segunda-feira, 27 de julho de 2015

Lição 5 O milagre do perdão.



Lição 5 O milagre do perdão.
2 de agosto de 2015

Texto Áureo.
João 20.23
“Aqueles a quem perdoardes os pecados lhes são perdoados; e àqueles a quem os retiverdes lhes são retidos”.

Verdades Aplicadas.
A pessoa incapaz de perdoar destrói a ponte pela qual ele mesma deveria passar.

Objetivos da Lição.
- Ensinar o conceito do perdão e os malefícios causados por sua ausência;
- Mostrar a grandeza do perdão, seu alcance e a responsabilidade que temos em conceder perdão a todos que dele precisam;
- Apresentar o perdão como o maior de todos os milagres, porque somente através dele a salvação pode ser experimentada.

Glossário.
Irrisória: insignificante;
Utopia: Plano ou sonho irrealizável;
Precursor: Aquele que vem adiante de alguém anunciar a sua chegada.

Leituras Complementares.
Segunda       Sl 130.4
Terça              Mt 6.12
Quarta           2Co 2.10
Quinta           1Jo 1.9
Sexta             Lc 5.21
Sábado          Sl 86.5

Textos de Referência.
Lucas 7.44-47
44 E, voltando-se para a mulher, disse a Simão: Vês tu esta mulher? Entrei em tua casa, e não me deste água para os pés; mas esta regou-me os pés com lágrimas e os enxugou com os cabelos de sua cabeça.
45 Não me deste ósculo, mas esta, desde que entrou, não tem cessado de me beijar os pés.
46 Não me ungiste a cabeça com óleo, mas esta ungiu-me os pés com unguento.
47 Por isso, te digo que os seus muitos pecados lhe são perdoados, porque muito amou; mas aquele a quem pouco é perdoado pouco ama.

Hinos Sugeridos.
46, 192, 292

Motivo de Oração.
Ore para que o ato de perdoar seja uma realidade na sua vida.

Esboço da Lição.
Introdução.
1. Entendendo o conceito do perdão.
2. A importância do perdão.
3. O maior de todos os milagres.
Conclusão.

Introdução.
Perdoar é a decisão moral de remover o ódio abrigado em nosso próprio coração. Jesus não disse que perdoar seria uma tarefa fácil. Se aprendermos a orar pelos nossos inimigos, então poderemos fazer todo o restante (Mt 5.44).

1. Entendendo o conceito do perdão.
Todo ser humano é falho, imperfeito e sujeito a erros. Mais cedo ou tarde isso acontecerá. E quando acontecer, o que faremos? Como agiremos? Consertaremos ou deixaremos como está? Perdoar é possível e, se aprendermos o que significa, tanto evitaremos quanto iremos reparar sérios transtornos.

1.1. O conceito de Amós.
Para os rabinos, uma pessoa deveria ser perdoada no máximo até três vezes e, se houvesse transgressão na quarta, o tal deveria ser castigado. Eles se agarravam ao conceito de Amós. “Por três transgressões e por quatro” (Am 1.3, 6,9,11,13; 2.1,4,6). Não se podia imaginar que um homem fosse mais piedoso do que Deus. Dessa maneira, se limitava o perdão a três ofensas. O que Jesus ensinou a Pedro sobre perdoar setenta vezes sete coloca um fim em regras humanas, demonstrando claramente que o perdão é possível e que não existe limite para se perdoar toda e qualquer ofensa (Mt 18.22). A falta de perdão além de produzir danos irreparáveis à nossa alma, ainda nos torna inimigos de Deus (Mt 6.15).

Explique para os alunos que o ato de perdão da parte de Deus não consiste em negar pura e simplesmente a falta do homem. É preciso entender que Ele não age como se ela não existisse. Todavia, Ele põe fim em uma situação perfeitamente conhecida. Deus, o autor do perdão, atua em pleno conhecimento de causa e em plena soberania. Em Sua misericórdia e paciência, Ele se recusa a executar um julgamento merecido e concede um adiamento da sentença do homem. Perdoar para Deus é simplesmente colocar um fim em uma situação.

1.2. Quem não perdoa não é perdoado.
Uma lição que percorre todo o Novo Testamento é que o homem deve perdoar para ser perdoado (Jo 20.23). Quem não perdoa a seu próximo, não pode pretender que Deus o perdoe. “Bem-aventurados os misericordiosos”, disse Jesus, “porque eles alcançarão misericórdia” (Mt 5.7). Depois de ensinar Sua oração aos homens, Jesus ampliou uma das petições nela contida: “Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará; se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas” (Mt 6.14, 15).

Merece ser especialmente ressaltado para os alunos o ensinamento do apóstolo Tiago:”O juízo é sem misericórdia para com aquele que não usa de misericórdia” (Tg 2.13). O perdão humano e o divino devem andar lado a lado. Comente com eles que o religioso tem uma mente muito aguçada para identificar pecados na vida do próximo e condená-lo pelos seus atos. Porém, os pecados da religiosidade não estão na aparência, mas no fundo do coração, no oculto das intenções. Ao contrário do que Simão julgara, os atos daquela mulher não consistiam em carícias contagiosas de uma mente impura, mas sim no derramamento de amor sincero de uma mulher arrependida. Emocionada, ela reconheceu sua condição de pecadora, humilhou-se e demonstrou sua devoção lavando, beijando e ungindo os pés do Senhor, dando a Ele toda a honra merecida.

1.3. Os malefícios da falta de perdão.
No ano de 1999, o Dr. Fred Luskin criou o projeto da universidade de Stanford para o perdão. Ele visava o impacto das emoções negativas, como raiva, mágoa e ressentimento no sistema cardíaco, causados pela ausência do perdão. Luskin descreve o perdão como sendo uma forma de se atingir a calma e a paz, tanto com o outro quanto consigo mesmo. Ele afirma que o perdão reduz a agitação que leva a problemas físicos; reduz o estresse que vem de pensar em algo doloroso e que não pode ser mudado; limita a ruminação que leva o sentimento de impotência que reduz a capacidade de alguém cuidar de si mesmo. A conclusão do seu projeto foi a seguinte: pedir perdão produz cura (Sl 31.10; 32.1, 3; 38.3).

Segundo o Dr. Luskin, o perdão reconhece o mal, mas permite que o prejudicado siga com a vida. Às vezes, perdoar significa reconciliar, outras vezes, abrir mão de um relacionamento. Quando duas pessoas entendem que criaram uma situação desconfortável, o perdão encontra o lugar.
2. A importância do perdão.
Jesus contou a história de um servo que devia uma impagável soma em dinheiro a seu senhor, o qual havia sido perdoado. Todavia, esse homem perdoado, não perdoou a dívida de outro que lhe devia uma irrisória quantia, antes foi encerrá-lo na prisão, até que pagasse a dívida (Mt 18.30).

2.1. Sem perdão, sem misericórdia.
A primeira dívida superava o valor do resgate de um rei. O contraste entre as dívidas era esmagador. O que está em jogo aqui não é o valor da dívida, mas o perdão. E o que se deve destacar é que nada do que temos que perdoar se pode comparar em forma vaga ou remota com o que nos perdoou. Fomos perdoados de uma dívida que está além de todo pagamento, porque o pecado do mundo provocou a morte do próprio Filho de Deus e, Sendo assim, devemos perdoar como Deus nos perdoou, caso contrário, não podemos esperar encontrar misericórdia alguma. Jesus conectou a ação do rei com a ausência de perdão e o resultado foi desastroso para aquele homem ganancioso (Mt 18.32-35).

Esclareça para os alunos que, por reter o perdão, aquele homem foi entregue aos atormentadores, ou verdugos. O termo utilizado é o mesmo para designar” demônios”. Ou seja, uma pessoa que retém mágoas e não libera o perdão é uma pessoa que nunca terá paz, será sempre atormentada.

2.2. O perdão abre a porta para o reino de Deus.
João Batista, o precursor de Jesus Cristo, preparou o caminho do Senhor com a mensagem do arrependimento, ou seja, a mensagem do perdão divino sobre todo aquele que desejasse viver uma nova vida de paz (Mt 3.1, 2). A primeira mensagem de Jesus foi: “Arrependei-vos, e crede no evangelho” (Mc 1.15). A dívida humana para com Deus era gigantesca e Jesus veio a esse mundo para quitar essa dívida. Paulo nos afirma que “Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados...” (2Co 5.19).

Informe para os alunos que Deus nos deu o seu “shalom”, que em sua raiz etimológica significa: “pagar as dívidas”. Alguns eruditos traduzem como “paz”. No entanto, paz é para quem não tem dívidas e quem tem dívida não tem “shalom” (At 3.19).

2.3. O perdão é a quitação completa da dívida.
A grandeza do perdão deve ser vista pela grandeza do pecado que Deus perdoa num momento único. Paulo nos afirma que a cédula de acusação contra nós foi cravada na cruz (Cl 2.14). Nossa sentença estava escrita, mas por Seu infinito amor e graça, o Senhor levou para a cruz essa sentença. À medida que Seu sangue ia escorrendo através do madeiro, todas as acusações contrárias a nós foram sendo riscadas. Ali, naquela cruz, estava em um só homem a sentença de todos os homens, até mesmo, os que ainda viriam a existir. Agora não existe mais condenação, o sangue de Jesus apagou tudo.

Explique para os alunos que, quando o inimigo olha para a cédula, ele vê o sangue. No entanto, quando nós olhamos para o sangue, entendemos que temos paz e somos livres (Rm 8.1-3; Hb 10.14). Ressalte para eles que muitos foram pegos pelo pecado e postos em desespero e aflição. Se estes tivessem a segurança de que seria possível, de algum modo, evitar as consequências de seu pecado, com certeza, voltariam atrás de suas ações indevidas. Porém, o verdadeiro arrependimento significa não somente estar aflito pelas consequências de seu pecado, mas também odiar o pecado em si.

3. O maior de todos os milagres.
Consideravelmente, o perdão é o maior de todos os milagres. Nele está contido o ingresso para a salvação e esta é precedida quando operdão é estabelecido. Pois, sem ele não há reconciliação. Vejamos alguns motivos dessa graça divina (Ef 2.8, 9).

3.1. O milagre do perdão.
Por mais que venhamos interpretar um milagre como estupendo ou glorioso, cada milagre realizado por Deus tende a nos atrair para Sua presença, causando em nossas vidas outro ainda maior que é o da salvação (Lc 10.20). Uma pessoa pode ser curada de câncer e morrer afastada da presença de Deus. Mesmo que ressuscite, ira morrer outra vez. E se, após ressuscitar, morrer desviado da presença de Deus? O maior milagre que as pessoas receberam da parte de Jesus foi: “a tua fé te salvou”. Houve o perdão e com ele a salvação (Mt 9.22; Mc 5.34; 10.52; Lc 7.50; 17.9).

Comunique aos alunos que o perdão é um mandamento bíblico ordenado por Jesus Cristo. Os efeitos do perdão são benéficos tanto para quem é perdoado. O objeto do perdão pode ser uma mágoa, um pecado, um sentimento de culpa, um prejuízo sofrido, uma palavra maldosa, uma atitude infeliz, uma omissão, uma traição – enfim, coisas que fazemos ou deixamos de fazer no dia adia. Quando estas coisas são tratadas com o “detergente” divino do perdão, milagres podem acontecer em nossa vida. Ressalte para eles que Jesus Cristo tem competência. Autoridade e autonomia para perdoar (Lc 5.17-26). O perdão é uma ação que transcende à matéria e atua no campo espiritual, onde nossos olhos físicos não conseguem perscrutar.

3.2. O perdão nos coloca no âmbito da felicidade.
Qual é o motivo de nossa alegria como cristãos? Qual de nós não se alegraria ao realizar milagres extraordinários em nome de Jesus? Os discípulos, assim como cada um de nós, também foram tentados a colocar o motivo de suas alegrias no sucesso ministerial (Lc 10.19, 20). Mas Jesus lhes disse que maior que tudo isso era ter o nome escrito no livro da vida, e por quê? Porque se fizermos tudo e não estivermos reconciliados com Deus, de nada adiantou tanto esforço (Mt 16.26; Lc 9.25).

Esclareça para os alunos que quando lemos Mateus 7.22, 23, ficamos perplexos com a declaração feita por Jesus, porque o que adiantou tantos sinais se o maior deles seria estar em paz com Deus? A âncora da nossa alegria deve descansar não no que adquirimos aqui, mas no que nos foi reservado na eternidade (Mt 5.12).

3.3. O propósito do poder sobrenatural de Deus.
Vivemos em um mundo abarrotado de novidades e informações, onde a ciência predomina e a tecnologia produz coisas que até duvidamos ser possíveis. Em meio a toda essa gama de informações e novidades que nos envolvem, muitas vezes nos esquecemos de nós mesmos. De como seria tão maravilhoso se pudéssemos viver sem amarguras, ressentimentos, culpas, temores e sem estar constantemente cometendo mesmos erros. Mas isso não é uma utopia, é uma realidade. Pedir perdão para muitos é sinal de fraqueza, para nós é a prova da quantidade de amor que recebemos de Deus (Lc 7.47). Perdoar é libertar e ser livre. Quem não sabe perdoar é porque não entende a verdade da cruz, ou nunca realmente experimentou o gozo de ser perdoado (Mt 18.32-35).

Mostre para os alunos que os sentimentos de tristeza, de culpa, de vergonha, de rejeição e de humilhação escravizam alguns ao passado e obstruem o futuro. Até mesmo depois de as lembranças desaparecerem ou serem reprimidas, muitos descobrem dentro de si reações negativas e prejudiciais que inexplicavelmente os impulsionam a não avançar. Assim, permitem que Satanás utilize o passado, impedindo-os de usufruir no presente a presença de Deus e de um serviço eficaz. Ressalte para os alunos que a pior coisa que pode acontecer a uma pessoa que não tem paz com outra é deparar-se com a mesma. O lugar fica pequeno, o dia praticamente termina e a alegria se vai tão repentinamente que tudo o que parecia estar bem termina em ira e tristeza. O perdão nos ajuda não somente a nos livrarmos disto, mas a ser livres, e seguir em frente. Nunca é tarde para dizer: “eu errei, me perdoe, vamos tentar outra vez”.

Conclusão.
O perdão é a ajuda do Espírito Santo para nos livrarmos de todo sentimento ruim, seja ele qual for. Através do perdão, somos libertos, livres e com condições de seguir em frente. Nunca é tarde para reconhecer os erros, pedir perdão é recomeçar. O perdão é remissão de uma dívida. É paz e alegria no coração.

Questionário.
1. O que é perdoar?
R: É uma decisão moral de remover o ódio que está abrigado em nosso coração (Lc 7.47).

2. Para os rabinos o perdão deveria ser dado quantas vezes?
R: três vezes (Am 1.3).
3. Por que devemos perdoar como Deus nos perdoou?
R: Porque nossa dívida era impagável (Mt 18.25, 27).

4. Qual o motivo de nossa alegria?
R: Ter o nome escrito no livro da vida (Lc 10.20).

5. Qual é a maior de todos os milagres?
R: O perdão (Mt 16.26).



Fonte: Revista Jovens e Adultos, professor, 3º trimestre de 2015, ano 25, Nº 96, Sinais, Milagres e Livramentos do Novo Testamento.

Lição 5 Apostasia, Fidelidade e Diligência no Ministério.



Lição 5 Apostasia, Fidelidade e Diligência no Ministério.
2 de Agôsto de 2015

TEXTO ÁUREO
"Mas o Espírito expressamente diz que, nos últimos tempos, apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios." (1 Tm 4.1)

VERDADE PRÁTICA
A apostasia e a infidelidade a Deus são características marcantes dos tempos do fim.

LEITURA DIÁRIA
Segunda - Mt 7.15 O cuidado com os ensinos dos falsos profetas
Terça - Hb 3.12 Que não haja em nós um coração infiel
Quarta - 1 Pe 2.2 Desejando o "leite racional, não falsificado"
Quinta - 1 Pe 1.15 Santos em toda a nossa maneira de viver
Sexta - Jr 48.10 A maldição de se fazer a obra do Senhor relaxadamente
Sábado - Hb 12.14 O cultivo da santificação na nossa vida diária

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
1 Timóteo 4.1,2, 5-8; 12, 16.
1 - Mas o Espírito expressamente diz que, nos últimos tempos, apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios,
2  - pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a sua própria consciência,
5  -   porque, pela palavra de Deus e pela oração, é santificada.
6  -   Propondo estas coisas aos irmãos, serás bom ministro de Jesus Cristo, criado com as palavras da fé e da boa doutrina que tens seguido.
7  -  Mas rejeita as fábulas profanas e de velhas e exercita-te a ti mesmo em piedade.
8  -   Porque o exercício corporal para pouco aproveita, mas a piedade para tudo é proveitosa, tendo a promessa da vida presente e da que há de vir.
12  - Ninguém despreze a tua mocidade; mas sê o exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, no amor, no espírito, na fé, na pureza.
16  - Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina; persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem.

HINOS SUGERIDOS: 210, 306, 432 da Harpa Cristã

OBJETIVO GERAL
Mostrar que a apostasia e a infidelidade a Deus são características do tempo do fim.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

I - Tratar a respeito da apostasia dos homens.
II - Compreender que o bom ministro deve ser fiel ao Senhor. 
III - Refletir a respeito da diligência no ministério. 

INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Na lição de hoje estudaremos a respeito da apostasia, fidelidade e diligência no ministério cristão. O termo apostasia vem do grego apostásis e significa o abandono premeditado e consciente da fé cristã. Ao estudar a Palavra de Deus, vemos que no Antigo Testamento, Israel por várias vezes apostatou da fé. Em tempos de apostasia, os profetas eram levantados pelo Senhor para denunciar o pecado e conduzi-los novamente ao Senhor. O profeta tinha o dever de confrontar o povo, alertando contra o pecado. Mesmo sendo perseguidos, muitos profetas foram fiéis ao Senhor e ao seu ministério, não permitindo a apostasia do povo.  Atualmente, o pastor, não pode se calar diante da apostasia do nosso tempo. É preciso confrontar as pessoas mediante o ensino das Escrituras Sagradas. Paulo foi incisivo ao orientar Timóteo para que ele doutrinasse a igreja a fim de que os membros não fossem seduzidos pelos falsos ensinos, apostando da fé.  Atualmente, por falta de ensino, muitos estão abandonando a fé genuína em Jesus Cristo, caindo nas garras do Inimigo. Para combater a apostasia, a liderança precisa investir no ensino bíblico. Jesus certa vez, declarou: "Errais não conhecendo as Escrituras" (Mt 22.29)

COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Nesta lição vamos enfatizar o cuidado que os líderes devem ter com os falsos mestres a fim de que não destruam o rebanho do Senhor. Timóteo foi enviado à igreja de Éfeso para combater os falsos mestres e suas heresias e é exortado por Paulo para que realize a sua missão com excelência.

I - A APOSTASIA DOS HOMENS

1. A apostasia. A igreja em Éfeso estava sob o ataque dos falsos mestres. Paulo não se omitiu nem se intimidou diante deles, mas com coragem e ousadia combateu os ensinos heréticos que estes disseminavam. Ele tomou todas as providências necessárias para coibir a ação maligna. Paulo foi incisivo ao advertir Timóteo, para que ele doutrinasse a igreja em Éfeso a fim de que os irmãos não viessem apostatar da fé cristã. O que significa apostasia? Significa "abandono premeditado e consciente da fé cristã". Sabemos que no Antigo Testamento foram muitas as apostasias cometidas pelos israelitas. Para Deus a apostasia é vista como um "adultério espiritual".

2. Doutrinas de demônios (v.1). Os falsos mestres eram e continuam sendo uma ameaça para a Igreja de Cristo. Há uma igreja, na América Central, cujo líder e fundador dizia ser Jesus Cristo. Esse "falso Cristo" faleceu há pouco tempo. Na igreja por ele fundada, um dos símbolos mais importantes é o número 666, a quem atribuem perfeição e santidade, quando a Palavra de Deus diz que tal número é símbolo que identifica "a besta" ou o Anticristo (Ap 13.18). Isso é exemplo de "doutrina de demônio".  O líder precisa estar atento e alertar suas ovelhas quanto a estas doutrinas.

3. Espíritos enganadores. Os falsos mestres eram mentirosos e faziam de tudo para que os crentes da Igreja em Éfeso seguissem "espíritos enganadores". Sabemos que Satanás é enganador. Ele procura, de todas as formas, iludir os crentes a fim de que estes abandonem a fé verdadeira. Atualmente, temos visto a atuação de muitos espíritos enganadores. A internet tem contribuído para disseminar muitas heresias e enganar muitos que são fiéis ao Senhor. Uma das doutrinas malignas que se tornou comum, nos tempos atuais é a desvalorização do casamento heterossexual (homem e mulher), enquanto o casamento entre homossexuais vem sendo incentivado pelos meios de comunicação.

PONTO CENTRAL
Na atualidade, muitos estão apostatando da fé genuína em Jesus Cristo por falta de ensino das Sagradas Escrituras.

SÍNTESE DO TÓPICO I
Paulo advertiu a Timóteo para que ele combatesse os falsos mestres e seus ensinos que levavam as ovelhas à apostasia.

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
"O Espírito Santo revelou explicitamente que haverá, nos últimos tempos, uma rebeldia organizada contra a fé pessoal em Jesus Cristo.
Muitos crentes se desviarão da fé porque deixarão de amar a verdade (2 Ts 2.10) e de resistir às tendências pecaminosas dos últimos dias. Por isso, o evangelho liberal dos ministros e educadores modernistas encontrará pouca resistência em muitas igrejas.
A popularidade dos ensinos antibíblicos vem, sobretudo pela ação de Satanás, conduzindo suas hostes numa posição cerrada à obra de Deus. A segunda vinda de Cristo será precedida de uma maior atividade de satanismo, espiritismos, ocultismos, possessão e engano demoníacos, no mundo e na igreja.
A proteção do crente contra tais enganos e ilusões consiste na lealdade total a Deus e à sua Palavra inspirada, e a conscientização de que os homens de grandes dons e unção espirituais podem enganar-se, e enganar os outros com suas misturas de verdade e falsidade. Essa conscientização deve estar aliada a um desejo sincero do crente praticar a vontade de Deus (Jo 7.17) e de andar na justiça e no temor dEle.
Os crentes fiéis não devem pensar que pelo fato da apostasia predominar dentro do cristianismo nesses últimos dias, não poderá ocorrer reavivamento autêntico, nem que o evangelismo segundo o padrão do NT não será bem-sucedido. Deus prometeu que nos 'últimos dias' salvará todos quanto invocarem o seu nome e que se separarem dessa geração perversa, e que Ele derramará sobre eles o seu Espírito Santo" (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, p. 1870).

CONHEÇA MAIS
*Consciência cauterizada” (1 Tm 4.2)
“A consciência é o sentimento moral do ser humano. Ela nos condena quando optamos em fazer o que sabemos ser errado. Sobre isso, Paulo sugere que o tecido de uma cicatriz se formará sobre a consciência quando esta for violada de maneira persistente. Nesse caso, a pessoa pode não mais se sentir culpada, mas, sem dúvida, o será”. Leia mais em Guia do Leitor da Bíblia, CPAD, p. 836.

Quando os crentes não são orientados a lerem a Bíblia, nem tampouco a estudarem, quase sempre se portam como meninos.

II - A FIDELIDADE DOS MINISTROS

1. O bom ministro (v. 6). Timóteo deveria dar instruções ao rebanho do Senhor, agindo como um "bom ministro de Cristo". Segundo o Comentário Bíblico Beacon, "a palavra grega traduzida por ministro (diakonos) é a mesma palavra traduzida por 'diáconos' em 3.8". O bom ministro é aquele que serve a Igreja, exortando, ensinando e discipulando suas ovelhas. Pois todo o crente precisa estar firmado na fé e na doutrina cristã (v. 6b). O bom ministro zela pela vida espiritual do rebanho do Senhor. O pastor precisa ser um estudioso da Bíblia a fim de "conhecer a sabedoria e a instrução" para entender as palavras da prudência (Pv 1.2). O estudo das Escrituras conduz o pastor e as ovelhas à sabedoria, em todos os aspectos da vida.

2. Rejeitando as fábulas profanas. "Mas rejeita as fábulas profanas e de velhas e exercita-te a ti mesmo em piedade" (v. 7). As "fábulas profanas e de velhas", segundo o Comentário Bíblico Beacon, seriam as superstições ou mitos e lendas a respeito de determinados assuntos. Paulo ensina a Timóteo que tais crendices são profanas e não edificam a Igreja. Quando os crentes não são orientados a lerem a Bíblia, nem tampouco a estudarem, quase sempre se portam como meninos espirituais. Daí porque há tanto emocionalismo e modismos nos cultos. Tais pessoas, por não conhecerem a Palavra e não estarem firmados nela, acabam sendo levadas por todo vento de doutrinas e engano dos homens que, com astúcia, enganam fraudulosamente (Ef 4.14).

3. O exercício físico e a piedade (v. 8).  Paulo não estava desaprovando a ideia do bem-estar físico. O que ele queria dizer, para uma comunidade que valorizava excessivamente os exercícios físicos e o corpo, é que tais práticas, ainda que saudáveis, só serviam para esta vida. Enquanto que "a piedade para tudo é proveitosa, tendo a promessa da vida presente e da que há de vir" (v. 8b). Sabemos que o nosso corpo é templo do Espírito Santo, por isso, precisa ser bem cuidado.

SÍNTESE DO TÓPICO II
A fidelidade do ministro no ensino da Palavra de Deus e no combate as heresias.

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO
"Líderes eclesiásticos, pastores de igrejas locais e dirigentes administrativos da obra devem lembrar-se de que o Senhor Jesus os têm como responsáveis pelo sangue de todos os que estão sob seus cuidados. Se o dirigente deixar de ensinar e pôr em prática todo o conselho de Deus para a igreja, principalmente quanto à vigilância sobre o rebanho, não estará 'limpo do sangue de todos'. Deus o terá por culpado do sangue dos que se perderem, por ter deixado de proteger o rebanho contra os falsificadores da Palavra" (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, p. 1677).

III - A DILIGÊNCIA NO MINISTÉRIO
1. O ensino prescritivo. "Manda estas coisas e ensina-as" (v.11). Era uma determinação de Paulo a Timóteo, para que ele não fraquejasse na ministração da doutrina à igreja em Éfeso, visto que as heresias estavam se espalhando com certa facilidade. A exortação de Paulo é de grande valor para os dias atuais, em que, em muitas igrejas, há um desprezo pela Palavra de Deus.

2. O exemplo dos fiéis (v. 12). Timóteo era um jovem pastor, com cerca de 30 a 35 anos, e fora enviado para doutrinar uma igreja, onde já havia anciãos ou presbíteros, com mais idade. Por isso, Paulo o exorta a ser um exemplo em tudo. O pastor, não importa a idade que tenha, precisa ter consciência de que será sempre um exemplo para o seu rebanho, por isso, precisa ter cuidado com seu modo de falar, agir e até de se vestir.

3. O cuidado que o ministro deve ter com o aprendizado. "Persiste em ler, exortar e ensinar, até que eu vá" (v. 13). Um ministro do evangelho precisa estar constantemente estudando e aprendendo para que possa exortar, ensinar a Igreja. Infelizmente, há pastores que nunca leram a Bíblia toda. Além da Bíblia é preciso ler outros livros que vão edificar o pastor e contribuir para a edificação da Igreja. É importante também ressaltar que neste versículo o vocábulo "ensinar" tem o sentido de instruir doutrinariamente na verdade. Todavia, para "ensinar", o líder precisa gostar de aprender.

SÍNTESE DO TÓPICO III
O ministro de Deus deve ser diligente quanto ao aprendizado da Palavra de Deus.

Um ministro do evangelho precisa estar constantemente estudando e aprendendo para que possa exortar e ensinar a Igreja

SUBSÍDIO BIBLIOLÓGICO

 "Ninguém despreze a sua mocidade [...]" (1 Tm 4.12). A palavra grega é neotes, que indica uma pessoa que é adulta, mas abaixo dos 40 anos. No mundo antigo, não era esperado que uma pessoa com a idade de Timóteo, provavelmente nos seus 30 anos de idade, tivesse obtido o discernimento e a sabedoria requerida para os líderes.
Podemos entender, em virtude do ambiente social, no qual os pagãos e judeus igualmente esperavam que uma pessoa tivesse entre 40 e 60 anos para ser qualificado a compreender e aconselhar, por que Timóteo, com 30 anos de idade, pode ter estado hesitante em afirmar sua autoridade.
É significativa a apresentação de novos critérios pelos quais a igreja deve avaliar os seus líderes. O que qualifica uma pessoa para a responsabilidade de liderança na igreja de Deus não é a idade, mas sim o caráter. Timóteo e os líderes devem dar exemplo para os crentes no modo de falar, na vida, no amor, na fé e na pureza" (RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento.7. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p. 471).

CONCLUSÃO
Temos que ter cuidado, pois atualmente muitos estão apostatando da fé e se deixando levar por doutrinas de homens e de demônios. Para combater os falsos ensinos, o pastor deve conhecer a Palavra de Deus e ensiná-la ao rebanho. O pastor e seus auxiliares precisam conhecer as doutrinas bíblicas a fim de que possam ensinar a sã doutrina.
Que o Senhor guarde os ministros e as igrejas dos ataques do maligno, da apostasia nesses últimos tempos que antecedem a vinda de Jesus.


PARA REFLETIR
A respeito das Cartas Pastorais:

Como Deus vê a apostasia?
Como um adultério espiritual.

Segundo a lição, qual doutrina maligna que vem se tornando comum nos dias atuais?
A desvalorização do casamento hetero.

Quem é o bom ministro?
O bom ministro é aquele que serve a igreja, exortando, ensinando e discipulando suas ovelhas.

De acordo com a lição, o que o bom ministro precisa fazer constantemente?
Ele precisa estudar a Palavra de Deus, ler bons livros e estar sempre aprendendo.

Qual o sentido da palavra "ensinar" no versículo 13?
O vocábulo ensinar tem o sentido de instruir doutrinariamente na verdade.

CONSULTE
Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 63, p. 39.
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SUGESTÃO DE LEITURA

Reflexões para um Ministério Eficaz
O autor, de modo simples e sem pretensão literária, apresenta um trabalho sério e experiente que é fruto do seu ministério pastoral. Ele reparte uma visão de ministério que faz vislumbrar novas perspectivas para "quem deseja o episcopado".

Como Tornar-se uma Pessoa de Influência
Tudo o que você faz em casa, na igreja, no seu trabalho, ou socialmente tem impacto na vida de outras pessoas e pode influenciar. Os autores contam experiências de homens e mulheres de Deus que se tornaram influentes e fontes constantes de alegria.

A Excelência do Ministério
Tenha sempre ao lado de sua Bíblia 75 pérolas de sabedoria agrupadas em seis categorias diferentes: Crescimento Pessoal, Vida Familiar, Ministério, Liderança, Treinamento e Comunicação. Este é um livro sobre práticas, e não sobre teorias.


Fonte revista Lições Bíblicas, CPAD, 3º trimestre de 2015, adultos.