segunda-feira, 28 de abril de 2014

Lição 5 Efeitos danosos do complexo de superioridade.

LIÇÃO 5 – 04 de maio de 2014 – Editora BETEL

Efeitos danosos do complexo de superioridade

TEXTO AUREO

“Porque o dia do Senhor dos Exércitos será contra o soberbo e altivo e contra todo o que se exalta, para que seja abatido;” Is 2.12

Comentarista: Pr. Israel Maia

VERDADE APLICADA

A soberba é um mal que precede à queda.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

 Definir complexo de superioridade;
 Mostrar as consequências desse mal;
 Explicar como esse mal se apresenta na igreja.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

Dn 3.1 - O Rei Nabucodonosor fez uma estátua de ouro, cuja altura era de sessenta côvados, e a sua largura, de seis côvados; levantou-a no campo de Dura, na província de Babilônia.
Dn 3.2 - E o rei Nabucodonosor mandou ajuntar os sátrapas, os prefeitos, os presidentes, os juízes, os tesoureiros, os conselheiros, os oficiais e todos os governadores das províncias, para que viessem
à consagração da estátua que o rei Nabucodonosor tinha levantado.
Dn 3.3 - Então, se ajuntaram os sátrapas, os prefeitos, os presidentes, os juízes, os tesoureiros, os conselheiros, os oficiais e todos os governadores das províncias, para a consagração da estátua que o rei Nabucodonosor tinha levantado, e estavam em pé diante da imagem que Nabucodonosor tinha levantado.
Dn 3.4 - E o arauto apregoava em alta voz: Ordena-se a vós, ó povos, nações e gente de todas as línguas:
Dn 3.5 - Quando ouvirdes o som da buzina, do pífaro, da harpa, da sambuca, do saltério, da gaita de foles e de toda sorte de música, vos prostrareis e adorareis a imagem de ouro que o Rei Nabucodonosor tem levantado.

Quando Daniel explicou o significado dos metais sucessivos na grande estátua, identificou Nabucodonosor com a cabeça de ouro (Dn 2:38); talvez, em parte, tenha sido isso o que motivou o rei a fazer uma imagem de ouro. Não se contentou em ser simplesmente uma cabeça de ouro; ele e seu reino seriam simbolizados por uma estátua feita inteiramente desse metal! Por certo, o orgulho fazia parte dessa ideia. Daniel havia deixado claro que nenhum império permaneceria, inclusive o do grande Nabucodonosor. Sem dúvida, todas as conquistas que realizou encheram o coração do rei de soberba, mas juntamente com elas havia o medo e a preocupação consigo mesmo e com seu vasto império. Ele queria certificar-se de que seu povo era leal a ele e de que não haveria rebeliões.
Não havia ouro suficiente em todo o império para fazer uma estátua maciça com trinta metros de altura e três metros de largura, de modo que a imagem provavelmente foi confeccionada em madeira e recoberta de ouro (Is 40:19; 41:7; Jr 10:3-9). Ainda assim, devia ser impressionante ver essa imagem dourada erguida na planície de Dura, um campo que ficava talvez a uns vinte quilômetros da cidade da Babilônia. ("Dura" significa simplesmente "um lugar murado", e havia vários locais com esse nome na antiga Babilônia). Nessa região, também foi feita uma fornalha onde as pessoas seriam lançadas, caso se recusassem a curvar-se diante da imagem e a reconhecer a soberania do rei Nabucodonosor. O plano de Nabucodonosor era unificar o reino por meio da religião e do medo. As opções eram prostrar-se diante da imagem e adorá-la ou ser lançado na fornalha e morrer queimado.
O rei enviou mensageiros a todas as províncias de seu império ordenando que os oficiais se reunissem para a consagração da grande estátua de ouro. São mencionados os nomes de oito oficiais específicos (Dn 3:2, 3) que representariam o povo de suas províncias. Os sátrapas (príncipes?) eram os principais administradores das províncias, enquanto os governadores eram, provavelmente, seus assistentes (ou talvez comandantes militares). Os prefeitos governavam sobre distritos menores, e os juízes eram seus conselheiros. A função dos tesoureiros era semelhante à dos tesoureiros de hoje, e os conselheiros eram peritos na lei. Os oficiais eram juízes e magistrados locais e cuidavam dos variados assuntos do governo das províncias. Todos os níveis hierárquicos possuíam representantes, e esperava-se que todos estivessem presentes.
Contudo, tratava-se de algo mais que uma assembleia política; era um culto religioso com música e tudo, sendo exigido um compromisso total da parte dos adoradores. Observe que o verbo "adorar" é usado pelo menos dez vezes neste capítulo. Nabucodonosor foi sábio ao usar música instrumental, pois esta poderia estimular as emoções do povo, tornando-o mais manipulável e conquistando sua submissão e obediência. Ao longo da história, a música e os cânticos desempenharam um papel importante para fortalecer o nacionalismo, motivando conquistas militares e inspirando o povo a agir. A música tem o poder de apossar-se de tal modo das emoções e dos pensamentos humanos que, de seres livres, as pessoas podem ser transformadas em marionetes. William Congreave, poeta inglês, escreveu que "a música tem um encantamento capaz de acalmar uma fera selvagem", mas também tem
o poder de libertar o que há de selvagem dentro da fera. A música pode ser usada como um instrumento maravilhoso do Senhor ou como uma arma destrutiva de Satanás.
Fonte: Comentário Warren W. Wiersbe

Introdução
O assunto que vamos abordar nesta lição nos mostra o quanto uma pessoa pode ser atormentada por falta de autoconhecimento. O complexo de superioridade não é, na verdade, uma patologia. Ele se apresenta em pessoas que não conseguem lidar com o seu complexo de inferioridade.

OBJETIVO
 Definir complexo de superioridade;

1. O complexo de superioridade na Igreja

Na Igreja, como em qualquer outro lugar da sociedade, é possível perceber que algumas pessoas demostram sentir uma incrível necessidade de autoafirmação, apresentando-se como alguém altamente capacitado em todas as áreas. O sujeito credita ser o melhor em tudo e para todos. Esse tipo de comportamento pode ser um indicativo de que, na realidade, ele sofra do complexo de inferioridade, uma vez que esse complexo se manifesta maquiado como um complexo de superioridade.
O maior exemplo bíblico e teológico de alguém que sofreu deste terrível mal é o próprio Satanás (Is 14.13-15). Nabucodonosor é uma representação de Satanás (Dn 1.1-21).

Segundo Gari Gustav Jung, criador da Psicologia Analítica, o complexo de superioridade, na verdade, esconde o complexo de inferioridade. Isto é, o indivíduo tem dificuldade em lidar com suas próprias limitações tais como: medo da rejeição, insegurança, baixa autoestima, entre outros. Isso leva o indivíduo a estar sempre querendo se mostrar melhor do que os outros, o que geralmente não passa de uma tentativa de compensação para um sentimento de inferioridade. A pessoa deseja que os outros reconheçam seu valor, porque ela mesma não está convencida de que valha alguma coisa. Vive em busca de elogios e aprovações que a façam se sentir importante pois não encontra esse senso de valorização dentro de si mesma. No capítulo dois do livro de Daniel, o rei Nabucodonosor demonstra sua incapacidade em conhecer os caminhos de sua psique e vê-se desesperado por não conseguir decifrar o que estava oculto em seu sonho. Sonho este que, ele mesmo já não se lembrava (Dn 2.5).
A falta do autoconhecimento pode produzir diversos sintomas, bem como um comportamento, no qual a pessoa é elevada, cada vez mais, a um patamar de superioridade idealizado por ela.

1.2. A falta de autoconhecimento induz ao erro
Os caminhos da psique, na maioria das vezes, são desconhecidos (Jr 17.9), por isso, é comum vermos as pessoas tomando determinadas atitudes, sem perceberem a razão que as motivam. O complexo de superioridade funciona como um desejo de autoafirmação do próprio indivíduo, muito mais do que para os outros. A demonstração do poder de Deus, através de Daniel, na interpretação do sonho do rei Nabucodonosor, não foi o suficiente para que ele mudasse seu comportamento, e, mais uma vez, o complexo de superioridade do rei o leva a cometer novos desatinos. Ao mandar construir uma estátua de ouro, com vinte e sete metros de altura, por aproximadamente três de largura (Dn 3.1), evidencia seu desejo em tentar provar sua capacidade em fazer um deus mais poderoso do que o Deus de Daniel.
Podemos perceber através desse ato de Nabucodonosor que ele ainda apresentava os sintomas clássicos já citados como os responsáveis pelo diagnóstico daquele que sofre de complexo de superioridade, todos que incorrem nesse pecado sofrerão a mesma condenação do diabo (lTm3.6).

1.3. Sintomas mais comuns do complexo de superioridade
Aquelas pessoas que geralmente apresentam um comportamento agressivo ou de prepotência em relação aos outros, na maior parte dos casos, são diagnosticadas como portadoras dessa enfermidade da alma (Pv 21.24). Também podemos encontrar, nessas pessoas, atitudes altruístas, pois buscam provar para si próprias que são melhores do que todos por estar fazendo o bem. No entanto, quando são expostas a momentos de muita pressão e ansiedade, revelam a sua face real apresentando os sintomas do complexo de superioridade (Dn 2.12). Vemos Nabucodonosor, tecendo elogios a Hananias, Misael e Azarias, por suas habilidades e conhecimentos (Dn 1.20), contudo, isso não foi levado em consideração, quando eles não se curvaram ante a sua estátua (Dn 3.15). A atitude de Nabucodonosor em condená-los à fornalha (Dn 3.19-20) revela-nos um dos sintomas do complexo de superioridade, onde a aparente bondade é a máscara que esconde o desejo de ser o melhor para que não se sinta inferior.
Normalmente, quando a verdadeira face daquele que aparentava ser dócil, delicado, agradável e bondoso se mostra; cobra com veemência o que fez em favor dos outros ou da comunidade. O termo popular “jogar na cara” ou o mais erudito “lançar em rosto” é comumente usado por este tipo de pessoa que, em muitos casos, sente-se traído por aquele a quem ajudou ou praticou algum bem, assumindo assim um comportamento vingativo. O melhor exemplo a ser observado é do bom samaritano que fez o melhor por quem não conhecia e não cobrou nada por isso (Lc 10. 30-37).

OBJETIVO
 Mostrar as consequências desse mal;

2. Um mau exemplo

Sem dúvida alguma, poderíamos citar outros personagens bíblicos, que também ilustrariam bem o tema desta lição, todavia vamos nos deter em analisar a pessoa do rei Acabe. Ele era marido de Jezabel e seu enorme desejo de se sentir poderoso fez com que perseguisse os profetas do Senhor. Seu fim aconteceu tal qual como o Senhor havia dito, e os cães lamberam o seu sangue: “E, lavando-se o carro no tanque de Samaria, os cães lamberam o seu sangue (ora as prostitutas se lavavam ali), conforme a palavra que o Senhor tinha falado” (lRs 22.38).

2.1. A ânsia pelo poder
Ao suceder seu pai, o rei Onri, ao trono de Israel (Rs 16.29). Acabe toma uma atitude que desagrada, não apenas ao povo, mas também profundamente ao Senhor. Ao casar-se com Jezabel, filha do rei dos sidônios, ele deixa claro que, em seu reinado, não haveria lugar para o governo de Jeová. E um de seus primeiros atos foi construir um lugar de adoração ao deus Baal (lRs 16.31-32), esse comportamento demonstra sua intenção em provar que era poderoso.

2.2. Um homem fraco escondido sob a falsa superioridade
Com o passar do tempo, Acabe se revela um homem fraco e omisso diante das atitudes de Jezabel, que assumiu o comando do reino e mandou matar os profetas do Senhor (lRs 18.4), intensificando e solidificando o culto a Baal (lRs 118.19). As atitudes de Acabe em tentar se mostrar um homem cada vez mais poderoso e temido pelo povo, na realidade, escondiam sua incompetência e sua insegurança em relação ao domínio que sua mulher exercia sobre ele.
Na maioria dos casos, os indivíduos que apresentam sintomas do complexo de superioridade sofreram algum tipo de pressão por parte de alguém que consideravam superior e, em consequência disso, são levados a adquirirem tais atitudes que podem causar danos irreversíveis em suas psiques.

2.3. Um forte desejo de se sentir superior
Um forte indício de que Acabe era acometido pelo complexo de superioridade, encontra-se no episódio em que ele cobiça a vinha de Nabote. Ele não admitia que alguém pudesse possuir algo de maior qualidade e de beleza, uma vez que ele era o rei. Então, revestido da autoridade que sua posição lhe conferia, ordenou a Nabote que lhe entregasse a sua vinha. Uma característica marcante do complexo de superioridade é a de que o indivíduo não respeita quaisquer instituições ou limites e pleiteia para si todos os direitos (2Rs 2.4). No entanto, diante da recusa de Nabote, Acabe logo revelou sua baixa autoestima, externando sua fraqueza e seu abatimento por não conseguir a realização do seu desejo. Na presença de Jezabel (lRs 21.5-6), o rei revela o seu real sentimento de inferioridade, e mais uma vez, deixa-se influenciar por sua mulher para se sentir alguém superior.

OBJETIVO
 Explicar como esse mal se apresenta na igreja.

3. Um velho conhecido da Igreja

A igreja do Senhor conhece bem um ser que, desde há muito tempo, tem tentado de todas as maneiras, parecer superior perante a humanidade. Estamos aqui trazendo ao nosso estudo a figura nefasta de Satanás, que, ao longo dos tempos, não tem poupado esforços para se mostrar superior em suas atitudes, levando muitos se perderem em seus planos ardilosos, inclusive utilizando sua mais poderosa arma: a mentira (Jo 8.44).
Mentira e soberba são pejorativo de quem sofre do complexo de superioridade. Satanás é o pai da mentira e originador da soberba. Por isso os que incorrem neste erro será condenados como ele. (2Tm 3.6)

3.1. Uma tentativa desastrosa
Ao se reportar a Eva, no Jardim do Éden, o diabo não mediu esforços para tentar provar seu conhecimento acerca do Criador. Ele se apresentou como detentor do conhecimento e sobre a qual realmente seria a intenção de Deus em relação ao homem. Segundo Satanás, o Senhor teria interesse em manter um segredo, através do qual manipularia o homem com um fantoche em suas mãos (Gn 3.1-5).
Esse incrível desejo do inimigo, em fazer o homem pecar, indica o seu principal sentimento em relação à coroa da criação, isto é, a inveja; por sentir-se inferior. O fato de ter sido criado como anjo com a função específica de servir (Sl 91.11, Mc 1.13) colocava-o em posição inferior ao homem na hierarquia da criação, pois o homem foi criado para louvar e adorar o Criador (Sl 52.9).

3.2. O domínio exercido por Satanás
Pessoas que sofrem de complexo de superioridade se tornam alvo fácil ao domínio de Satanás, uma vez que ele próprio foi acometido desse mal. Quando os profetas o comparam ao rei da Babilônia (Is 14) e de Tiro (Ez 28), percebemos que isso está relacionado ao fato de esses reis terem exigido para si adoração como divindade, à semelhança da atitude do inimigo, o que lhes garantiu o mesmo fim, isto é, a queda.

3.3. O desejo desenfreado de querer ser adorado
Em sua frustrada intenção de tentar a Jesus após quarenta dias de jejum, o diabo expõe seu desejo em parecer poderoso e, em determinado momento do seu diálogo com o Mestre, coloca-se como dono do mundo, oferecendo algo que não lhe pertencia em troca de adoração. “E o diabo, levando-o a um alto monte, mostrou-lhe num momento de tempo todos os reinos do mundo. E disse-lhe o diabo: Dar-te-ei a ti todo este poder e a sua glória; porque a mim me foi entregue, e dou-o a quem quero” (Lc 4.5-6).

Conclusão
Outros personagens poderiam colaborar com o nosso estudo como: Golias, Saul, Ninrode, etc. Porém, mesmo que alguns desses não tenham encontrado a resposta para os seus males, sabemos que todo aquele que se encontra com Jesus, descobre que o menor no Reino dos Céus é o maior na Terra (Mt 11.11). Em Cristo encontramos todas as respostas para usufruir de uma vida abençoada, sem necessidade de parecer superior a ninguém. Sentir-se interiormente inferior, pode levar o indivíduo a compensar tal sentimento com a superioridade e isso é um indicativo de que precisa procurar ajuda terapêutica.

QUESTIONÁRIO

1. Qual a primeira atitude de Nabucodonosor na tentativa de parecer poderoso?
R. Sitiar e tomar escravos em Jerusalém (Dn 1.1-3).
2. Como demonstrava sua incapacidade em conhecer os caminhos de sua psique?
R. Ao não lembrar o que sonham (Dn 2. 5).
3. O que fez Acabe para provar que era poderoso?
R. Construiu um lugar de adoração a Baal (lRs 16. 31-32).
4. Ao se mostrar fraco e abatido na presença de Jezabel, o que revelou Acabe?
R. Revelou a sua real condição, de se sentir inferior a Nabote.
5. Qual é a mais poderosa arma de Satanás?
R. A mentira (Jo S.44).

REFERÊCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Editora Betel 2º Trimestre de 2014, ano 24 nº 91 – Jovens e Adultos - “Dominical” Professor – ENFERMIDADES DA ALMA Identificando os distúrbios emocionais e confrontando-os com soluções divinas e bíblicas

Lição 5 Dons de Elocução

Lição 5 
4 de Maio de 2014

DONS DE ELOCUÇÃO

TEXTO ÁUREO


"Se alguém falar, fale segundo as palavras de Deus; se alguém administrar, administre segundo o poder que Deus dá, para que em tudo Deus seja glorificado por Jesus Cristo, a quem pertence a glória e o poder para todo o sempre. Amém!"
(1 Pe 4.11).


VERDADE PRÁTICA


Os dons de profecia, de variedades de línguas e de interpretação das línguas são para edificar, exortar e consolar a Igreja de Cristo

HINOS SUGERIDOS 33, 77, 185

LEITURA DIÁRIA


Segunda – Jo 17.17A Palavra de Deus é a verdade
S
Terça – 1 Tm 4.14Não despreze o dom de Deus
T
Quarta – 1 Co 14.3Os objetivos do dom de profecia
Q
Quinta – 1 Co 14.32Equilíbrio e bom-senso quanto aos dons
Q
Sexta – 1 Co 14.22-25Sinais para os fiéis e para os infiéis
S
Sábado – 1 Co 12.31Buscar os dons com zelo
S

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE



1 Coríntios 12.7,10-1214.26-32

INTERAÇÃO


Prezado professor, na lição de hoje estudaremos a respeito dos três dons de elocução: profecia, variedade de línguas e interpretação. Qual o propósito destes dons? Atualmente temos visto muita confusão e falta de sabedoria no uso destes dons, em especial o de profecia, por isso, precisamos estudar com afinco este tema a fim de que não sejamos enganados pelos falsos profetas. Paulo exortou os crentes de Corinto para que eles procurassem com zelo os dons espirituais e em especial o dom de profecia, pois aquele que profetiza edifica toda a igreja. Por isso, ao preparar a lição, ore e peça que o Senhor conceda a você e aos seus alunos os dons de profecia, de falar em línguas estranhas e o de interpretá-las.

OBJETIVOS



Após a aula, o aluno deverá estar apto a:
Analisar biblicamente o dom de profecia. 
Compreender o dom de variedade de línguas.
Valorizar o dom de interpretação de línguas.



ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA


Professor, para introduzir o primeiro tópico da lição, faça as seguintes indagações: "O que é ser profeta?" "Qual é a função do profeta?" Depois de ouvir os alunos, explique que o profeta é aquele que fala em lugar   de outrem. Sua função é proclamar os oráculos de Deus a fim de que a Igreja seja edificada, exortada e consolada. A Palavra de Deus nos exorta a não desprezarmos as profecias, todavia precisamos examiná-las com sabedoria, de acordo com a Palavra de Deus, pois muitos falsos profetas têm se levantado atualmente. Leia, juntamente com os alunos 1 Tessalonicenses 5.20,21. Ressalte que a Igreja não pode deixar de julgar as profecias e discernir os espíritos.

COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO

O estudo da lição desta semana concentrar-se-á nos três dons classificados como os de elocução: profecia, variedade de línguas e interpretação das línguas. Os propósitos destes dons especiais são os de edificar, exortar e consolar a Igreja de Cristo (1 Co 14.3). Isso porque os dons de elocução são manifestações sobrenaturais vindas de Deus, e não podem ser utilizadas na igreja de forma incorreta. Assim, devemos estudar estes dons com diligência, reverência e temor de Deus, para não sermos enganados pelas falsas manifestações.

I. DOM DE PROFECIA (1 Co 12.10)

1. O que é o dom de profecia? De acordo com Stanley Horton, o dom de profecia relatado por Paulo em 1 Coríntios 14 refere-se a mensagens espontâneas, inspiradas pelo Espírito, em uma língua conhecida para quem fala e também para quem ouve, objetivando edificar, exortar ou consolar a pessoa destinatária da mensagem. Profetizar não é desejar uma bênção a uma pessoa, pois essa não é a finalidade da profecia. Infelizmente, por falta de ensino da Palavra de Deus nas igrejas, aparecem várias aberrações concernentes ao uso incorreto deste dom. Não poucos crentes e igrejas locais sofrem com as consequências das falsas profecias. Apesar de exortar-nos a não desprezar ou sufocar as profecias na igreja local (1 Ts 5.20), as Escrituras orientam-nos a que examinemos "tudo", julgando e discernindo, pelo Espírito, o que está por trás das mensagens. Toda profecia espontânea deve ser julgada (1 Co 14.29-33).
2. A relevância do dom de profecia. O dom de profecia é tão importante para a Igreja de Cristo que o apóstolo Paulo exortou a sua busca (1 Co 14.1). Não obstante, ele igualmente recomendou que o exercício desse dom fosse observado pela ordem e cuidado nos cultos (1 Co 14.40). Os crentes de Corinto deveriam julgar as profecias quanto ao seu conteúdo e a origem de onde elas procedem (1 Co 14.29), pois elas possuem três fontes distintas: Deus, o homem ou o Diabo. Devemos nos cuidar, pois a Bíblia, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, mostra ações dos falsos profetas. O Senhor Jesus nos alertou: "Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores" (Mt 7.15). Vigiemos!
3. Propósitos da profecia.  A profecia contribui para a edificação do crente. Porém, ainda existe muita confusão a respeito do uso dos dons de elocução, e em especial ao de profecia e sua função. Há líderes permitindo que as igrejas que lideram sejam guiadas por supostos profetas. A Igreja de Jesus Cristo deve ser conduzida segundo as Escrituras, pois esta é a inerrante Palavra de Deus. A Bíblia Sagrada, a Profecia por excelência, deve ser o manual do líder cristão. Outros líderes, também erroneamente, não tomam decisão alguma sem antes consultar um "profeta" ou uma "profetisa".  Estes profetizam aquilo que as pessoas querem ouvir e não o que o Senhor realmente quer falar. Todavia, a Palavra de Deus alerta-nos a que não ouçamos a tais falsários (Jr 23.9-22).

SINOPSE DO TÓPICO (1)

O propósito do dom de profecia é edificar, exortar e consolar a Igreja (1 Co 14.3).

II. VARIEDADE DE LÍNGUAS (1 Co 12.10)

1. O que é o dom de variedades de línguas? De acordo com o teólogo pentecostal Thomas Hoover, o dom de línguas é "a habilidade de falar uma língua que o próprio falante não entende, para fins de louvor, oração ou transmissão de uma mensagem divina". Segundo Stanley Horton, "alguns ensinam que, por estarem alistados em último lugar, estes dons são os de menor importância". Ele acrescenta que tal "conclusão é insustentável", pois as "cinco listas de dons encontradas no Novo Testamento colocam os dons em ordens diferentes". O dom de variedades de línguas é tão importante para a igreja quanto os demais apresentados em 1 Coríntios 12.
2. Qual é a finalidade do dom de variedade de línguas? O primeiro propósito é a edificação da vida espiritual do crente (1 Co 14.4). As línguas, ao contrário da profecia, não edificam ou exortam a igreja. Elas são para a devoção espiritual do crente que recebe este dom. À medida que o servo de Deus fala em línguas estranhas vai sendo  também edificado, pois o Espírito Santo o toca e renova diretamente (1 Co 14.2).
3. Atualidade do dom. É preciso deixar claro que a variedade de línguas não é um fenômeno exclusivo do período apostólico. O Senhor continua abençoando os crentes com este dom e cremos que assim o fará até a sua vinda. No Dia de Pentecostes, todos os crentes reunidos no cenáculo foram batizados com o Espírito Santo e falaram noutras línguas pelo Espírito (At 1.4,5; 2.1-4). É um dom tão útil à vida pessoal do crente em nossos dias quanto o foi nos dias da igreja primitiva.

SINOPSE DO TÓPICO (2)

O dom de línguas é tão importante para a igreja quanto os demais apresentados em 1 Coríntios 12.

III. INTERPRETAÇÃO DE LÍNGUAS (1 Co 12.10)

1. Definição do dom. Thomas Hoover ensina que a interpretação das línguas é "a habilidade de interpretar, no próprio vernáculo, aquilo que foi pronunciado em línguas". Na igreja de Corinto havia certa desordem no culto com relação aos dons espirituais, por isso, Paulo os advertiu dizendo: "E, se alguém falar língua estranha, faça-se isso por dois ou, quando muito, três, e por sua vez, e haja intérprete. Mas, se não houver intérprete, esteja calado na igreja e fale consigo mesmo e com Deus" (1 Co 14.27,28).
2. Há diferença entre dom de interpretação e o de profecia? Embora haja semelhança são dons distintos. O dom de interpretação de línguas necessita de outra pessoa, também capacitada pelo Espírito Santo, para que interprete a mensagem e a igreja seja edificada. Do contrário, os crentes ficarão sem entender nada. Já no caso da profecia não existe a necessidade de um intérprete. Estêvam Ângelo de Souza definiu bem essa questão quando disse que "não haverá interpretação se não houver quem fale em línguas estranhas, ao passo que a profecia não depende de outro dom".

SINOPSE DO TÓPICO (3)
O dom de línguas é tão importante para a igreja quanto os demais apresentados em 1 Coríntios 12.

CONCLUSÃO

Ainda que haja muitas pessoas em diversas igrejas que não aceitem a atualidade do batismo com o Espírito Santo e dos dons espirituais - os chamados "cessacionistas" - Deus continua abençoando os crentes com suas dádivas. Portanto, não podemos desprezar o dom de profecia, o de falar em línguas estranhas e o de interpretá-las. Porém, façamos tudo conforme a Bíblia: com sabedoria, decência e ordem (1 Co 14.39,40). Agindo dessa forma, Deus usará os seus filhos para que sejam portadores das manifestações gloriosas dos céus.



AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICOI


Subsídio Teológico

"Paulo era grato a Deus por falar em línguas, e mais do que todos os coríntios. Na igreja, porém, diz que preferiria falar cinco palavras com seu entendimento, a fim de que pudesse, pela sua voz ensinar aos outros, do que dez mil palavras em línguas (1 Co 14.18,19). Mas não deseja com isso excluir as línguas. É parte legítima de sua adoração (1 Co 14.26).
Paulo lhes adverte para que cessem de proibir o falar em línguas. Segundo parece, alguns não gostavam da confusão causada pelo uso exagerado das línguas. Procuravam solucionar o problema por meio da proibição total do falar em línguas. Mas a experiência era preciosa, e a bênção excelente, para a maioria dos coríntios aceitar essa proibição. Alguns dizem hoje: 'Há problemas envolvidos no falar em línguas; vamos evitá-las, portanto'. Mas não foi essa a solução de Paulo para si, nem para a Igreja. Até mesmo os limites que Paulo impõe não tinham a intenção de impedir as línguas. Tratava-se, apenas, de dar mais oportunidade, para maior edificação a outros dons" (HORTON, Stanley M. A Doutrina do Espírito Santo no Antigo e Novo Testamento. 12.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p.242).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICOII


Subsídio Teológico
"Natureza Encarnacional dos Dons
Os crentes desempenham um papel vital no ministério dos dons. Romanos 12.1-3 nos diz para apresentarmos nosso corpo e mente como adoração espiritual e que testemos e aprovemos o que for a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.
Semelhantemente, 1 Coríntios 12.1-3 nos adverte a não perdermos o controle do corpo e a não sermos enganados pela falsa doutrina, mas deixar Jesus ser Senhor. E Efésios 4.1-3 nos recomenda um viver digno da vocação divina, tomar a atitude correta e manter a unidade do Espírito.
Nosso corpo é o templo do Espírito Santo e, portanto, deve estar envolvido na adoração. Muitas religiões pagãs ensinam um dualismo entre o corpo e o espírito. Para elas, o corpo é mau, uma prisão, ao passo que o espírito é bom e precisa ser liberto. Essa opinião era comum no pensamento grego.
Paulo conclama os coríntios a não se deixarem influenciar pelo passado pagão. Antes, perdiam o controle; como consequência, podiam dizer qualquer coisa e alegar que provinha do Espírito de Deus. O contexto bíblico dos dons não indica nenhuma perda de controle. Pelo contrário, à medida que o Espírito opera através de nós, temos mais controle do que nunca. Entregamos nosso corpo e mente a Deus como instrumentos a seu serviço" (HORTON, Stanley (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 10.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, p.469).


BIBLIOGRAFIA SUGERIDA


BEVERE, John. Assim Diz o Senhor? Como saber quando Deus está falando através de outra pessoa. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.
HORTON, Stanley M. A Doutrina do Espírito Santo no Antigo e Novo Testamento. 12.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012.


SAIBA MAIS


Revista Ensinador Cristão CPAD
 nº 59, p.38.


EXERCÍCIOS


1. Quais são os propósitos da profecia?
R. Exortar, consolar e edificar.

2. Quais são as três fontes de onde podem proceder as profecias?
R. Deus, o homem ou o Diabo.

3. Segundo o teólogo Thomas Hoover, o que é o dom de línguas?
R. "É a habilidade de falar uma língua que o próprio falante não entende, para fins de louvor, oração ou transmissão de uma mensagem divina".

4. Qual é a finalidade principal do dom de variedade de línguas?
R. É a edificação da vida espiritual do crente.

5. Defina, de acordo com a lição, o dom de interpretação de línguas.
R. "É a habilidade de interpretar no próprio vernáculo, aquilo que foi pronunciado em línguas".

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Lição 4 - Vencendo a timidez e suas consequências "Betel"

LIÇÃO 4 – 27 de abril de 2014 – Editora BETEL
Vencendo a timidez e suas consequências
TEXTO AUREO

“Não to mandei eu? Esforça-te e tem bom ânimo; não pasmes, nem te espantes, porque o Senhor, teu Deus, é contigo, por onde quer que andares.” Js 1.9

Comentarista: Pr. Israel Maia

VERDADE APLICADA

A timidez pode impedir a concretização dos propósitos de Deus para nossa vida.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

Conhecer a origem da timidez;
Mostrar os efeitos da timidez no indivíduo;
Explicar como vencer a timidez.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

Êx 3.1 - E apascentava Moisés o rebanho de Jetro, seu sogro, sacerdote em Midiã; e levou o rebanho atrás do deserto e veio ao monte de Deus, a Horebe.
Êx 3.2 - E apareceu-lhe o Anjo do Senhor em uma chama de fogo, no meio de uma sarça; e olhou, e eis que a sarça ardia no fogo, e a sarça não se consumia.
Êx 3.3 - E Moisés disse: Agora me virarei para lá e verei esta grande visão, porque a sarça se não queima..
Êx 3.4 - E, vendo o Senhor que se virava para lá a ver, bradou Deus a ele do meio da sarça e disse: Moisés! Moisés! E ele disse: Eis-me aqui.

Os anos da vida de Moisés são extraordinariamente divididos em três partes de quarenta anos: os primeiros quarenta anos ele passou como um príncipe na corte do Faraó, a segunda parte como um pastor de ovelhas em Midiã, a terceira parte como um rei em Jesurum.
A vida dos homens está sujeita a muitas mudanças, especialmente a vida dos homens bons. Ele tinha agora terminado o segundo período de quarenta anos, quando recebeu esta missão de tirar Israel do Egito. Observe que às vezes passa muito tempo antes que Deus chame seus servos para executar um trabalho que, no passado, já reservara para eles, e que já os estava preparando misericordiosamente para desempenhar. Moisés nasceu para ser o libertador de Israel, porém nenhuma palavra a esse respeito lhe é dita até que ele esteja com oitenta anos de idade. Agora observe:
Como esta manifestação de Deus a ele o encontrou ocupado. Ele estava apascentando o rebanho (cuidando das ovelhas) perto do monte Horebe, v. 1. Esta era uma pobre ocupação para um homem de sua estirpe e educação, mas ele se sente satisfeito com isso, e desse modo aprende a mansidão e o contentamento em um grau elevado, algo pelo que ele é mais celebrado nas Escrituras Sagradas do que por todos os seus outros aprendizados. Observe que: 1. Devemos permanecer no
chamado que recebemos, e não sermos dados às mudanças. 2. Aqueles que são qualificados para grandes ocupações e serviços não devem achar estranho se forem confinados à obscuridade. Este foi o destino de Moisés diante deles, que não previa nada além de que deveria morrer, já que tinha vivido um grande período como um pobre e desprezível pastor de ovelhas. Que aqueles que
se consideram sepultados, mesmo que ainda estejam vivos, fiquem satisfeitos em brilhar como candeias em seus sepulcros, e esperem que o tempo de Deus chegue para colocá-los em um castiçal. Assim Moisés foi empregado, quando foi honrado com esta visão. Observe: (1) Deus estimulará a atividade. Os pastores estavam apascentando os seus rebanhos quando receberam a notícia do nascimento do nosso Salvador, Lucas 2.8. Satanás gosta de nos ver ociosos. Porém Deus fica satisfeito quando nos encontra trabalhando. (2) O isolamento é um bom amigo para a nossa comunhão com Deus. Quando estamos sozinhos, o Pai está conosco. Moisés viu mais de Deus em um deserto, do que jamais havia visto na corte do Faraó.
Qual era a manifestação. Para sua grande surpresa, ele viu uma sarça ardente, quando percebeu que nenhum fogo, fosse da terra ou do céu, o acendeu, e, o que era mais estranho, ela não se consumia, v. 2. Foi um anjo do Senhor que apareceu a ele. Alguns pensam que se tratasse de uma aparição, que falava a língua daquele que o enviou. Outros, a segunda pessoa da Trindade, o Anjo da Aliança, que é o próprio Deus. Foi uma manifestação extraordinária da presença e da glória divinas. O visível foi produzido pelo ministério de um anjo, porém Moisés ouviu Deus falando com ele na sarça. 1. Ele viu uma chama de fogo, porque nosso Deus é um fogo consumidor. Quando a libertação de Israel do Egito foi prometida a Abraão, ele riu uma tocha de fogo, que significava a luz da alegria que aquela libertação causaria (Gn 15.17). Agora ela brilha mais forte, como uma chama de fogo, porque Deus nesta libertação trouxe terror e destruição aos seus inimigos, luz e calor ao seu povo, e manifestou sua glória diante de todos. Veja Isaías 10.17. 2. Este fogo não estava em um cedro alto e majestoso, mas em uma sarça, um arbusto com espinhos (este é o significado da palavra). Porque Deus escolhe os fracos e despreza as coisas altivas do mundo (assim como Moisés, que agora era um pobre pastor de ovelhas), para com eles confundir os sábios. Assim, o bondoso Senhor se deleita em embelezar e coroar os humildes. 3. A sarça ardia no fogo, porém não se consumia. Esta era uma representação da igreja que agora estava escravizada no Egito, queimando nos fornos de cozer tijolos, mas que não se consumia. Perplexos, mas não desanimados, abatidos, mas não destruídos.
A curiosidade que Moisés teve de investigar esta visão extraordinária: Agora me virarei para lá e verei esta grande visão, v. 3. Ele fala como alguém curioso e ousado em sua investigação. A despeito do que fosse, Moisés, se possível, viria a saber o significado daquilo que estava contemplando. Observe que as coisas reveladas pertencem a nós, e devemos investigá-las diligentemente.
O convite que ele teve para se aproximar, contudo com cautela para não chegar perto demais, nem agir precipitadamente.
1. Deus lhe fez um chamado bondoso, ao qual Moisés respondeu prontamente, v. 4. Quando Deus notou que ele havia visto a sarça ardente, e virou-se para vê-la, e deixou o seu trabalho para fazer isto, então Deus o chamou. Se ele tivesse ignorado descuidadamente o chamado como um ignisfatuus - um meteoro enganador, uma coisa de que não vale a pena tomar conhecimento, é provável que Deus tivesse partido, e não tivesse lhe dito nada. Mas, quando ele se virou, Deus o chamou. Observe que aqueles que querem ter comunhão com Deus devem lhe responder, e se aproximar dele, naquelas ordenanças em que Ele se agrada de se manifestar, como também o seu poder e glória, mesmo que seja em uma sarça. Eles devem se chegar ao tesouro, mesmo que esteja em um vaso de barro. Aqueles que buscam a Deus diligentemente o acharão, e o reconhecerão como o seu generoso galardoador. Chegai-vos a Deus, e Ele se chegará a vós. Deus o chamou pelo nome, Moisés! Moisés! Aquilo que Moisés ouviu poderia surpreendê-lo muito mais do que aquilo que ele viu. A palavra do Senhor sempre acompanhou a glória do Senhor, porque toda visão divina foi criada como um apoio à revelação divina, Jó 4.16ss.; 33.14-16. Os chamados divinos são então eficazes: (1) Quando o Espírito de Deus os torna particulares, chamando-nos pelo nosso nome. A palavra chama: Ei, todos! O Espírito, pela aplicação deste fato, chama: Ei, você! Conheço-te por teu nome, cap. 33.12. (2) Quando lhes damos uma resposta obediente, como Moisés aqui: “Eis-me aqui, o que diz o meu Senhor ao seu servo? Eis-me aqui, não só para ouvir o que for dito, mas para fazer o que me for ordenado”.
2. Deus lhe deu uma advertência necessária contra a imprudência e a irreverência ao se aproximar: (1) Moisés deveria manter distância. Aproximar-se, mas sem chegar perto demais. Perto o suficiente para ouvir, mas não tão perto a fim de enxergar algo que não deveria ver. Sua consciência deveria ser satisfeita, mas não a sua curiosidade. Moisés deveria ser cuidadoso para que a familiaridade não gerasse desprezo. Observe que todas as vezes que nos dirigirmos a Deus, deveremos estar profundamente comovidos pela distância infinita que há entre nós e Ele, Eclesiastes 5.2. Isto também pode ser considerado como algo próprio da dispensação do Antigo Testamento, que
era uma dispensação de trevas, escravidão e terror, da qual o Evangelho felizmente nos liberta, dando-nos ousadia para entrarmos no Santo dos Santos, convidando-nos a nos aproximar. (2) Moisés deveria expressar a sua reverência, e a sua prontidão a obedecer: Tira os teus sapatos de teus pés, como um servo. Tirar o sapato naquela época significava o mesmo que tirar o chapéu significa hoje: um sinal de respeito e submissão. “O lugar em que tu estás é terra santa, que se tornou assim por esta manifestação especial da presença divina. Durante a continuidade desta bendita manifestação, ela deve manter este caráter. Portanto, não pises nesta terra com os pés calçados”. Guarda o teu pé, Eclesiastes 5.1. Observe que devemos nos aproximar de Deus com uma pausa e uma preparação solenes. E, embora a ação física sozinha tenha pouco proveito, devemos glorificar a Deus com nossos corpos, expressando a nossa reverência interior através de um comportamento sério e reverente no culto a Deus, evitando cuidadosamente tudo o que pareça leviano, rude, e que não condiga com a extrema importância do culto.
A declaração solene que Deus fez a respeito de seu nome, pela qual Ele seria conhecido a Moisés: Eu sou o Deus de teu pai, v. 6. 1. O precioso Senhor o avisa que é Deus quem fala com ele, para chamar a sua reverência e atenção, a sua fé e obediência. Porque isto é suficiente para exigir todas estas coisas: Eu sou o Senhor. Ouçamos sempre a palavra como a palavra do Senhor, 1 Tessalonicenses 2.13. 2. Ele será conhecido como o Deus de seu pai, seu pai piedoso Anrão, e o Deus de Abraão, Isaque e Jacó, seus antepassados, e todos os antepassados de todo Israel, a quem agora Deus estava prestes a se manifestar. Com isto, Deus pretendia: (1) Instruir Moisés no conhecimento de um outro mundo, e fortalecer a sua crença em um estado futuro. Desse modo é interpretado pelo nosso Senhor Jesus, o melhor expositor das Escrituras, que a partir disto prova que os mortos são ressuscitados, em oposição aos conceitos dos saduceus. Moisés, ele diz, mostrou isto junto da sarça (Lc 20.37), isto é, Deus aqui mostrou a ele, e nele a nós, Mateus 22.31ss. Abraão estava morto, mas ainda assim Deus é o Deus de Abraão. Portanto, a alma de Abraão vive, e o Deus precioso permanece em contato com ela. E, para tornar a sua alma completamente feliz, o seu corpo deve reviver no devido tempo. Esta promessa feita aos pais, de que Deus seria o seu Deus, deve incluir uma felicidade futura. Porque o Senhor nunca fez nada por eles neste mundo que fosse suficiente para corresponder à vasta extensão e alcance daquela grande palavra. Mas, tendo lhes preparado uma cidade, o Deus precioso não se envergonha de ser chamado seu Deus, Hebreus 11.16. E
veja também Atos 26.6,7; 24.15. (2) Dar certeza a Moisés do cumprimento de todas aquelas promessas específicas que haviam sido feitas aos pais. Ele pode esperar por isso confiantemente, porque através destas palavras o Senhor Deus estava confirmando o seu concerto, cap. 2.24. Note: [1] O relacionamento de aliança entre Deus e nós, como nosso Deus, é o nosso melhor apoio nos piores momentos, e um grande estímulo à nossa fé em relação às promessas específicas. [2] Quando estamos conscientes da nossa própria indignidade - que, aliás, é muito grande - podemos nos consolar a partir do relacionamento de Deus com nossos pais, 2 Crônicas 20.6.
A impressão solene que isto deixou em Moisés: Ele encobriu o seu rosto, como estando tanto envergonhado quanto temeroso de olhar para Deus.
Agora ele sabia que era com uma luz divina que seus olhos eram ofuscados. Ele não teve medo de uma sarça ardente até perceber que Deus estava nela. Sim, embora Deus se denominasse o Deus de seu pai, e um Deus em concerto com ele, contudo ele temeu. Observe que:
1. Quanto mais virmos a Deus, mais motivos encontraremos para adorá-lo com reverência e temor cristão. 2. As manifestações da graça e da aliança de amor de Deus devem aumentar a nossa humilde reverência a Ele.
Fonte: Comentário Matthew Henry

Introdução
Abordaremos um tema que possivelmente fará com que muitos se identifiquem, talvez não por serem tímidos, mas por conhecerem ou conviverem com pessoas tímidas ou extremamente tímidas. Quase a metade da população relata sofrer de timidez. Todos somos tímidos, em algum grau. E isso não é problema. Só é quando isso interfere em nossa vida social. Timidez e acanhamento, no fundo, é uma questão de confiança. Confiança em si mesmo!

OBJETIVO
Conhecer a origem da timidez;

1. que é a timidez?

A timidez se caracteriza por um desconforto diante de situações sociais, desconforto que “atrapalha o indivíduo na conquista de seus objetivos, sejam eles pessoais ou profissionais”. Estudos recentes confirmam que ninguém nasce tímido nem se sente tímido o tempo todo. As pessoas ficam tímidas quando se sentem em situações de inferioridade ou vulnerabilidade. Portanto como cristãos precisamos reagir contra este sentimento (Is 35.3,4).
Destaque para os alunos que os cristãos não precisam temer situações de inferioridade ou vulnerabilidade (Lc 11.11-12). A timidez causa desconforto e inibição em relações interpessoais que interferem nos objetivos pessoais e profissionais. Traços como vergonha, medo, solidão, depressão e ansiedade podem vir a se manifestar em seu lado afetivo.

1.1. As causas da timidez
É importante ressaltar que uma pessoa dificilmente sentirá timidez ou acanhamento se desfrutar de uma infância saudável, estabelecendo e mantendo relação de confiança com os pais. Quando confia nos pais, confia na escolha certa e no caminho a percorrer (Pv 22.6), não tem medo de expressar seus sentimentos, e quando é colocado à prova, aceita desafios. Quando os pais, a sociedade e a “educação”, impõem à criança determinados comportamentos, podem comprometer seriamente sua subjetividade. Por exemplo, quando, a criança é constantemente criticada por ser demasiadamente lenta, atrapalhada, calada ou falante demais, isso pode deflagrar ódio por suas singularidades. A criança se sente ferida, diminuída e se fecha, tornando-se um adulto dependente e com pouca confiança em si mesmo.

1.2. Tipo de timidez
O tímido tem dificuldades em enfrentar situações novas, fazer amigos ou namorados, o que torna seu círculo social extremamente reduzido e também não consegue apresentar trabalhos estudantis, profissionais ou sociais. Vamos conhecer três graus de timidez: Leve: Sofre de pequenos momentos de timidez, mas não frequentes e aprendeu a fazer o esforço necessário para vencer esses instantes que lhe possam causar problemas. Moderada: É certamente tímido, mas consegue escondê-lo. Tem muita consciência dos seus atos e esforça-se por exprimir-se e obter o respeito dos outros. Extrema: É profunda e obsessivamente tímido. Naturalmente, desistiu de tentar vencer a sua timidez, que lhe arruinou a vida e o impediu de realizar-se, já há muito tempo.
A timidez pode variar, por exemplo, da dificuldade de falar em público, até chegar à fobia social, a mais grave de todas, impedindo a pessoa de fazer até mesmo as coisas mais simples do dia a dia.

1.3. Timidez ou fobia social?
Quando a timidez é exacerbada, torna-se uma fobia social ou ansiedade social, que afeta 7% da população mundial. A ansiedade social é o medo de situações sociais que envolvam interação com outras pessoas. É o medo de ser julgado e avaliado por outras pessoas. Algumas pessoas desenvolvem a fobia social, sem necessariamente ter experimentado a timidez, mas muitos tímidos evoluem para essa condição por negligenciar sua dificuldade e rejeitar as opções de tratamento. Enquanto na timidez a pessoa sente desconforto, mas ainda enfrenta os desafios do cotidiano, na fobia social ela passa a evitá-los, isolando-se gradativamente. No caso da fobia social, as consequências podem ser devastadoras: geralmente o fóbico começa abandonando a convivência social (escola, faculdade, emprego, reuniões, festas) e termina no isolamento e no ostracismo.
Explique para os alunos que a fé cristã não é antissocial, pois Jesus frequentou festas (Jo 2.1-2), banquetes (Lc 5.29-30) e fez visitas (Mc 1.29).

OBJETIVO
Mostrar os efeitos da timidez no indivíduo;

2. O tímido tem muitos medos

O tímido tem medo de gente, tem medo de não ser aceito e tem medo de ser rejeitado! Ele possui pensamentos e sentimentos negativos sobre si, sentimentos de inferioridade, sua autoestima e confiança em si mesmo são muito baixas, tem medo de errar, etc.. Esta atitude é anticristã, pois para nós agradável é viver em comunhão (SI 133).
Quanto mais inseguro o tímido se sentir em relação a outras pessoas, quanto mais nova for á situação e quanto menos conhecida seja a pessoa com quem o tímido está se relacionando, maior será a necessidade de ele se refugiar internamente, retrair-se, pois se sente muito ameaçado.

2.1. Os sintomas fisiológicos mais observados da timidez
A timidez pode provocar a aceleração dos batimentos cardíacos, isto é, a pessoa sente seu coração pulsando mais forte. Outro sintoma é secura na boca, especialmente sob estresse. A pessoa não produz saliva suficiente para manter a boca úmida. O tímido também experimenta tremores no corpo ou na voz, sente sua face ficar vermelha por vergonha, transpira excessivamente e pode gaguejar, prejudicando, assim, sua comunicação com outras pessoas.

2.2. Os sintomas comportamentais mais comuns da timidez
As reações expressas no comportamento da pessoa tímida são visíveis através da sua inibição, sente-se extremamente envergonhadas em locais públicos ou em ambientes que não conhecem. A passividade é uma característica própria da pessoa tímida, ela não consegue ser proativa, não toma iniciativas ainda que tenha ideias não assume para si a responsabilidade de promover mudanças. Outro sintoma claro da timidez é não conseguir encarar as pessoas, olhando-as dos olhos, evitam o contato visual. Elas falam baixo, a voz é quase inaudível e a expressão corporal desses indivíduos é muito reduzida, movimentam-se pouco, pois querem passar despercebidos nos ambientes. Apresentam comportamentos nervosos.

2.3. Os sintomas afetivos da timidez
Finalmente os sintomas afetivos percebidos em pessoas tímidas são vergonha, tristeza, ansiedade e baixa autoestima. A autoestima não é inata, isto construída. Depende do quanto a pessoa se sente aceita, respeitada e valorizada principalmente em sua infância. O isolamento é sintomático e acontece em efeito dominó. Pode começar com a reclusão e terminar em depressão profunda.

OBJETIVO
Explicar como vencer a timidez.

3. Moisés é confrontado com sua timidez

Há vários casos de tímidos na Bíblia, pessoas como Gideão (Jz 6.2,3,11-15), o profeta Jeremias (Jr 1.4-6) e o caso de Moisés (Êx 3.11). Ele nasceu numa época em que os hebreus eram escravos no Egito. Faraó com receio do crescimento do povo hebreu ordenou que toda criança do sexo masculino fosse sacrificada (Êx 1.22). Mas, Moisés foi salvo pela filha de Faraó e adotado por ela como um filho. Foi educado em toda ciência dos egípcios, sendo poderoso em palavras e obras (At 7.22). Viveu durante os primeiros quarenta anos de sua vida como um príncipe e, num certo dia, saiu para ver seus irmãos hebreus quando encontrou um egípcio espancando um homem do seu povo. Matou o egípcio com as próprias mãos e escondeu na areia. Contudo, a notícia se espalhou e Faraó procurou matá-lo. Moisés teve que fugir para as terras de Midiã, onde passaria os próximos 40 anos. Refugiado e com muito medo, Deus aparece a ele, dando-lhe um propósito maior na vida. Moisés seria levantado para libertar sua família e todo o seu povo. Seu trauma de fugitivo, contudo, falou mais alto, transformando-o em um homem tímido. Segundo o dicionário, tímido é alguém assustado, medroso, receoso, sem coragem. Era exatamente assim que Moisés se via. “Quem sou eu para apresentar-me ao faraó e tirar os israelitas do Egito?” (Êx 3.11).
A timidez está enraizada no medo, num medo irracional de falar e ser humilhado ou ignorado. O tímido faz de tudo para não ser percebido.

3.1. Um homem tímido e o desafio de liderar
Sua opinião a respeito de si mesmo era. muito diferente da opinião que Deus tinha; Sua timidez era fruto do seu olhar fixo em suas limitações, fracassos e frustrações. Apesar das garantias e provas incontestes da presença de Deus ao seu lado naquela missão (Êx 3,12), sua resistência ao chamado de Deus foi grande. Moisés hesitou, mas, finalmente, aceitou o desafio.
Creia no propósito de Deus para sua vida e fique atento para ouvir e cumprir o seu chamado. E, se você achar que não tem capacidade fique em paz, apenas creia no Senhor e o Espírito Santo de Deus, pois Ele o transformará como fez com Davi, com Moisés, com Paulo, com Pedro e tantos outros quando foram chamados. Considere a afirmação bíblica: “Deus não nos deu espírito de covardia, mas de poder, de amor e de equilíbrio“ (2Tm 1.7).

3.2. A cura da timidez e da autoestima de Moisés
Só depois que o Senhor curou Moisés de sua timidez, ele pôde ter autoridade espiritual para a vida e para o ministério. O tímido Moisés se tornou o instrumento de Deus, porque aceitou a missão como a razão de ser da sua vida. Somente quando a pessoa encontrar a sua missão, é que se sentirá independente do julgamento dos outros. Se ela compreender o seu próprio valor, sua autoestima não dependerá mais do comportamento do outro ou do que o outro diz. Não serão mais importantes nem elogios, nem as críticas, porque ela encontrará a dignidade de existir ao aceitar o seu ministério, sua missão. Portanto, não queira ser igual a ninguém. Apenas, melhore suas diferenças.
Se você tem levado uma vida sem direção sem propósito, sem grandes expectativas. Saiba que Deus tem um propósito para todos nós, ele não o colocou no mundo sem motivo, Ele quer fazer algo através da sua vida.

3.3. A vitória de Moisés sobre a timidez
Em Deus, a ousadia tomou o lugar da covardia, a coragem dominou a timidez. A força do propósito produziu coragem em seu coração. Cerca de três milhões de pessoas foram libertas da tirania do Egito. Morreu aos cento e vinte anos sem que seus olhos tivessem enfraquecido ou sua força debilitada, deixando povo preparado para adentrar a terra prometida.
Quando alguém percebe claramente, no coração, como é visto por Deus, então tudo muda e passa a ter uma visão renovada do seu valor e da sua vida. Cada pessoa é única, singular, “sui generis”, e cada ser humano precisa convencer-se de que veio a essa Terra exatamente para descobrir, expressar; revelar e viver o que há de exclusivo, de único nele.

Conclusão
Algumas pessoas, por mais que tentem, acabam desistindo de lutar contra a timidez. É importante saber que timidez não é doença, não é defeito e não faz de ninguém um ser inferior aos demais. Deus quer nos libertar de toda timidez para nos comissionar como libertadores de nossa família e de nosso povo!

QUESTIONÁRIO

1. Como Moisés se enxergava?
R: Receoso, sem coragem, acanhado, incerto, débil, dúbio, fraco.
2. Em que momento Moisés se
R: Quando Moisés foi convocado para libertar sua família e todo o seu povo.
3. Cite pelo menos três sintomas afetivos da timidez.
R: Vergonha, tristeza, baixa autoestima.
4. Cite dois sintomas fisiológicos da timidez?
R: Tremedeira e gagueira.
5. Qual a diferença entre timidez e fobia social?
R: Na timidez, a pessoa sente desconforto, mas ainda enfrenta os desafios. Na fobia social, ela passa a evitá-los, isolando-se gradativamente.

REFERÊCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Editora Betel 2º Trimestre de 2014, ano 24 nº 91 – Jovens e Adultos - “Dominical” Professor – ENFERMIDADES DA ALMA Identificando os distúrbios emocionais e confrontando-os com soluções divinas e bíblicas