segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Lição 1 – A fidelidade de Deus (Professor)

Lição 1 – A fidelidade de Deus (Professor)
4 de Janeiro de 2015

Texto Áureo
“A tua benignidade, Senhor, chega até os céus, até as nuvens a tua fidelidade” Sl 36.5.

Verdade Aplicada
A fidelidade de Deus é a base sólida da sustentação de nossa confiança e relacionamento com Ele.

Objetivos da Lição
Reconhecer que a fidelidade de Deus é imutável;
Crer que todas as promessas de deus ao Seu tempo se cumprirão;
Compreender que a infidelidade humana não altera a fidelidade de deus.

Glossário
Corroborar: comprovar, confirmar;
Hodierno: Atual, moderno;
Licenciosidade: Excesso, libertinagem, depravação.

Hinos sugeridos
1, 4, 8

Textos de Referência
Salmos 89.1 Cantarei para sempre as tuas misericórdias, ó Senhor, os meus lábios proclamarão a todas as gerações a tua fidelidade.
Salmos 89.2 Pois disse eu: a benignidade está fundada para sempre: a tua fidelidade, tu a confirmarás até nos céus, dizendo.
Salmos 89.5 Celebram os céus as tuas maravilhas, ó SENHOR, e, na assembleia dos santos, a tua fidelidade.
Salmos 89.24 A minha fidelidade e a minha bondade o hão de acompanhar, e em meu nome crescerá o seu poder.

Leituras Complementares
Segunda Dt 7.9
Terça 2Tm 2.15
Quarta Hb 10.23
Quinta Sl 119.138
Sexta 1Co 1.9
Sábado 1Pe 4.19

Esboço da Lição
Introdução
1. A fidelidade é um atributo do caráter de Deus.
2. Deus é fiel no cumprimento de Suas promessas.
3. A fidelidade de deus na relação com o Seu povo.
Conclusão.

Introdução
A fidelidade de deus, um dos grandes temas da Bíblia, carrega em si a ideia do compromisso inabalável de Deus em manter, na relação com o Seu povo, tudo quanto se encontra escrito na Sua Palavra. A fidelidade é uma das gloriosas perfeições do Senhor, uma vestimenta do próprio Deus (Sl 89.8). Tudo o que há acerca de deus é grande, vasto e incomparável, assim é também Sua fidelidade (Sl 36.5).

1 A fidelidade é um atributo do caráter de deus.
A fidelidade é parte inerente do ser divino e Ele tem enorme satisfação em revelar-se a seu povo como Deus fiel (Dt 7.9). O apóstolo Paulo afirma que nem mesmo a infidelidade humana pode alterar a fidelidade divina (2Tm 2.13).

1.1 A vida de Deus não muda.
Ele é desde a antiguidade (Sl 93.2). O salmista Davi compreende uma revelação da perfeição divina (Sl 103.26,27), por meio da qual Deus não está sujeito a qualquer mudança, não somente em Seu ser, mas também em Suas profecias, propósitos e promessas (Hb 6.13, 14). A fidelidade de Deus está expressa em Sua coerência moral e pessoal no seu relacionamento com as pessoas. Por isso, Deus é comparado a uma rocha (Dt 32.4). Ele permanece sempre na mesma posição. Ele é eternamente o Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação (Tg 1.17).

Deus não envelhece, Sua vida não aumenta nem diminui. Ele não ganha novas forças nem perde o que possui. Não amadurece nem se desenvolve. Ele não se torna mais forte nem fica mais fraco, nem mais sábio a medida em que o tempo passa, pois já é perfeito e sendo perfeito não pode mudar nem para melhor nem para pior. (Arthur W. Pink).

1.2 O caráter de Deus não muda.
No curso da vida humana, gostos, perspectivas, tempo, temperamento, entre outros, podem mudar o caráter de uma pessoa, mas nada pode alterar o caráter de Deus. Ele nunca se torna menos verdadeiro, misericordioso, justo ou fiel (Êx 34.6). O caráter de deus é hoje, e sempre será exatamente como era nos tempos bíblicos, conforme a auto-revelação de deus a Moisés (Êx 3.14). Ele tem vida em si mesmo e o que Ele é agora será eternamente (Hb 13.8).

O caráter de Deus é imutável. Assim, Tiago, numa passagem que trata da bondade e santidade de Deus para com os homens e hostilidade para com o pecado, menciona Deus como aquele “em quem não pode existir variação ou sombra de mudança” (Tg 1.17).

1.3 Os propósitos de Deus não mudam
Os planos do homem podem mudar por falta de previsão ou ausência de poder. Porém os propósitos de Deus nunca se alteram (Sl 33.11), visto que Deus é Onisciente, Onipotente e Onipresente. O que Deus executa no presente, Ele já planejara desde a eternidade (Ef 3.3-11). Tudo o que se encontra em Sua Palavra, Ele se comprometeu a realizar (Mc 13.31). O seu propósito abrange grandes reinos (Dn 4.32), mas também tem planos para seus servos de forma individual (At 9.15) e com relação à Igreja (Fp 1.6). Podemos ter certeza de que o propósito de Deus com respeito à nossa salvação não é uma vaga possibilidade, mas uma convicção inabalável. A volta de Jesus e a consumação da nossa salvação é uma agenda firmada pelo Pai e Ele a levará avante.

Os textos sobre o “arrependimento” de deus (Gn 6.6: 1Sm 15.11; Jn 3.10; Jl 2.13) abordam a anulação de tratamento prévio dispensado a certos homens, como consequência da resposta deles a esse processo. Mas não há indicação alguma de que essa reação tenha sido prevista, nem que Deus tenha sido tomado de surpresa, nem que a mesma não estivesse estabelecida em Seu plano eterno. Não há mudança alguma em Seu propósito eterno quando Ele começa a agir em relação a uma pessoa de maneira diferente. (J.I.Packer).


2. Deus é fiel no cumprimento de Suas promessas.
A Bíblia está repleta de promessas de Deus para Seu povo. Em Hebreus 10.23, somos convidados a guardar firmemente a nossa esperança, sem vacilar, pois quem fez a promessa é fiel. Vejamos algumas características das promessas de Deus:
2.1. As promessas de deus podem ser condicionais.
A maioria das promessas de Deus é incondicional e será cumprida (Gn 18.9-14), outras, porém, dependem da obediência e fé do seu povo. Em Sua ascensão ao céu, Cristo prometeu aos discípulos que enviaria o Espírito Santo (Lc 24.49), mas estabeleceu uma condição: que permanecessem em Jerusalém até que do alto fossem revestidos de poder, o que se cumpriu no dia de Pentecostes (At 2.1-4). Precisamos, portanto, ter uma atitude de fé e perseverança face ás promessas de Deus e buscar o seu cumprimento por meio da oração, como fez o profeta Daniel. Ele entendeu que o fim do cativeiro havia chegado para Israel, então clamou ao Senhor pelo cumprimento da promessa (Dn 9.1, 2). Neemias também orou firmado nas promessas de deus (Ne 1.9, 10).

2.2. As promessas de deus podem parecer demoradas.
Os que pensam que as promessas de Deus são tardias não possuem o discernimento necessário para saber que a demora de Deus tem o objetivo de afastar o julgamento e trazer a graça salvadora ao maior número possível de pessoas (2 Pe 3.9). Na vida do cristão, a espera é sem dúvida um amadurecimento pessoal. O tempo de deus não é o nosso. Os discípulos só esperaram dez dias e foram batizados no Espírito santo. Alguns homens de Deus, porém, tiveram que esperar com paciência a realização da promessa de Deus. José esperou treze anos para tornar-se primeiro-ministro do Egito. Moisés passou quarenta anos no deserto se preparando (At 7.22, 23). Mas ambos alcançaram o cumprimento da promessa de Deus para suas vidas. Deus não atrasa nem adianta, chega sempre na hora certa. É preciso aprender a esperar no Senhor (Sl 27.14).

2.3 Ás promessas de deus são atuais.
Há nas Escrituras numerosas ilustrações da fidelidade de Deus em manter Suas promessas sempre atuais. O juramento feito por Deus em manter Suas promessas sempre atuais. O juramento feito por Deus de que a terra produziria alimentos para todos continua (Gn 8.22). No dia de Pentecostes, Pedro relembrou uma promessa feita por Deus (At 2.39). Após quase dois mil anos, essa promessa continuasse cumprindo e pessoas ainda são batizadas no Espírito Santo onde o Evangelho é pregado confirmando assim a atualidade das promessas de Deus. Vidas libertas, pessoas transformadas, doentes curados e o Evangelho avançando até as mais longínquas regiões do mundo são provas do cumprimento da Palavra de Deus (Mc 16.15-18).

As Escrituras afirmam que Jesus Cristo é o mesmo, ontem, hoje e eternamente (Hb 13.8), o mesmo se aplica à Palavra de Deus, pois Cristo é a Palavra viva de Deus (Jo 1.14). Se Cristo permanece o mesmo, assim acontece com a Palavra de Deus em tudo quanto ela afirma. Creiamos, portanto na atualidade das promessas de Deus.

3. A Fidelidade de Deus na relação com o Seu povo.
No relacionamento entre Deus e o Seu povo, Ele tem se mantido fiel. As gerações vão e vem, e Deus permanece fiel a todas elas. Mesmo quando o povo peca ou se desvia, Deus permanece fiel, pronto a perdoar, restaurar e socorrer, quando estes se voltam para Ele (2Tm 2.13).

3.1. Deus é fiel em perdoar.
Essa é uma promessa que precisa ser celebrada e ao mesmo tempo compreendida. Não é um convite à licenciosidade, nem um incentivo ao erro. De forma alguma se deve brincar com o pecado. Sansão brincou e quase foi destruído (Jz 16.20, 21). Esaú foi profano com as coisas de deus e não encontrou lugar de arrependimento (Hb 12.16, 17). Esses exemplos nos servem de advertência. Deus é fiel em perdoar o cristão sincero e verdadeiramente arrependido. Somos restaurados porque o Senhor é fiel.

Dentre as riquezas de Deus está Sua capacidade de perdoar, expressa nas riquezas de Sua misericórdia que transcendem aos nossos mais elevados pensamentos (Sl 103.11). Ninguém pode medi-la. O profeta Miquéias afirma que ninguém pode se comparar a Deus, porque além de perdoar a pessoa arrependida, Deus, de forma maravilhosa, esquece-se da transgressão do Seu povo (Mq 7.18).

3.2. Deus é fiel em socorrer e livrar.
O povo de Israel, ao longo de sua história, é testemunha viva dos feitos poderosos do Senhor e Sua fidelidade para livrá-los dos seus inimigos. Davi confessou que sem o Senhor os seus opositores o teriam engolido vivo (Sl 124.1-3). Na passagem pelo Mar Vermelho (Êx 14.1-31), Moisés disse que deus pelejaria pelo seu povo. Na ação de Deus que livrou os jovens hebreus da fornalha ardente (Dn 3.23-25), até o soberbo Nabucodonosor reconheceu Sua grandeza (Dn 3.29). Essas mesmas promessas se aplicam aos cristãos hodiernos. O Senhor não nos prometeu uma vida fácil e sem dificuldades, pelo contrário, Ele nos conscientizou de que neste mundo teríamos aflições (Jo 16.33), mas pediu que tivéssemos ânimo, porque Ele venceu e não desampara nem abandona os Seus servos (Hb 13.5, 6). Deus não permite uma luta acima do que podemos suportar (1Co 10.13). A palavra assegura que quem nasceu de novo e não vive na prática do pecado, o maligno não lhe toca (1Jo 5.18).

A libertação do apóstolo Pedro é um dos mais poderosos atos de socorro de deus (At 12.1-10). Herodes representava a lei, ninguém podia escapar das suas mãos. Dentro da ótica humana era o fim de Pedro, fortemente guardado por dezesseis soldados, mas Deus, maior que qualquer poder deste mundo, enviou Seu anjo e libertou a Seu servo, revelando tanto a sua fidelidade, quanto Seu poder em livrar e socorrer.

3.3. A promessa da Sua presença.
A promessa da presença de Deus é uma verdade gloriosa revelada em toda a Bíblia. Quando recebeu a ordem de partir em direção à Canaã, Moisés pediu a Deus que a Sua presença fosse com eles, caso contrário não sairia dali (Êx 33.12-15). Deus lhe fez uma promessa e, durante quarenta anos no deserto, Ele foi fiel: de dia numa coluna de nuvem e de noite numa coluna de fogo (Êx 13.21, 22), ou seja, não importam as circunstâncias (Sl 23.4; Is 43.2), Ele estará presente. O Senhor Jesus corroborou essa promessa de forma maravilhosa para a Igreja (Mt 18.20). Ele estará presente e de forma ativa por todos dias até o fim dos séculos (Mt 28.20; Ap 2.1).

Conclusão
A infidelidade, um dos pecados mais proeminentes destes dias maus, está presente na vida social, nos negócios, nas amizades que se dissolvem tão facilmente e até na vida conjugal. No entanto, é encorajador erguer os olhos e contemplar aquele que é fiel em tudo e em todo o tempo, no qual podemos confiar plenamente na certeza de que Ele nunca falhará conosco.

Questionário
1. Dê a definição de fidelidade de Deus.
R.: É o atributo segundo o qual Deus permanece fiel à sua Palavra (Sl 102.26,27).

2. Cite um aspecto da imutabilidade de Deus.
R.: A vida de Deus não muda (Sl 93.2); o caráter de deus não muda (Tg 1.17) e os propósitos de deus não mudam (Sl 33.11).

3. O que é uma promessa condicional?
R.: É aquela que exige uma postura de fé por parte do cristão para ser cumprida (Lc 24.49).

4. Na relação com Seu povo, cite dois aspectos da fidelidade de Deus.
R.: Deus é fiel em perdoar (1 Jo 1.9); Deus é fiel em socorrer e livrar (Sl 69.13).

5. Como podemos comprovar a atualidade das promessas de deus?
R.: Através da Sua presença no meio do seu povo; batismo no Espírito Santo e pregação do Evangelho em todo o mundo (Mt 28.20).

Fontes:
Bíblia Sagrada – Concordância, Dicionário e Harpa – Editora Betel.
Revista: Fidelidade – Editora Betel – 1º Trimestre de 2015


Leia também:
http://ministeriorestauracaodaalianca.blogspot.com.br/2014/10/licao-4-providencia-divina-na.html

Lição 1 - Deus Dá sua Lei ao Povo de Israel

Lição 1 - Deus Dá sua Lei ao Povo de Israel
5 de Outubro de 2014

TEXTO ÁUREO
“Que são israelitas, dos quais é a adoção de filhos, e a glória, e os concertos, e a lei, e o culto, e as promessas”. (Rm 9.4).

VERDADE PRÁTICA
Uma nova nação despontava no horizonte e precisava de uma legislação que definisse as bases em que o povo devia viver, isto é, fundamentada nas promessas feitas aos patriarcas.

LEITURA DIÁRIA

Segunda - Êx 34.27
A promulgação da lei é a cerimônia oficial do concerto que Deus fez

Terça - Êx 19.8
Israel faz voto de fidelidade e obediência à lei de Deus

Quarta - Gn 15.18
Deus já havia feito um concerto com Abraão

Quinta - Gn 26.28-30
Era comum celebrar um concerto com festa

Sexta - Rm 7.12
A lei é santa e veio de Deus, portanto, era preciso observá-la

Sábado - Ne 8.1
A origem da lei é o próprio Deus?  por isso era preciso obedecer-lhe?

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Êxodo 20.18-22, 24; 24.4, 6-8

OBJETIVO GERAL
Explicar o processo de desenvolvimento da Lei de Deus.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se aos que o professor deve atingir em cada tópico.
Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

l Conhecer como a Lei foi promulgada.
ll Afirmar a autoria de Moisés.
lll Conceituar "Concerto" ou "Aliança".
lV Classificar os sacrifícios que foram estabelecidos com a Lei

INTERAGINDO COM O PROFESSOR

Caro professor, uma nova revista foi pensada, reformulada e elaborada especialmente para você. A equipe de Educação Cristã da CPAD tem o prazer de apresentar uma revista com um formato novo a fim de estudarmos a Bíblia. 
A revista Lições Bíblicas, do professor, traz as seguintes seções como novidades: o objetivo geral da lição; os específicos; o ponto central, e outros pontos específicos que podem ser explorados por você de acordo com a realidade da sua classe. A criatividade do professor e sua competência em sala de aula contarão muito para o trimestre ser um sucesso. Para conhecer o restante das seções da revista, solicite a cartilha do novo currículo CPAD. Ela pode ser encontrada nas livrarias CPAD, livrarias colaboradoras e no site da Editora.
O tema desse primeiro trimestre é Os Dez Mandamentos, Valores Divinos para uma sociedade em constante mudança. O comentarista da revista é o pastor Esequias Soares, um dos mais renomados biblistas do pentecostalismo brasileiro, líder da Assembleia de Deus em Jundiaí (SP) e presidente da Comissão de Apologética da CGADB. Mestre em Ciências das Religiões, graduado em línguas orientais e autor de várias obras publicadas pela CPAD.
Desejamos um ótimo ano! Ótimo trimestre! 

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

O tema do presente trimestre são os Dez Mandamentos, a base de toda a legislação mosaica. Aqui vamos iniciar com a solenidade da promulgação da lei, no Sinai*, a cerimônia do concerto que Deus fez com Israel. O evento envolveu holocaustos e a leitura do livro da lei num ritual com profundas implicações messiânicas.

I. A PROMULGAÇÃO DA LEI

1. A solenidade. O ritual do concerto e da promulgação da lei no pé do monte Sinai aconteceu cerca de três meses após a saída de Israel do Egito (Êx 19.1-3). Os israelitas permaneceram ali durante um ano (Nm 10.11,12). A revelação da lei começa aqui e vai até o livro de Levítico (Lv 27.34). O livro de Números registra as jornadas de Israel no deserto, e Deuteronômio é o discurso em que Moisés recapitula a lei e traz ao povo uma reflexão sobre os acontecimentos no deserto desde a saída do Egito, exortando Israel à fidelidade a Deus (Dt 1.3; 4.1).

2. A credibilidade de Moisés. Diante de tudo o que aconteceu, quem poderia questionar a legitimidade de Moisés como mediador entre Deus e o povo? Quem podia duvidar da autenticidade e da autoridade da lei (Êx 20.22)? Não seria exagero afirmar que Deus quis fortalecer a autoridade de Moisés com aquelas manifestações sobrenaturais (Êx 19.9). A manifestação visível do poder de Deus ao povo era uma prova irrefutável de sua origem divina (Êx 20.18-22; 19.16-19). As coisas de Deus são sempre às claras. Uma das grandezas do cristianismo é que ele foi erigido sobre fatos. Os evangelhos estão repletos dos milagres que Jesus operou diante do povo (Jo 18.19-21).

3. A lei. A lei de Moisés é o alicerce de toda a Bíblia, e os judeus a consideram "a expressão máxima da vontade de Deus". O termo hebraico torah aparece no Antigo Testamento como "instrução, ensino, lei, decreto, código legal, norma", e vem da raiz de um verbo que significa "instruir, ensinar". A Septuaginta emprega a palavra grega nomos, "lei, norma", usada também no Novo Testamento. Além de designar toda a legislação mosaica (Dt 1.5; 30.10) - o Pentateuco (Lc 24.44; Jo 1.45) - indica também o Antigo Testamento (Jo 10.34, 35; Rm 3.19; 1 Co 14.21). Segundo os antigos rabinos, a lei contém 613 preceitos contendo 248 mandamentos e 365 proibições.

PONTO CENTRAL
Deus revelou a sua Lei aos homens através de Moisés, o seu servo.  Mas a revelação plena consiste em Cristo, o Filho de Deus.

CONHEÇA MAIS
Monte Sinai: O lugar onde Moisés recebeu a lei de Deus
O legislador de Israel se encontrou com Deus no Monte Sinai e dEle recebeu os Dez Mandamentos. Para conhecer mais leia Novo Manual dos Usos & Costumes dos Tempos Bíblicos, CPAD, pp.287-295.
SÍNTESE DO TÓPICO I
A Lei foi entregue a Moisés no Monte Sinai. O legislador de Israel cumpriu o papel de mediador entre a vontade de Deus e o povo de Israel

SUBSÍDIO DIDÁTICO
Prezado professor, neste tópico consta a explicação do processo de promulgação da Lei de Deus ao seu servo, Moisés. As perguntas "Como a Lei surgiu?", "Quem a ditou?" e "Quem a recebeu?" são pertinentes para ministrá-las na aula. Aqui, o autor propõe-se respondê-las. Por isso, o desenvolvimento deste tópico será de grande importância para o aluno conhecer a revelação da Lei a fim de que tenha o conhecimento bíblico básico para acompanhar o desdobramento dos Dez Mandamentos ao longo da revista. Portanto, algumas questões são importantes, também, serem esclarecidas para a classe: "Em que livro do Pentateuco inicia a revelação da Lei?"; "Quem fazia a mediação entre Deus e o povo?"; "Qual é o significado da palavra torah?"
Sugerimos ao professor responder a essas perguntas de modo que os alunos compreendam as informações básicas a respeito da Lei revelada no Pentateuco. Bons comentários bíblicos sobre o Pentateuco poderão auxiliá-lo.


II. OS CÓDIGOS

1. Classificação. Os críticos costumam fragmentar os escritos de Moisés. Consideram a legislação mosaica uma coleção de diversos códigos produzidos num longo lapso de tempo. A classificação apresentada é a seguinte: os Dez Mandamentos encabeçam a lista desses expositores (Êx 20.1-17; Dt 5.6-21). Em seguida, há o que eles denominam Código da Aliança (Êx 20.22-23.33). O que vem depois é o Código de Santidade (Lv 17-26). O Código Sacerdotal é o restante do livro de Levítico e o Código Deuteronômico (Dt 12-26).

2. O que há de concreto? Estas seções ou códigos são realmente identificáveis no Pentateuco; no entanto, é inaceitável a ideia de sua existência independente de cada um deles na história. O argumento dos críticos contraria todo o pensamento bíblico. Não existem provas bíblicas nem extrabíblicas de qualquer código isolado no Antigo Israel. A Bíblia inteira atribui a autoria a Moisés, e o próprio Senhor Jesus Cristo chamava o Pentateuco de "lei de Moisés" (Lc 24.44).

SÍNTESE DO TÓPICO II
Embora os críticos bíblicos afirmem que os escritos atribuídos a Moisés são fragmentados, a Bíblia inteira, bem como o testemunho de Jesus Cristo, atribui a Moisés a autoria do Pentateuco (Lc 24.44).


SUBSÍDIO TEOLÓGICO

"O Pentateuco apresenta-se basicamente como obra de Moisés, um dos primeiros e certamente o maior profeta do Antigo Testamento (Nm 12.6-8; Dt 34.10-12). Deus comumente falava por Moisés de viva voz, como também fez mais tarde com os profetas, mas a atividade de Moisés como escritor também é mencionada muitas vezes (Êx 17.14; 24.4,7; 34.27; Nm 33.2; Dt 28.58,61; 29.20-27; 30.10; 31.9-13,19,22,24-26).
[...] A razão de Moisés e os profetas registrarem por escrito a mensagem de Deus, não se contentando apenas em entregá-la oralmente, era que às vezes a enviavam a outros lugares (Jr 29.1; 36.1-8; 51.60,61; 2 Cr 21.12). Mas, na maioria das vezes, era para preservá-la para o futuro, como um memorial (Êx 17.14) ou uma testemunha (Dt 31.24-26), a fim de que ficasse escrita para o tempo vindouro (Is 30.8). A falibilidade da tradição oral era bem conhecida entre os escritores do Antigo Testamento. Temos uma lição prática disso quando da perda do Livro da Lei durante os maus reinados de Manassés e Amom. Quando foi redescoberto por Hilquias, seus ensinamentos causaram grande choque, pois haviam sido esquecidos (2 Rs 22-23; 2 Cr 34).

  O (concerto) de Cristo foi em favor de toda a raça humana e o Mediador era perfeito.

Não podemos ter certeza de quanto tempo levou para que o Pentateuco alcançasse a sua forma final. Entretanto, vimos no caso do livro do concerto, cuja alusão reporta-se a Êxodo 24, que foi possível um documento pequeno, como Êxodo 20-23, tornar-se canônico antes que tivesse atingido o tamanho do livro do qual hoje faz parte. O livro de Gênesis também incorpora documentos antigos (Gn 5.1). Números inclui um trecho proveniente de uma antiga coleção de poemas (Nm 21.14,15), e Deuteronômio já era considerado canônico mesmo no tempo em que Moisés vivia (Dt 31.24-26), pois foi colocado ao lado da arca do concerto. Contudo, a parte final de Deuteronômio foi escrita depois da morte de Moisés" (COMFORT, Philip Wesley (Ed.). A Origem da Bíblia. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1998, pp.81-83).


III. O CONCERTO

1. O que é um concerto? O termo usado no Antigo Testamento para "concerto" é berit, "pacto, aliança", que literalmente indica obrigação entre pessoas como amigos, marido e mulher; entre grupos de pessoas; ou entre divindade e indivíduo ou um povo. Sua etimologia é incerta. A Septuaginta emprega o termo grego diatheke, "pacto, aliança, testamento", ou seja, a mesma palavra usada por Jesus ao instituir a Ceia do Senhor. O Antigo Testamento fala de três concertos: com Noé, com Abraão e com Israel no monte Sinai (Gn 9.8-17; 15.18; Êx24.8). O Novo Testamento fala do novo concerto que o Senhor Jesus fez com toda a humanidade (Mt 26.28; Hb 8.13).

2. Preparativos. Até este ponto na história dos israelitas, Deus vinha agindo em cumprimento às promessas feitas aos patriarcas Abraão, Isaque e Jacó (Gn 15.18; 17.19; Êx 2.24). Essa promessa precisava ser levada avante. Agora os filhos de Israel formavam um grande aglomerado de pessoas, e essa multidão precisava ser organizada como nação e estabelecida uma forma de governo com estatutos que constituíssem sua lei.

3. O concerto do Sinai. O concerto do Sinai não era apenas a ratificação da promessa feita a Abraão, mas sua aprovação oficial (Gn 15.18; Gl 3.17). As duas partes envolvidas eram, de um lado, o grande Deus Jeová: "se diligentemente ouvirdes a minha voz" (Êx 19.5); e, de outro, Israel: "Tudo o que o SENHOR tem falado faremos" (Êx 19.8). O povo reafirma esse compromisso mais adiante (Êx 24.7). Era um concerto temporal, local e nacional com mediador falível, ao passo que o de Cristo tinha aplicação universal, foi em favor de toda a raça humana e o Mediador era perfeito.

4. O livro do concerto. Moisés "tomou o livro do concerto e o leu aos ouvidos do povo" (24.7). O concerto foi feito sob as palavras desse livro que continha os mandamentos e os direitos e deveres para a vida de Israel (24.8). Deus já havia mandado Moisés escrever os acontecimentos ocorridos até a guerra dos amalequitas (Êx 17.14). Mas aqui o texto se refere a uma coleção de ordenanças escritas pelo próprio Moisés (24.4). Segundo Umberto Cassuto, professor das universidades de Milão, Roma e Jerusalém, esse livro continha Êxodo 19-20.19 e 20.22-23.33. Nessa época, a revelação do Sinai ainda estava em andamento.

SÍNTESE DO TÓPICO III

Enquanto o Antigo Testamento fala de três concertos - os de Noé, Abraão e Israel - o Novo revela uma nova e suficiente aliança: Jesus Cristo se fez homem.

IV. O SACRIFÍCIO
1. Os holocaustos. A solenidade foi celebrada com sacrifícios de animais (20.4). O holocausto, olah, em hebraico, significa "o que sobe", pois a queima subia em forma de fumaça, como cheiro suave diante de Deus. Neste sacrifício, a vítima era completamente queimada como sinal de consagração do ofertante a Deus. A Septuaginta emprega holokautoma, derivado de duas palavras gregas: holos, "inteiro, completo, total", e kaustos, "queima". Ou seja, uma oferta totalmente queimada, ou completamente queimada no altar, era considerada o mais perfeito dos sacrifícios.

2. O sangue. Deus mandou Moisés oferecer o sacrifício do concerto e aspergir o sangue sobre o altar e o povo (24.6, 8). Todo o sistema sacrifical fundamenta-se na ideia de substituição, e isso implica expiação, redenção, perdão e sacrifício vicário à base de sangue (Lv 17.11). O sangue aqui era o ponto de união entre Deus e seu povo; com ele, Israel começava uma nova etapa em sua história (Sl 50.5). O escritor aos Hebreus lembra que o concerto do Sinai foi celebrado com sangue e faz uma analogia com a Nova Aliança, porque o Senhor Jesus a selou com seu próprio sangue (Hb 9.18-22).

3. A aspersão. Moisés colocou metade do sangue em bacias e aspergiu outra metade sobre o altar (24.6). O sangue das bacias foi aspergido sobre o povo, como recipiente das bênçãos de Deus e parte do concerto. O sangue do altar representa o próprio Deus, a outra parte da aliança, visto que sem derramamento de sangue não há remissão (Hb 9.22). Tudo isso era também um prenúncio da redenção em Cristo.

SÍNTESE DO TÓPICO IV
Deus informou a Moisés, na Lei, a constituição de sacrifícios santos: os holocaustos; derramamento de sangue; aspersão do sangue


CONCLUSÃO
A grandeza do acontecimento no Sinai   mostra a natureza sem igual da cerimônia, algo nunca visto. Era a manifestação do próprio Deus de maneira explícita diante de todo o povo. O que devemos aprender é que a observância meramente exterior, destituída de significado interior, não passa de simples cerimônia. A riqueza espiritual e seu significado residem na figura do Filho de Deus e no cumprimento do concerto em Cristo.


PARA REFLETIR

Sobre a lei de Moisés e a lei de Cristo, responda:

Qual é a maior e a mais completa lei: a de Moisés ou a de Cristo?
Ouça as respostas dos alunos com atenção. Em seguida, explique que o Senhor Jesus cumpriu toda a Lei, de modo que toda a moral contida no sistema mosaico foi incorporada e restaurada sob a graça derramada por Jesus através do sacrifício do Calvário. O mandamento de Cristo é a lei do amor, o mais importante mandamento (Rm 13.10).

É correto anular a lei de Moisés em nome da Graça?
Embora a lei tenha a sua importância, servindo durante um longo tempo como um "pedagogo" para o pecador, ela não tem mais domínio sobre nós. Isso não quer dizer que a lei foi anulada, mas efetivamente cumprida por Jesus e, por essa razão, vivemos debaixo da Graça (Gl 3.23-25).

O sistema de sacrifício judaico tem algum significado para os cristãos?
Sim, mas se trata de um significado simbólico. Todo o sistema de sacrifício do judaísmo fundamentava-se na ideia de substituição, expiação, redenção, perdão e sacrifício à base de sangue. Todo esse sistema era como sombra, porque Jesus Cristo selou uma nova aliança com a humanidade por meio do seu sangue (Hb 9.18-22). Ele expiou todos os nossos pecados.

A quem devemos obedecer: a Moisés ou a Jesus?
Jesus é maior que Moisés. Logo, todo o ensino de Moisés, no Antigo Testamento, deve ser compreendido à luz do Evangelho de Cristo (Hb 3.1-6).

Qual é o nosso maior modelo de vida?
Jesus Cristo (Fp 2.5-11).


VOCABULÁRIO
Promulgada: Publicada; tornada pública


CONSULTE
Revista Ensinador Cristão - CPAD, nº 61, p.37.
Você encontrará mais subsídios para enriquecer a lição. ? São artigos que buscam expandir certos assuntos.

SUGESTÃO DE LEITURA

O que todo Professor de Escola Dominical Deve Saber
Um excelente instrumento de referência para ajudar o professor da Escola Dominical a crescer em Cristo, enquanto estuda o Evangelho e transforma-se em um ensinador da Palavra de Deus.

Teologia do Antigo Testamento
Excelente oportunidade para o professor pesquisar os livros do Antigo Testamento. Sua composição, sua teologia e as principais doutrinas encontradas em cada livro do Testamento Antigo.

História de Israel no Antigo Testamento

O objetivo da obra é conhecer o Israel do Antigo Testamento. O autor reconstitui a história do povo judeu utilizando os textos bíblicos, documentos extrabíblicos e arqueológicos.
Queridos(as) estamos encerrando mais um ano, marcado por momentos bons e também outros momentos que não gostaríamos de ter passado, mas o Senhor Jesus nos fortaleceu e estaremos em breve rompendo mais um ano, 
Agradeço a todos que passaram por aqui, e que as lições e postagens possam ter sido útil e ajudado no entendimento da Palavra de Deus, meu desejo para este ano que se inicia é que você viva o sobrenatural de Deus, alcançando bençãos, propósitos e sonhos, crescendo na graça e no conhecimento do Senhor, vencendo todos os desafios e acreditando que Jesus jamais te abandonará, não importa a prova, luta ou dificuldade, Deus te fará triunfar "Romanos 8:37  Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou".
Deus te abençoe em todos os teus passos e que sejas muito feliz é o meu desejo.
Feliz ano novo Amados Irmãos!!!!!

"O SENHOR te abençoe e te guarde;  o SENHOR faça resplandecer o seu rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti;  o SENHOR sobre ti levante o seu rosto e te dê a paz". (Nm 6.24-26)

domingo, 21 de dezembro de 2014

Lição 13 – A relevância dos milagres em nossos dias

Lição 13 – A relevância dos milagres em nossos dias
28 de dezembro de 2014

TEXTO ÁUREO
“Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço, e as fará maiores do que estas, porque eu vou para meu Pai” Jo 14.12

VERDADE APLICADA
Uma igreja viva e atuante traz consigo além de uma poderosa mensagem de impacto, uma manifestação contagiante que aproxima as pessoas de Deus.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
1. Explicar porque a igreja de nosso século é tão carente de milagres;
2. Falar acerca da necessidade de uma poderosa visitação em nossos dias;
3. Revelar o que Deus preparou para nosso tempo.

Glossário
Desvanecer: desaparecer;
Transitório: aquilo que é passageiro;
Mesclar: o mesmo que misturar.

Leituras complementares
Segunda Mt 25.8
Terça Rm 1.32
Quarta 1Co 3.7-10
Quinta 1Tm 3.4,5 7-10
Sexta 1Tm 6.5, 7-10
Sábado 1Jo 3.2

Textos de referência
1Co 2.4-8
4  A minha palavra e a minha pregação não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstração do Espírito e de poder,
5  para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria dos homens, mas no poder de Deus.
6 Todavia, falamos sabedoria entre os perfeitos; não, porém, a sabedoria deste mundo, nem dos príncipes deste mundo, que se aniquilam;
7  mas falamos a sabedoria de Deus, oculta em mistério, a qual Deus ordenou antes dos séculos para nossa glória;
8  a qual nenhum dos príncipes deste mundo conheceu; porque, se a conhecessem, nunca crucificariam ao Senhor da glória.

INTRODUÇÃO
Embora seja dotada de uma revelação progressiva e de um vasto conhecimento teológico, a igreja do século 21 é carente demais de uma manifestação do poder de Deus como registrado na Bíblia. Assim, nasce uma pergunta: milagres são possíveis em nossos dias? Se forem possíveis, como fazê-los emergir?

1. Por que a igreja carece de milagres?
Vivemos um tempo muito difícil, onde tudo parece ser comum para muita gente, inclusive, para a comunidade cristã. É num tempo como esse que precisamos assumir nossa postura e combater não somente com palavras, mas com demonstração de poder (1Co 2.4), esses agentes tão ofensivos a fé cristã. Vejamos por que carecemos de milagres.

1.1 Porque a ordem natural está invertida
Vivemos em uma sociedade violenta onde os jovens deixaram de ser a esperança da nação para se tornarem o seu terror. Não é a ordem natural os pais sepultarem os seus filhos. Mas, essa é uma dura realidade em nossos dias. Não podemos somente culpar a educação de nosso país, sabemos que esse é um fator de ordem espiritual (2Tm 3.1), que não se resolve com alfabetização, é caso de libertação mesmo. Enquanto as meninas se tornarem mães aos onze anos, os adolescentes comandarem o tráfico, e os jovens morrerem antes de completar a maior idade, a sociedade estará fadada ao fracasso. Não vemos em nossos jovens uma perspectiva do futuro, eles apenas sobrevivem. A Bíblia nos ensina que os filhos desobedientes, que não honram seus pais, além de serem infelizes, serão tragados pela morte antes do tempo (Êx 20.2; Ef 6.2-3).
1.2 Porque a manifestação dos filhos da desobediência é uma realidade
O capítulo primeiro da carta de Paulo aos crentes de Roma traz uma descrição completa da situação que vivemos atualmente em todas as partes do mundo, a perversão da sexualidade. Como se não bastasse os altos índices da indústria sexual (pornografia, prostituição, pedofilia e o turismo sexual) os governantes tornaram legal no mundo aquilo que Deus declarou ilícito (o homossexualismo), que é digno de juízo tanto quem o pratica quanto quem o consente (Rm 1.32). Nós cristãos não temos que aceitar, nem achar comum esta prática. Embora tenhamos o dever de amar o próximo, o que é abominação para Deus, deve ser uma lei para todos nós. Nosso pior problema hoje é que, no mundo espiritual Satanás tem direito legal para agir nessa área, porque esse direito foi dado por uma autoridade constituída por Deus (Rm 13.1-2).

1.3 Porque a corrupção está generalizada
A corrupção em nosso país já chegou a níveis absurdos. É claro que não podemos generalizar e dizer que todos são corruptos, mas a grande maioria dos líderes são os culpados pelo caos da sociedade. A lei se afrouxa diante de pessoas de alto escalão, os que deveriam nos defender nos oprimem, e não existe segmento da sociedade em que não haja corrupção, inclusive no meio do povo de Deus, que traz em seu bojo pessoas em fase de libertação, e muitos, apenas com o desejo de tornar o evangelho uma fonte de lucro (1Tm 6.5, 7-10).

2. Motivos pelos quais precisamos de uma visitação
Precisamos urgentemente de uma obra sobrenatural da parte do Espírito Santo, que traga poder à pregação da Palavra para motivar os crentes da nossa nação (1Co 2.4). Com esse impacto a vaidade de nossos dias seria atraída para a oração, e pelo desejo ardente da presença de Deus.

2.1 A adulteração das Santas Escrituras
Há centenas de anos, Charles Spurgeon já havia detectado esse adultério: “Na atualidade, não conhecemos uma doutrina bíblica que não tenha sido prejudicada por aqueles que deveriam defendê-las. Existem muitas doutrinas preciosas a nossas almas que foram negadas por aqueles cujo ofício seria proclamá-las, necessitamos com urgência de um retorno as nossas antigas origens”. E, concluiu: As Escrituras têm de se tornar o infalível alicerce de todo o ensino da igreja, sabemos que se os crentes perderem sua firmeza, a igreja será arremessada de um lado para o outro, por isso, cada cristão precisa fazer a diferença, para que a igreja continue viva, (Mt 5.13).

2.2 A ausência do culto doméstico
A Bíblia nos ensina que o primeiro lugar onde a vida cristã deve estar alicerçada é no lar (1Tm 3.4-5). Um dos maiores desafios de nosso tempo tem sido a família cristã. Embora tenhamos tantas pregações e inúmeros seminários e encontros sobre a família, nosso problema reside na realização do ensino cristão e da adoração no lar. Não podemos esperar que nossas famílias sejam transformadas apenas durante um culto. Uma planta necessita ser regada para viver, precisamos erigir um altar em nossas casas. Como podemos esperar que o reino de Deus prospere, quando os discípulos de Cristo não ensinam o evangelho a seus próprios filhos?

2.3 Pessoas superdependentes de outras
A parábola das dez virgens apresenta um quadro interessante onde havia uma reserva de azeite trazida pelas prudentes, e nos informa que as néscias dormiram, certamente confiando que as prudentes iriam lhes emprestar de seu azeite (Mt 25.3-9). Até hoje a expressão “dai-nos do vosso azeite” é uma constante na vida de muitos cristãos que jamais entenderam que cada um dará conta de si a Deus, que a unção é pessoal, que não se pode viver na dependência do ministério de outros (Rm 14.12). Temos uma gama de crentes “caroneiros”, pessoas que somente possuem vida nos cultos, mas fora deles, não regam suas vidas espirituais, não leem a Bíblia, e não separam tempo para se dedicar a oração.

3. O que a Bíblia reservou para nós nesse tempo?
Escrevendo aos crentes de Corinto, Paulo expõe claramente a questão da cegueira espiritual dos judeus e o que está reservado para todos aqueles que são guiados pelo Espírito de Deus. Vejamos:

3.1 Uma glória permanente
Até hoje o mundo relata os fatos acontecidos no Egito na época de Moisés. São feitos maravilhosos que todos conhecemos, e mesmo não os tendo visto, sabemos que foram reais ao ponto de anuncia-los geração após geração. Parece que nossos antepassados vivenciaram um sonho quando lemos as páginas da Sagrada Escritura. Porém, de forma ousada, Paulo nos afirma que toda essa glória não passava de uma sombra do que ainda aconteceria em nossos dias, que o que Deus deseja derramar sobre seus filhos é superior a tudo o que já aconteceu no passado, e que esteve contido na época de Moisés porque deveria acontecer nos dias da igreja (2Co 3.10). Paulo classifica os milagres de Moisés como transitórios, e nos revela que sobre a igreja existe uma glória permanente (2Co 3.7-12).

3.2 O ministério da glória do Espírito Santo
“Porque, se o que era transitório foi para glória, muito mais é em glória o que permanece (2Co 3.11). O tempo do verbo nesta passagem é crítico: “o que se desvanecia”. Paulo o escreveu num período histórico de sobreposição de eras. Nesse tempo os judaizantes desejavam que os cristãos voltassem a viver sob o jugo da Lei, que mesclassem as duas alianças. Paulo está dizendo: “por que voltar ao que é temporário e que se desvanece?”, vivam na glória da nova aliança que é cada vez maior. A glória da Lei é apenas a glória da história passada, enquanto a glória da nova aliança é a glória da experiência presente. Deus preparou algo grandioso para nossos dias, mas o véu da revelação ainda está encoberto para muitos.

3.3 A glória permanente tem um alvo específico e primordial
“Mas todos nós, com o rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor (2Co 3.18). Paulo nos revela que toda essa glória tem como objetivo nos tornar em imagem e semelhança de Deus, ou seja, parecidos com Jesus. Lá no Éden o homem se desfigurou perdendo a semelhança: no calvário, Cristo tomou de volta o que foi perdido (Lc 19.10; 1Co 15.45-48); e o alvo final do cristianismo é que todos os filhos de Deus se tornem semelhantes a Ele no dia do encontro (1Jo 3.2). SE fizermos tudo e não nos tornaremos semelhantes a Cristo toda a nossa vida terá sido em vão.

CONCLUSÃO
O Senhor reservou todo o seu melhor para esses últimos dias da igreja, o próprio Jesus nos revelou ser possível realizar grandes feitos. O princípio ainda é o mesmo: a santidade, a fé, e a separação de tudo aquilo que se chama pecado. Deus ainda é o mesmo e ainda realiza grandes feitos (Hb 13.8).

Questionário
1.    O que os governantes tornaram legal?
2.    Cite um item da corrupção generalizada.
3.    Cite um motivo pelo qual precisamos de uma visitação poderosa.
4.    Qual a expressão constante da vida de muitos cristãos?
5.    Qual o alvo principal do cristianismo?


Fontes:
Bíblia Sagrada – Concordância, Dicionário e Harpa - Editora Betel.

Revista: Milagres do Antigo Testamento – Editora Betel - 4º Trimestre 2014

Lição 13 - O Tempo da Profecia de Daniel

Lição 13 - O Tempo da Profecia de Daniel

28 de Dezembro de 2014


TEXTO ÁUREO


"Ninguém, de maneira alguma, vos engane, porque não será assim sem que antes venha a apostasia e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição"     (2 Ts 2.3).
  
VERDADE PRÁTICA


O tempo do fim é a ocasião em que Deus fará com que o seu Reino triunfe sobre todos os poderes do mal.

HINOS SUGERIDOS 2, 334, 432

LEITURA DIÁRIA


Segunda - Mc 13.22    Os falsos cristos e profetas
S
Terça  - 2 Ts 2.3,4   "O homem da iniquidade"
T
Quarta - Ap 13.1-18        A falsa trindade
Q
Quinta - Dn 9.24-27       A Grande Tribulação
Q
Sexta - Dn 9.27; 12.7      O controle do tempo do fim está com Deus
S
Sábado - 1 Ts 4.16-18       O Arrebatamento da Igreja será antes da Tribulação
S


LEITURA BÍBLICA EM CLASSE



Daniel 12.1-4,7-9,11-13

INTERAÇÃO


"Ressurreição dos mortos", "castigo eterno dos ímpios", "estado eterno de justiça", você crê nestas promessas? A pergunta faz sentido quando temos a consciência de estarmos vivendo um período materialista e consumista. Uma das maiores dificuldades dos discípulos de Jesus foi a de entender que o Reino de Deus não era deste mundo. Não por acaso, quando Jesus partiu para ser crucificado seus discípulos o abandonaram. Eles não suportaram a decepção de ver o representante "do reino de Israel" morrer sem estabelecê-lo na Terra. Que risco não entender a mensagem de Jesus! Os discípulos só a compreenderiam depois de caminhar três anos com Ele e após a Sua ressurreição.

OBJETIVOS



Após a aula, o aluno deverá estar apto a:
Compreender o tempo do cumprimento da profecia entregue a Daniel.
Explicar a doutrina da ressurreição do corpo na Bíblia.
Reconhecer a nossa limitação e finitude como seres humanos.



ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA


A doutrina da ressurreição de Jesus e do corpo é o fundamento da fé cristã e da esperança da Igreja. Ao iniciar o segundo tópico da aula, leia os seguintes textos bíblicos: Jó 19.25-27; Sl 16.9,10; 17.15; Dn 12.1-3; Mt 22.23-32; Jo 6.39,40,44 e 54; At 17.18; 24.15; 1 Co 15.17,22; 2 Tm 2.18. Destaque alguns deles juntamente com os seus alunos. Em seguida, reconheça que muitos crentes têm dificuldades de entender a ideia da ressurreição do corpo no Antigo Testamento. Mas, por intermédio dos textos destacados, afirme que tanto no Antigo quanto em o Novo Testamento, a Bíblia confirma a realidade da ressurreição do nosso corpo. E a prova disso é a de que Jesus ressuscitou dentre os mortos. Esta é a nossa esperança!

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

Chegamos ao fim de mais um trimestre e bem como ao de mais um ano. Os meus votos são de que ao longo deste trimestre você tenha crescido no conhecimento e na graça de nosso Senhor! Que a esperança da iminente volta de Jesus possa inflamar o seu coração!
Na lição desta semana estudaremos o capítulo 12 do livro de Daniel. Nele, não encontramos nenhum aspecto profético em relação às histórias das nações, como encontramos até o capítulo 11.35, excetuando Daniel 9.27. Mas veremos os seguintes temas mencionados no último capítulo de Daniel: O tempo da profecia, a ressurreição dos mortos, a recompensa dos justos e o castigo eterno dos ímpios. Bons estudos!

I. - O TEMPO DA PROFECIA (12.1)

1. Qual  é o tempo? (v.1) A expressão "naquele tempo" se refere ao período da Grande Tribulação. Quando o Anticristo liderará o mundo política e belicamente. Será um período de brutal e sangrenta perseguição contra os judeus e tantos quantos estiverem a favor de Israel (Dn 11.35,40).
Em suas terras, o povo judeu sofreu muitas invasões de inimigos. Porém, nem as piores incursões contra Israel, como as da Babilônia e os horrores do holocausto nos dias de Hitler (1939-1945), podem se comparar com o "tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até àquele tempo" (v.1). A proporção deste conflito ultrapassará qualquer outro momento da história da civilização (Mt 24.21,22; cf. Jr 30.5-7).
2. A libertação de Israel. No livro de Daniel, o arcanjo Miguel, príncipe de Deus, entrou em batalha contra as forças do mal a fim de que o anjo Gabriel levasse a mensagem ao profeta. Miguel é o guardião de Israel contra as potestades satânicas, identificadas como "reis e príncipes da Pérsia e da Grécia". Estes criavam obstáculos aos desígnios divinos.
No capítulo doze, para proteger o povo de Deus, Miguel entrou mais uma vez em batalha contra as forças opositoras de Satanás. Aqui, há uma relação escatológica com a passagem de Apocalipse 12.7-9, isto é, a batalha de Miguel com o Dragão e os seus anjos. Segundo a visão do apóstolo João, no meio desta batalha havia uma mulher vestida com o sol, a lua sob os pés e uma coroa de doze estrelas na cabeça (Ap 12.1). Esta visão não é a respeito da Igreja, mas de Israel, que receberá de Deus uma intervenção através do arcanjo Miguel (Ap 12.7,8).
3. Os anjos no mundo hoje. O mundo espiritual é real e muitas vezes não o percebemos. Os anjos são espíritos ministradores em favor não só da nação de Israel, mas especialmente da Igreja de Cristo. Eles não recebem adoração de homens e nem podem interferir na vida espiritual dos filhos de Deus sem a expressa ordem do Pai. Portanto, não sejamos meninos nem infantis neste assunto (Cl 2.18; Gl 1.8). Os anjos de Deus terão uma participação especial antes e após o arrebatamento da Igreja e nas circunstâncias que envolverão Israel e o resto do mundo na Grande Tribulação (1 Ts 4.13-17; Ap 12.1-9).

SINOPSE DO TÓPICO (1)

O capítulo doze de Daniel mostra dois mundos: o material (libertação de Israel) e o espiritual (atuação dos anjos). Deus intervindo na criação. 

II. - RESSURREIÇÃO E VIDA ETERNA (Dn 12.2-4)

1. Ressurreição. Quando lemos o Antigo Testamento temos a impressão de não vermos a doutrina da ressurreição dos mortos com clareza, principalmente nos livros da Lei, o Pentateuco. Entretanto, aqui, Daniel não nos deixa dúvidas quanto à veracidade desta gloriosa doutrina: "E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna e outros para vergonha e desprezo eterno" (v.2).
2. As duas ressurreições. O texto de Daniel, versículo 1, nos informa um livro onde constam os nomes dos santos a ressuscitar para a vida eterna e dos ímpios para a vergonha e o desprezo eterno. Entretanto, o versículo 2 não se refere a uma ressurreição geral, isto é, de todos os que já dormem. O texto diz apenas "muitos dos que dormem". Esta expressão pode se referir aos "mártires da grande tribulação que ressuscitarão" (Ap 7.14,15). O texto sugere também o advento das duas ressurreições conforme vemos no Apocalipse (20.12,13). A primeira ressurreição refere-se aos justos e a segunda, após o Milênio, aos ímpios ( Jo 5.29; Mt 25.46; cf. Dn 12.2; Jo 5.28,29; 1 Co 15.51,52).
3. "A ciência se  multiplicará" (v.4).  Muitos pensam que esta expressão é uma profecia sobre os avanços do conhecimento científico e da tecnologia. Todavia, precisamos compreender a completude desse versículo. Estamos diante de um texto que menciona uma ordem expressa de Deus para Daniel: guardar a revelação até o tempo do seu cabal cumprimento. O Senhor ainda diz a Daniel que "muitos correrão de uma parte para outra", em busca da verdade. Entretanto, "a ciência se multiplicará".
O sentido da palavra "ciência", no texto de Daniel, tem a ver com o saber das coisas, "ser ou estar informado" ou "ter conhecimentos específicos sobre algo". Por isso, a multiplicação da ciência refere-se ao aumento do conhecimento sobre o conteúdo expresso da profecia de Daniel, não tendo relação alguma com o avanço da ciência formal.
Louvado seja Deus! pelos muitos estudiosos que vêm se debruçando sobre estas profecias. Compreendendo o seu contexto histórico e cultural, evitando falsos alardes e preservando a gloriosa esperança de que a profecia de Daniel um dia se cumprirá fielmente: Veremos o advento da plenitude do Reino de Deus no mundo!

SINOPSE DO TÓPICO (2)

Os justos e os injustos que foram mortos serão ressuscitados para estar diante do Senhor..

III. A PROFECIA FOI SELADA (12.8-11)

1. A profecia está  selada. Daniel recebeu a ordem de "fechar" e "selar" o livro da profecia sobre a história do mundo (v.4). O ato de selar o livro, à época do profeta Daniel, dava a garantia da veracidade ao que havia sido lhe revelado. Não tinha mais segredos e nada mais estava escondido que Deus não houvesse trazido à luz. O selo do livro assegurava que a revelação era dada por Deus.
A profecia quando dada pelo Senhor, como no livro de Daniel e de todos os santos profetas, não é uma palavra impenetrável, fechada ou restrita a poucas pessoas que se acham "capazes". Não! A palavra de Deus é a revelação divina para todos os homens. Não foi somente para a nação de Israel, mas a todos quantos temerem a Deus e porfiarem por compreender os desígnios do Senhor para o mundo.
2. O "tempo do Fim". "Qual será o fim dessas coisas?" Foi a pergunta de Daniel. Note a resposta do homem vestido de linho ao profeta: "Vai, Daniel, porque estas palavras estão fechadas e seladas até ao tempo do fim" (v.9). O profeta foi orientado pelo homem vestido de linho a prosseguir a sua peregrinação existencial porque a profecia já fora "fechada" e "selada". E Daniel tinha de viver a vida sem a informação requerida.
3. Humildade e finitude. Uma declaração de Daniel chama-nos atenção: "Eu, pois, ouvi, mas não entendi" (v.8). Após o homem vestido de linho afirmar que depois "de tempos e metade de um tempo" e "quando tiverem acabado de destruir o poder do povo santo" virá o fim; Daniel o ouviu, mas não o compreendeu! O profeta havia recebido a visão de Deus, todavia, não a entenderia. Aqui, Daniel demonstrou a sua humildade e reconheceu a sua finitude! Não devemos sentir-nos inferiores a outras pessoas quando não entendermos um assunto bíblico. O que não devemos é inventar teorias que contrariam as Escrituras. E para isso é preciso entender o que a Bíblia diz.
As palavras de Daniel são uma grande advertência para quem lida com as profecias e a interpretação da Bíblia em geral. Atentemos para as palavras de Jesus quando foi indagado pelos discípulos a respeito da restauração do reino a Israel: "Não vos pertence saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder" (At 1.7).

SINOPSE DO TÓPICO (3)

A profecia está selada. Devemos reconhecer a nossa limitação e finitude quanto àquilo que não sabemos.

CONCLUSÃO

Neste trimestre estudamos o livro de Daniel. Vimos como a soberania de Deus age na história. Aprendemos sobre a importância de mantermos um caráter íntegro na presença de Deus e diante dos homens. Vivendo à luz da esperança do arrebatamento da Igreja, é urgente vigiar, orar e dedicarmos ao estudo da Palavra de Deus.
Jesus Cristo voltará! Esta era a esperança dos apóstolos e da Igreja Primitiva. E igualmente era a esperança de muitos cristãos até o século IV. Mas por muitos anos, parte da Igreja se descuidou a respeito desta esperança. Contudo, com o advento da Reforma Protestante, a esperança quanto à vinda de Jesus foi renovada na Igreja. Com o Movimento Pentecostal Clássico deu-se a explosão dessa mensagem. Em nosso país, qual o pentecostal que não conhece a célebre frase: "Jesus Cristo salva, cura, batiza com o Espírito Santo e breve voltará"? Maranata! Ora vem Senhor Jesus!


AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I


Subsídio Teológico
"E muitos dos que dormem no  pó  da  terra  ressuscitarão (2). Essa é a revelação mais clara da doutrina da ressurreição no Antigo Testamento. Ela nos lembra que é Cristo que 'trouxe à luz a vida e a incorrupção' (2 Tm 1.10). Alguns intérpretes acreditam que a ressurreição mencionada aqui é uma ressurreição parcial relacionada somente aos judeus que morreram na tribulação. Calvino insiste em que esse estreitamento do escopo é injustificável. Para ele, esse texto ressalta o aspecto do mal e do bem, ou seja, alguns serão separados para a vida eterna e outros para a vergonha e condenação eterna. Ele entende que a palavra muitos significa 'os muitos' ou 'todos' e que aqui se tem em mente a ressurreição geral" (PRICE, Ross; GRAY, C. Paul (et al). Comentário Bíblico Beacon: Isaías a Daniel. 1.ed. vol. 4 Rio de Janeiro: CPAD, 2005, pp.543-44).


BIBLIOGRAFIA SUGERIDA


GILBERTO, Antonio. Daniel & Apocalipse. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.
MACARTHUR JR., John. A Segunda  Vinda.  1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2013.
HORTON, Stanley M. Apocalipse:  As coisas que brevemente devem acontecer. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2001.

SAIBA MAIS


Revista Ensinador Cristão CPAD
nº 60. p.42.

EXERCÍCIOS


1. Segundo a lição, qual é o significado da expressão "naquele tempo"?
R. A expressão "naquele tempo" se refere ao período da Grande Tribulação.

2. Quem são e como agem os anjos hoje?
R. Os anjos são espíritos ministradores em favor não só da nação de Israel, mas especialmente da Igreja de Cristo.

3. Cite o versículo que deixa clara a doutrina da ressurreição dos mortos no Antigo Testamento.
R. "E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna e outros para vergonha e desprezo eterno" (Dn 12.2).

4. Explique a expressão "a ciência se multiplicará".
R. A multiplicação da ciência refere-se ao aumento do conhecimento sobre o conteúdo expresso da profecia de Daniel, não tendo relação alguma com o avanço da ciência formal.
5. Com as sua palavras comente a resposta de Daniel: "Eu, pois, ouvi, mas não entendi".
R. Daniel demonstrou a sua humildade e reconheceu a sua finitude! Não devemos sentir-nos inferiores a outras pessoas quando não entendermos um assunto bíblico. O que não devemos é inventar teorias que contrariam as Escrituras