segunda-feira, 27 de abril de 2015

Lição 5 Jesus e a implantação do Reino de Deus.

Lição 5 Jesus e a implantação do Reino de Deus.
03/05/2015

Texto do dia
"Mas, se eu expulso os demônios pelo Espírito de Deus, é conseguintemente chegado a vós o Reino de Deus" (Mt 12.28).

Síntese
Entender o significado bíblico do Reino de Deus é fundamental para a genuína proclamação do Evangelho e compreensão do papel da Igreja na sociedade.

Agenda de leitura
Segunda - Mt 4.23. O Evangelho do Reino
Terça - Lc 12.31 A prioridade do Reino
Quarta - 1 Co 6.10 Não herdarão o Reino de Deus
Quinta - Mt 18.4 O maior do Reino dos céus
Sexta - Sl 145.13 O Reino de Deus
Sábado -  Lc 18.24 O Reino e as riquezas


Texto Bíblico
Mateus 5.1-11

1. Jesus, vendo a multidão, subiu a um monte, e, assentando-se, aproximaram-se dele os seus discípulos;
2. e, abrindo a boca, os ensinava, dizendo:
3. Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o Reino dos céus;
4. bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados;
5. bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra;
6. bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos;
7. bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia;
8. bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus;
9. bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus;
10. bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o Reino dos céus;
11. bem-aventurados sois vós quando vos injuriarem, e perseguirem, e, mentindo, disserem todo o mal contra vós, por minha causa.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO
Embora o cerne do ministério de Jesus e da mensagem proclamada pela Igreja Primitiva tenha sido o Reino de Deus, esse assunto tem recebido pouca ênfase no ensino e pregação das igrejas atualmente. Quantas vezes ouvimos a exposição clara e contundente sobre o domínio de Deus e a sua presença em nosso meio? Desse modo, considerando sua relevância, magnitude e primazia (Mt 6.33), estudaremos nesta lição sobre o significado bíblico do Reino de Deus, sua natureza e dimensão, pois a compreensão deste assunto é fundamental para a genuína proclamação do Evangelho, assim como para melhor entendermos o papel da Igreja na sociedade.

I - O QUE É O REINO DE DEUS

1. Reino de Deus e Reino dos Céus. Sobressai nos Evangelhos o ensino de Jesus acerca do Reino, mencionado em diversas ocasiões pelos evangelistas como Reino de Deus e, em outras, como Reino dos céus. Conquanto alguns estudiosos afirmem que tais expressões tenham significados distintos, o exame cauteloso das Escrituras e da cultura judaica dos tempos de Jesus revela, em verdade, que essas expressões possuem sentidos equivalentes. É importante lembrar que o evangelho de Mateus foi escrito aos crentes judaicos e, por isso, o seu autor dá preferência ao termo Reino dos Céus, ao invés de Reino de Deus, por causa do costume que tinham em não pronunciar literalmente o nome de Deus.

2. Significado do Reino. Etimologicamente, a palavra Reino (gr.basileia) significa domínio ou governo. Em sentido amplo, portanto, o Reino de Deus pode ser definido como o domínio eterno (Sl 45.6) do Criador em todas as épocas (Sl 10.16) e sobre a totalidade da criação, intervindo e predominando na história humana através de seus atributos supremos. Jesus completou a oração modelo da seguinte forma: "[...] porque teu é o Reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém!" (Mt 6.13). Todavia, além desse aspecto abrangente, o Messias referiu-se ao Reino de Deus de maneira bem mais específica, enfatizando tanto o seu aspecto presente quanto futuro. O teólogo britânico John Stott chamava essa dupla realidade do Reino de "Já" (Reino presente) e o "Ainda não" (Reino futuro). Logo, para a correta interpretação desse termo nos Evangelhos é fundamental que se considere o seu respectivo contexto bíblico.
3. As dimensões do Reino. Vejamos, desse modo, as duas dimensões do Reino aludidas em o Novo Testamento:
a) Reino presente: Jesus realçou em seu ministério a chegada do Reino (Mt 4.17; 12.28), dando a entender que Ele próprio estava realizando a sua implantação aqui na terra entre os homens (Mc 1.15; Lc 18.16,17). Este é o Reino inaugurado. Não se trata, contudo, de um reinado institucional ou político, e, sim, espiritual, pelo qual Deus passa a atuar eficazmente no coração daqueles que se tornam súditos desse Reino, submetendo-se consequentemente à vontade do Altíssimo (1 Co 4.20).
b) Reino futuro: Refere-se ao aspecto escatológico do Reino consumado. A Bíblia de Estudo Pentecostal assim explica: "A manifestação futura da glória de Deus e do seu poder e reino ocorrerá quando Jesus voltar para julgar o mundo (Mt 24.30; Lc 21.27; Ap 19.11-20; 20.1-6). O estabelecimento total do Reino virá quando Cristo finalmente triunfar sobre todo o mal e oposição e entregar o Reino a Deus Pai" (1 Co 15.24-28; Ap 20.7-21.8).

Pense
"Portanto, aquele que se tornar humilde como esta criança, esse é o maior no Reino dos céus"
(Mt 18.4).

Ponto Importante
Em sentido amplo, o Reino de Deus é o domínio eterno do Criador em todas as épocas e sobre a totalidade da criação, intervindo e predominando na história humana através de seus atributos supremos.

II - AS CARACTERÍSTICAS DO REINO DE DEUS NAS ESCRITURAS

1. Origem do Reino. Diferentemente da expectativa dos judeus daquele tempo, que aguardavam um Messias que implantaria o seu Reino na terra, por meio de uma renovação política, o Nazareno afirmou não ser o seu Reino deste mundo (Jo 18.36). Com esta declaração, Jesus não descaracterizou a realidade e a presença do Reino, de modo a afastar a sua própria autoridade sobre a esfera terrena, pois as Escrituras dão provas de que Ele é supremo (Mt 28.18; Fp 2.9-11; Cl 1.15-18; Ap 19.16). Jesus está se referindo à origem celestial do seu governo, o qual não é fabricado pelo homem, ou conquistado pelo uso da força física, ou pela política deste mundo. É um Reino de verdade que emana de Deus e irrompe entre os homens promovendo transformação!

2. Natureza do Reino. Na sua dimensão presente, o Reino de Deus é fundamentalmente espiritual. Quando recebemos esse Reino, Deus opera o seu domínio e manifesta, por antecipação, parte das bênçãos espirituais da vida eterna e da glória do porvir no tempo em que vivemos, gerando uma vida abundante (Jo 10.10). O apóstolo Paulo captou bem a sua essência ao dizer: "Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo" (Rm 14.17). De forma graciosa, somos beneficiados pela boa, perfeita e agradável vontade (Rm 12.2) e pelas virtudes do Espírito (Rm 15.13), que afetam e influenciam todas as esferas da vida humana, especialmente emocional, mental, física, social e econômica.
3. Marcas e valores do Reino. O Reino deixa marcas perceptíveis na vida de seus súditos, transparecendo evidências sublimes da presença divina em seus comportamentos. Um resumo destes sinais é encontrado no Sermão da Montanha proferido por Jesus, mais especificamente nas bem-aventuranças (Mt 5.1-10). Ali estão contidos os valores de Jesus para a realidade presente do Reino de Deus. Para viver este Reino na prática, precisamos rejeitar os valores e as atitudes do mundo e adotar os valores ali retratados. Os filhos do Reino também são distinguidos por sua obediência (Mt 7.21) e fidelidade a Deus (Lc 19.11-27), assim como pelos seus frutos (Mt 7.20; Gl 5.22). Será que o mundo nos reconhece por nossos frutos e pelas marcas do Reino celestial?

Pense
"Porque o Reino de Deus não consiste em palavras, mas em virtude"  (1 Co 4.20).

Ponto Importante
Quando recebemos o Reino, Deus opera o seu domínio e manifesta por antecipação parte das bênçãos espirituais da vida eterna e da glória do porvir no tempo em que vivemos, gerando uma vida abundante (Jo 10.10).

III - JESUS E A MENSAGEM DO REINO DE DEUS

1. O Evangelho do Reino. O ponto central da mensagem anunciada por Jesus em seu ministério terreno foi a proclamação do Evangelho do Reino (Mt 4.23; 9.35; 24.14; Lc 4.43; 8.1). Igualmente, este foi o cerne da pregação de João Batista (Mt 3.2), assim como dos discípulos e da Igreja Primitiva (At 8.12; 19.8; 28.23). A palavra Evangelho (gr. euangelion) tem o sentido de boas novas, boas notícias, acerca do plano salvífico de Deus para a humanidade. O Evangelho genuíno é o Evangelho do Reino.
Vivemos, infelizmente, dias de desvirtuamento do Evangelho, esfriamento da fé e mercantilização do cristianismo. Nesse tempo, muitas igrejas já não dão o devido valor à proclamação genuína da mensagem do Reino, substituindo-a por programas de entretenimento e pregações de autoajuda. Mas a verdadeira Noiva do Cordeiro sabe que a sua missão primordial é anunciar as boas novas: "Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura" (Mc 16.15) é a sua principal incumbência (1 Co 9.16), chamando o ser humano ao arrependimento e conversão ao senhorio de Cristo. Jovem, você tem proclamado o Evangelho do Reino?

2. Reino e arrependimento. O Reino está intimamente ligado à obra redentora do Salvador. Daí o motivo pelo qual o Texto Sagrado evidencia o arrependimento como condição para dele desfrutar (Mt 3.2; 4.17; Mc 1.15; Lc 5.32). "Arrependei-vos" é o chamado do Evangelho, envolvendo tanto arrependimento dos pecados, quanto mudança de direção, de mentalidade e perspectiva de vida. Isso porque, para ser participante do Reino, é necessário pensar a partir da vontade de Deus, ter a mente de Cristo (1 Co 2.16).

3. Novo nascimento para o Reino. Jesus também garantiu a Nicodemos: "[...] aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus" (Jo 3.3). Este novo nascimento não é físico ou biológico, mas espiritual. É a nova vida em Cristo, que começa aqui e agora, com a presença de Deus, mas que se prolonga para a vida eterna (Jo 3.15). A nova vida depende da manifestação da vontade do ser humano. Deus não obriga ninguém a acreditar nEle e a aceitar a obra de Cristo.

Pense
"Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema" (Gl 1.8).

Ponto Importante
Para ser participante do Reino, é necessário pensar a partir da vontade de Deus e ter a mente de Cristo (1 Co 2.16).

CONCLUSÃO
O Reino de Deus não é uma utopia política ou uma condição social. É o poder de Deus operando na vida dos seus súditos, de forma eficiente e transformadora, desde a vinda de Cristo a essa terra. Este Reino transforma a mente, modifica o caráter e conduz os passos de seus súditos sob a tutela do Espírito Santo. Quando isso ocorre, família, amigos, trabalho, sociedade e tudo o mais é afetado pela luz do cristão. É sobre isso que Jesus estava dizendo ao falar sobre os seus discípulos: "Vós sois o sal da terra e a luz do mundo" (Mt 5.13,14).

Hora da revisão
Em sentido amplo, qual o significado de Reino de Deus?

Quais as duas dimensões do Reino de Deus nas Escrituras?

Qual a natureza do Reino presente?

O que significa Evangelho?

Qual a condição para desfrutar do Reino?




Fonte: CPAD, Revista, Lições Bíblicas Jovens, alunos, 2º trimestre 2015.

Lição 5 Jesus Escolhe seus Discípulos

Lição 5 Jesus Escolhe seus Discípulos
3 de  Maio de 2015

TEXTO ÁUREO
"E qualquer que não levar a sua cruz e não vier após mim não pode ser meu discípulo."
(Lc 14.27)

VERDADE PRÁTICA
O chamado para a salvação é de graça, mas o discipulado tem custos.

LEITURA DIÁRIA
Segunda - Lc 4.15,31 Jesus, o Mestre por excelência e nosso exemplo
Terça - Lc 11.1-4 Jesus não somente ensinou com palavras, mas também pelo exemplo
Quarta - Lc 9.57-62 Jesus se utilizou de vários métodos em seu ministério de ensino
Quinta - Lc 14.25-27 Jesus demonstra o alto custo do discipulado
Sexta - Lc 9.23 O Senhor Jesus Cristo e a preparação dos discípulos
Sábado - Lc 9.1-12 A  missão dos discípulos era árdua, mas o Mestre estaria com eles

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Lucas 14.25-35

25 - Ora, ia com ele uma grande multidão; e, voltando-se, disse-lhe:
26 - Se alguém vier a mim e não aborrecer a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs, e ainda também a sua própria vida, não pode ser meu discípulo.
27 - E qualquer que não levar a sua cruz e não vier após mim não pode ser meu discípulo.
28 - Pois qual de vós, querendo edificar uma torre, não se assenta primeiro a fazer as contas dos gastos, para ver se tem com que a acabar?
29 - Para que não aconteça que, depois de haver posto os alicerces e não a podendo acabar, todos os que a virem comecem a escarnecer dele,
30 - dizendo: Este homem começou a edificar e não pôde acabar.
31 - Ou qual é o rei que, indo à guerra a pelejar contra outro rei, não se assenta primeiro a tomar conselho sobre se com dez mil pode sair ao encontro do que vem contra ele com vinte mil?
32 - De outra maneira, estando o outro ainda longe, manda embaixadores e pede condições de paz.
33 - Assim, pois, qualquer de vós que não renuncia a tudo quanto tem não pode ser meu discípulo.
34 - Bom é o sal, mas, se ele degenerar, com que se adubará?
35 - Nem presta para a terra, nem para o monturo; lançam-no fora. Quem tem ouvidos para ouvir, que ouça.

OBJETIVO GERAL
Mostrar como se deu a escolha e a chamada dos primeiros discípulos.

HINOS SUGERIDOS: 115, 127, 132 da Harpa Cristã

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

I - Analisar a vida de Jesus enquanto Mestre.
II - Explicar como se deu o chamado dos discípulos. 
III - Saber como foi o treinamento dos primeiros discípulos.
IV - Analisar a missão de Jesus e de seus discípulos. 

INTERAGINDO COM O PROFESSOR

Jesus se tornou muito popular e por onde passava atraía multidões. Muitos apenas seguiam o Mestre, mas não eram seus discípulos. Ser discípulo envolve um preço e muitos não estavam dispostos a pagá-lo. Atualmente também, muitos querem ser abençoados por Jesus, todavia, poucos querem se tornar discípulos. Ser discípulo é abrir mão da própria vontade, de desejos pessoais e isso envolve grande sacrifício. O discípulo não pode permitir que nada venha interferir no seu compromisso com o Mestre. Cabe ao discípulo tomar a sua cruz e seguir o seu Mestre.

COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Como crentes, temos consciência do valor que a pregação da Palavra tem para a construção do Reino de Deus. Todavia, quando lemos os Evangelhos, acabamos descobrindo que Jesus, durante o seu ministério terreno, ensinou mais do que pregou. Na verdade, suas pregações, mesmo quando proclamações, eram recheadas de conteúdo pedagógico. Esses fatos nos mostram a importância que o ensino tem para um aprendizado eficiente. Nesta lição, aprenderemos com o Mestre dos mestres como Ele ensinou os seus seguidores e como, dentre eles, formou seus discípulos.

I - O MESTRE

1. Seu ensino.  Jesus, o homem perfeito, foi o Mestre por excelência. A maior parte do seu ministério foi dedicada a ensinar e a preparar os seus discípulos (Lc 4.15,31; 5.3,17; 6.6; 11.1,2; 13.10; 19.47). Portanto, o ministério de Jesus foi centralizado no ensino. As Escrituras registram que as pessoas ficavam maravilhadas com o ensino do Senhor (Lc 4.22). Elas já estavam acostumadas a ouvir os mestres judeus ensinando nas sinagogas (Lc 4.20). Porém, quando ouviram Jesus ensinando, logo perceberam algo diferente! (Mt 7.28,29) O que era? Ele as ensinava com autoridade, e não apenas reproduzindo o que os outros disseram. A natureza de seu ensino era diferente - seu ensino era de origem divina (Jo 7.16).

2. Seu exemplo. Jesus ensinou seus discípulos através do exemplo: "Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também" (Jo 13.15). Isso o distanciou dos escribas e fariseus que ensinavam, mas não praticavam o que ensinavam (Mt 23.3). Os discípulos se sentiram motivados a orar quando viram seu Mestre orando (Lc 11.1-4). As palavras de Jesus eram acompanhadas de atitudes práticas. De nada adianta a beleza das palavras se elas não vêm acompanhadas pelas ações (Tg 1.22). O povo se convence mais rápido pelo que vê do que pelo que ouve. Por isso, o Mestre exortou os seus discípulos a serem exemplos (Mt 5.16).

PONTO CENTRAL
Para ser discípulo de Jesus é preciso renunciar a tudo, tomar a cruz e segui-lo.

SÍNTESE DO TÓPICO I
Jesus é o Mestre por excelência.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO
"Discípulo era um termo comum no século I para uma pessoa que era um seguidor compromissado de um líder religioso, filosófico ou político. No mundo judaico, o termo era particularmente usado para os estudantes de um rabi, o mestre religioso. Nos Evangelhos, João Batista e os fariseus tinham grupos de discípulos (Mc 2.18; Mt 22.15,16). Esses discípulos, com frequência, eram os alunos mais promissores que passaram pelo sistema de educação judaica - os que já tinham memorizado as Escrituras hebraicas e demonstraram o potencial para aprender os ensinamentos específicos dos rabis sobre a lei e os profetas a fim de que pudesse ensinar isso a outros. Portanto, era uma grande honra e responsabilidade ser chamado por um rabi para ser seu discípulo. Os discípulos aprenderam os ensinamentos de seu rabi vivendo com ele e seguindo-o aonde quer que vá. Uma frase daquele tempo descrevia os discípulos como aqueles que 'ficavam cobertos pela poeira do rabi', porque, literalmente, seguiam de muito perto seus mestres" (Guia Cristão de Leitura da Bíblia. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD,p. 69).

CONHEÇA MAIS
*Jesus e os discípulos
"Discípulo era um termo comum no século I para uma pessoa que era um seguidor compromissado de um líder religioso, filósofo ou político. No mundo judaico, o termo era particularmente usado para os estudantes de um rabi, ou mestre religioso. Nos Evangelhos, João Batista e os fariseus tinham grupos de discípulos (Mc 2.18; Mt 22.15,16)."  Para conhecer mais leia Guia Cristão de Leitura da Bíblia, CPAD, p. 69


II - O CHAMADO

1. O método. Os teólogos têm observado que o método usado por Jesus para recrutar seus discípulos é variado. De fato, a Escritura mostra que algumas vezes a iniciativa do chamamento parte do próprio Senhor Jesus. Enquanto pregava e ensinava, Jesus observava as pessoas a quem iria chamar (Mc 1.16-20). Em alguns casos, o chamamento veio através da indicação do Batista (Jo 1.35-39). Houve também pessoas que se ofereceram para serem seguidoras de Jesus (Lc 9.57,58,61,62). E, finalmente, existiram os que foram conduzidos até Jesus por intermédio de amigos (Jo 1.40-42,45,46). Dessa forma, todas as classes foram alcançadas por Jesus. E foi dentre esses seguidores que Jesus chamou doze para serem seus apóstolos (Lc 6.13-16).

2. O custo. Jesus deixa bem claro quais são as implicações envolvidas na vida daquele que aceitasse o chamado para ser seu discípulo. Tornar-se discípulo é bem diferente de se tornar um simples aluno. No discipulado, o seguidor passa a conviver com o mestre, enquanto na relação professor-aluno essa prática não está presente. O aprendizado acontece diuturnamente, e não apenas durante algumas aulas dadas em domicílio ou numa sala. Quem quiser segui-lo deve, portanto, avaliar os custos. Seguir a Cristo envolve renúncia, significa submissão total a Ele. Jesus lembrou as pessoas desse custo, pois não queria que o seguisse apenas por empolgação (Lc 14.25-27). Muitos querem ser discípulos mas não querem renunciar nada. Às vezes precisamos sacrificar até mesmo o nosso relacionamento religioso na família, abrir mão de algumas coisas para seguir a Jesus. O que o Mestre está requerendo de você?


SÍNTESE DO TÓPICO II
Jesus chamou doze discípulos para estar com Ele.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO
"A salvação é um presente, mas o discipulado é caro. Aqueles que seguem Jesus devem estar propensos a pagar o alto preço. Ele quer que as pessoas se deem conta de que considerar o custo antes de tomar uma decisão é assunto sério. Requer arrependimento e compromisso total a Jesus " (Comentário Bíblico Pentecostal. Vol 1. 1.ed. Rio de Janeiro, CPAD, p.418).


III - O TREINAMENTO

1. Mudança de destino. No treinamento dado aos discípulos, a cruz ocupa um lugar central nos ensinamentos do Mestre (Lc 9.23; 14.27). A cruz de Cristo aparece como um divisor de águas na vida dos discípulos. Uma mudança de rumo ou destino. A vida com Cristo é cheia de vida, na verdade vida em abundância (Jo 10.10). Mas por outro lado, é uma vida para a morte! Quem não estivesse disposto a morrer, não poderia ser seu seguidor autêntico. A cruz muda o destino daquele que se torna seguidor de Jesus. Ela garante paz e vida eterna, mas somente para aqueles que morrerem para este mundo.

2. Mudança de valores. Lucas mostra Jesus instruindo os Doze antes de enviá-los em missão evangelística (Lc 9.1-6) e, posteriormente, enviando outros setenta após dar-lhes também instruções detalhadas (Lc 10.1-12). Para chegar a esse ponto, muitas coisas precisaram ser mudadas na vida desses discípulos.  Uma delas, e muito importante, foi a mudança de mentalidade dos discípulos. Jesus mudou a forma de pensar deles. Seus discípulos não poderiam mais, por exemplo, possuir uma mente materialista como os gentios, que não conheciam a Deus (Lc 12.22,30). Quem conhece a Jesus de verdade não fica preocupado com o amanhã, com as coisas deste mundo, pois sabe que Ele, o Bom Pastor, supre cada uma das nossas necessidades

SÍNTESE DO TÓPICO III
Jesus escolheu seus discípulos e os treinou para todo trabalho na seara.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO
"A escolha dos doze discípulos por Jesus é relevante, considerando-se que havia inicialmente doze tribos em Israel, provenientes dos doze filhos de Jacó (veja Gn 49). Depois do exílio, apenas a tribo de Judá permanecera visivelmente intacta. Quando escolheu os doze discípulos, Jesus estava anunciando a restauração do povo de Deus, agora reconfigurado em torno do próprio Jesus.
[...] Pedro era o mais proeminente de todos os discípulos. Mateus ou Levi, era cobrador de impostos, um publicano, que, por essa razão, era considerado um proscrito social por causa de seu emprego com as desprezadas autoridades romanas" (Guia Cristão de Leitura da Bíblia. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2013, p.70).

IV - A MISSÃO

1. Pregar e ensinar. Já foi dito que o ministério de Jesus consistia no ensino da Palavra de Deus, na pregação do Evangelho do Reino e na cura dos doentes (Mt 4.23; Lc 4.44; 8.1). No texto de Lucas 9.1,2, vemos Jesus enviando os doze: "E, convocando os seus doze discípulos, deu-lhes virtude e poder sobre todos os demônios e para curarem enfermidades; e enviou-os a pregar o Reino de Deus e a curar os enfermos". "Pregar" é a tradução do verbo grego kerysso, que possui o sentido de "proclamar como um arauto". Jesus treinou seus discípulos com uma missão específica - serem proclamadores da mensagem do Reino de Deus. Proclamar o Evangelho do Reino ainda continua sendo a principal missão do Corpo de Cristo! Quando a Igreja se esquece desse princípio, ela perde o seu foco.

2. Libertar e curar. O Evangelho de Cristo provê tanto a cura para a alma como também para o corpo. O Evangelho de Mateus revela com clareza que o Senhor Jesus proveu tanto a cura como a libertação para todos aqueles que se achegavam a Ele com fé e contrição (Mt 8.16,17). Frank Stagg, teólogo americano, observa que embora a obra redentora de Cristo tenha o seu centro na cruz, Ele já era redentor da doença e do pecado durante o seu ministério terreno. Os discípulos, portanto, precisavam levar à frente essa verdade a todos os locais.

SÍNTESE DO TÓPICO IV
A missão dos discípulos era pregar o Evangelho do Reino a todos.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO
"No início do seu ministério, Jesus escolheu doze seguidores de um grupo enorme para formar um grupo mais próximo de discípulos (Mc 3.13-19). Conforme Ele os fez recordar posteriormente, o fato de se tornarem parte integrante desse grupo mais íntimo devia-se ao fato de Ele os ter escolhido, e não de eles terem feito uma escolha (Jo 15.16). Tinham dois propósitos principais: estar 'com' Jesus, como seguidores, e também para que eles os 'enviasse a pregar', como os representantes de Jesus (Mc 3.14). Em grego, o termo para enviar a pregar é apostolos, e, assim, os Doze também passaram a ser conhecidos como 'os apóstolos'. Tinham de estar com Jesus durante todo o seu ministério para ouvir a mensagem e aprender sua forma de viver; depois, eles foram enviados por Jesus para as cidades e vilarejos de Israel, para disseminar a mensagem de Jesus sobre o Reino e para demonstrar isso por intermédio dos mesmos sinais milagrosos que Jesus usara (Mc 3.14,15).Depois da ressurreição, esses discípulos (com exceção de Judas, que traiu Jesus) tinham de levar a mensagem sobre Ele ao mundo (Mt 28.19)" (Guia Cristão de Leitura da Bíblia. 1.ed. Rio de Janeiro, CPAD, pp.69-70).

CONCLUSÃO
Aprendemos nesta lição sobre a importância que o ensino tem na formação do caráter cristão. Jesus ensinou os seus discípulos, mas não os ensinou de qualquer forma nem tampouco lhes deu qualquer coisa como conteúdo. Ele lhes ensinou a Palavra de Deus. Mas até mesmo o ensino da Palavra de Deus, para ter eficácia, precisa ser acompanhada pelo exemplo, valer-se de recursos didáticos eficientes, firmar-se em valores e possuir um objetivo claro e definido. Tudo isso encontramos com abundância nos ensinos de Jesus. Ao seguir seus ensinos, temos a garantia de que o hiato existente entre o professor e o aluno, entre o educador e o educando, desaparecerão. Dessa forma teremos um ensino eficiente.

PARA REFLETIR
Sobre os ensinos do Evangelho de Lucas, responda:

No que se diferençava o ensino de Jesus daquele praticado pelos escribas?
O que diferençava era o fato de que Jesus ensinava com autoridade, e não apenas reproduzindo o que os outros disseram.

Como podemos definir o método de ensino de Jesus?
Jesus tinha como método o exemplo. Suas palavras eram associadas a ações práticas. Jesus vivia o que ensinava.

Como Jesus treinava seus discípulos?
No treinamento dado aos discípulos, a cruz ocupava um lugar central. Quem não estivesse disposto a morrer, não poderia ser seu seguidor autêntico.

Em que consistia a missão dos discípulos de Jesus?
Os discípulos tinham como missão pregar o Reino de Deus e curar os enfermos. Jesus treinou seus discípulos com uma missão específica - serem proclamadores da mensagem do Reino de Deus. Proclamar o Evangelho do Reino ainda continua sendo a principal missão do Corpo de Cristo.

Você é um discípulo de Cristo?
Resposta pessoal, porém, enfatize que para ser discípulo é preciso renunciar a si mesmo.

CONSULTE
Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 62, p. 39.
Você encontrará mais subsídios para enriquecer a lição.

SUGESTÃO DE LEITURA

Comentário de Lucas: À Luz do Novo Testamento Grego
Esta obra apresenta um novo sistema de cabeçalhos com textos gregos mais utilizados, traduções atualizadas.

Guia Cristão de Leitura da Bíblia
Esta obra o ajudará a descobrir, compreender e aplicar os grandes tesouros e ensinamentos bíblicos.

Guia do Leitor da Bíblia
Com este guia você lerá a Bíblia sob uma nova perspectiva e será ricamente edificado.


Fonte revista Lições Bíblicas, CPAD, 2º trimestre de 2015, adultos.


Lição 5 – Moisés, o guia dos filhos de Israel.

Lição 5 – Moisés, o guia dos filhos de Israel.
03 de maio de 2015

Texto Áureo
“Guiaste o teu povo, como a um rebanho, pela mão de Moisés e de Arão.” Sl 77.20

Verdade Aplicada
Moisés teve o privilégio de guiar o povo hebreu, honra que seria lembrada de geração em geração.

Objetivos da Lição
Estudar como Moisés guiou o povo de Deus em meio ao deserto;
Aprender como Moisés proveu o povo em suas necessidades;
Ver que virtudes de Moisés foram essenciais na condução dos filhos de Israel.

Glossário
Volubilidade: Instabilidade, capricho;
Palpável: O que se pode segurar;
Extinção: O ato de por fim a algo.

Hinos sugeridos
33, 141, 458

Textos de referência
Êx 16.4-7
4 Então, disse o SENHOR a Moisés: Eis que vos farei chover pão dos céus, e o povo sairá e colherá diariamente a porção para cada dia, para que eu ponha à prova se anda em minha lei ou não.
5  Dar-se-á que, ao sexto dia, prepararão o que colherem; e será o dobro do que colhem cada dia.
6  Então, disseram Moisés e Arão a todos os filhos de Israel: à tarde, sabereis que foi o SENHOR quem vos tirou da terra do Egito,
7  e, pela manhã, vereis a glória do SENHOR, porquanto ouviu as vossas murmurações; pois quem somos nós, para que murmureis contra nós?

Leituras complementares
Segunda       Êx 16.8
Terça             Êx 16.9
Quarta           Êx 16.10
Quinta           Sl 95.7
Sexta             Hb 3.15
Sábado          Hb 3.16

Esboço da lição
Introdução
1. Seu senso de orientação
2. O trabalho em busca de provisão
3. Virtudes práticas
Conclusão

Introdução
Guiar o povo de Deus em meio ao deserto não foi uma tarefa fácil, mas Moisés pediu a ajuda do Eterno e, assim, foi capaz de prover as necessidades do povo. Suas virtudes, aliada à sua intimidade com Deus, foram essenciais para a condução dos filhos de Israel até a entrada da Terra Prometida.

1. Seu senso de orientação.
Todo o senso de orientação de Moisés procedeu de sua chamada e comunhão com Deus. Ele estava responsável não apenas em libertar do cativeiro os israelitas, mas conduzi-los pelo deserto até, finalmente, alcançarem a Canaã. De onde veio o senso de direção de Moisés? Como se comportou? É o que aprenderemos a seguir:

1.1. A escolha da rota.
Moisés dá uma nota de explicação quanto à rota tomada por eles e os filhos de Israel (Êx 13.17). Os filisteus estavam muito bem preparados para a guerra, porem Israel não estava, e esse era o grande problema caso se enfrentassem. Outro objetivo dessa rota era a necessidade de que os hebreus, e os que com eles estavam, fossem fortalecidos e cristalizassem uma fé definitiva no Deus de Israel. Isso fica claro à medida em que eles vão caminhando, pois demonstram volubilidade ao desejarem retornar ao Egito. O Senhor sempre nos conduzirá pelo melhor caminho, mesmo que, aos nossos olhos, este seja incômodo, difícil e demorado. Ele conhece nossa estrutura e nosso amanhã (Sl 139).

Deus enviou Seu povo pelo caminho mais longo para se dar a conhecer. Pouco a pouco, O senhor se manifestava; a cada desafio. Uma maneira de demonstrar Seu poder. Melhor que tentar descobrir o caminho seria deixar o senhor descortinar.

1.2. Orientação e presença.
 A presença palpável de Deus foi demonstrada pela coluna de nuvem durante o dia e coluna de fogo a noite (Êx 13.21; Nm 9.16). a nuvem representava a constante presença de Deus sobre o Seu povo. Como no deserto a temperatura sofre variações, durante o dia, ela fazia o papel de sombra para refrigerá-los; à noite ela se tornava um aquecedor tanto para aquecê-los quanto para afugentar os animais selvagens. Os filhos de Israel sempre seguiam essa nuvem sobrenatural. Quando a nuvem se levantava sobre o tabernáculo, as pessoas arrancavam as estacas e a seguiam. E quando na nuvem parava, o povo também parava e armava suas tendas. Eles se moviam ou paravam de acordo com esse claro direcionamento dela. Os israelitas eram cuidadosos em mover-se apenas se a nuvem se movesse, porque sabiam que isso era a provisão de Deus (Nm 9.18-23).

1.3. Ouvindo Deus.
 Atualmente existe uma grande quantidade de cristãos que está tomando decisões sem consultar o Espírito Santo. Muitos estão agindo com medo e desespero, sem fé nas promessas de Deus. Eles simplesmente decidem o que fazer por conta própria, baseados no que pensam ser o melhor para suas vidas. O que acontece quando os servos de Deus operam fora do completo governo divino? Quando planejam seus próprios planos, recusando render suas vidas à liderança e direção do Espírito Santo? Todos nós sabemos que o resultado é sempre sofrimento, dores e muita confusão. O senso de orientação de Moisés vinha pelo fato de ele ouvir Deus falar. Seus ouvidos estavam abertos e sua pessoa atenta a obedecer às orientações de Deus em meio aqueles desafios (Êx 15.26).

Moisés entendeu a importância de ouvir a Deus e atendê-lo prontamente. Ele procurou ensinar isso aos filhos de Israel, mas eles não quiseram aprender (Êx 15.26; Lv 26.3, 13; Dt 7.12. 13. 15; 28.1-15). Veja a seriedade do assunto (Dt 15.7; Hb 3.7). Note que, como líder, Moisés não apenas guiava, mas ensinava os filhos de Israel a como atenderem a voz de Deus e Seus estatutos.

2. O trabalho em busca da provisão.
Moisés enfrentou um grande desfio ao guiar o povo através do deserto: a provisão de suas necessidades. Mais difícil que salvá-los das garras de Faraó era ter que alimentá-los. Apenas saber para onde iriam não era o suficiente, eles tinham de providenciar água e comida. Vejamos como ele resolveu essas questões.

2.1. Mara e a transformação profética.
Existe um paralelo perfeito entre a caminhada do povo de Israel até a terra prometida e a Igreja (Êx 15.22-27). O caminho de três dias nos fala profeticamente da morte e ressurreição do Senhor Jesus.  Após três dias de caminhada, o suprimento acabou e o Senhor orienta a Moisés para que tomasse o lenho e jogasse sobre as águas; e a água amarga se tornaria em água doce (Êx 15.25). Esse ato representa profeticamente a amargura do pecado do homem que estava sobre Jesus quando tomou o nosso lugar na cruz do Calvário, levando sobre si a amargura da morte (IS 53.4). O Senhor mostrou a Moisés o lenho que seria usado para transformar a água amarga (figura da morte) em doce (a vida), mostrando a participação da Trindade no projeto da salvação, ou seja, o Pai, na eternidade, orienta a Moisés (Espírito Santo) para que usasse o recurso que Deus preparou, ou seja, o lenho, que é a figura de Jesus Cristo homem (o Filho). O lenho não tinha valor algum aos olhos da razão humana, era desprezível, mas trazia consigo o extraordinário poder da transformação (Is 53.20).

2.2. Maná, o pão sobrenatural.
A escravidão produz um ritmo costumeiro no ser humano denominado de “institucionalização”. É muito comum um criminoso sair em condicional e tornar a cometer os mesmos erros. Em muitos casos, eles cometem um crime na presença da polícia e, mesmo sabendo que há câmeras que possam captar sua imagem, eles não se incomodam em esconder o rosto. Isso parece loucura, mas a “instituição” mudou todos os seus hábitos e, por isso, eles não funcionam mais como pessoas livres na sociedade. De modo semelhante, o povo viveu quatrocentos e trinta anos no Egito e a “instituição” já dominava seus hábitos. No decorrer de toda sua caminhada, eles sempre estavam ameaçando voltar ao Egito e reclamavam por qualquer situação. Deus usou o método da dependência, o qual incluía uma dieta, onde a comida terrena deveria ser substituída pela celestial, trabalhando neles de dentro para fora. Todavia, nem eles nem seus pais jamais puderam compreender o privilégio daquela comida (Dt 8.3).

2.3. Codornizes pela providência divina.
Nada era por acaso no deserto e apesar de serem escravos no Egito havia nos israelitas uma arrogância misturada a acomodação. O Egito lhes havia doutrinado a uma forma de vida em nível de extinção, havia neles um misto de revolta e insubordinação que aflorou tremendamente no deserto. A liberdade de Israel findaria em Canaã, mas chegara terra exigia uma completa descontaminação e o deserto foi o meio utilizado por Deus para todo o ego de suas vidas fosse exposto e corrigido para se tornarem dignos da salvação recebida (Dt 8.2). Eles pediram carne e o Senhor lhes atendeu. O Senhor queria que entendessem que o mesmo poder demonstrado sobre as forças da natureza no Egito para libertá-los era o que também estava naquele deserto para supri-los.

O sonho de liberdade e de conquista jamais sai de graça, Deus queria um povo obediente e resignado, assim exigia fidelidade. Moisés foi um instrumento a conduzir os filhos de Israel a um autoconhecimento e, lamentavelmente, a maioria deles não entendeu isso. Por esse motivo, vieram a perecer no deserto, visto que não queriam largar o Egito internamente. Porém, para que eles fossem introduzidos em Canaã, precisavam receber tratamento de libertação do Egito que estava neles.

3. Virtudes práticas.
Observemos agora três virtudes práticas na vida de Moisés, essenciais para aquele momento. Tais atributos são fundamentais à vida cristã e para todo líder chamado por Deus. Vejamos sua importância.

3.1. Senso de dependência
A vida prática de Moisés é uma eterna lição de dependência. O quebrantamento realizado por Deus na vida do libertador foi tão incisivo que Moisés não atuava sem antes perguntar ao Senhor o que fazer (Êx 33.12-15). É claro que, até mesmo para um homem de sua estirpe, era impossível estar diante de um povo obstinado como Israel sem cometer deslizes. Moisés estava consciente de que, sem a presença de Deus na sua vida, não poderia percorrer o caminho que o conduziria ao livramento (Êx 33.15). Este é o grande dilema dos cristãos hoje em dia: as pessoas querem andar à sua vontade, sozinhas, sem a presença de alguém que os comprometa ou controle os seus passos e suas ações. A presença do Senhor significa comunhão, segurança e descanso, mas também assegura-nos a vitória sobre os nossos inimigos (Êx 14.19).

Os sucessos alcançados por Moisés estão todos atrelados à sua dependência e obediência ao Senhor. Se essa observação fosse utilizada em nossos dias, muitos cristãos teriam não somente sucesso, como também uma vida de grandes feitos realizados pelo Senhor. Sabemos que a maior ausência de milagres em nossas vidas é o fato de viver de forma racional e não por fé.

3.2. Paciência nas adversidades.
Todos nós gostaríamos de um relacionamento com o Senhor isento de tribulações, mas essa sempre foi uma exigência da escolha formadora divina (Rm 5.3-5). As idas e vindas de Moisés diante de Faraó poderiam ter sido evitadas. Deus jamais precisou de tanto rodeio para operar. Havia a necessidade de uma pedagogia insistente e progressiva para o ensino de todo o mundo através daqueles fatos. Isso exigiu de Moisés muita espera e paciência. Na relação descrita por Paulo (Rm 5.3-5), o que gera a paciência é a tribulação, ou seja, não existirão pessoas pacientes que não sejam antes submetidas ao terror. Essa paciência vai gerar experiência. Entenda que não é o tempo que gera experiência, a paciência é gerada pela tribulação. Por fim, o resultado do sofrimento não é a incredulidade ou o desânimo, mas sim a esperança. Para acreditar naquilo que não se vê, é necessário trilhar um caminho de tribulação.

3.3. Sensibilidade para a situação.
Na jornada de Moisés com os filhos de Israel pelo deserto quase nada se repetia. Cada situação tinha um modo peculiar de ser resolvido e isso exigia uma sensibilidade bem apurada para cada uma delas, tanto em relação às provisões, da organização da adoração, quanto às questões jurídicas, etc. Moisés tinha como função principal ser profeta do senhor, mas esse encargo se desdobrava em vários outros. Tudo isso porque, em vez de cooperar com ele, o povo era totalmente dependente de seu agir. Deus sempre apresentou coisas novas a Moisés. Devemos tomar como lição que certas coisas na obra de deus não devem ser como carimbos com imagem fixa. Existem coisas que utilizamos em nosso tempo que foram apenas uma figura do que passou. Sendo assim, estejamos sensíveis para entender que não podemos acender a fogueira de hoje com as cinzas de ontem.

Conclusão
Guiar o povo segundo a vontade de Deus no deserto foi uma tarefa hercúlea para Moisés, o deserto foi o melhor lugar para que os filhos de Israel fossem reeducados para um autoconhecimento, conhecimento da vontade de Deus e a cristalização de uma adoração exclusiva ao Deus vivo.

Questionário

1. De onde veio o senso de direção de Moisés?
R: Da sua chamada e comunhão com Deus (Êx 13.17).

2. Qual era a finalidade do maná como o método da dependência?
R: O método incluía uma dieta, onde a comida terrena deveria ser substituída pela celestial (Dt 8.3).

3. O que causou no povo a nova dieta do deserto?
R: causou-lhes saudades do Egito junto as panelas de carne e pão com fartura (Dt 8.3).

4. Por que Deus levou o povo pelo caminho mais longo?
R: Para que o povo não se arrependesse e voltasse ao Egito (Êx 13.17).

5. O que aprendemos com a paciência?
R: Que não existirão pessoas pacientes sem ser antes submetidas ao terror (Rm 5.3-5).

Fonte: Revista Dominical, Jovens e Adultos, Betel 2º trimestre de 2015, Moisés o legislador de Israel.



segunda-feira, 20 de abril de 2015

Lição 4 A missão profética de Moisés.

Lição 4 A missão profética de Moisés.
26 de abril de 2015

Texto Áureo
“Tu falarás tudo o que eu te ordenar; e Arão, teu irmão, falará a Faraó, para que deixem ir, da sua terra, os filhos de Israel.” Êx 7.2.

Verdade Aplicada
O verdadeiro profeta é aquele que recebe a mensagem de Deus e transmite ao destinatário sem margem de erro o que lhe foi dito.

Objetivos da Lição
Compreender o lado profético de Moisés no cumprimento de sua função libertadora dos filhos de Israel;
Ver como Deus trouxe Seu juízo ao Egito através de Seus embaixadores Moisés e Arão;
Estudar como Israel saiu do Egito por meio da voz profética de Moisés.

Glossário
Superstar: Alguém extremamente famoso;
Pragmatismo: Uma filosofia baseada em conceito humano;
Opulência: Excesso de riqueza.

Textos de referência
Êx 5.1-4
1  Depois, foram Moisés e Arão e disseram a Faraó: Assim diz o SENHOR, Deus de Israel: Deixa ir o meu povo, para que me celebre uma festa no deserto.
2  Respondeu Faraó: Quem é o SENHOR, para que lhe ouça eu a voz e deixe ir a Israel? Não conheço o SENHOR, nem tampouco deixarei ir a Israel.
3 E eles prosseguiram: O Deus dos hebreus nos encontrou; deixa-nos ir, pois, caminho de três dias ao deserto, para que ofereçamos sacrifícios ao SENHOR, nosso Deus, e não venha ele sobre nós com pestilência ou com espada.
4  Então lhes disse o rei do Egito: Por que, Moisés e Arão, por que interrompeis o povo no seu trabalho? Ide às vossas tarefas.

Leituras complementares
Segunda       Êx 29.44
Terça              Dt 34.10
Quarta           Mt 10.41
Quinta           At 3.22
Sexta             1Co 7.18
Sábado          1Pe 5.3

Esboço da lição
Introdução
1. Moisés, profeta de Deus ao Egito.
2. Palavras de juízo sobre o Egito.
3. Israel liberto do Egito.
Conclusão

Introdução
Deus vocacionou a Moisés como profeta para aquela geração explorada por Faraó e o Egito. Estudaremos então o seu retorno desde quando, juntamente com Arão se encontra com os líderes de Israel até, finalmente, todos os hebreus saírem do Egito (Êx 4.29). Entretanto, trabalharemos mais o aspecto de sua missão profético-libertadora.

1. Moisés, profeta de Deus ao Egito.
Moisés era um homem comum como qualquer um de nós, porém, era também antes de tudo a voz profética, a expressão da fala de Deus. Ele não retornou ao Egito como uma figura “superstar” que revolucionaria a vida política no Egito, ele voltou como um embaixador do Reino e deveria ser ouvido.

1.1.  Os anciãos de Israel.
O primeiro ato profético de Moisés não diz respeito ao Egito, mas aos hebreus por serem os herdeiros da promessa dada a Abraão, Isaque e Jacó. A partir daí, Moisés e Arão reúnem todos os líderes e demais filhos de Israel para transmitir-lhes a palavra profética que receberam, bem como atuar nos sinais que o Senhor Deus lhe enviou a realizar (Êx 4.30). Como palavra profética, não estamos falando em predição, pois nem toda palavra profética e preditiva. Por palavra profética nos referimos a “todas as palavras do Senhor” que Moisés e Arão receberam e transmitiram, juntamente com os sinais que fizeram e os filhos de Israel creram e adoraram a Deus. Eles ouviram, verificaram a procedência das palavras, viram os sinais e assim creram e adoraram ao Senhor (Êx 4.31).

Não era fácil a missão de chegar diante do senhor da maior potência daquela época e de pronto, ameaçar seu primogênito, o herdeiro da futura dinastia. É por esse prisma que a missão profética funciona. Ao ouvi-la da parte de Deus, devemos não somente estar prontos para dizê-la, mas também prontos para sofrer as consequências de liberá-la.

1.2. Assim diz o Senhor.
Moisés recebeu instruções claras e diretas de Deus de como ele deveria se apresentar e falar a Faraó. O Senhor disse a Moisés como deveria agir e falar profeticamente (Êx 4.22, 23a). O profeta é um agente enviado por Deus que não deve ter medo de autoridade humana, nem tampouco seu exercício está procurando facilidades, antes sim, deve estabelecer a vontade de Deus contra as injustiças quando for necessário. A missão de Moisés não era fácil e seu temor diante da sarça explica muito bem o que Deus lhe mandou dizer a Faraó (Êx 11.4, 5).

1.3. A resistência de Faraó.
Moisés sabia muito bem que Faraó seria endurecido (Êx 4.21), pois isso era parte do plano divino para libertar os filhos de Israel da servidão. Moisés deveria sentenciá-lo com um aviso, antes que o juízo do Senhor fosse descarregado sobre o Egito. Deus poderia resolver o caso na primeira investida de Moisés. Todavia, o projeto, elaborado há quatrocentos anos, teria um desfecho marcante que, durante toda a eternidade, seria contado não somente pelos filhos de Israel, mas por todos os habitantes da terra. Quando a dificuldade se torna mais intensa, é um grande sinal de que algo grande está por acontecer.

Faraó foi resistente e os filhos de Israel tiveram de ouvir pelo menos sete vezes a mesma expressão: “assim diz o Senhor” ordenando a Faraó que deixasse o povo a partir. Essas vezes que Moisés e Arão a repetiram demonstram a perseverança que seu exercício profético que teve que enfrentar (Êx 4.22; 5.1; 8.1,20; 9.1-13; 10.3). O trabalho de Moisés e Arão provocou um ódio ainda mais intenso de Faraó (Êx 5.21). A dureza de Faraó doeu na carne dos filhos de Israel e também nos corações de Moisés e Arão.

2. Palavras de juízo sobre o Egito.
O Egito foi a primeira nação da terra que seria capaz de influenciar poderosamente o mundo ocidental por causa de seu pragmatismo, organização, opulência, ciências, etc. Porém, ao explorar os hebreus e demais povos, teve que ser severamente punido para que se tornasse uma advertência a todos os outros povos.

2.1. Faraó, o filho de Hórus.
Aos Faraós, tudo era possível: o domínio sobre as pessoas, a transformação de ambientes, a preservação dos animais, etc. Apenas duas coisas não lhes eram possíveis de impedir: o envelhecimento e a morte. Eles presumiam serem deuses, mas não tinham eternidade. Eles se autodenominavam filhos de Hórus, o deus dos céus. Para os egípcios, o Faraó era objeto de culto e sua pessoa era sagrada. Ele era intermediário entre os deuses e os homens e concentrava em si tanto poderes políticos quanto espirituais. A dureza do coração de Faraó tinha uma origem no juízo divino; Deus lhe endurecia para ensinar a todos os povos que o Faraó não era deus, nem filho de deus, e sim, apenas um governante humano (Êx 7.3-5). O Senhor iniciaria Seu juízo tornando os deuses do Egito inoperantes e terminaria eliminando seu deus terreno, o Faraó.

No Egito Antigo, vivia-se pouco e o grande temor dos Faraós era cair em esquecimento. Poe esse motivo, empenhavam-se em trabalhar e construir com a máxima exuberância o lugar onde deveriam ser sepultados. Eles acreditavam que Osíris viria um dia encontrá-los. Osíris era o marido de Ísis e pai de Hórus; era ele quem julgava os mortos na “Sala das Duas Verdades”.

2.2. A desestrutura de uma nação.
O endurecimento do coração de faraó em si, além de uma mera teimosia, tratava-se de um juízo divino e eles foram estabelecidos como uma maneira de expor e julgar o que os egípcios consideravam deuses. Na mentalidade egípcia consideravam deuses. Na mentalidade egípcia, eles buscavam o que se chama hoje de crescimento sustentável, isto é, procuravam o progresso em harmonia com a natureza. Todavia, eles reverenciavam os animais como seres divinos e suas artes fundiam o ser humano com eles. Quanto ao respeito e à harmonia com a natureza, estavam corretíssimos, mas a divinização dela não. Eis aí o porquê do endurecimento do coração de Faraó: tanto aquela geração quanto as futuras  ficariam marcadas pelos juízos de Deus trazidos ao Egito (as dez pragas), visto que foi o primeiro grande império a influenciar o mundo ocidental.

2.3. A intensificação da dor.
Deus havia dado a Moisés e Israel sólidas promessas de libertação. Dessa feita, Moisés foi até o povo com as boas novas e com os sinais de Deus. A Bíblia diz que creram (Êx 4.29-31). Finalmente, para eles, havia chegado uma ocasião de esperança, alegria e adoração. Contudo, o que aconteceu a seguir não foi de grande estímulo para eles. As coisas só pioraram! A escravidão de Israel se tornou totalmente insuportável e os trabalhos se multiplicaram. Moisés não sabia que o Senhor iria pôr as mãos nesse assunto (Êx 6.1,2). Deus estava dizendo: “Não vou lhe decepcionar, Moisés. Lembre-se que Eu Sou o Senhor”. Não se aprende a confiar em Deus quando tudo é bonança, isso geralmente acontece na intensidade da provação.

Como os egípcios desenvolveram para si cultos, padroeiros, serviços e uma teologia idólatra voltada ás forças da natureza e aos animais daquela região, o Senhor trouxe juízo, desequilibrando essas forças e apresentando-se como o único Deus.

3. Israel liberto do Egito.
Faraó e os egípcios estavam de olho na economia e riquezas geradas a partir da exploração dos escravos hebreus, e, de modo algum, desejavam perder aquela farta mão de obra. Porém, na décima praga, os egípcios não aguentavam mais a presença deles, então Faraó os despediu (Êx 12.31-35).

3.1. Israel sai do Egito.
Na noite em que o anjo da morte eliminaria os primogênitos, Moisés, sob a orientação do Senhor, instituiu a páscoa, um ato que tinha algumas finalidades. Primeiro, um ato protecionista, pois o sangue do cordeiro nos umbrais das portas garantia aos primogênitos a vida; o anjo da morte passaria e a senha para a salvação estava na marca do sangue. Em seguida, comeriam pão sem fermento, juntamente com a carne do cordeiro, como um memorial perpétuo da liberdade deles; o cordeiro deveria ser comido com ervas amargas, mostrando que, junto com o cordeiro, também vamos ingerir coisas amargas. Todavia essa cerimônia seria um ato profético, pois apontava para aquele que viria como o cordeiro de Deus para tirar o pecado do mundo e nos livrar da morte. Outro fato importante dessa liberdade é que os filhos de Israel saíram de acordo como foi profetizado há quatrocentos e trinta anos antes de existirem (Gn 15.13): com riquezas e pelo poder de uma forte mão (Êx 3.20-22).

3.2. Israel atravessa o Mar Vermelho.
A missão profética de Moisés e Arão não terminou com a saída dos filhos de Israel do Egito, mas permaneceu por toda a vida. Faraó e seus oficiais reconsideraram a decisão tomada e tornaram a perseguir os filhos de Israel. Ele sabia que tanto a mão de obra quanto a riqueza do Egito estavam fugindo de seu alcance (Êx 14.5). Israel, percebendo a ameaça, entrou em desespero e Moisés esperava que o Senhor lhe desse uma saída. Todavia o Senhor lhe deu uma palavra de esperança para que dissesse ao povo (Êx 14.13). Deus fez tudo diferente do que o povo poderia imaginar. Ele sempre age assim, Ele é sobrenatural e não trabalha com possibilidades ou recursos humanos. Ele sempre tem um caminho mais excelente, criado por Ele para aqueles que caminham nEle.

3.3. A porta que Deus abre.
Sair do Egito era para os hebreus um sonho imaginável (Êx 12.51). Eles eram um povo sem qualquer perspectiva de liberdade, sem intimidade com Deus e sem esperança. Suas vidas mudaram porque Deus lhes enviou um profeta, um homem forjado no fogo da adversidade, da solidão e do anonimato. Em um só momento, o Senhor escreveu duas grandes histórias:a de um povo que passou a ser Sua propriedade particular e a de um homem disposto a tudo para atender ao Seu chamado. Porém, tanto Moisés quanto o povo de Israel deveriam passar pela porta que Deus abriu no momento em que Ele a criou para que, juntos, dessem início a história mais marcante da humanidade. Deus tem uma porta aberta que ninguém pode fechar. Se ela ainda não foi vista, não significa que não exista. Porém, a grande lição profética da vida de Moisés está nas palavras: confiança e esperança – palavras que devemos adicionar as nossas vidas diariamente.

Moisés possuía apenas uma vara em suas mãos como o símbolo da autoridade divina para realizar milagres. Porém muito mais importante que a vara em suas mãos era sua intimidade com Deus e sua obediência. Não basta ter apenas uma Bíblia, diplomas ou ostentar um título. A autoridade profética esta baseada na comunhão e na obediência.

Conclusão
Como profeta, Moisés expressou os pensamentos, desígnios e avisos do Senhor, ou seja, cumpriu o seu ministério. Podemos dizer que Moisés foi: excelência e excelente. Na pele de um homem saído das cinzas, o Senhor fez ressurgir uma das maiores autoridades que esse mundo já pôde ver. Um representante legal de Sua Palavra e poder.

Questionário
1. Como podemos entender o ministério profético de Moisés?
R: Como um agente enviado por Deus que não teve medo de autoridade alguma (Êx 4.22, 23).

2. Qual foi a origem da dureza do coração de Faraó?
R: Tinha origem no juízo divino, pois o próprio Deus disse que endureceria o coração de Faraó (Êx 7.3).

3. Por que Deus enviou as pragas ao Egito?
R: Para inutilizar e tornar inoperante o poder das divindades (Êx 7.5).

4. Como podemos destacar a figura profética de Moisés?
R: Moisés foi excelência e excelente (Dt 34.10).

5. O que significava para os hebreus deixar o Egito?
R: Um sonho inimaginável (Êx 12.51).



Fonte: Betel, Jovens e Adultos, 2º trimestre de 2015.