn 11.6).

VERDADE PRÁTICA
Apesar da multiplicidade de línguas e dialetos, decorrente da confusão de Babel, o Evangelho de Cristo pode ser perfeitamente entendido em todos os idiomas e culturas.

LEITURA DIÁRIA
Segunda- Gn 11.1-9          Torre de Babel, um monumento à soberba humana
Terça- Gn 10.20                  Os povos e nações são divididos em línguas
Quarta- Is 66.18                   Povos e línguas contemplarão a glória de Deus
Quinta- Dn 3.4-7                 Nações e línguas curvam-se à idolatria
Sexta- At 21.37-40; 27.31  Paulo, um missionário poliglota escolhido pelo Senhor
Sábado- At 2.1-4                 A reversão de Babel em o Novo Testamento

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Gênesis 11.1-9
1 - E era toda a terra de uma mesma língua e de uma mesma fala.
2 - E aconteceu que, partindo eles do Oriente, acharam um vale na terra de Sinar; e habitaram ali.
3 - E disseram uns aos outros: Eia, façamos tijolos e queimemo-los bem. E foi-lhes o tijolo por pedra, e o betume, por cal.
4 - E disseram: Eia, edifiquemos nós uma cidade e uma torre cujo cume toque nos céus e façamo-nos um nome, para que não sejamos espalhados sobre a face de toda a terra.
5 - Então, desceu o Senhor para ver a cidade e a torre que os filhos dos homens edificavam;
6 - e o Senhor disse: Eis que o povo é um, e todos têm uma mesma língua; e isto é o que começam a fazer; e, agora, não haverá restrição para tudo o que eles intentarem fazer.
7 - Eia, desçamos e confundamos ali a sua língua, para que não entenda um a língua do outro.
8 - Assim, o Senhor os espalhou dali sobre a face de toda a terra; e cessaram de edificar a cidade.
9 - Por isso, se chamou o seu nome Babel, porquanto ali confundiu o Senhor a língua de toda a terra e dali os espalhou o Senhor sobre a face de toda a terra.

OBJETIVO GERAL
Mostrar como se deu a diversidade cultural da humanidade.

HINOS SUGERIDOS: 71, 458,464 da Harpa Cristã

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

- Saber a respeito da torre de Babel;
- Analisar como se deu a confusão de línguas;  
- Mostrar que a multiplicidade linguística e cultural, depois da Torre de Babel, tornou-se um fato.

INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Na lição de hoje estudaremos a respeito da construção da Torre de Babel. Veremos que um dos fatores que contribuíram para que a depravação da humanidade viesse a crescer de forma vertiginosa foi o monolinguismo. A Terra havia sido purificada pelas águas do dilúvio, mas a semente do pecado estava em Noé e em seus descendentes. Não demorou muito para que o pecado se alastrasse novamente. Já que não havia impedimento quanto a língua, os homens cheios de soberba, e com um espírito de rebelião se unem para fazer um monumento que seria símbolo da sua empáfia. Deus não estava preocupado com a construção ou com o tamanho da torre, mas com a arrogância que dominava, mais uma vez o coração do homem. O Senhor abomina a altivez, o orgulho (Pv 6.17). Que venhamos guardar os nossos corações destes sentimentos tão nefastos.

COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Um dos fatores que levaram a primeira civilização humana à depravação total foi o monolinguismo. Entre os filhos imediatos de Adão e Eva, inexistiam fronteiras idiomáticas, culturais e geográficas. Eis por que os exemplos de Caim e Lameque alastraram-se logo por toda a terra.
Na lição de hoje, encontraremos a família noética correndo o mesmo perigo. Temendo um novo dilúvio, e recusando-se a povoar a terra, puseram-se os descendentes de Noé a construir uma torre, cujo topo, segundo imaginavam, tocaria os céus.
A fim de impedir a degeneração da segunda civilização, o Senhor confunde-lhes a língua, levando a linhagem de Sem, Cam e Jafé a espalhar-se pelos mais longínquos continentes.
Deste episódio, surge a multiplicidade línquística e cultural da humanidade.    

PONTO CENTRAL
O monolinguismo contribuiu para que a primeira civilização humana se tornasse uma civilização depravada e distante do Criador.

I - A TORRE DE BABEL
Não sabemos quanto tempo se havia passado desde que Noé saiu da arca até a construção da torre de Babel. De qualquer forma, seus filhos, Sem e Jafé, não puderam impedir seus descendentes de cair na apostasia de Cam.
1. O monolinguismo. Naquele tempo, a humanidade ainda era monolíngue; todos falavam uma só língua (Gn 11.1). Sobre o idioma original da humanidade, há muita especulação.
Alguns sugerem o hebraico. Nada mais ilógico. Abraão, ao deixar a sua terra natal, falava o arameu (Dt 26.5) que, nos lábios de seus descendentes, sofreria sucessivas mudanças até transformar-se na belíssima língua hebreia. O interessante é que depois do cativeiro babilônico, os israelitas voltariam a usar o aramaico, inclusive Jesus (Mc 15.34).
2. Uma nova apostasia. Se por um lado o monolinguismo facultava a rápida disseminação do conhecimento, por outro, propagava com a mesma rapidez as apostasias da nova civilização. E, assim, não demorou para que a revolta, misturada ao medo, se tornasse  incontrolável. Por isso, revoltam-se os descendentes de Noé contra Deus: "Eia, edifiquemos nós uma cidade e uma torre cujo cume toque nos céus e façamo-nos um nome, para que não sejamos espalhados sobre a face de toda a terra" (Gn 11.4).
Se Deus não tivesse intervindo a situação ficaria mais insustentável do que no período anterior ao Dilúvio.
3. Um monumento à soberba humana. Apesar das garantias divinas de que não haveria outro dilúvio, os filhos de Noé buscavam agora concentrar-se num lugar alto e forte. Entregando-se ao medo, acabaram por erguer um monumento à soberba e à rebelião.
A ordem do Senhor àquela gente era clara: espalhar-se até aos confins da terra (Gn 9.7; Mt 28.19,20). Séculos mais tarde, o Senhor Jesus Cristo também ordenou aos seus discípulos que fossem proclamar o Evangelho até os confins da Terra. Quando não a obedecemos, edificamos dispendiosas torres, onde a confusão é inevitável. Cada um fala a sua língua, e ninguém se entende mais. 

SÍNTESE DO TÓPICO I
A soberba dos homens da primeira civilização os levaram a desejar construir uma torre, um monumento a soberba humana.

SUBSÍDIO DIDÁTICO
Professor, é importante que você leia com os alunos o capítulo 10 de Gênesis antes de introduzir a lição. Explique que os "descendentes de Sem povoaram as regiões asiáticas, desde as praias do Mediterrâneo até o oceano Índico, ocupando a maior parte do território de Jafé e Cam. Foi entre eles que Deus escolheu seu povo, cuja  história constitui o tema central das Sagradas Escrituras.
Os descendentes de Cam foram notavelmente poderosos no princípio da história do mundo antigo. Constituem a base dos povos que mais relações travaram com os hebreus, seja como amigos, seja como inimigos. Eles estabeleceram-se na África, no litoral mediterrâneo da Arábia e na Mesopotâmia.
Os descendentes de Jafé foram os povos indo-europeus, ou arianos. Embora não tivessem sobressaído na história antiga, tornaram-se nas raças dominantes do mundo moderno" (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p. 47). Se desejar, reproduza, da referida Bíblia, o mapa e a tabela abaixo para seus alunos.

CONHEÇA MAIS
*A Torre de Babel
“Como a humanidade, descendendo novamente de uma única família, tornou-se tão dividida? A história da Torre de Babel explica. Deus introduziu idiomas que dividem o povo como um ato de julgamento quando os descendentes de Noé tentaram arrogantemente alcançar os céus.
O capítulo 11 de Gênesis nos mostra os descendentes de Sem, a linhagem da qual surgiram Abrão e, em última análise, Cristo.” Para conhecer mais leia Guia do Leitor da Bíblia, CPAD, p. 31.

II - A CONFUSÃO DE LÍNGUAS
1. Uma cidade à prova d'água. A engenharia dos descendentes de Noé era bastante avançada. De início, projetaram uma cidade cujo epicentro seria uma torre que, segundo imaginavam, arranharia o céu (Gn 9.4). Aquele lugar se tornaria uma fortaleza impenetrável, mas independente dos planos dos homens, Deus lhes frustraria os objetivos e cumpriria sua vontade espalhando-os pela terra.
Em seguida, prepararam o material: tijolos bem queimados e betume. O seu objetivo era construir uma cidade à prova d'água. Se houvesse algum dilúvio, escalariam a torre, e tudo estaria bem. Na verdade, não queriam cumprir o mandato cultural que o Senhor confiara ao patriarca: repovoar e trabalhar a terra (Gn 9.4).
2. A torre que Deus não viu. Aos olhos dos homens, a torre parecia alta. Mas, à vista de Deus, nada era. Ironicamente, o Altíssimo teve de baixar à terra para vê-la: "Então, desceu o Senhor para ver a cidade e a torre que os filhos dos homens edificavam" (Gn 11.5).
Assim são os projetos firmados na vaidade humana. Aos nossos olhos, muita coisa; à vista de Deus, tolas pretensões. Se o Senhor não tivesse intervindo, a segunda civilização tornar-se-ia pior do que a primeira (Gn 11.6). Nenhum limite seria forte o bastante para conter aquela gente, que já começava a depravar-se totalmente.
3. Quando ninguém mais se entende. Por isso mesmo, o Senhor decreta: "Eia, desçamos e confundamos ali a sua língua, para que não entenda um a língua do outro" (Gn 11.7). Nascia ali, na planície de Sinear, o multilinguismo.
Como ninguém mais se entendia, os descendentes de Noé foram apartando-se uns dos outros, e reagrupando-se de acordo com a sua nova realidade idiomática. Os filhos de Sem formaram uma grande família linguística, da qual se originaram o aramaico, o moabita, o árabe e, mais tarde, o hebraico. O mesmo fenômeno deu-se entre as linhagens de Jafé e Cam. É bem provável que Pelegue tenha nascido nesse período (Gn 10.25).
Apesar da confusão da linguagem humana, Deus permitiu que os idiomas conservassem evidências de um passado, já bastante remoto, quando todos os seres humanos falavam uma só língua.  

SÍNTESE DO TÓPICO II
Como uma forma de dificultar os intentos perversos dos homens, Deus confundiu as línguas.

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
"A história nos conta que, em assembleia, os novos habitantes de Sinar tomaram uma decisão totalmente fora da vontade de Deus. O propósito da ação é claro. Queriam fama (Gn 11.4). E desejavam segurança: 'Para que não sejamos espalhados sobre a face de toda a terra'. Ambas as metas seriam alcançadas somente pelo empreendimento humano. Não há dúvida sobre a ingenuidade das pessoas. Não tendo pedras, fabricaram tijolos de barro e depois queimaram bem. Viram a utilidade do betume abundante na área e o usaram como argamassa.
O interesse principal desse povo não estava numa torre, embora também houvesse a construção de uma cidade. A torre ia alcançar os céus. Nada é dito sobre um templo no topo da torre, por isso não está claro se a torre era como os zigurates que houve mais tarde na Babilônia.
O paganismo está indiretamente envolvido nesta história, pois havia um ímpeto construtivo em direção ao céu e o único verdadeiro Deus foi definitivamente omitido de todo planejamento e de todas as etapas. Mas Deus não estava inativo. O julgamento de Deus logo veio. Para demonstrar que a unidade humana era superficial sem Deus, Ele introduziu confusão de som na língua humana. Imediatamente estabeleceu-se o caos. O grande projeto foi abandonado e a sociedade unida, sem temor de Deus, foi despedaçada em segmentos confusos. Em hebraico, um jogo de palavras no versículo 9 é pungente. Babel significa 'confusão' e a diversidade de línguas resultou em balbucis ou fala ininteligível" (Comentário Bíblico Beacon. Vol 1. 1.ed.  Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p. 55).

III - A MULTIPLICIDADE LINGUÍSTICA E CULTURAL
O episódio da torre de Babel criou diversas fronteiras entre os descendentes de Noé: linguísticas, culturais e geográficas.
1. Linguísticas. Da barreira idiomática, surgiu a noção de nacionalidade, responsável pela criação de países e reinos. Só os impérios, geralmente antagônicos a Deus, buscam unificar o que o Senhor separou em Sinear (Dn.3.7). A multiplicidade linguística dos povos oprimidos, porém, torna inviável tal unificação, ainda que possa ser considerada "duradoura", como foi o império romano.
Já imaginou se toda a humanidade falasse o russo ou o alemão? Homens como Stalin e Hitler teriam certamente dominado toda a terra. 
2. Culturais. A diversidade linguística trouxe também a diversidade cultural. Cada povo, uma língua, uma cultura e costumes bem característicos. Tais fatores tornam inviável um Estado totalitário mundial. O governo do Anticristo, aliás, reinará absoluto por apenas 42 meses (Ap 13.5). Logo após, será destruído.
3. Geográficas. Acrescente-se a essas dificuldades as fronteiras naturais: rios, mares, montanhas, vales, etc. Cada povo com o seu território. Deus sabe o que faz. 

SÍNTESE DO TÓPICO III
A confusão das línguas contribuiu para a multiplicidade linguística e cultural da humanidade.

CONCLUSÃO
O episódio de Babel não impediu a proclamação do Evangelho, pois no Pentecostes, "todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem" (At 2.4). A Palavra de Deus, atualmente, encontra-se em quase todas as línguas. O que parecia maldição fez-se bênção para todos os povos.
 
PARA REFLETIR
A respeito do livro de Gênesis:

O que levou os descendentes de Noé a construírem a torre de Babel?
Eles queriam fama e desejavam segurança. Foram movidos pelo orgulho.

Como eles construíram a torre?
Eles prepararam o material: tijolos bem queimados e betume.

O que teria acontecido se eles tivessem alcançado o seu intento?
O homem não teria cumprido o mandato cultural que Deus havia lhe dado.

O que, hoje, separa os seres humanos?
A diversidade linguística, cultural e geográfica.

Que episódio bíblico é considerado o contraponto da torre de Babel?
A proclamação do Evangelho, pois no Pentecostes, "todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem" (At 2.4).

CONSULTE
Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 64, p. 41.
Você encontrará mais subsídios para enriquecer a lição.  São artigos que buscam expandir certos assuntos.

SUGESTÃO DE LEITURA

Introdução à Teologia da História
O autor expõe o quanto pode ser prejudicial ao cristão apressar-se em classificar como inúteis todas as considerações e conclusões a que chega a teoria secular da História. O leitor perceberá, ao longo da leitura, que a Ciência tem seus proveitos, mas todo conhecimento científico produzido distante de Deus conduz o ser humano para mais longe de seu Criador.

Síntese Bíblica do Antigo Testamento - Vol. 1
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Perfeitamente Imperfeito
O ser humano tem muitas falhas e defeitos. Através dos exemplos bíblicos do AT podemos perceber que Abraão, Moisés, Elias e tantos outros passaram por momentos de desespero e aflição, mas foram usados por Deus, apesar de suas imperfeições. Deus capacita os incapacitados, fortalece os fracos, consola os oprimidos e refrigera os aflitos.


Fonte: CPAD, Revista, Lições Bíblicas Adultos, professor, 4º trimestre 2015.